-Ah... hoje não vai dar, amanhã pode ser? - Perguntei a ele, quase pulando de alegria.
-Sim sim...- ele parecia decepcionado.
-Meu pai hoje, exige que eu vá num jantar de um amigo dele , a meses, e ... eu prometi. Amanhã sem falta pode ser? - perguntei.
-Aham... se cuida, amanhã te ligo então.
-Tudo bem.
Desliguei o telefone, aquela voz que a tanto tempo eu não ouvia,a voz de Bruno, eu sorri ao lembrar daquela voz,(Coisa de gente retardada nè u_u)
O dia passou, e eu fui no tal jantar com meus pais, era um amigo do meu pai, advogado também, fui apresentado à família dele, ele tinha duas filhas e dois filhos, um meio velho já, e outro que tinha 17 anos, meu pai ficava me jogando pro garoto toda hora querendo que fôssemos amigos, oque me constrangia , até o Sr . Leroy (sim gente, nome estranho, bem gay na verdade nè?!) Amigo do meu pai , diz para eu e seu filho subimos, ir fazer alguma coisa por lá. ' eu vou é agarrar seu filho, essa delicinha .' Pensei comigo, não ia fazer nè, porque ses sabem que eu sou santo u_u não pera, sim gente, se tratava de um garoto bonito, ele tinha o cabelo meio loiro, e os olhos esverdeados , tinha cara de nojento , metido:
-Vem. - ele disse a mim secamente .
'Ou você fala comigo direito ou você vai ver minha mão indo na sua cara muleque folgado.' Pensei comigo. ' Meu Deus, to ficando igual a Amanda. Queima senhor.'
Eu segui o garoto, até ao que parecia ser o quarto dele, que era tipo, mega bagunçado , eu vi cueca em cima da televisão gente! Vocês tem noção?!
-Fica a vontade. - ele disse tirando a blusa de frio, e ficando apenas com uma camiseta que mostrava o quanto ele era musculoso, não gigante, os braços, a mão, cheio de veias saltadas , eu até me assustei , ele parecia um pedreiro .
-Ah tá... - eu disse isso, peguei uma cueca que estava em cima da cama dele, peguei com as pontas do dedo , com cara de nojo (tinha que se fazer de difícil nè gente u_u) e coloquei-a de lado . - Bem que você podia arrumar o seu quarto. Isso aqui tá parecendo um parque dos horrores , deixa eu adivinhar ... - eu olhei espantado para a janela . E exclamei. - aquilo ali é outra cueca ?! - perguntei assustado.
Aquele garoto nada fez, só riu, igual um retardado, eu tinha minhas dúvidas se ele não era mesmo, tinha cuecas até debaixo da cama. Eu olhei para a cara dele, e abri a boca, com cara de surpresa. E o encarei .
Ele parou de rir e me encarou .
-Eu não estou brincando. Que bagunça, eu fico agoniado em lugares assim! - eu o encarei novamente.
-Depende do que você estiver fazendo...- O garoto mordeu os lábios. E sim gente, ele subiu em cima de mim na cama , e me beijou .
É. Não foi ruim o beijo, nem nojento . Ele tinha uma pegada doida , sabia enlouquecer , eu correspondi ao beijo óbvio, eu já tinha beijado até aquele garoto que não beija nada bem, e qualquer coisa me deixaria no lucro à essas horas .
Eu estava beijando um garoto que eu não sabia nem o nome pela segunda vez, ele passava aquelas mãos grossas e cheias de veias, pelo meu corpo, eu também o acariciava , a essa hora se ele falasse no meu ouvido ' se joga da janela ' eu ia facin facin , estava com muito tesão, o beijo dele era molhado, e ele mordia minha orelha, lambia meu pescoço, ele tirou minha camisa, eu tirei a dele, nós estávamos embolados de uma maneira muito doida. Até que eu me toquei e me afastei .
-Para! Por favor. - eu coloquei a mão na testa, estava com muito tesão.
- Porque ? Pensei que você estava gostando. - Ele me beijou de novo, 'aaaa assim fica difícil' pensei.
-Para . - eu empurrei ele de novo. - Não estou no clima. - eu menti nè, obvio.
-Eu estou e muito. - ele apontou para a calça dele, que formava um grande volume. Eu fiquei assustado.
-Pode ser outra hora? Sexo hoje não. Além disso. Acabei de te conhecer garoto! - eu empurrei ele e sorri .
-Ok, mas beijo vale? - ele se aproximou de mim e me beijou de novo.
'Que corpo. Que pegada . Que língua. Meu Deus . Eu to igual a Piriguete da Ana Paula. Movido pelo fogo no rabo.' Pensei comigo.
-Qual seu nome? - eu o afastei e o encarei, ele me olhou com cara torta .
-Você não sabe?
-Sabia, mas você me deixou até meio bambo quando fez... ISSO .- eu sorri para ele e mordi a boca .
-Meu nome é Bernardo, isso ai.
-O meu você sabe?
-Claro que sei.
-Porque você foi tão estúpido lá em cima? - perguntei.
-É meu jeito. Acostume-se.
-Tá bom. - fiz uma careta torta.
Ele me agarrou de novo e me beijou. É . 2X0 pra mim kkkkkk
Eu e Bernardo ficamos o resto da noite como... namorados? Sim, nós invertemos a ordem das coisas, ficamos primeiro e depois nós nos conhecemos.
Ele me disse que era Bisexual, eu disse a ele que eu também, nós conversamos como dois amigos, ele com a cabeça no meu colo, e papeando, cena de dois namoradinhos , só que não .
Foi uma noite muito gostosa, alegre, Bernardo pediu meu número de telefone e eu passei, quando meu pai estava subindo e me chamando , eu dei um selinho nele e fui embora.
'Esse pelo menos não beija mal.' Pensei.
'Porque você não deu logo pra ele? Ui , ele era uma delícia.' Disse minha consciência macabra.
'Te interessa ? O cu è meu ou seu? ' rebati.
'Ui mal educado.'
'Eu não dei porque ia começar errado , sabia? Tipo, nem conhecer o garoto e transar com ele, ele ia pensar que eu sou fácil!' Rebati.
'E não é? ' eu senti um certo tom de ironia quando minha cabeça falou isso.
Eu estava pirando não é? Não é possível um ser humano normal , escutar uma voz normal dentro de si.
'Normal? Você é tudo menos normal , por favor nè colega.' Disse a consciência macabra .
Eu não dei mais moral pra ela, a isolei , as vezes a voz me deixava em paz, era raro, mas acontecia .
Eu cheguei em casa mega feliz naquele dia, cantando Rouge, mentira u_u, não cheguei cantando nada.
Eu deitei e passei a mão na minha boca. Foi bom, muito bom, e eu esqueci o mundo ao lado de Bernardo , o jeito mais sério dele, eu gostei.
Mas de repente tudo voltou. E eu fiquei confuso.
Minha cabeça de repente parecia a torcida do Corinthians, eu não sabia oque pensar, muito menos oque fazer, em um dia, aconteceu muita coisa .
'To podendo .' Pensei comigo .' Dois em uma semana . Ui.'
'Aquele beijava tão mal que até eu senti o gosto. ' rebateu aquela vozinha irritante que era a minha voz.
'Ninguém te perguntou nada, vai dormir vai.' Rebati.
Eu adormeci aquela noite, meu corpo Estava quente ainda, eu podia sentir o gosto da boca do Bernardo.
Oque me deixou satisfeito.