Nota do autor: bom dia pessoal, infelizmente eu estou em um dry spell, não consigo escrever O Buraco, sem essa inspiração eu prefiro suspender ele por um tempo, enquanto isso vou publicando a primeira parte de Hector que já está escrita e passando por sua primeira revisão, divirtam-se!
Hector no paraíso
Hector estava obcecado, não era natural mudar de turno na escola por causa de um amor platônico, talvez isso até o tornasse maluco, não? Mas a questão é que ele o fez, tudo isso por causa de Julius.
Os dois estudaram juntos desde a quarta série, nem sempre na mesma sala, mas sempre foram amigos. Mais do que isso para Hector, ele sempre admirou o amigo, que sempre fora seu igual. E não era nada fácil alcançar Hector, no xadrez ele era um gênio estrategista, no vôlei um bloqueador invicto, no futebol um zagueiro intransponível, no boletim colecionava notas perfeitas.
Mas sempre que Hector se virava lá estava Julius, não importa o quão bom Hector fosse Julius sempre era igual ou melhor. Quando Hector começou a crescer e desenvolver o corpo que muitos na escola invejavam Julius ficou ainda melhor do que ele. Hector era loiro, olhos azuis profundos e pele alva, Julius era seu oposto, pele bronzeada, cabelos negros, olhos castanhos e óculos lhe renderam o apelido de Clark Kent, ambos tinham cerca de um metro e oitenta, Julius, para o desespero de Hector conseguia ser alguns centímetros mais alto. Quando Julius começou a aprender capoeira seu corpo se desenvolveu de uma maneira que afetou Hector, os braços ficaram maiores, o peito estufou, a barriga definiu, todos esses detalhes não passaram desapercebido a Hector. De repente era uma tortura permanecer ao lado do amigo, sentir o calor que emanava de seu corpo, ficar ao lado daquele sorriso perfeito, cativante, que te instigava a sorrir sinceramente também. A primeira confusão deu lugar a terrível compreensão da realidade: Hector amava Julius, logo, Hector era gay.
No mundo de hoje todos sabem o que isso significa, e essa realização veio a Hector aos 14 anos, durante o primeiro ano do ensino médio. Mas nem tudo no universo é perfeito. Julius era evangélico, e à medida que ele crescia também crescia seu ‘fervor’ religioso. Por não poder amar livremente Julius, Hector cruzou a linha.
Hector se tornou adversário de Julius, os dois amigos não mais se sentavam juntos, pareciam estar sempre em lados opostos da sala, seu grupo de amigos era comum, mas pareciam estar sempre em pontas opostas da tuba. Se havia um debate, discursão ou experimento era certo que os dois seriam cabeças dos grupos conflitantes. É claro que essa situação era agonizante para Hector, ele era triste mesmo na vitória.
Para sua agonia ele sentia uma conexão com Julius, de alguma forma ele sentia que era correspondido, afinal Julius também correspondia a competição, os olhares intensos, as discursões intermináveis.
Hector começou a namorar uma vizinha, nada sério, apenas hormônios sendo extravasados, nunca passou de beijos e mão boba. Na escola ele sabia que Julius estava comprometido com uma menina de sua igreja. Hector sabia que algum dia iria rolar algo com Julius, por isso o desespero quando o adversário anunciou no grupo de amigos durante o intervalo que iria se mudar para o turno matutino para se dedicar mais a igreja, visto que o turno vespertino tornava o dia mais curto.
Julius deu aquela noticia olhando para Hector, seu sorriso petrificado enquanto o de Hector desmoronava, o sangue parou, seu corpo esfriou, demorou alguns minutos para que Hector percebesse que estava prestes a perder seu maior inimigo, seu motivador, seu competidor e seu primeiro amor.
Hector fechou os punhos e se retirou do grupo de amigos. Mas a saída de Julius seria somente durante as férias de julho, ainda era o inicio do semestre. Mas o mundo ficou um pouco mais triste para Hector. Algo apertava o coração de Hector, uma mão invisível o apertava, Hector perambulava pela escola, indo se juntar aos alunos mais velhos. Sua escola era composta de dois andares, o andar térreo era destinado a turmas de primeiro e segundo ano do ensino médio, enquanto o andar superior às turmas de terceiro e quarto ano, nessa época Hector e Julius cursavam o segundo ano, Hector tinha quinze anos, e Julius dezesseis.
