Olá galera! Mais um post. Fico feliz por alguns autores ter voltado. Mil beijos e até o próximo. A coisa ainda vai ficar boa, eu prometo! Boa leitura...
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- Não! Boa noite querido. – Kadu deitou rapidamente, antes que o seu pau desse sinal de vida e a coisa piorasse.
No dia seguinte, o Daniel acordou e nem se lembrava que aquele corpo másculo e coberto apenas por um pedaço de tecido, estava deitado no chão de seu quarto. Fora inevitável não ficar admirando o Kadu. Por um instante, ele se lembrou da noite maravilhosa que ambos tiveram, e ele sim, era um homem de verdade. Que sabia valorizar o próximo, dando carinho e atenção. O Kadu ia acordando aos poucos, num bocejo que mais parecia um anjo.
- Que horas são? – quis saber ele.
- Oito e meia. – Daniel o fitou, com um sorriso brando.
Kadu se levantou para ir ao banheiro e nem havia se dado conta que o seu pau estava duro feito pedra.
- Desculpa Dan, é que... – ele ficou sem graça, levando as duas mãos em seu membro.
- É normal seu bobo. Isso acontece sempre comigo. – ele tentou amenizar a situação.
- Eu já fiz a minha higiene pessoal e estou indo para cozinha; você quer que eu te espere, ou vai depois.
- Eu agradeço se me esperar, é que ainda não me acostumei com a sua família, e eu sou um pouco envergonhado.
- Para com isso Kadu, aqui todos são animados. – Daniel sentou na beira da cama. – Você acredita que o meu pai veio me perguntar se éramos namorados? O mais engraçado, é que para ele, eu não posso ter uma amizade masculina, que todos os homens serão meus namorados. – ele riu.
- O seu pai é um homem muito bom. A forma como ele aceitou você, sem te condenar, tão pouco te julgar... Você teve muita sorte Daniel.
- Você tem razão. Ele é um pai incrível! Mais e aí, me conta daquele cara que você diz amar.
- Ele se mudou para a Argentina. Foi morar com as tias. – Kadu não conteve um semblante triste.
- Você ainda o ama né? – ele balançou a cabeça em sinal de positivo.
- Nós tivemos uma briga feia, e ele resolveu partir. Eu tentei reatar nosso relacionamento por diversas vezes.
- Eu compreendo. Oh, não fica assim. Você veio para São Paulo curtir as suas férias, e tenho certeza de que irá se divertir muito.
Eles se abraçaram, e em poucas horas estavam todos à mesa. Era um belo dia de domingo e após o café, o Daniel iria levá-lo ao litoral paulista, para uma praia.
- Então quer dizer que você é formado em Educação Física? – perguntou o Renato, dando um gole em seu café.
- Sim. Me formei quando eu tinha 23 anos. Hoje dou aula numa academia.
- Eu queria tanto um personal que me ajudasse a secar uns quilinhos... – a Jéssica se derretia toda para ele, nem parecia que ela era comprometida.
- Eu posso te dar umas dicas se você quiser.
- Claro que eu quero!
Daniel lançou um olhar fulminante para a irmã, para que ela não deixasse o Kadu constrangido.
- Saindo pão na chapa fresquinho. – a dona Marli apareceu com uma travessa de pães.
Eles riam e se divertiam com as histórias contadas pelo Kadu. Aos poucos, ele ia se entrosando com a família do Dan.
- Você pode passar protetor em minhas costas. – pediu Daniel.
- Vira pra mim. – ele pediu. Kadu estava com uma sunga preta, e a mulherada na praia babava por ele. Aliás, pelos dois, pois depois de ter adquirido um belo corpo, o Daniel não passava despercebido nem na esquina de casa.
- Me fala de você e o Ricardo. – a pergunta do Kadu parecia querer ir muito além de uma simples resposta.
- Eu e aquele ali não temos jeito. Vou te confessar que o amo muito, mais existe uma enorme diferença entre nós dois.
