NO ULTIMO CAPÍTULO...
Mas o que é bom dura pouco, todos entramos para os nossos respectivos quartos, e o mais engraçado é que no meu quarto era eu o Alexandre o Thomas e o Adrian, e para ficar de vela o André e o Gustavo o nosso volante titular...
O Quarto era grande, tinha duas camas de casal, e duas de solteiro eu e o meu pequeno dormimos em uma e o Thomas e o Adrian em outra...
O mais incrível é que foi o treinador que reservou os Quartos...
Estranho né?
MEU PEQUENO MEU AMOR PARTE 19
DESCOBERTAS
CONTINUANDO...
Sem segundas intenções eu e o meu baixinho dormimos, descansamos muito por que a viagem foi muito cansativa, e ainda mais com os treinos, tínhamos o direito de descansar ainda mesmo cansados conseguimos uma vitória na estreia da copa...
Acordei com o meu pequeno acariciando o meu peito, ele estava muito carente e eu fiquei preocupado e perguntei de voz baixa...
Eu – o que foi amor? – perguntei olhando sério para ele...
Alexandre – o que foi o que? – perguntou sem entender...
Eu – eu te conheço nanico...vc tá muito carente ultimamente...o que está te incomodando? – perguntei o encarando...
Alexandre – eu tenho medo poxa... – falou com os olhos marejados...
Eu – medo do que? – agora não entendi merda alguma...
Alexandre – medo disso tudo passar...isso apenas ser uma paixão passageira... – desabafou triste...
Eu – isso nunca vai acontecer...eu nunca vou deixar ninguém te tirar de mim...vc é o meu pequeno... – falei o beijando e percebi que ele melhorou o seu humor...
Eu – agora vamos dar uma gratinada? – perguntei, mas tomo um susto de todo mundo do quarto que começa a rir...
Gustavo – kkkkkkkkkkkkkkkkkk “gratinada” essa foi hilária... – disse se descobrindo do cobertor...
Adrian – caralho velho...ai a minha barriga tá doendo... – disse rindo muito...
André – nossa mano...vc é um palhaço sabia... – disse vermelho de tanto rir...
Thomas – gente...eles estão vermelhos de vergonha kkkkk – disse “dando trela”...
Eu – caralho velho...vcs quer matar a gente de susto? – perguntei sentindo as minhas bochechas corarem...
Alexandre não falava nada apenas me olhava com os olhos arregalados com o susto...
Logo vi a porta do quarto ser aberta bruscamente com o treinador puto...
Tec. Mauro – porra não posso mais fazer a barba em paz? – perguntou puto, ele estava com uma toalha cobrindo a sua cintura e com o rosto cheiro daquela espuma de Barbear nem sei o nome daquela porra...
André – não treinador relaxa... – ele olhou para mim e sorriu – é que o Adriano falou uma palavra engraçada e nós começamos a rir, olha o Gustavo não dá conta de parar de rir... – disse sorrindo maliciosamente...
E eu pensei – “filho da puta”...
Tec. Mauro – ótimo...agora que vcs estão acordados podem ir tomar café da manhã para treinarmos... – disse isso e todos reclamaram...
E o mais interessante, todo mundo ficou bravo comigo pq eu fiz eles rirem, e eu acho é pouco quem manda ficar bisbilhotando conversa dos outros...
André – porra Dinho...vc é um palhaço do caralho sabia? – perguntou com raiva...
Eu – vai trouxa... quem manda ficar bisbilhotando a conversa dos outros? – perguntei me levantando...
Fomos fazer as nossas higienes matinais e logo depois nós descemos para o refeitório do hotel para tomarmos café da manhã...
As mesmas pessoas que estavam comigo no quarto estavam na mesa tomando o café conosco e nós fomos nos preparar para o treino...
No mês de janeiro foi isso, foi a copa bom como futebol tem alegrias e tristezas, nós fomos eliminados nas quartas de final para o Santos..
E o pior, nós seguramos o jogo ao máximo e o puxamos para as cobranças de Pênaltis...
Nas cobranças eu peguei dois pênaltis mas os cobradores do meu time errou duas, ou seja estávamos empatados...
O ultimo a cobrar do time deles foi um tal de Nilton, que hoje ele é muito famoso...
Ele cobrou e eu pulei no local correto, mas por sorte dele a bola raspou na minha mão mas bateu na trave e entrou...
O ultimo a cobrar do nosso time foi o Alexandre, nossa só de lembrar é de partir o coração...
Nesse dia estava chovendo, e a grama ficou escorregadia quando ele foi bater o pé de apoio dele escorregou, ele ainda conseguiu chutar, mas a bola acertou o travessão, ele chorou muito nesse dia...
