Eu agradeço pelos comentários. Também adoraria poder postar mais de uma parte por dia, mas é algo que eu somente posso fazer em raríssimas ocasiões devido a quantidade de coisas que eu tenho que estudar. sem mais delongas, ao conto.
Parte 39
Fomos acordados por batidas na porta. Minha mãe dizia que o delegado Leopoldo estava ai para averiguar as informações que eu tinha.
Rafael – amor, se acontecer algo comigo, como ser detido, fique tranquilo e siga com o plano, fique aqui e siga sua vida normalmente assim que possível eu falarei com você.
Eu – ele não vai te prender – eu não sabia com certeza, mas minha intuição me dizia que minhas palavras eram reais.
Descemos e fomos para a sala onde o delegado Leopoldo aguardava. Ele era um homem de uns quarenta anos, deveria medir em tono de um e setenta, seus cabelos loiros curtos misturavam com o grisalho e tinha olhos azuis que me lembravam alguém, mas não conseguia dizer ao certo quem.
Leopoldo – prazer, você deve ser o Lucas – ele apertou minha mão e viu a aliança – e você quem é – ele disse voltando-se para o Rafael.
Rafael – meu nome é Rafael, sou o namorado do Lucas – que merda, eu sei que ele só se importa comigo e que eu havia dito que não importava quem soubesse, mas não era para fazer assim.
Leopoldo – bem, saiba que isso não é oficial, não é um interrogatório ainda, você devera fazer uma viagem formal até a delegacia durante a semana para dar declarações acerca do ocorrido. Agora eu quero entender o que aconteceu, pois sou amigo da família, estudei com seus pais, perdemos o contato, mas as memórias de velhas amizades não morrem. Diga-me o que aconteceu Lucas – agora eu teria que falar, ele já sabia que eu era gey, graças ao Rafael, então não tinha com o que me preocupar.
Eu – na noite em que o evento ocorreu, eu havia contado para meus pais minha opção, eles não aceitaram a principio, você sabe como funcionam as coisas.
Leopoldo – eu sei bem como é, meu filho me contou que é bi, mas na época eu já tinha visto tanta coisa que acabei aceitando. Prossiga.
Eu – bem, eles me expulsaram então eu vaguei sem rumo, pois não sabia o que fazer, andei por um bom tempo, e acabei entrando no beco.
Leopoldo – onde ocorreu o incidente, mas você sabia que estava sendo seguido?
Eu – eu só percebi quando estava cercado, um deles tentou tomar meu anel, mas levou algum tipo de choque, pois ele me insultou e me jogou no chão. Lembro de eles terem me dado uma surra, eu já estava meio abatido e acabei desmaiando de tanta dor.
Leopoldo – me deixe ver o anel – eu levantei minha mão próxima dele e ele olhou e olhou, quando tentou tira-lo, levou um choque – parece que ele tem algum mecanismo para pregar peças em quem toca, eu já vi um truque como esse em um circo, mas o seu parece que é tão pequeno que não sei onde caberiam baterias. Onde conseguiu?
Eu – truque? Não este é o anel que ganhei de Rafael, para simbolizar nosso namoro.
Leopoldo – onde você conseguiu esse brinquedo garoto – ele disse encarando Rafael. Acho que ele não gostava dos óculos que Rafael usava.
Rafael – eu não comprei, fiz ele com a ajuda de um amigo.
Leopoldo – e de que ele é feito? Como funciona?
Rafael – ele é feito de um metal muito raro, combinado a prata e uma liga interna de diamante, não sei porque você pegou um choque, acho que não deveria fazer isso, até porque ele foi feito sob medida para o Lucas.
Leopoldo – diamante dentro do anel, bem cada um com as suas esquisitices, era o que meu avô costumava dizer. Continuando, você viu o sujeito que cometeu os assassinatos? – ele concluiu voltando-se novamente para mim
Eu – não, apaguei antes disso – ele estava próximo ao ponto em que Rafael entra na história, se ele era amigo da família talvez quisesse mesmo ajudar.
Leopoldo – como você saiu de lá, quer dizer, as câmeras não registraram você saindo, na verdade não registraram ninguém entrando alem dos defuntos, de você e dos sobreviventes.
Eu – bem – olhei para Rafael e ele confirmou com a cabeça, provavelmente o Dr. Leopoldo percebeu, mas não falou nada – depois que apaguei, acordei na casa de Rafael. Ele disse que tinha me resgatado.
Leopoldo – quer dizer que você está envolvido – ele falou referindo-se ao Rafael.
Rafael – sim – ele disse muito calmo.
Leopoldo – então me conte o que aconteceu do momento da chegada até a partida.
Rafael – eu cheguei e vi o que eles tinham feito com meu amor, você sabe como é quando mexem com aquilo que amamos, e eu amo Lucas mais que minha própria vida. Ao ver ele naquele estado senti um o ódio muito grande tomando conta de mim, ai eu dei uma surra naqueles garotos, coisa que eu nuca fiz foi me meter em briga, mas nesse dia não pude evitar. Eu tenho certeza que não os matei, pois chequei e estavam apenas desacordados. Depois peguei Lucas, vi que ele ainda respirava, mas estava à beira da morte, então voei para casa para cuidar dele.
Leopoldo – quer dizer que foi você o agressor, mas não foi você que matou os garotos?
Rafael – pode se dizer que sim.
Leopoldo – se for verdade o que me disse, é provável que vocês saiam dessa com poucos arranhões. Entretanto, algumas peças estão faltando e queria que você me desse uma luz.
Rafael – o que é?
Leopoldo – Primeiro, como você conseguiu deixar sozinho aqueles brutamontes daquele jeito, visto que três dos quatro praticavam lutas de alto-defesa e dois eram maiores que você? Segundo, como você saiu sem que as câmeras registrassem? E terceiro, Como as marcas do corpo de Lucas sumirão tão rapidamente, visto que o evento aconteceu há poucos dias e até onde eu sei foi uma surra grande que deram nele? E por fim me mate a curiosidade de saber por que você estava sem camisa?– e agora, Como Rafael se explicaria?
continua...
E agora? vocês acham que tem um jeito de Rafael sair dessa? se sabem de algum modo, falem nos comentários. Comentem, critiquem e deixem sua opinião de acordo com o seu ponto de vista da história. Ao final não deixem de atribuir uma nota. Até a próxima.