Amor Perfeito VIII

 Bárbara acatou ao meu pedido e sussurrou com um sorriso no rosto " falando assim eu não resisto" deitou novamente, procuravamos fazer o máximo de silêncio possivel, até que o encosto que batia na porta desistiu e foi embora, ficamos deitadas lado a lado algum tempo até que me levantei e fui até a janela, a vista da janela era pro jardim da casa, a noite estava linda, o céu repleto de estrelas, o cheiro de sexo e nossos perfumes misturados pelo quarto, comecei a pensar no quão louco era estar ali com ela, entregue, então senti os braços da Bárbara me envolverem num abraço por trás, seu queixo no meu ombro, sua boca no pé do meu ouvido, falou calmamente,delicadamente " arrependida?", achei a pergunta engraçada, apenas disse no mesmo tom "não,estou pensando..", ela ficou curiosa e perguntou " em que?" respondi me virando de frente pra ela, e sussurrando em seu ouvido enquanto abraçava seu corpo nu "em você", bingo, nossos corpos se arrepiaram novamente, comecei a roçar meus labios nos dela até ela cansar do joguinho e me beijar, foi um beijo lento, sem pressa, sem aquela urgência, queríamos aproveitar cada minuto, cada toque, meu coração e o dela batiam no mesmo compasso, parecia ensaiado, ela parecia já me conhecer de outras vidas, conhecia meus pontos fracos, ela era pra mim o que a criptonita era pro Super Homem, o beijo parou bruscamente, tínhamos esquecido de respirar, olhei pra ela e sorri, fui pegando minhas peças de roupa e vestindo, ela fez o mesmo, se virou de costas pra mim e pediu ajuda com o sutiã, beijei seu pescoço enquanto abotoava sua peça, ela arrepiou novamente, cada toque meu gerava uma reação nela, uma loucura a parte, depois de devidamente arrumadas, resolvemos sair do quarto, fui na frente e quando estava girando a chave ela puxou meu braço, pois a mão na minha nuca e me deu um beijo, correspondi da mesma forma, ela parou e sorriu pra mim, sorri de volta e abri a porta, saímos e fomos para a pista de dança, a galera estava toda lá, maioria já estava bêbado, a outra parte quase, umas pessoas tinham caído dentro da piscina outras na pista dançando, cheguei no balcão, pedi uma tequila e virei, de longe vi Bárbara e Antônio dançando juntos, fiquei puta da vida, até sentir um braço me puxando com força, olhei pra direção que vinha o puxão e dou de cara com a Maria, morta de bêbada, gritando como uma louca, dei graças aos Deuses pelo volume do som, ela gritava" foi bom comer ela? Ela é melhor que eu na cama? Fala porra, Você gozou pra ela?, eeeeeeeu ein,a menina tava virada, peguei ela pelo braço e fui puxando até um canto reservado, comecei a falar " poxa Maria você bebeu demais, para de gritar comigo caramba, quem te disse que eu tava com ela?" Maria falou " Antônio disse que vocês subiram fui até lá e o quarto tava trancado", agora eu sabia quem tinha batido na porta,falei " Maria não vou discutir com você nesse estado, vamos, que vou te deixar em casa, amanhã nos acertamos", Maria ficou brava, ela queria briga mesmo, nem dei moral, pedi ajuda do dono da casa o Gustavo , ele era gay e já sabia de mim e da Maria, sempre usávamos a casa dele pra diversão, tudo liberado, Gustavo foi dirigindo, eu e Maria no banco de trás, a caminho da casa dela, ela do nada começou a falar " Amor, transa comigo, dorme na minha cama, deixa eu te fazer gozar" falava passando a mão pelo meu corpo, tomei um susto, Gustavo não aguentou e começou a rir, depois ela falou" te amo amor, me dá essa chance, vou fazer você tirar aquela excluída, fracassada da cabeça", agora falando sério, sem condições, Maria me enchia de tesão, mais bêbada , falando aquele bando de palavras que eu odiava " te amo" foi demais pra mim, broxei por completo, chegamos enfim na bendita casa , abri o portão, coloquei