Lágrimas no escuro - Capitulo 1 A volta

Um conto erótico de Samuca's
Categoria: Homossexual
Contém 1703 palavras
Data: 28/08/2013 17:32:28

Segunda-Feira 09 de abril de 2012

“Querido diário, hoje será diferente... Tem que ser! Eu vou sorrir e será um sorriso convincente. Um sorriso que dirá: ‘Estou bem, obrigado’. Sim! Eu estou bem melhor. Não serei mais o garotinho triste que todos humilharam há um pouco mais dois anos. Eu recomecei e segui em frente.”

Eu estava assustado, depois de um tempo sem querer vir a essa cidade, agora eu tenho que morar aqui. Ótimo! Não poderia ficar melhor. Tomo meu banho, me arrumo, visto a porcaria (com o perdão da palavra) do uniforme. Minha madrasta e meu pai estão na mesa.

_ Oi filhote. _ Minha madrasta diz com empolgação. _ Você está pronto? Eu juro que se existisse outra escola com ensino médio eu te...

_ Tudo bem mãe (eu só chamo ela assim), a gente já conversou sobre isso.

Meu pai nem me olhou, ele não falava comigo. Mas nem sempre foi assim, ele era legal, me amava e me tratava como um filho, agora me trata como um estranho. Bem, então tudo aconteceu e isso mudou. Ele me achava uma aberração e eu não poderia discordar dele.

_ Eu só vou beber um leite e vou para aula.

_ Quer que eu te leve? _ Minha mãe (eu vou chama-la assim, se não se importam) diz com a boca cheia de pão.

_ Não precisa, tchau.

Durante o caminho para o inferno – digo - escola, eu pensei na minha vida. Há dois anos eu era um garoto baixinho, magrelo, usava aparelho (não que eu precisasse, minha mãe é odontóloga e resolveu colocar, pra prevenir) e uns óculos de fundo de garrafa que deixava o meu rosto ainda mais medonho. Mais eu cresci, tirei o aparelho, fiz academia, coloquei lente de contato. Enfim eu estava bonitão. Vocês devem está achando, que por eu ter sido humilhado e voltado para essa cidade, eu iria querer me vingar. Vocês estão errados, eu nunca me preocupei com isso. Não é da minha natureza.

ESSA NÃO É UMA HISTÓRIA DE VINGANÇA. É só a história de um garoto que queria ser aceito, respeitado e quem sabe até... Amado. Sim, por que não? Amor é o que move qualquer ser humano, não é verdade? É verdade sim, hum!

Deparo-me com aquele portão na minha frente, só uma palavra o define: assustador!

_ Bom dia, quem é voc... Dinho?! _ Esse é o Seu Tobias, o porteiro da escola. _ Meu Deus! Como você está diferente, bonitão... Hum, as gatinhas não vão se controlar com você!

Ele para e vê que falou besteira, a cara dele fica engraçada.

_ Desculpa filho...

Eu rio, lhe dou um forte abraço:

_ Também senti saudades do senhor, seu Tobias.

Começamos a conversar e então vejo a bruxa, quer dizer, a senhora diretora vindo à nossa direção.

_ Ora, mas se não é o Senhor Luís Fernando. _ Ela abaixa o óculos e diz naquela voz de gralha velha _ Olha aqui rapaz, não quero saber de nenhuma confusão.

_ Tudo bem, desde que você coloque seu filho numa coleira... _ Eu resmungo baixo.

_ Como é?

_ Desde que ninguém me fale alguma besteira.

Ela me leva até minha sala, o professor já está lá. Kleiton, o professor de geografia: legal e bonitão. O conheço desde a quinta série.

_ Sala: pra quem não conhece esse é o Luís Fernando.

A sala começa a cochichar e alguém diz no fundo:

_ Nem parece o viadinho, quer dizer o Dinho.

Quase todo mundo da sala ri, menos quatro pessoas. Eles eram: Victória, minha ex-melhor amiga. Pedro, meu primo e ex-melhor amigo. Ricardo, o filho da diretora e um rapaz que eu não conhecia.

_ Parem com isso e rapaz vá procurar uma carteira.

Ela grita e sai da sala.

_ Bem vindo de volta Dinho. _ Meu professor pega minha mão e aponta para uma cadeira vazia na frente da sua mesa.

As primeiras aulas são bem legais. Kleiton é um ótimo professor, mantém todos prestando atenção nele, isso não é difícil pelo seu charme. Alguém me joga uma bolinha de papel, olho para trás e vejo meu primo fazendo gesto com a mão para que abrisse a folha.

“Oi Dinho, senta comigo na hora do intervalo?”

Em um primeiro momento pensei em recusar, mas ele não teve culpa, apesar de andar com a ‘turma do mal’. Depois de um cinco minutos pensando eu me viro eu sussurro um “sim”. Então vejo um grande sorriso brotar em seu rosto.

Então o tempo passa e o sino toca. Todos se levantam, mas eu fico na minha carteira esperando Pedro.

_ Oi. _ Ele diz colocando sua mão em meu ombro.

Eu levanto e ele me dá um abraço apertado, bem, acabo retribuindo. Nessa Victória entra na sala. Ela para e olha pra mim, apreensiva.

_ Olá Dinho!

_ Oi Victória...

_ Vic!

