Amigos leitores muito obrigado por seus votos e principalmente pelos comentários! Espero que gostem deste capítulo, aguardo todas as críticas sendo de qualquer teor! Boa leitura.
Eu estava realmente surpreso com aquela cena. Os olhos dele estavam cerrados em um ar sexy e tive que me controlar para não ficar de olho em seu volume.
Entretanto eu logo percebi algo além em suas atitudes e resolvi entrar no joguinho dele. Levantei então da cama. Em um movimento rápido retirei minha camisa e à enlaçei por por suas costas puxando seu corpo no meu. Pude ver seu olhar sexy mudar rapidamente para assustado, com o movimento brusco sua mão parou em meu peito isso me fez sentir algo estranho. Então disse em um tom irônico :
_ E você gosta disso?_ Ele me encarava sem reação e eu não fugia o olhar.
_Sai fora!!_ Robert exclamou saindo dos meus braços.
_O que foi? Pensei que você queria brincar.
Fui até a porta da sacada que dava para o terraço exterior do quarto e abrindo pude ver os amigos dele rindo baixinho atras da porta escondidos.
_Porque você não sai fora! E aproveita e leva esses seus amigos.
Essa parte da minha fala eu disse de um jeito meio grosso. Eu já estava até vendo o Robert vir tirar satisfação comigo mas os outros o levaram pra fora.
Tranquei a porta após eles e me joguei na cama, "Uma doidera atrás da outra na minha vida" pensava comigo em meio a risadas.
Depois de algumas horas dormindo acordei com batidas na porta. Levantei meio zonzo e com a vista embaçada. Era meu pai pedindo para eu descer e participar com eles do jantar. Disse que ele poderia ir pois logo estaria lá.
Coloquei uma roupa simples, calça moleton e camisa branca de algodão. Eu poderia bem ter ficado no meu quarto, não estava nada afim de ter esse encontro com a família. Porém eu sabia muito bem que de um jeito ou de outro teria que confronta-los.
Logo avistei Dona Magali enquanto descia as escadas. Ela usava um vestido tomara que caia escuro de um tom opaco na altura dos joelhos, os cabelos soltos e escovados especialmente para destacar as camadas do seu corte. Quando ela me viu abriu um sorriso sem jeito e passou a observar minha roupa. "Será que esse povo janta vestido assim na propia casa." Pensei sorrindo de volta. Então ela me disse:
_Como está agora Vinícius, conseguiu descansar um pouco?
_Na medida do possível bem e sim pude descansar.
_Vamos jantar em um restaurante perto do centro o Nora´s
Cuisine..
_E aproveitamos e passamos pela strip para você ver a beleza de Las vegas._Disse o Senhor Paulo interrompendo-a.
Ele também estava muito bem arrumado com um ar social moderno o blazer escuro sobre uma camisa azul destacava seus olhos.
_A isadora ainda está se arrumando, fique a vontade em subir e se arrumar também e logo nos sairemos._Disse a senhora magali.
Eu realmente não estava afim de procurar outra roupa. Sabe aqueles dias que qualquer roupa serve pra tudo. Eu me sentia assim.
_Eu estou bem assim obrigado Dona magali._Falei ainda pensativo.
Enquanto eles se entreolhavam fui para o sofá da sala, que por sinal era muito confortável.
Resumindo acho que ficamos esperando ainda meia hora pra isadora se arrumar. Também não havia visto o Robert, pensava onde ele poderia estar se ele também iria. Eu lembro bem que não queria admitir mas desde o encontro que tive com ele também toda aquela cena, acabou que me marcando bastante.
Já era sete da noite quando saímos, o carro era o mesmo que me trouxera no meio do dia, outro motorista trabalhava naquele horário. Após a porta ser aberta entra Dona Magali, esperei que o Paulo fosse depois mas ele pediu que eu fosse, nunca fui muito fãn de ficar no meio, sempre gostei da janela só que parecia que ele também. Para minha surpresa sentado do outro lado estava o robert. Com fone no ouvido e jogado no banco, olhava para o teto do veículo.
Logo o Sr Paulo entrou, ajeitando seu blazer. Antes de sairmos Isadora ainda veio até a janela e pela conversa entre ela e o pai percebi que iria com o namorado.
Realmente aquele bairro era lindo, mesmo a noite podia se ver crianças brincando na rua, jovens nas praças que por sinal eram muito brilhantes com as luzes típicas de Las Vegas. Cerca de vinte minutos depois chegamos ao tão falado Nora's Cuisine, sim praticamente o caminho todo Dona Magali me falava da excelente comida e o Senhor Paulo com os seus comentários de como o restaurante é tão bem frequentado, resumindo, isso foi todo nosso papo.
A faixada do local misturava as típicas construções da itália com o ar sedutor e incandescente de vegas. Fomos muito bem recebidos na entrada, enquanto aguardavamos nossa mesa e o recepcionista voltar não pude deixar de sorrir quando o Sr Paulo tirou a força os fones de ouvido de Robert que ainda permanecia distante, eu tentei disfarçar mas a cena era engraçada, mas claro que Robert não gostou nada e passou a me fuzilar com os olhos. Pouco depois Isadora chegou com seu namorado e nos dirigimos até a mesa. O lugar não era tão requintado e cheio de pompa quanto aos famosos franceses, porém muito aconchegante e caloroso.