Hector foi se juntar aos seus amigos no andar superior, sua habilidade nos esportes e no xadrez o tornaram conhecido entre os garoto mais velhos, que sempre estavam dispostos a abrir espaço para Hector em suas rodas. Sem Julius para coversar, discutir ou disputar não havia mais ninguém na turma de Hector que o interessasse, então ele foi até um grupo de amigos do quarto ano para uma partida de xadrez, quem sabe isso não clareasse seus pensamentos. Ao chegar na sala de aula da turma do quarto ano a roda já estava formada, todos olhavam atentos e provocavam os dois jogadores que tentavam se concentrar na partida, ao ver Hector se aproximar ele foi puxado para o grupo.
-Hector! Chega mais, quem vencer aqui vai jogar contra você. - anunciou Francisco, era um garoto esperto, magrelo, usava óculos e era o típico nerd. Fora Julius, talvez Francisco fosse o único que chegasse perto de oferecer um desafio para Hector no xadrez.
-Então se prepara perdedor, porque eu vou jogar contra ele. – recrutou marcos, seu oponente. Marcos era um moreno lindo, atlético, alto popular, sempre vivia cercado de meninas e seu maior destaque era no time de futebol, se dava bem no xadrez mais por desconcentrar o oponente, mas mesmo sendo derrotado era divertido.
Enquanto aguardava sua vez Hector assistia pensativo a partida, quando sentiu braços delicados o abraçando.
-Você parece preocupado, Hector.
Olhando para o lado Hector viu a guria mais linda que já tinha posto os olhos até então. Baixinha, um corpo delicioso, cabelos negros lisos e compridos, feições delicadas e olhos verdes com aquele brilho de inteligência.
-Acho que nunca fomos apresentados, meu nome é Morgana, eu estudo na sala ao lado da sua, sou da turma D, você é da E.
-Eu nunca te vi por aqui antes, Morgana.- com tanto tempo ocupado disputando com Julius sobrava pouco para Hector prestar atenção em mais alguém.
-Eu não costumo vir muito aqui, a maioria desse pessoal é amigo do meu namorado e eles são um tanto quanto atrevidos, eu não gosto de vir sozinha, mas minhas amigas faltaram a escola hoje e eu tive que procurar alguém para conversar por aqui.
-E seu namorado?
-Ele estuda no turno matutino, logo eu vou pedir minha mudança de turno para ficar perto dele, acho que você o conhece, ele é o Gabriel.
Claro que Hector conhecia Gabriel, todos na escola conheciam Gabriel, ‘O’ Gabriel, ele era tipo o popstar da escola. Hector também percebeu o tom de superioridade da sua nova colega, ela se orgulhava do premio e status ocnquistados com o namoro, ela com certeza sabia de suas armas e potencial. Mas Hector apreciou isso nela, na verdade ele estava completamente enfatuado por aquele pequeno anjo, todos os rapazes naquela escola deveriam cair aos pés dela. E de fato, ao olhar ao redor hector pode perceber os olhares dos garotos na sala irremediavelmente se voltando para as delicadas e sinuosas curvas do corpo de ninfeta de Morgana.
Enquanto conversavam a partida se encerrou, como deu empate ambos os jogadores saíram, Hector assumiu sua posição contra um aluno mais velho, Provavelmente do quarto ano. Mas enquanto finalizava seu oponente Hector prestava atenção nas investidas que tanto Francisco quanto Marcos davam em Morgana, a menina estava obviamente incomodada. Ela tinha sim orgulho em ser cobiçada, mas os dois caiam como abutres encima dela. Ela tinha sensualidade e ela tinha carisma, o problema dela era lidar com o assédio depois de engatilhado o processo.
Hector era furioso ao jogar xadrez, todos seus oponentes se assustavam quando Hector fazia suas jogadas assim que eles terminavam as suas, sem parecer nem pensar. A verdade é que o dom de Hector era prever os movimentos de seu oponente, disputar com Julius o ensinou a prever o jogo do seu oponente. Mas nenhum de seus oponentes o olhavam com os olhos brilhantes como Julius quando Hector fazia sua magica, todos tinham medo enquanto Julius demonstrava admiração.