- Ah, talvez vocês precisem conversar melhor.
- Eu não quero mais falar do Ricardo. Quer água de coco? – ele mudou o rumo da conversa.
- Sim.
- Eu vou até uma barraca comprar pra gente.
- Toma o dinheiro. – o Kadu ia abrindo a sua carteira, mais o Dan foi mais rápido.
- Nem pensar! Eu pago. – ele saiu dali.
Quando o Daniel se aproximou de uma barraca, teve a infeliz visão: O Maurício, o Victor e o Ricardo, sentados numa mesa tomando cerveja. Ele vez de tudo para não ser visto.
- Ai meu Deus! Até aqui? – ele exclamou para o céu, incrédulo com a presença dos três. Se aproximou de outra barraca...
- Pode ficar com o troco moço. – o que ele mais queria era sair logo dali. Quando segurou os dois cocos, e virou de costas...
- Tá fugindo de mim? – Ricardo surgiu na frente dele, mais lindo do que nunca. Com um boné branco voltado para trás, a barba por fazer, uma camiseta preta e bermuda surf. Daniel não conseguiu encará-lo nos olhos.
- O quê que é hein? Virou perseguição? Se eu for até a lua, com certeza vou me deparar com você. – ironizou ele.
- Você pode ir pra onde for sempre estarei ao seu lado. Você vai tomar dois cocos?
- Não te interessa!
- Me dá um vai.
- Não! Já tem dono. – era guerra entre os dois.
- E eu posso saber quem? – Ricardo ficou curioso.
Daniel não perdeu a chance de sair por cima da carne seca e soltou a bomba:
- Este outro coco aqui, é do meu namorado! Por quê?
- Você está mentindo! – o outro gritou.
- Tá vendo aquele homem ali sentado? Forte, com um corpaço? Pois é ele é o meu namorado.
- Eu vou acabar com isso agora!
- Escuta aqui. – Daniel segurou forte no braço dele. – Volta pra sua mesa e vai ficar com os teus amiguinhos. A minha vida não te diz respeito e vou falar pela milésima vez, me deixa em PAZ!
Daniel saiu, e deixou-o sozinho. Ricardo apenas observava ele caminhando em direção ao Kadu. Um misto de tristeza tomou conta dele. Havia perdido o seu amor para outro homem – ele pensava... Mais o que ele não sabia era que aquilo foi só um blefe do Daniel.
- Você demorou. Eu achei que tivesse ido pegar este coco na Bahia.
- É que a fila estava grande.
- Que cara é essa Daniel?
- O Ricardo está aqui.
- Onde?
- Esquece Kadu. Vamos curtir o sol que nos resta.
Aquelas discussões com o Ricardo estavam ficando cansativas, e o pior de tudo, é que teria de cruzar com ele na faculdade.
O domingo passou rápido, e os dois queriam aproveitar o resto da noite. Kadu convidou o Dan para um jantar fora, e puderam conversar um pouco mais.
- O que vocês irão beber? – perguntou o garçom, todo simpático.
- Eu quero uma caipirinha. – pediu o Kadu.
- Me trás uma dose caprichada de tequila.
- Você vai beber tequila? – Kadu fez uma cara de espanto.
- E qual é o problema? Hoje eu quero extravasar! Tive um dia agitado. – ele se referia ao encontro que teve com o Ricardo na praia.
Jantaram e trocavam um bom papo. A medida que se animavam a bebida ia rolando solta...
- Vamos ter de pegar um táxi. – Daniel ria muito. Tudo para ele era engraçado.
- Você está bêbado, e confesso que também estou. – eles se abraçaram e continuavam rindo.
- Se eu chegar assim em casa, a minha mãe me mata!
- Eu to com grana aqui no bolso. Não é muito, mais se você quiser ir para um hotel... – propôs o Kadu.
- Você quer me comer né safadinho. – realmente ele estava bêbado, pois nunca falara daquele jeito.
