Chegando a noite todos estavam se arrumando pra ir a noite dos calouros, eu ouvi fala que eles deixavam os calouros o mais bêbado possível pra poderem fazer besteira, não sei se era verdade só iria saber na hora.
Acordei em uma irmandade de garotas com uma garota deitada comigo, me levantei e vesti minhas calças, meus sapatos não estavam lá, nem minha camisa, olhei nos bolsos e encontrei o meu celular, mas as chaves da casa não estavam lá, dei uma olhada na zona que estava o quarto e não encontrei, pra não ter que encarar a garota sai antes dela acorda, sem fazer barulho.
Comecei a me lembrar de alguns relances da noite anterior, lembro que estava tomando um gole após outro, lembrei de estar beijando uma menina e depois dançando, o resto era branco, não lembrava.
Fui direto pra casa, chagando lá bati na porta mais de quatrocentas vezes e nada, resolvi ligar pra Ana e ela nada de atender, não podia ir na Zeta por que lá era proibida a entrada de meninos, então desci e fiquei deitado na grama só de calça e morrendo de dor de cabeça, foi ai que botei a mão no rosto e então percebi, estava sem meus óculos, minha ressaca estava tão grande que nem tinha percebido que estava sem óculos, e é que eu tinha 2,5 graus de miopia, sorte que eu tinha outro óculos e uma lente, lente essa que só servia pra ocupar gaveta, porque eu odiava.
O campus estava deserto, não sabia que horas era e ainda estava meio que passando mal, meio não, porque eu vomitei na hora, estava muito mal e com um gosto ruim na boca, eu só tinha bebido antes umas 2 vezes e por insistência do Fabio, mas agora tinha jurado que beber pra mim mais nunca, eu nem tinha idade pra isso, aqui em USA só pode beber álcool com 21 anos, e só pode se comprar bebida com a identidade.
Fiquei mais ou menos 1:30 esperando lá na frente, não tinha o número do ogro e nem de ninguém, a única pessoa que eu conhecia era a droga da Ana que não atendia o celular, estava pra me levantar e ir até a Zeta quando a porta se abre e de lá sai o Pattry.
- Ah e você está ai, depois de ontem pensei que você tinha entrado em coma alcoólico.
-Bom dia Mr. Pattry, você poderia me emprestar sua chave pra mim entrar na casa- disse meio sarcástico.
-Claro Mr. Malnicky- disse ele devolvendo meu sarcasmo e me estendendo as chaves, eu fui até ele e peguei a chave de suas mãos e subi as escadas, ele veio atrás de mim.
-Se você quiser eu posso fazer uma café puro pra você, acho que ajuda.
-Não obrigado.
-Que tal uma agua com gás?
-Não obrigado.
-Só estava tentando ajudar.
Assim quando ele terminou de falar já me deu anciã de vômito, sai correndo pro banheiro e botei o resto que tinha dentro de mim pra fora, quando eu levanto o rosto, estava lá o traste na porta do banheiro.
-Precisa da minha ajuda agora?
-cara, você é irritante.
- sabe que você é a primeira pessoa que me diz isso.
-Serio? Acho que eu sou a única pessoa sincera que você conheceu.
-Serio, agora você vai se lavar e tomar um café bem quente, ai você fica bom o bastante pra me ignorar- disse ele fechando a porta do banheiro, do jeito que ele falou pareceu que eu estava sempre ignorando ele, e não era verdade, ou era?
Quando terminei o banho me vesti e fui até a cozinha, ele me deu uma xícara de café e eu bebi.
-Quer uma torrada?
-Não, acho que se eu comer alguma coisa eu vomito de novo.
-É bom ter algo no estomago, Vai come.
-Está vendo, acabar diz que não é irritante.
-Está bom, não está mais aqui quem falou, quer saber, se vira, eu tenho mais o que fazer- disse ele com raiva, ele se levantou e saiu pela porta.
Eu continuei tomando o café, e não é que o café era bom, resolvi comer uma torrada, não por causa daquela coisa, mais por que eu estava com fome, e de repente alguém bate na porta, eu nem me dei o prazer de levantar, disse da cozinha mesmo pode entrar, e era realmente quem eu pensei.
-Ana, sua Puta, por que raios você não atendeu o celular.
-Por que eu estava dormindo, e cara eu estava dormindo com um deus grego, e bem que eu vi você saindo de lá com uma garota.
-Você lembra de alguma coisa de ontem?
-Não muito.
-Você acha que eles batizaram as bebidas?
-Não sei, será?
-Mas o Mat se lembra.
-Ah então você pode chamar ele de Mat e eu não posso não é?
-Sim, mas eu moro com ele.
-Você é chato
-Acabei de dizer isso pra ele.
-Pra ele quem?
-Nada esquece.
O resto do dia passou bem, a Ana foi pra casa dela e eu fui dormir, eu estava muito mal, dormi e acordei já no fim da tarde.