- Quem mandou você mexer nas minhas coisas? - Esbravejei. O celular havia ficado no bolso da roupa que usei na noite anterior.
- Calma aê. Calma aê. Calma aê, meu filho. Quem tá na vantagem aqui sou eu. Ou quer que eu mostre isso pro Bill? Tu é ladrão de celular, Dee?
- Não cara, o cliente me deu, pode ver que é um celular simples, ele disse que queria ligar e ouvir minha voz. Eu aceitei. Nunca tive celular.
- Será que o Bill vai acreditar nisso?
- Beto, por favor, não fala pra ele.
- Calma Dee. Não vou falar não, e meu preço é barato, eu só quero uma coisa que tu dá pra qualquer um que molhe a mão do Bill com grana. Só quero te fuder bem gostoso.
- Porque isso cara? Você passa as noites trepando, para que quer transar comigo?
- Pra passar na cara do idiota do Thor, ele tá apaixonado por você, quero que ele saiba que você preferiu ser enrabado por mim que por ele.
- Cara, nem curto muito ser passivo.
- Quem liga pro que tu curte. Quem tá na mão de quem, boy? Você tá na minha mão e vai me dar o cu e chupar minha rola o tanto que eu quiser. E está com sorte que eu só quero dar uma e ver a cara de pateta do Thor, depois deixo tuas pregas em paz.
- Tá bom cara, quer me comer agora?
- Já disse, quero depois do trabalho, com calma.
- Dá o celular de volta.
- Não, ele fica comigo até você me dar o cu.
- Tudo bem caralho. Terminar de trabalhar eu vou dormir contigo. Mas é só uma vez, se me chantagear de novo eu te mato dormindo, seu filho da mãe.
Desci as escadas furioso com ele, precisava encontrar o Thor e contar o que houve. Ele tinha que entender que eu ia ter que deitar com o Beto. Aquele idiota ficava enchendo meu saco, nem imaginava que era um plano para libertar a gente. Por um segundo até pensei em contar tudo a ele, mas logo desisti, podia por tudo a perder com isso.
Estava tão chateado que fui ao banheiro mas não tomei banho, apenas lavei o rosto para tirar o esperma do cliente, que já estava seco. Procurei o Thor por toda parte mas não o vi, ele era muito requisitado para atender.
Quando voltei para a sala, estava só o Beto, ele ficou fazendo gestos obscenos para mim e eu fingia que não via. Não demorou muito e fui chamado para outro cliente, segui para o quarto quatro e deixei o beto sozinho, quando sai o Rafa estava entrando, mas só dei um boa noite para ele.
Cheguei no quarto e o cliente já estava lá, era um homem de uns quarenta e cinco anos, meio cansado pela idade e bem sorridente, era meu segundo cliente gordinho do dia, mas este era bem branco e tinha os cabelos um pouco grisalhos já, mas o físico demonstrava que não era tão velho.
- Boa noite, jovem.
- Boa noite, sou o Dee.
- Roberto. - Falou ele inseguro e percebi que era nome falso.
- Tudo bem Roberto? O que podemos fazer por você hoje? - Perguntei sorrindo e me aproximando dele.
- Quero te amarrar na cama.
- Hã? - Me assustei com o que ele disse.
- Fica tranquilo. - Falou ele abrindo a gargalhada. - Não vou te bater não, só quero te lamber todo. Sem você se mexer. Entendeu?
- Entendi. - Respondi vacilante.
- Tira a roupa e deita ai na cama, garotão.
Obedeci ele. Fiquei completamente pelado e deixei na cama. Ele pegou dois lenços de seda e me amarrarou na cama, de leve, se eu fizesse força me soltaria.
- Vou deixar de leve, se ficar parado, não vou precisar apertar nem amarrar os pés. - Falou Roberto.
- Certo …
- Xiiii. - Falou ele fazendo sinal de silêncio. - Parado total, não fala, não mexe nem o olho. Como se tivesse morto.
Eu nem mesmo fiz o sinal de sim com a cabeça, apenas passei a encarar o teto e fazer de tudo para não mexer nem mesmo um músculo. Logo senti sua língua percorrer meu corpo. Ele lambeu minha barriga inteira, babando ela toda, então levantou meu saco e lambeu embaixo, quase suspirei de prazer, porque foi muito bom, mas resisti. Ele desceu pelas minhas coxas, lambeu as virilhas, o joelho, até o pé. Enfiou a língua entre cada um dos meus dedos e lambeu toda a planta, me causando cócegas, mas continuei resistindo a me mexer. Ele foi subindo, voltou à barriga, lambeu minhas axilas e meu mamilos, demorou muito no meu pescoço. Cheirou profundamente meu pescoço, sentindo meu perfume e fechando os olhos de prazer, nesse momento senti seu pênis por baixo da roupa e ele estava excitadíssimo. A situação era tão bizarra que eu não me excitei, mesmo quando ele foi até meu pênis e o chupou, mesmo mole, ele pareceu adorar e passou quase 5 minutos só ali.
Ele subiu mais uma vez e passou uma pedra de gelo nos meus lábios, senti vertigem do contato do gelo com a pele, mas mantive os olhos fixos no teto, nem mesmo o encarei. Ele, então, aproximou a cabeça dos meus lábios e me deu um selinho de leve, foi então que notei que ele estava se masturbando com a mão dentro da roupa e gozou quando me deu o selinho.
Ao alcançar o êxtase, meu “Roberto” voltou a se comportar como um respeitável senhor.
- Você foi ótimo rapaz, ótimo, vou te escolher sempre. Pode levantar, vai lá tomar um banho, você merece.
Levantei e fui ao banheiro. Não sei se foi o fato de ter ficado o tempo todo calado mais sequer respondi ao que ele falou. Demorei uns 15 minutos no banho, estava no tempo do programa e ele liberou. Quando sai, pensei que ele ainda estaria ali, mas não, em cima do criado mudo, havia uma nota de R$ 100,00 com um número de celular escrito e um nome, “Otávio”. Parece que ele tinha gostado muito de mim mesmo.
P.S: logo mais tem outro.