Vic odiava que alguém que não era íntimo dela a chamassem assim. Sinceramente eu não sabia se devia ou não chama-la por Vic ou quebrar ou laço de amizade de vez. Então ela surpreendentemente veio até a mim e me abraçou. Ela estava chorando, nunca tinha a visto chorar.

_ Eu senti tantas saudades suas. Eu até terminei com Binho, me desculpe por ter hesitado, você era meu amigo e nada poderia ter ficado por cima disso. Você me perdoa?

_ Vocês sentiram mesmo a minha falta? _ Eu pergunto quase chorando também.

_ Lógico! _ Pedro responde.

¬¬_ Me desculpem pelo o que eu disse naquele dia? Eu estava de cabeça quente.

Eles me abraçam e dizem que é passado. Eu estava muito feliz recuperei meus amigos, agora nada era mais importante.

_ “Somos amigos, amigos do peito, amigos de uma vez...” Oh que fofo. _ Binho mantinha sua mania de ser irritante.

_ Oi Dinho! _ Ricardo diz com aquele lindo sorriso no rosto.

_ Luís Fernando pra você! _ Pedro diz me puxando para fora da sala de aula.

Todos olhavam pra mim e riam. Como essa cena era familiar. Elas estavam com o panfleto na mão. Vejo o garoto da sala (aquele que riu da minha cara) ler o panfleto e joga-lo no lixo.

Eu sento numa mesa e um garoto do segundo ano começa a enfiar a caneta na boca e representar um sexo oral. Vic vai pega um panfleto na mão de uma garota que me olha com uma cara de pena e começa a ler:

“Dinho/Luluzinha profissional do séquizo. Boquete 10 real, dá a bundinha 20 real, tudo junto 15 real. P.S. Trazer papel higiênico para limpar seu pau de bosta”.

Eu coloco minhas mãos no rosto tentando segurar minhas lágrimas. Mas eles não iam me desestabilizar como fizeram na oitava série. Eu não iria fazer nada! Eu respirei e sorri para turma do mal. Sem pensar duas vezes eu subi na mesa e comecei a gritar:

_ Desculpa pessoal, mas eu não estou atendendo mais. Agora eu só transo por amor. _ Me virei para os babacas e disse: _ Mais aqueles daquela mesa topa tudo, até suruba.

Todos olharam pra mesa deles e começaram a rir da cara deles. Bem, como eu disse que não ia me vingar, mas iria me defender. Logo o recreio acabou e nós voltamos para sala de aula.

Uma bola de papel me atinge outra vez. (Que mania a desse povo) Abro e leio:

“Juro que dessa vez eu não tive nada haver com isso. Ricardo” me viro para trás e levanta as mãos como se estivesse se rendendo. Eu não iria cair no papo dele de novo. Eu acho...

Recebo outra bolada, mas agora era uma ameaça: “Você me paga seu viado” me viro e vejo Binho fazendo aquele sinal com as mãos como quem diz: ‘te pego na saida’.

‘Ridículo’ é o que eu penso. Mais aula e então, libertação dos escravos, ou seja, nós.

Pedro e Vic me perguntam se eu vou com eles, e eu digo que preciso ir na secretária e que depois nós no falávamos de novo.

Faço tudo o que faltava fazer e sigo para minha casa.

‘Até que não foi tão ruim. ’ Sinto alguém me acertando por trás, quase me fazendo me fazendo cair.

_ Olhem que a gente achou perdido. _ O idiota Binho diz fechando a mão para me dar um murro.

_ Binho para! _ Ricardo diz segurando o braço dele.

Eu me levanto e vou embora, mas consigo ouvir:

_ Por que cê tá defendendo o viado?

_ Por que ele não merece isso!

Eles começam a discutir, mas eu nem dou moral pra discursão do casal. E com certeza isso era um plano pra me enganar como eles fizeram da ultima vez. Mas eles não iam conseguir me enganar. Não dessa vez...

De noite, depois do jantar eu ouço pedras atingindo minha janela. Olhando para fora eu vejo o garoto da minha sala. Eu desço e saio de casa para ver o que ele queria.

_ Oi. _ Eu digo já de frente pra ele.

_ Oi... Eu sou seu vizinho meu nome é Henrique. _ Ele diz apontando para casa da frente.

_ Legal acho que não preciso falar o meu.

_ Eu só queria saber como você estava depois daquela palhaçada. Você vai ficar bem?

Eu sorrio e respondo:

_ Isso já aconteceu uma vez e minha mãe me perguntou isso. Se eu iria ficar bem.

_ E então?

_ Eu disse que ia ficar bem.

_ E você foi sincero?

_ Me pergunte isso amanhã. _ Digo apontando para o meu pulso esquerdo, que tinha a cicatriz de quando eu tentei me matar.

Ele se vira e atravessa a rua.

_ Até amanhã então!

_ Até.

Depois disso eu visto meu pijama do Bob Esponja e me deito. Todo o dia, quando eu me deito eu lembro o que aconteceu. E todos os dias eu choro até finalmente adormecerOi, essa história eu me baseei em outras. Vou colocar aqui como eu imaginei eles:

Dinho: Guilherme Leicam

Victória: Victória Justice

Pedro: Nicholas Hoult

Henrique: Tom Welling

Ricardo: William Moseley

Binho: David Henrie

Kleiton: Sebastian Rulli

Esses são os principais, depois eu coloco os outros. Espero que Vocês gostem!

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Comentários

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otimo começo.O contexto é perfeito....continua logo.

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