Como ir até o inferno e conseguir voltar – 12

Um conto erótico de JP
Categoria: Homossexual
Contém 872 palavras
Data: 22/08/2013 16:32:24
Assuntos: encontro, Gay, Homossexual

@ hpd: Obrigado por gostar da forma que eu escrevo. Tento fazer o melhor possível. rs.

agatha1986 : Forte e triste! :( Mas eu estou bem agora, e posso falar sobre isso. hehe

@

Claro que ele perdeu de propósito. Aliás, o propósito de tudo isso, de ele ter se inscrito na competição era justamente perder para poder ter tempo de vir me ver. E ele veio. Louco.

Era Sábado, eu estava trabalhando no cursinho. A gente se comunicando por sms. Ele disse: Cheguei. Meu coração deu um pulo. Larguei a secretaria do cursinho fechado por uns instantes para ir de encontro à ele. Eu não acreditava que ele estava ali, perto de mim. Fui de encontro à ele, orientando-o para nos encontrarmos no meio do caminho. Na descida da rua do cursinho ele pergunta:

_Ô meu Deus, cadê você?

Eu virando a esquina disse, já para ele:

_Serve esse aqui?

Eu o vi. Ele era, aliás, é alto. Ele usa óculos. Cabelo curtinho, e com gel. Usava all star, jeans e uma camisa. Ele estava lindo. E eu olhei ele nos olhos e abracei.

Eu nunca abracei ninguém até hoje como eu abracei ele. Acho que todas as minhas energias positivas foram para ele naquele momento. Eu o apertei muito forte, chegou até a estralar as costas.

_Ai! Calma. Eu não vou embora assim tão rápido.

Eu fiquei com vergonha depois. Eu tenho a certeza disso, porque minha bochecha e orelhas esquentaram de uma hora para a outra.

_E aí, pra onde nós vamos? –ele me perguntou.

_Vem, vou te mostrar onde eu trabalho.

Descemos a rua e chegamos no cursinho. Tenho que confessar que o cursinho não era o melhor lugar do mundo. Era um prédio velho, meio que recapeado só para dar aula mesmo. Enfim, sem ajuda da prefeitura era o que dava para fazer. Levei ele pra secretaria (ele estava com duas malas) e o acomodei numa cadeira. Lembram do esquema de L espelhado da mesa? Era o mesmo, imaginem uma sala com uma porta e a mesa para atendimento ao público. Eu o acomodei nas cadeiras para o público. Virei, fechei a porta. Finalmente eu o tinha na minha frente. Devia ser umas 9h, e aos sábados o cursinho ficava às moscas.

_Enfim, você existe.

_Sim, existo. Hahahaha –Ele me riu com um sorriso lindo. De fato, os lábios dele e o sorriso em geral eram uma coisa que me chamou muito a atenção. Seus dentes brancos, sobrancelhas grossas, marcantes e expressivas.

_Existe e veio me ver. Você é louco sabia? Como você me atravessa o estado só pra ver alguém que você não conhece? E se eu fosse um psicopata?

Ele ficou sério.

_Em primeiro lugar eu te conheço. Conheço você melhor que muita gente sem nunca ter te visto PESSOALMENTE. –Ele frisou o pessoalmente- Em segundo lugar, eu sei que você não é um psicopata. Eu acredito em você, e sei que você não vai me fazer mal, porque você me ama.

Aquilo me desarmou. O sem-graça não sabia nem brincar. Kkkkkkkkkk. Eu comecei a tremer de frio/excitação (Excitação de agitação, euforia). Daí que eu percebi que estava frio. Fazia uns dez graus.

Eu não aguentei mais.

_Licença.

Tirei os óculos dele. Tirei os meus. Sentei no colo dele, abracei-o. Senti seu cheiro. Ele tem um cheiro delicioso, que até hoje eu sinto falta. Ele retornou meu abraço. Em dado momento eu olhei nos olhos dele. Olhos castanhos clarinhos, amendoados. Lindos. Foi um olhar significativo. Trocamos mais palavras naquele olhar do que viríamos a trocar durante todos os dias que ele ficaria ali.

Lentamente, eu fui me aproximando dele. Sempre olhando nos seus olhos. Encostei meus lábios nos dele. Seus lábios eram vermelhos e úmidos, e seus dentes eram brancos. Mas seus lábios... eram algo de outro mundo. Eu o beijei.

Foi o melhor beijo da minha vida, porque havia sentimento. Havia algo que nem o Beto nem o Lipe conseguiram me dar: amor.

Eu beijei ele como se fosse a última coisa que eu fosse fazer aquele dia. Como se eu pudesse prender ele perto de mim com aquele beijo pelo resto do dia, da semana, do ano.

Seu gosto era bom. Sua língua era uma coisa deliciosa, e o fdp beijava muito bem. Senti que ele usava aparelho removível. ** Pensa, pirei. Hahahaha. Ao fim do beijo, eu estava sem ar e ele com os lábios inchados e vermelhos.

_Wow!

_Eu estava morrendo de vontade de fazer isso – falei.

_Eu sei. Eu também estava.

Eu fiquei sentado no colo dele, de frente pra ele e curtindo o máximo possível. Eu estava tremendo de frio.

_Uma coisa deve ser dita. Como faz frio nesse lugar! Jesus! Nem quando eu fui para Gramado eu passei tanto frio.

_Haha. Pára de ser exagerado.

_Mas é verdade. Lá em Santa, quando é frio a gente aguenta um 22 graus.

_Então aqui você vai congelar. Ou melhor, não vai não porque eu não vou deixar. –eu abracei ele de novo e comecei a fungar nele. Ar quente, bastante contato para aquecer ele. Hahaha

#Bom, é isso aí gente. Vocês conheceram o grande amor da minha vida, e vão acompanhar a partir de agora a minha saga pelo interior paulista. kkkkkkk. Abraços. #

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Comentários

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Nossa demais essa parte, juro que imaginei a cena do beijo de vocês. Bem legal...

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