Hector se levantou da mesa e passou uma mão ao redor dos ombros de Morgana, a retirando do grupo e levando de volta a sua sala de aula.
Durante o caminho pelos corredores abarrotados de jovens dedicados as mais diversas atividades sociais ele sentiu a menina se aproximar mais dele e seu corpo procurar a segurança de sua acolhida.
-Obrigada.- a menina se derretia sob seu braço.
-Não se preocupe, eu sempre vou te proteger. - Hector não sabia de onde isso tinha saído, mas era a mais pura verdade.
Com o passar dos dias a relação com Morgana melhorou muito, e Hector agora tinha mais um grupo para se misturar, ele queria fugir da dor de perder Julius, tanto que nem se despediu quando o amigo mudou de turno, todos na turma fizeram uma festa no fim de seu ultimo dia enquanto Hector se dirigia a porta, uma rápida olhada para trás revelou a dor de Julius, seus olhos castanhos sempre brilhantes estavam tristes, Julius esperava algo de Hector, algo que Hector não tinha coragem para dar a ele.
Logo Hector estava só em meio a multidão, sem Julius e sem Morgana. Claro que ele ainda tinha inúmeros amigos, agora sem seu nêmeses Hector reinava absoluto, era o melhor em tudo que fazia, mas fazer tudo não lhe trazia nenhuma felicidade, ao longo dos anos ele se tornou dependente da competição com Julius.
Sua tristeza se converteu em palavras e durante as aulas de literatura Hector descobriu um novo dom, a poesia. A professora de Hector, Helena, estava encantada. Helena sempre fora uma amante de poemas, sendo uma professora dedicada e severa. Em suas conversas Hector a convenceu a abrir uma academia poética na escola, um projeto alternativo que teria reuniões aos sábados pela manha, todos na escola estavam convidados a participar do grupo, e a participação de Hector logo atraiu muitos participantes, para o deleite de Helena a primeira reunião foi um sucesso, 50 participantes lotavam a sala de reuniaõ da escola, composta de uma mesa oval gigante de mogno.
E para a felicidade de Hector Julius também estava presente, assim como Morgana e seu namorado.
Hector agora se sentia motivado, finalmente seu motivo para crescer estava ao seu alcance novamente. O grupo tinha a seguinte dinâmica, eles se encontravam, na primeira hora eles apresentavam ao grupo sua produção durante a semana, os textos que haviam produzido e queriam compartilhar.
Na segunda hora de encontro havia um lanche e cada um escolhia um canto para produzir um texto baseado no tema oferecido por Helena. Trabalhos muito bons saiam daqueles encontros, claro que Hector, Julius e Gabriel se destacavam. Devido a sua popularidade Gabriel e Morgana estavam sempre cercados, e Helena sempre cobria de elogios e mimos o popstar da escola. Mas Hector não se importava, seu amor...digo, inimigo estava ao seu alcance novamente, seu objetivo era humilhar Julius, provar ao rival sua superioridade.
Na verdade Hector não se lembrava de ter conversado diretamente com Morgana ou seu namorado, apenas tinha consciência que o dois sempre se sentavam a sua frente na mesa oval, enquanto ele estava absorto ouvindo o declamante da vez ele sentia os olhares de Morgana e Gabriel sobre ele, Morgana sentia a mesma atração por Hector que ele sentia sobre ela, era pura amizade, ambos sentiam a necessidade da aprovação do outro, era algo novo para Hector também, que antes só havia sentido necessidade da atenção de Julius. Mas os olhares de Gabriel o incomodavam ate certo ponto, usava cabelo raspado, olhos pequenos e cor de caramelo, o rosto quadrado e másculo, mas ao mesmo tempo com um tom infantil, talvez por causa dos lábios pequenos e bem desenhados de cor rósea, parecendo algo puro e inocente, talvez pela maciez da pele, ele era o típico desportista, se destacava em todas as áreas, assim como Hector, mas ele ia bem mais além, era o campeão de jiujitsu do estado, prestes a disputar o nacional, ou seja, era o garoto de ouro da escola. E provavelmente encarava Hector como competição em reação a Morgana, Hector imediatamente odiou o estereotipo bombado-popular que Gabriel representava. Mas Hector logo esquecia isso, seu foco era Julius, o irritante Julius, o lindo e poderoso Julius.
