Sentado na pequena cabine sanitária, com o rosto molhado devido a agua da torneira. Minha cabeça já fervilhando, escutei a porta abrir-se.
- Gabriel? - Sua voz grave ecoou pelo banheiro. Diminui a minha respiração e fiquei quieto, inutilmente, pois as outras cabines estavam abertas. Com a raiva do momento, soquei repetidamente minha coxa, e logo em seguida a alisei tentando diminuir a dor. - Vamos conversar!
- Pode falar... Estou te escutando.
- Quero olhar em seus olhos, Gabriel. Sai daí! - Tudo bem, uma hora eu iria ter de enfrenta-lo, que seja agora.
Bufei levantando e destrancando a pequena porta de alumínio. Eduardo estava estrategicamente encostado na parede ao lado da pia, com os braços cruzados e o rosto serio. Passei as mãos pelos cabelos e o fitei.
- Fala Eduardo... - Respirei fundo. - Espero que a sua explicação seja melhor do que a do “Rô”. - O sarcasmo trasbordava em minha voz. - Porque sinceridade, aquela explicação barata. Não me convenceu! - Ele baixou a cabeça e começou a falar.
- A sua expressão já dava para perceber isso. A verdade é que eu e o Roberto nunca “ficamos íntimos”- Ele mordeu os lábios. - Rolou alguns beijos, nada demais...
- Calma ai... - Apoiei-me na pia e olhei para o meu reflexo no espelho. - Então porque você ficou calado aquele tempo todo, deixando ele contar aquela historia absurda? - O fitei.
- A historia não é tão absurda assim Gabriel. - Eduardo rolou os olhos, enquanto eu ficava com mais raiva ainda. - Ele só aumentou algumas partes... Mais enfim não vim aqui para discutir isso. Vou te contar a verdade, sem palhaçada.
Ele passou a mão pelo rosto e me olhou.
- Nos conhecemos, quando ele estava estagiando. Meu pai tinha acabado de passar a empresa para o meu nome, ficamos amigos e sempre nos finais de semana saiamos juntos. Com o tempo fui percebendo, que ele não queria só a minha amizade... - Ele sorriu. - Nunca transamos porque EU não quis. Sei lá ele já estava noivo naquela época, não ia ser um relacionamento saudável. - Eduardo deu de ombros.
Eu o olhei incrédulo.
- Sabe Eduardo... - Seu rosto ficou serio, parecia analisar as minhas palavras. - Eu ainda tinha esperanças de quando voltar, encontrar aquele Edu carinhoso, amigo, verdadeiro, e por ai vai... Mais infelizmente parece que foram meras lembranças, que ficaram no passado. - Meus olhos se encheram de lagrimas. - Um passado que eu não quero esquecer, porque foi gostoso sabe?
Tentei sorrir, mais foi uma tentativa falho.
- Não estou falando que você deveria, ter me esperando todos esses anos... Eu também falhei. - Apertei a nuca e fechei os olhos. - Só estou tentando, ao menos, te dizer o quanto você mudou.
Passei por ele, indo em direção a porta quando senti sua mão pesar sobre, meu ombro.
- Gabriel... - Minha mão se fechou, e virei um soco em seu rosto. Logo sua pele ficou, levemente vermelha.
- Eu já ia esquecendo... - Ofeguei e o olhei com ódio, enquanto ele virava o rosto. - Isso foi por você ter ficado com o Roberto sabendo que, ele já estava noivo da Carlla. - Balancei o ombro tirando a sua mão, e murmurei um nitido - Idiota!
Sai do banheiro, deixando-o com a expressão completamente confusa, sem importar com seu rosto. Talvez ele merecesse. Voltei para a minha mesa e alisei a mão que doía.
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O resto da tarde passou tediosa, não o vi mais depois da nossa pequena conversinha no banheiro. Os relatórios que precisavam da sua autorização, eu os enviei por e-mail. O único momento em que nos vimos novamente foi ao termino do expediente.
Que fui a sua sala perguntar se precisava de algo, com um “Não” seco, e ele nem se deu ao luxo de olhar-me. Fechei sua porta de vidro e fui, para o elevador.
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Depois de praticante uma hora, para chegar em casa. Joguei a mochila no sofá e caminhei em direção ao banheiro, me despindo pelo corredor...
Apoiei as mãos na parede e deixei a agua gelada cair em minhas costas. Eu estava cansado fisicamente e emocionalmente, e ainda fui capaz de bater nele? As lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, gradativamente. No momento nem pensei no meu emprego... “É acho que vou ter de, preparar um novo currículo”. Sorri desanimadamente, pegando o sabonete...
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Joguei-me na cama, e fechei os olhos relaxando finalmente. Mais aquela sensação de culpa ainda pairava sobre minha mente, virei para o lado, abraçando o travesseiro.
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Dois dias depoisOntem Eduardo não apareceu na empresa, nem se quer ligou avisando. Se eu estava preocupado? Claro, ele não era de fazer isso. Todos os dias pontualmente as 07:00, ele já estava na sua sala me esperando.
Já tinha algumas horas que eu havia chegado, e nem sinal dele. Estava mexendo no computador avaliando um contrato, quando o elevando se abre. Eduardo estava pálido, e com olheiras, caminhou lentamente e chegando a minha mesa pude notar o leve arroxeado no canto dos seus lábios.
- Gabriel, que horas os representantes Beikes, vão chegar? - Ele não olhava em meus olhos.
- Daqui a alguns minutos...
- Assim que eles chegarem, mande-os para a minha sala. - Aquilo já estava me incomodando. - Não estou me sentindo muito bem.
- Tudo bem...
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Continua...
thii*-*- Não meu lindo, esse Roberto é o noivo da Carlla lembra? Obrigada ^^ Bjjs
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>Desculpa não responder todos os comentários..<
Amores eu sei que to mega ultra queimada com vocês, deixa eu explicar o motivo desse meu sumiço. Quinta feira o meu wi-fi parou de funcionar não deu pra postar. Ontem (Sexta feira) tipo assim foi o pior dia do mês, tudo o que não era para acontecer, aconteceu! Fiquei o dia todo no hospital, ai a tardinha quando eu tirei pra escrever, quando eu abri a CDC pra postar a luz acabou! E o meu not não tava carregado, não mais deixa eu contar um detalhe eu tinha escrito tipo assim umas 6 paginas. A porra do meu Word não salvou, fiquei puta e desisti de postar. Cara tinha a 1° vez deles e tava tão... Liiiiiiindooooo, voltando kk. Antes de dormir ainda tive que escutar barraco de ex-namorado na frente do meu portão. Haja paciência!!
Mais enfim voltei kkk, amanha eu vou postar Você é só meu! \o/ finalmente. Mais tb vou postar Uma vida! ^^
Beijinhos
> Me perdoem se o conto estiver ruim. Juro que tentei <
Boa noite