- Claro que não Dan! Jamais me aproveitaria de você nesse estado. Quero apenas salvar a sua pele e poupar os seus ouvidos.
Ele acabou concordando, e o táxi parou na frente de um hotel simpático. Não era nada cinco estrelas, tão pouco três, mas como o Kadu saiu desprevenido e a conta do restaurante deu alta, o que sobrou foi apenas merrecas. A recepcionista entregou a eles as chaves do quarto e ambos subiram com certa dificuldade. Já dentro do quarto, Daniel se atrevia em gestos sensuais para o Kadu.
- Não Dan... Desse jeito eu não quero.
- Ahhh, para de bobagem... Meu corpo está fervendo por dentro. – ele se aproximou do Kadu e passou a mão em seu pau, por cima da calça jeans.
- Eu não quero que amanhã nos arrependa do dia de hoje.
- Eu não me arrependo de nada que faço! Me pega de jeito vai.
Kadu ainda tentou dificultar as coisas, mais resistir ao Dan, foi impossível. Ele se rendeu ao outro e ambos deram um beijo molhado e intenso. Kadu tirou a sua calça, deixando livre o seu pau. Daniel ajoelhou diante dele, e fazia um oral que o levara às nuvens. Logo em seguida, foram para cama, e o 69 foi tão intenso, que o Daniel quase gozava na boca do Kadu.
- Me come Ricardo. Me usa! – ele foi empurrado.
- Ricardo? – porra Daniel!
- Desculpa Kadu, é... É...
- Perdi o tesão. Acho melhor a gente dormir.
- Me perdoa, por favor! Vamos começar de onde paramos, vamos...
- Você me decepcionou Daniel. Vai dormir, vai!
O clima pesou entre os dois. Daniel recolheu suas roupas, e pôs apenas a cueca para dormir. Talvez tivesse dito o nome do Ricardo, porque se estressou com ele pela manhã, ou talvez por que... – Ai Daniel... – ele suspirou e dormiu.
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- Oi Kadu, bom dia.
- Bom dia. – ele respondeu ríspido.
- Ainda tá magoado comigo?
- Esquece a noite de ontem!
- Me perdoa Kadu. Eu estava...
- Bêbado. Eu sei disso. – ele respondeu por ele.
- Meu Deus! Hoje é segunda-feira, meu primeiro dia de trabalho e de faculdade. Estou frito.
Ele se desesperou e nem engoliu o café. Pegou um táxi e foi direto para faculdade, pois só pegava no trabalho após o meio-dia. Orientou o Kadu, como retornar a casa dele, e entrou.
- Oi Daniel!
- Oi Leo. Já começou alguma aula?
- O primeiro tempo sim. Onde você estava? A sua roupa está completamente amassada.
- Eu estava num hotel com o Kadu.
- Sério? Amigo, que babado. E aí?
- E aí que... Ai, de novo não. – ele avistou o Ricardo, mais só que desta vez, o mesmo passou direto, sem nem olhar na cara dele.
- Você viu aquilo?
- Ele está assim, porque eu disse que o Kadu era o meu namorado.
- Mas ele é?
- Claro que não né? Eu inventei essa desculpa, pra ele não ficar no meu pé?
- Eu não te entendo sabia? Você ama o Ricardo, e quer ele longe de você?
- Eu sei o que to fazendo. Vem, vamos pra sala.
- Nem te conto. A Fabi está organizando pra galera ir acampar no fim de semana. Vai ser maravilhoso!
- Ótimo, só que eu não vou!
- Como assim não vou? Claro que você vai.
- Depois a gente fala sobre isso.
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- Oi meu amor! – a Denise foi logo grudando no pescoço do Ricardo.
- Oi. Que bom te ver. – ele afastou as mãos dela.
- O que foi? Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu vadia. Isso! – ele deu um tapa na cara dela, fazendo-a sentir o peso de sua mão.
- Agora você vai me pagar, por ter posto aquelas fotos na internet!
Todos na faculdade olhavam a cena.
CONTINUA...