Alexandre – foi tudo minha culpa... – disse para mim e nós estávamos saindo do campo...
Eu – ei...não é culpa sua amor...vc se esforçou ao máximo para chegarmos aqui... – disse o consolando, ele estava aos prantos...
Alexandre – mesmo assim...eu não... – coloquei os meus dedos nos lábios finos e vermelhos do meu baixinho...
Eu – shii...não adianta argumentar...isso foi só um acidente... – disse vendo ele ceder...
Alexandre – mas eu tinha tantas expectativas para nós ganharmos essa copa... – falei vendo ele baixar a cabeça...
Eu – eu também...mas no ano que vem nós vamos voltar e levar a taça conosco! – falei vendo ele sorrir...
Own o sorriso dele é tão lindo...
Como disse fomos eliminados, e voltamos um dia após o jogo, todos voltamos silenciosos, refletindo no que nós erramos...
Chegamos de madrugada em porto Alegre, o meu baixinho veio embora comigo depois de muita insistência...
Chegamos em casa as 6:30, e apenas colocamos nossas malas para depois desfazê-las, pq o cansaço estava a mil...
Descansamos, mas quando deu dez horas da manhã acordei com o Pequeno me beijando...
Alexandre – bom dia amor... – disse sorrindo...
Eu – bom dia meu nanico... – falei dando-lhe um beijo de tirar o fôlego...
Alexandre – vc não está bravo comigo? – perguntou me analisando...
Eu – não...por qual motivo eu estaria? – perguntei sem entender a pergunta...
Alexandre – Achei que vc ficou pq eu errei o pênalti... – disse de cabeça baixa...
Eu – tira isso da sua cabeça...nunca vou ficar bravo com vc, todos erram...entenda...- falei acariciando o rosto delicado do meu pequeno...
Alexandre – mas... – eu coloquei os meus dedos nos lábios finos dele...
Eu – mas nada...seu baixinho cabeça dura, vc é muito perfeccionista... – disse sorrindo e ele corou...
Alexandre – só vc para melhorar o meu humor mesmo... – disse sorrindo...
Eu não falei nada apenas lhe dei um beijo de tirar o fôlego...
Eu – eu te amo tanto sabia? – perguntei vendo-o sorrir amarelo para mim...
Alexandre – sim eu sei... – disse fazendo careta...
Eu – vem vamos tomar café... – falei pegando a sua mão...
Nós descemos e preparei o nosso café da manhã, eu até ensinei ele a cozinhar, nossa vcs tinham que ver ele de avental fica muito fofo XD...
Quando estávamos servindo vi o André descer com o Mariano, os dois estavam com os olhos inchados denunciando que acabaram de acordar...
Mariano – Bom Dia gente... – disse bocejando...
Eu – bom Dia maninho... – falei sorrindo...
André – porra velho...vcs dois madrugaram... – disse rindo...
Eu – não... a gente apenas preparou o café da manhã... – falei sorrindo...
Mariano – hum...que cheiro bom... – disse se sentando...
Eu – foi o Alexandre que fez... – falei e o meu pequeno ficou vermelho...
Mariano – hum...ficou uma delicia... – disse degustando...
Eu – hum...mas ele teve uma ajuda... – falei me gabando...
André – mano...vcs dois já podem morar sozinhos...já sabem cozinhar... – falou zoando...
Alexandre – boa ideia cunhado – disse concordando...
Eu – hum...pelo visto sou o único a discordar com isso... – falei vendo o Mariano concordar com eles...
Ficamos conversando sobre coisas alheias, e André e o Mariano disseram que iam jogar vídeo game, eu e o meu baixinho ficamos sentados na mesa namorando...
Alexandre – hum...vou lá no quarto... – disse fazendo uma cara safada...
Eu – estou bem atrás de vc... – falei olhando para os olhos azuis dele...
Quando ele ia se levantar ele se desequilibrou e ia cair, mas consegui pegá-lo a tempo...
Eu – tudo bem com vc amor? – perguntei preocupado...
Alexandre – não amor está tudo bem...foi só um mal estar... – disse fazendo uma cara de dor...
Eu – vc tem certeza? – falei observando a cara de dor que ele fazia...
Alexandre – sim tenho certeza absoluta...aii....ai a minha cabeça...parece que vai explodir... – quando ouvi isso fiquei desesperado...
Eu o peguei no colo e o levei até o quarto e ele ainda reclamava da dor...
Eu – onde tá doendo meu anjo? – perguntei preocupado...
Alexandre – aqui... – disse passando a mão na parte de trás da cabeça...
Alexandre – amor...parece...que...ela vai explodir...a dor é insuportável... – disse deixando uma lágrima escapar...
Eu – tudo bem...vou pegar um remédio e já volto... – falei dando um beijo nele e desci...
