Fala galerinha, aqui vai a parte 6 do conto, é aqui que começam as duvidas de um com o outro, aviso que eles vão ficar juntos na próxima parte, e vai ser a primeira vez que eles vão fazer sexo, até mais tarde, quanto a segunda temporada, acho que eu vou fazer... só me falta a criatividade rs enfim, boa leitura
Cap.6
Ele estava maravilhoso. Assim como eu, cresceu durante o tempo em que nos separamos e acho que tinha cerca de 1,85, o corpo com as curvas nos lugares certos e um pouco mais malhado, pelo que percebia. Os cabelos pretos ainda se encontravam iguais, mas o mais importante eram aqueles olhos azul-bebê, que mostravam um pouco de surpresa e ainda continham o mesmo brilho. Foi com a voz um pouco esganiçada que perguntou-me se era aqui que estavam procurando companheiro de quarto. Percebendo que pretendia manter a conversa naquele tom impessoal, fingindo que não me conhecia, contive aquela onde de calor que me invadiu e ignorei a as batidas frenéticas de meu coração.Pedi que entrasse e observei o balançar que suas nádegas firmes faziam. Ainda tinha aquela bunda suculenta e empinada, que cansei de fingir não olhar. Com um aperto, comecei a fazer um pequeno "tour" pelo apartamento, que durou cerca de quinze minutos, cada vez que passava por mim e inclinava-se para observar os cômodos, sentia seu perfume cítrico invadir minhas narinas e a proximidade enviava ondas de tesão a minha masculinidade.Por fim, entreguei-lhe o papel que Fabi havia feito com preços e revezamentos de limpeza, compras e tals. Quando o assunto terminou, ele informou que precisava ir embora e que daria a confirmação amanhã. Enquanto se dirigia pela porta, como sempre ocorre quando estou com ele, senti minha máscara cair e num impulso, agarrei-o com força, pedindo que me olhasse nos olhos:
- Olha pra mim, porra! Vai fingir na cara dura que não me conhece mesmo? - extravasei toda a indignação acumulada, prensando-o contra a parede, enquanto ele mantinha a cabeça baixa.
- É que...faz dois anos que a gente não se vê, achei melhor deixar quieto. Não somos nada de mais..-disse aquilo, num tom baixo.
- Nem vem. Vai me dizer que esqueceu de mim? E da nossa amizade? - estava com o coração doendo demais, agora que meu amor tinha voltado pra mim, só faltava descobrir que ele tinha me esquecido.
- NÃO! - gritou, levantando a cabeça parecendo mais confiante - Nem por um segundo eu me esqueci...
- Então o que foi? - a onda de alívio que me percorreu foi imensa.
- É que..depois da situação em que nos despedimos achei que...não queria nem me ver. - falou um pouco envergonhado.
Eu sabia a que ele se referia: ao nosso quase-beijo antes da mãe dele entrar, no último dia dele aqui no Brasil. Acho que ele se sentiu um pouco ofendido e pelo jeito constrangido dele, achei que preferia esquecer o que houve. Por isso, disse que o passado era passado, mas que eu também sentia falta da amizade dele.Acabou que soltei-me dele e começamos a colocar a conversa em dia, como se nunca tivéssemos nos separado. Ele disse que tinha chegado muito deprimido no Chile, mas que uma pessoa o fezele enxergar que a vida devia continuar. Disse que, a mãe dele tinha ficado por lá, porém ele tinha se decidido a fazer faculdade no país natal dele. Contei pra ele tudo o que tinha acontecido desde o dia em que nos separamos até hoje. Conversamos muito, passamos a tarde juntos e eu não podia estar mais feliz.
Então, por volta das seis horas, ele fez uma pergunta que me deixou muito intrigado:
- Hum, Caio...- disse como quem não quer nada, no meio do filme que assistíamos.
- Fala..- respondi, enquanto me virava pra encontrá-lo com uma expressão curiosa e hesitante ao mesmo tempo.
- Você tá s-saindo com..bem..alguém? - ergui uma sobrancelha, mas respondi que não. Na hora, a expressão dele se aliviou e voltou a prestar atenção na televisão.
Por alguns minutos eu fiz o mesmo até que não me segurei e perguntei:
- E você?
Iago pareceu-me surpreso então, rapidamente, disse que não, que só havia tido um relacionamento durante esses dois anos, porque uma pessoa já mandava no coração e na razão dele.Movido pelo instinto e pela curiosidade, estava pra questionar-lhe quem era, quando a porta se abre e entra Fabiana carregada de sacolas com tecidos e papéis. Reclamando da vida, caminhou até a sala e encontrou-nos, curiosa, perguntou quem era o gatinho ao meu lado. Meio enciumado, apresentei-os. Sorte que sabia que ele era gay, porque a Fabi não é mulher de se jogar fora!
Com aquele brilho que o Iago irradiava e a sua simpatia, minha colega caiu nas graças dele e logo, logo, já engatavam um papo bem animado. Jantamos todos juntos e na hora de dar boa-noite, perguntei se ele voltaria amanhã, ao que bem-animado, respondeu-me que lógico, considerando-se que iria morar no nosso apartamento.Foi com essa frase que, depois de dois anos, senti uma paz interior que somente o Iago me dava.