No décimo encontro Helena anunciou que o grupo iria lançar seu primeiro livro, uma coletânea de poemas de todos os membros da academia. Havia até trazido uma cópia da primeira edição, Hector estava chocado por não saber nada disso, mas quando o livro chegou em sua mão e ele leu o prefacio entendeu tudo, Julius saia da sala, para procurar um lugar calmo para produzir seu poema do dia, mas antes lançou um olhar de triunfo em direção a Hector. Todos sempre consideravam Julius um santo, um exemplo de pessoa, religioso e certinho, mas Hector nunca se deixou enganar, ele sabia da maldade que o amigo era capaz, e o fato de somente ele perceber aquilo era impressionante.
Hector tentou seguir o adversário, a fúria corria em seu sangue.
***
No pátio que dava acesso as salas fui encurralado por Morgana e seu namorado. Aquela não era a hora mais correta, eu estava impaciente, Julius estava parado no hall de entrada das salas de aula, vazias naquele dia, me olhava com o triunfo estampado em seu rosto.
-Hector, meus parabéns, sua poesia tem posição de destaque no livro, é uma das melhores, sem duvidas.
-Obrigado Morgana, a sua também é linda.- muito melosa para meu gosto, mas essa parte não saiu dos pensamentos de Hector.
-Esse é meu namorado, o Gabriel – a satisfação em seu tom de voz era gritante, ela com certeza tinha orgulho de ter conquistado o melhor troféu da cidade.- Gabriel, esse é o amigo que eu te contei.
Gabriel estendeu a mão grande em minha direção, mas seu olhar era estranho, ele parecia estar com raiva ou algo assim, eu não registrei e me despedi dos dois, segundo em direção a Julius. Somente depois me dei conta que deixei Gabriel com a mão estendida, sem nem retribuir o gesto. Ser mal educado não era comum a mim, mas eu estava cego de ódio, tinha que alcançar Julius, que não estava mais no hall.
Entrei pelo corredor e vi que a ultima porta estava aberta, o corredor escuro parecia tão alien em comparação a multidão que se acumulava ali durante a semana. Quando entrei na ultima sala ele estava encostado de braço cruzados na mesa do professor. Seus músculos saltavam na camisa de malha fria que usávamos no encontro da academia, todas padronizadas com o logo desenhado por um amigo de Gabriel, alguns tinham um modelo branco e outros tinham um modelo preto, mas ambos tinham no peito estampado um desenho do sertão, baseado em uma grande obra da literatura brasileira.
-Eu venci. - ele me disse assim que entrei, enquanto eu fechava a porta atrás de mim para nos dar maior privacidade, eu tinha consciência de que poucos alunos saiam da sala de reuniões para escrever, apenas eu, Julius, Morgana e Gabriel haviam saído naquele dia, e com certeza os dois estavam se pegando pelo colégio.
-Você acha que eu me importo com o maldito livro, ou o fato de você ter creditado a criação da academia a você próprio? – no prefacio do livro um pequeno texto dizia que a ideia para a criação da academia havia sido ideia dele e de Helena, como ele havia conseguido que Helena mentisse dessa maneira era um mistério, mas de qualquer maneira ele sempre teve uma ótima lábia. - o que me incomoda é você ainda se importar, eu achei que você tinha se mudado para manha por que não se importava comigo, eu achei que você nunca tinha percebido.
Éramos o oposto um do outro, sempre tivemos consciência disso, ele estava em uma ponta da sala apoiado na mesa do professor enquanto eu me dirigia lentamente em sua direção, um usando a camiseta branca e o outro a negra, a clássica luz contra as trevas, mas quem era quem?
Seu sorriso se desfez, ele teve consciência de que eu estava muito próximo e me aproximava mais, seus braços descruzaram e ele se agarrou a borda da mesa atrás de sí.
-Hoje você me provou que ter ido para o turno matutino foi somente uma desculpa fugir de mim, Julius, que você sente por mim, o que eu sinto por você.