Já assentados fui apresentado a Peter, um cara muito sorridente...um homem com rosto de garoto. Barba por fazer, cabelo curto muito bem vestido mas percebi nas suas palavras muita simplicidade, diferentemente das pessoas que ja havia conversado, ou seja minha família.
Confesso que me senti muito só, estava entre cinco pessoas mas não os via como família talvez amigos, a idéia de voltar para o Brasil me sondava.
Fomos servido primeiramente com garlics bread e Cocktails muito saboros. Pedi cannoli e os outros pratos aparentemente mais leves, só Robert que preferiu pizza. A comida realmente era muito boa.
Com o tempo fui me enturmando e contando sobre mim.
_Então você veio do Brasil Vinícius?_Perguntou peter.
_Sim, e você conhece?
_Não, mas já ouvi falar. Então o Sr Paulo já morou por lá também?
_O sócio de maquinário dele tem a sede no brasil._Explicou Isadora.
O Senhor Paulo logo completa:
_Estive lá seis meses a trabalho, a empresa estava no início e o meu sócio da Maker pró, me ajudou muito na época.
Eu sabia muito bem onde chegaria aquele papo no caso dele com minha mãe. Já iria mudar o foco da conversa quando Robert começa a falar:
_E concerteza o trabalho deveria estar muito sem graça pra ter encontrado uma outra mulher e até ter tido um filho! Mas vejam como são a coisas a família esta morta e hoje ele esta aqui morando conosco!
Todos ficaram em um completo silêncio enquanto Robert sorria sarcasticamente. Peter me olhou um tanto sem jeito, então tomei fôlego e disse aparentando gentileza:
_Eu preciso ir no banheiro as bebidas já estão querendo sair!
Com passos largos fui até o banheiro sem nem mesmo olhar para lugar algum entrei em um reservado, e com a mãos na cabeça tentei tirar minha dor, sim eu não estava bem, não pelo sarcasmo ou qualquer outra maldade do Robert, mas sim pelas palavras sobre minha família morta. Realmente aquilo me destroçou por dentro, queria ter chorado mas não consegui. Mas calmo percebi que não poderia ficar ali para sempre então fui até a pía e lavei meu rosto, quando abro os olhos vejo ele ao meu lado, Robert.
_O que faz aqui? Esqueceu algo importante na história e veio me contar! Foi isso?_Questionava-o em meio a risos de raiva.
_Não! Eu vim porque quero te pedir desculpas.
Olhei para ele por um tempo depois me virei para o espelho. Permaneci em silêncio.
_Vinícius..._Ele continuou com uma voz fraca._Eu não quis que te machucar. Aquilo que falei era para atingir meu pai! Nao medi as consequências na hora e acabei te atingindo também...
Eu não conseguia olhar para ele, e percebi que ele também não.
_Poxa eu sei que você não teve uma boa impressão de mim, ainda mais pela atitude minha e dos meus amigos a tarde.... realmente não queria que fosse assim!
Agora ele me olhava, seus olhos azuis penetravam minha alma, sua expressão de arrependido de um jeito estranho me fizeram refletir.
_Tudo bem. Não se preocupe comigo Robert...de certa forma isso tudo é novo pra você também. A tarde quando fui rude com você, também não quis ser, me desculpe.
_Não precisa! Eu fui o errado.
_Olha._Disse indo até o secador de mão._Eu só pesso que me entenda e que...pense antes de falar principalmente antes de agir!_Sorri deixando claro que estava falando da ceninha sexy dele.
_Ah sim._Ele ria pensativo._Certo eu vou voutar. Obrigado mesmo e espero que nao fique pensando que sou gay!
_Não Imagina! Sei que não é, nem mesmo segurando meu peito daquele jeito pensei que seria._Começei a rir.
_Ih Sai fora cara!_Ele também ria._Mas que você ficou de olho no meu pau, você ficou!_Exclamou sorrindo um pouco antes de sair.
Eu estava muito estranho aquela hora devia estar puto da vida, mas não conseguia. Estava feliz! A porta de um dos reservados se abriu e um cara saiu de lá, eu fiquei com vergonha na hora afinal ele tinha ouvido todo nosso papo até a parte final. Ele foi até a pia me encarando eu rapidamente sai. Mas o olhar dele não me era estranho tive quase certeza que já havia o visto.
Não preciso dizer que quando cheguei a mesa todos me olhavam. Dona Magali tentou dizer algo como um pedido de desculpas, mas acenei com a cabeça dizendo que estava tudo bem. Todos praticamente já haviam comido. E mesmo sem terminar o meu prato acompanhei-os na sobremesa.
Um pouco antes do fim e de irmos embora, percebi que o senhor paulo apontava para alguém e comentava com a esposa. Ouvi ele dizer algo como ser o empresário muito conhecido. Fiquei curioso e me virei para olhar, de inicio não vi quem poderia ser, até que ele mais uma vez comentando com Dona magali disse ser o homem que estava a entrar naquele momento, o dono da construtora Times Cannion. Quando o vi adentrar no restaurante gelei e rapidamente me virei, porém era tarde de mais. Ele havia me visto. Pouco depois atras de mim ouço a me chamar:
_Vinicius! Não acredito você por aqui?!
Estava perplexo, o Senhor paulo e os outros olhavam para mim surpreso. Me virei, com um certo temor, pensava "Agora eles irão descobrir tudo."
CONT...