Eu procurei pelo maldito remédio desesperadamente, mas enfim consegui achar, eu subi de volta para o quarto, mas quando abri a porta o vi desacordado na cama...
Eu coloquei o copo de água e o comprimido no criado mudo e o chamei...
Eu – Alexandre? – perguntei pegando no pulso dele, senti que estava fraco...
Seu corpo estava esfriando, eu me desesperei e gritei pelo André e o Mariano...
Eu – ANDREÉEEE – gritei lá do quarto desesperado...
Logo vi ele surgindo no quarto ofegante...
André – o que houve? – perguntou me encarando...
Eu – o Alexandre...ele tá desmaiado... – falei o encarando...
André – eu vou pegar o carro do papai...e vc o leva para lá agora...vamos levá-lo ao hospital... – falou sério...
E eu nem percebi que ele sabia dirigir, e o meu pai tem um carro e a minha mãe tem outro, mas eles sempre vão em um carro e deixa o outro “para emergências”...
Eu – vc sabe dirigir? – perguntei entrando no carro e colocando o meu baixinho no banco traseiro junto comigo...
André – Direção é o meu sobrenome...se segurem – disse zarpando em alta velocidade...
André dirigia feito um louco, mas era uma emergência no caminho liguei para a Estela expliquei tudo a ela e ela disse que estava indo para o hospital...
Damos entrada no hospital e ficamos na sala de espera e horas se passavam e nada do estado de saúde do meu pequeno, André foi embora e me falou que se qualquer coisa acontecesse eu ligasse para ele, logo vi a Estela chegar no hospital preocupada...
Estela – como ele tá? – perguntou me abraçando...
Eu – ele ainda está lá, eles estão fazendo exames nele – falei deixando uma lágrima escapar...
Estela – ele tomou os remédios dele? – perguntou me deixando sem entender nada...
Eu – que remédios? – perguntei olhando para ela...
Estela – Meu Deus! – disse pasma se sentando no sofá...
Eu – que remédios Estela? – perguntei já chorando...
Estela – ele...tomava alguns remédios que o Neurologista passou... – disse me olhando...
Eu – mas...ele não me falou nada disso... – disse olhando nos olhos dela...
Estela – ele deve ter esquecido...mas...ele passou por alguma mágoa durante a competição? – perguntou me olhando...
Eu – sim...nós fomos eliminados nos pênaltis, e o ultimo a cobrar foi ele, estava chovendo muito naquele dia, ele escorregou pelo pé de apoio e errou... – expliquei...
Estela – isso deve ter ajudado...olha isso é grave...mas ele pode esquecer de vc... – Deus quando ela disse isso fiquei sem chão...
Eu – como assim me esquecer? – perguntei chorando muito...
Estela – é que no dia que ele afogou na aula de natação, o neurologista me explicou que isso resultou em um tumor, os remédios que ele passou para ele tomar ajudava a combater a evolução do tumor e com a dupla personalidade de Alexandre... – me explicou...
Eu – mas e agora? – perguntei segurando para não chorar mais ainda...
Estela – agora é só esperar... – disse por fim isso...
Esperamos mais um pouco e logo o Médico apareceu na sala de espera...
Doutor – Quem são os parentes do Alexandre de Melo Cabral? – perguntou e eu e estela levantamos as mãos...
Doutor – o Tumor no cérebro de Alexandre evoluiu muito, agora o único jeito é fazer cirurgia para remover o Tumor... – explicou nos olhando...
Estela – mas evoluiu muito assim? – perguntou olhando para ele...
Doutor – o Tumor evoluiu em 75% no cérebro dele, isso pode afetar a memória e a dupla personalidade dele... – explicou novamente...
Eu – e o que estão fazendo com ele agora? – perguntei desesperado...
Doutor – ele está na sala de cirurgia, se esperarmos mais um pouco ele pode ir a óbito...é agora ou nunca... – explicou e eu fiquei desesperado...
Estela autorizou a operação e o doutor disse que seria uma cirurgia delicada, e podia demorar de 10 a 18 horas...
Estela – Pode ir embora Adriano...qualquer coisa eu ligo para vc... – disse alisando as minhas costas...
Eu – não precisa...eu vou ficar aqui... – disse aos prantos...
Estela – não vai adiantar...vem eu te levo... – disse me puxando...
No caminho fui calado, parece que conversa nenhuma seria uma boa saída naquele momento, ela por fim me deixou na porta da minha casa e abri o portão, e logo fui abordado pelo André e o Mariano que estavam muito preocupados com o estado de saúde do meu pequeno...
André – o que aconteceu com ele? – perguntou me encarando...
Eu– fiquei calado alguns instantes mas decidi falar...
CONTINUA...