ela pra dentro, fui no seu quarto, troquei a roupa dela com dificuldade, a menina queria me estuprar ali mesmo ,coloquei na cama pra dormi e sai quando ela pegou no sono, Gustavo tinha ficado na sala assistindo televisao, trancamos tudo, jogamos a chave pro lado de dentro e voltamos pra festa, cheguei e dei de cara com Antônio e Bárbara, queria um saquinho de vômito, eles dançavam sensualmente, ridículo, fui no balcão pedi outra tequila, adoro tequila e fui pra pista dançar, os rapazes fizeram roda em minha volta, estava muito bom, não sou vulgar então a dança estava sensual e bem envolvente, os carinhas loucos pra me beijar, e eu só cortando o mal pela raiz, eles babando em mim, e o melhor da noite, Bárbara não conseguia mais nem disfarçar que estava babando na gostosa aqui, ela estava me encarando, de boquinha aberta, nem lembrava mais de dançar, e eu só jogando charme, depois de um tempinho eu cansei e sai andando, fui até o jardim na parte de trás da casa onde tinha visto de cima da janela, era bem bonito, tinha umas cadeiras daquelas de praça na decoração, de repente alguém puxa meu braço, olho pra trás pronta pra xingar e vejo ela, Bárbara tinha largado o lerdeza e vindo atrás de mim, sorri pra ela e ela disse " onde você pensa que vai", respondi " não sei, aonde você quer me levar" o clima esquentou, nossas palavras vinham carregadas de provocação, então ela me puxou pra sentar nos banquinhos, pegou nos meus cabelos e me puxou pra um beijo, uuuuuui que delícia de beijo, aquele maldito calor voltou, nossos corpos estavam febris de novo, tava ótimo até ela perguntar " cadê sua namorada?", isso é hora pra cortar meu clima? Puta que pariu ne, respondi "eu não tenho namorada" ela sorriu, espertinha tava jogando verde pra colher maduro isso sim, ela falou "as vagas ainda então abertas?" , respondi cheia de segundas intenções" depende do currículo", ela gargalhou e disse" vou te mostrar o meu", puxou meu cabelo de novo e aprofundou num beijo quente, eu tava pra virar o homem aranha e subir pelas paredes, ô mulher gostosa, suas mãos passeando pelo meu corpo e eu ofegante demais pra raciocinar, aquela sim sabia me envolver, separamos do beijo e ela peruntou "contratada?", impressão minha ou aquilo era um pedido de namoro?, fiquei sem chão , só respondi "eu ligo pra dizer que está ou não contratada" ela disse " eu espero" sorriu meiga e saiu andando, mais que porra de dia era aquele, bateu um medo da proposta dela, lembrei do meu último relacionamento sério, vocês merecem saber, minha primeira namorada se chamava Juliana, eu me entreguei pra aquela mulher como se o mundo não existisse mais, dormia e acordava sonhado com ela, eu não tinha experiência com mulheres, então ela foi minha primeira mulher, meu primeiro amor, ficamos juntas em 8 meses e 14 horas, pra vocês verem o quanto estava apaixonada, Juliana fazia de mim o que bem queria e eu não ligava achava ótimo, pensava que era por me amar também, fazer amor com ela era ir no céu e voltar, fazia questão de mandar presentes com cartões onde eu fazia declarações e dizia sempre essa palavra ao final "eu te amo", só tinha olhos pra minha Juliana, um belo dia estavamos completando 8 meses de namoro, comprei rosas e levei até a casa dela, cheguei lá fui entrando, já era da família mesmo, fui abrindo a porta do quarto queria fazer surpresa, surpresa mesmo tive eu quando vi Juliana e Fábio, Fábio era vizinho dela, numa cama, fodendo igual dos loucos, ali sim meu coração parou, não tem palavras que expliquem o que eu senti, joguei as flores no chao e sai correndo, a puta saiu de cima dele e correu atrás de mim gritando," foi só um lance , Eu amo você, eu te amo Ingridi", dai em diante tomei nojo dessas palavras, mal sabia eu o que o destino me reservava..