Eu não sabia o que havia se apossado de mim, mas Julius estava com a guarda baixa devido a seu triunfo, e eu tinha a raiva necessária pra me dar coragem o suficiente para dar a ele o que seus olhos pediam no ultimo dia dele na minha turma. Todos os sinais estavam ali, os nos dos seus dedos estavam brancos devido a força que ele fazia ao se segurar a mesa, seu olhar ia dos seus olhos para meus lábios, seu pomo de adão se movia loucamente enquanto ele tentava engolir a seco. Seus lábios vermelhos e finos contrastavam com sua pele morena. Eu encostei meus braços ao redor do seu corpo, com as mãos espalmadas na mesa atrás dele, nossos troncos encostaram, nossas virilhas em seguida, senti sua ereção pressionar contra a minha, ele deu uma piscada longa, sofrida, o mesmo tesão que eu havia acumulado ao longo desses anos ele também havia. Eu sorri, eu era o predador e ele a presa, seu coração parecia que ia explodir enquanto eu me aproximava de seus lábios, ele até parou de respirar. Eu me aproximei vagarosamente, aproveitando e gravando cada milésimo de segundo daquele momento. Abaixei minha cabeça até seu pescoço sentindo seu cheiro másculo, seu pomo de adão que se movia para cima e para baixo enquanto ele engolia em seco, metade dele coroado pelos pêlos grossos e perfeitos da barba que ele já aparava meticulosamente naquela idade.
Quando toquei seus lábios uma corrente elétrica atingiu meu corpo, brinquei com seus lábios antes de penetra-lo com minha língua, suas mãos grudaram em minha cintura, a principio achei que ele iria me empurrar, mas me pressionou firme contra ele. Quando minha língua entrou em sua boca ele gemeu submissivamente, aquele era com certeza seu primeiro beijo, eu fui calmo, para que ele aproveitasse cada sensação. O empurrei contra a mesa ate que ele ficasse sentado, comigo entre suas pernas, então o puxei contra mim, pressionando nossas ereções uma contra a outra, ele gemia profusamente em minha boca, seu beijo se tornava faminto enquanto eu movia nossos quadris. Eu soube que ele estava gozando quando sua boca parou de se mover e suas unhas cravaram em minhas costas, ele deu um longo gemido.
Eu me afastei um pouco, mas não havia terminado com ele. Desci-o da mesa beijei sua testa, com uma mão no ombro o forcei a ficar de joelhos, então liberei meu membro duro da calça jeans que usava, ele olhava fascinado enquanto uma gota brotava da cabeça a centímetros de seus lábios. Eu não disse nada, queria que ele tomasse a iniciativa, sua mão experimentou a textura de meu pau, então em seguida senti-o sendo envolvido pela quentura e maciez de sua boa, tive que me apoiar na mesa para não cair, mantendo meu auto controle não mexi meus quadris contra sua cabeça. Ele desceu um pouco mais minhas calças e apalpou minha bunda exposta, gemendo contra meu pau, eu urrava de tesão enquanto ele me mamava.
Cada sensação era inebriante, mesmo quando ocasionalmente um dente raspava contra minha pele. Por três vezes cheguei ao ápice e tive que me controlar, não tive sucesso na quarta vez e me derramei em sua boca, foram quatro jatos que saíram diretamente da minha alma, todos engolidos por ele com gana.
Quando me recuperei ele já havia guardado meu pênis e arrumado minha calça, o ajudei a se erguer e então dei um pequeno selo em sua boca.
-Você venceu, esse foi seu premio. - e dito isso fiz minha saída triunfal.
Os acontecimentos daquele dia me acompanhavam a semana toda, eu sonhava me ir além com Julius, mas ele não apareceu no próximo encontro, e nem no seguinte, quando eu saia cabisbaixo mais uma vez fui surpreendido por Morgana e seu armário.
-Hector, você tem que passar para o turno matutino, tem uma vaga na minha turma. O Gabriel pode falar com o coordenador e colocar você lá.
Gabriel me direcionou um rápido sorriso tímido, antes de voltar a sua habitual cara fechada. Estranho, do pouco contato que tinha tido com ele e dos comentários na escola Gabriel não me aparentava ser do tipo tímido, e considerando seu tamanho e sua constituição física seria muito engraçado se fosse verdade.
-Quer saber, Morgana, eu aceito!
Julius não iria fugir de mim tão fácil.