Minha história, minha luta, minha glória 3

Um conto erótico de Dr. Friction Fiction
Categoria: Homossexual
Contém 1063 palavras
Data: 26/08/2013 11:09:14
Última revisão: 03/09/2013 13:09:54

Eu ia andando com os outros três rapazes pra sala do orientador, tentando pensar numa solução pro meu caso. O orientador era um cara novinho, era Sobrinho do dono da escola. Na verdade, havia uns três carinhas novinhos e bonitos na escola que eram parentes dele, esse sobrinho e dois filhos. Ele era orientador, o mais velho era professor de geografia e o mais novo eu nem sei o que fazia. Cheguei lá e os moleques começaram a me provocar...

- Pra um baitola, até que tu bate forte...- Michel falou. Ele era bem mais baixo que eu, e magro, mas definido. E sabia brigar. Quando eles vieram pra cima de mim, sabia que estaria ferrado se o professor não tivesse aparecido.- só vou logo te avisando, uma hora dessas eu te pego, Torú.

Era como me chamavam por causa do meu tamanho, por que havia um desenho animado do Jackie Chan que tinha um personagem enorme com esse nome.

- Eu tô só te esperando, moleque- respondi.- não tenho medo de vocês.

Nessa hora o orientador nos chamou. Sinceramente, não posso falar o nome dele. Vamos chamá-lo de Otávio, OK?

- Os quatro aqui, agora!- eu pensei rápido. Se era pra ter uma chance de não me ferrar, eu tinha que falar com ele sozinho. Então eu disse:

- Otávio, posso falar a sós com você? Eu preciso te falar de um outro assunto que é pessoalOK, mas se for besteira, eu aumento sua suspensão em mais dois dias, viu?

Entramos e ele sentou na minha frente, do outro lado da mesa. Ele era alto e magro, e era loiro como o Guê. Não era lindo, mas bem pegável. Justamente quando pensei nisso, me lembrei de algo que poderia me salvar. Eu estaria traindo a confiança de uma amiga querida, mas eu não tinha escolha! Logo ele começou a me dar um sermão sobre responsabilidade, estar no terceiro ano, vestibular etc. Falou também que aquela não era minha primeira briga na escola (verdade, os meninos provocavam muito,sacaneavam minha altura, peso, meu nariz, enfim... E eu sempre discutia com eles. Mas aquela foi a primeira vez que chegamos às vias de fato).

Nessa hora ele disse:

- Você é um bom aluno, ótimas médias, mas se não controla seu gênio, não é aluno pra nossa escola- como assim, produção, ele ia me expulsar?!- eu não tenho escolha, vou ligar pros seus pais e talvez você seja realmente expulso.

Eu não tinha escolha, se eu não falasse o que sabia, tava ferrado... Era vida ou morte agora!

- Olha, Otávio, eu gosto de você, você é um bom orientador, mas se você me expulsar, se você ligar para meus pais, vou falar pra todo mundo que você sai com a Paula!

Ele conseguiu ficar mais branco ainda, pensa! Nunca tinha visto ele sem resposta, e eu já estudava lá há quase três anos.

- Quem te falou uma mentira dessas?! Foi ela, a Paula? - ele perguntou. Eu não iria comprometer a Paula, muito menos nossa amizade- anda, Donovan, responde!

- Não, ela, não! Mas eu vi quando ela entrou no seu carro. E em outro dia, um colega nosso viu vocês entrando no motel- a primeira parte era mentira, a Paula realmente contou, no ano anterior. Já a segunda parte, realmente, um colega nosso os viu entrando no motel.- Sim, me diz, vai ou não falar com meu pai?

- Olha, chantagem é uma coisa muito baixa, moleque, e é sua palavra contra a minha!- Ele só tinha ficado mais puto com a minha cara! - além do quê, a Paula também vai negar.

Não tinha jeito, eu teria que falar a verdade. Apelar pro que restava de compaixão nele por mim, naquele momento.

- Cara, pelo amor de Deus! Eles estavam falando que eu sou gay! Meu pai é militar, se ele souber o que eles estavam falando, ou me mata ou mata eles!- eu já estava chorando- por favor, ele é super preconceituoso e antiquado! Me dá a suspensão, eu invento que foi por que eles me zoaram com relação ao nariz e pronto!

Ele ficou pensando, e depois de um tempo me vendo chorar, segurou minha mão e disse:

- Ok, eu vou fazer assim: te suspendo por dois dias pela briga, e você fala o que quiser em casa. Mas você vai ficar me devendo uma, e uma bem grande. E eu vou te cobrar!

Bom, pensei, ele provavelmente vai querer que eu acoberte as saídas dele com a gordelícia da Paula. (gente, aquela pepeka só podia ser ungida com óleo de xiri de bota, do Ver-o-Peso, porque ela pegava muitos meninos bonitos!)

- Ok, eu ajudo no que for preciso! Posso ir?

- Certo passa na sala, pega seu material e vai pra casa. Volta só na sexta.

Fui, passei sem olhar pro Michel e cia e entrei na sala, recolhendo meu material. Meus amigos perguntaram o que tinha acontecido, e eu falei baixinho a palavra "suspensão" sem realmente pronunciá-lá. Depois fiz um "dois" com os dedos e saí. Se eu demorasse mais, o professor iria ficar ainda mais puto comigo, e eu não queria isso.

Quando fui ao banheiro, vi o corte no meu lábio inferior e meu olho direito começando a ficar roxo. De repente o Brunno entrou me deu um abraço apertado.

- Ai! Brunno, minhas costelas estão doendo!- agora que a adrenalina tinha passado, eu prestei atenção na dor que sentia.

- Isso passa logo. O que não pode é você ficar se enganando e fingindo que nada está acontecendo- ele segurava meu rosto com as duas mãos- enquanto tu te enganas e enganas essa pobre que tu namoras, eles sempre vão fazer isso. Tens que brigar pela coisa certa, não por uma mentira.

- Brunno, eu já saquei que tu és gay, não tenho preconceito, mas eu não sou.- ele estava muito próximo, eu sentia o hálito de menta dele. Ele não era exatamente bonito, mas tinha seu charme. Tinha a minha altura, mais ou menos, e era bem branquinho - me deixa ir, OK?

-Ah, não é? Vamos ver.

E me beijou. Cara, que beijo! Que boca macia, que língua esperta. Eu correspondi. Tinha escolha? Bem, tinha, mas eu não consegui resistir!

Depois ele me soltou e sorriu. Eu fiquei meio perturbado com aquilo, e fui embora sem me despedir dele. Eu nem sabia mais o que eu era.

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