Como Chamas 2x18: ELE SEMPRE E EU NUNCA!

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1221 palavras
Data: 09/08/2013 18:02:03

Como Chamas 2x18: ELE SEMPRE E EU NUNCA!

O que quer que seja que Nick estava fazendo em seu quarto, estava fazendo um barulho enorme na casa.

Me levantei ainda de pijama e me arrastei descalço até o seu quarto. Bati na porte três vezes e ele atendeu, extremamente sonolento.

- O que foi?

- Qual é o seu problema? Que barulho todo é esse? Perguntei um pouco irritado. Acordar mais cedo do que eu estava acostumado era uma droga.

- Ah, você não devia... Ele começou a dizer quando empurrei a porta, mas fui mais rápido do que ele e quando notei já estávamos naquele quarto escuro.

- Acende a luz.

- Não! Ele gritou e eu acendi o interruptor.

Um Nick completamente nu pulou em cima da cama e pegou um travesseiro.

Quase desmaiei, né? Que droga de garoto gostoso era aquele!

- Você dorme nu?

- Não eu estava... Malhando. Olhei para o acampamento no chão e acreditei nele. Mas ainda não tinha pegado o sentido de malhar pelado. Era ver o que as pessoas da academia não conseguiam?

- To indo nessa. Falei saindo e dando gargalhada.

Inacreditável.

- Tudo bem com você? Saudades! Disse Mike ao telefone esta manha. Eu havia ligado para Felipe para saber como estava tudo com sua família e Mike atendeu.

Eu estava com um pouco de saudades dele mesmo.

- Tudo e com você?

- To legal. Sabia que to namorando? Ele disse com aquele tom de garoto de 14 anos que ganhou o primeiro vídeo-game melhor do que os dos amigos.

- Sei sim.

- Bom é sobre isso que quero falar com você.

- Como assim?

- Meu irmão esta passando por uma coisa meio louca e está atropelando todo mundo pra ficar com você. Porque não dá uma chance a ele?

- Você sabia que eu to namorando?

- Sabia. Mas você ama meu irmão.

- Porque ele me disse e... Meus pais também.

Prendi a respiração. Aquilo não podia ser serio. A família de Felipe conversava sobre mim? Céus, o que será que eles falam de mim? Relaxei um pouco. O pai dele não estava mais declarando guerra contra mim, então não devem ser coisas tão ruins.

- Eu preciso ir. Falei e desliguei.

É realmente saber que o exercito de salve Felipe e Dan estava a postos. Pois eu iria para a batalha, com Jordan.

Afinal, ele também sempre me amou e não teve problema em admitir isso. As coisas eram tão fáceis entre a gente e eu estava longe de querer complicação.

Coloquei meu celular no bolso assim que bati a porta da frente. Tinha algo importante a fazer.

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Eu estava parado na esquina da rua da delegacia. Olhar para aquele prédio quadrado e zinza me dava arrepios. Se eu fosse pego mentindo para a policia, isso iria me colocar em mais problemas do que já estou e não seria nada bom.

Se já estava preocupado com esse depoimento, eu não queria nem pensar no tamanho da mentira que teria que inventar se descobrissem sobre o motivo do assassinato de Violet.

- Vai ficar aqui o dia todo ou...

Antes que o motorista da terra falasse, eu pulei para fora do carro. Cada segundo que passava eu queria voltar para trás. Eu nao queria dar o depoimento, nao queria mentir... Só queria voltar pros braços de Jordan e esquecer tudo.

Dei mais alguns passos e atravessei a rua. A fachada estava logo ali, era só entrar e perguntar sobre o detetive. Não minta sem necessidade. Não minta sem necessidade. Eu repetia varias vezes na minha cabeça.

Dois policiais conversavam perto da escada e as viaturas espalhadas ao longo da rua.

A porta se abriu e um garoto e um policial saíram. Eles conversavam rindo e pareciam bem íntimos. Me esquivei para não tocarem em mim quando o garoto se virou diretamente para mim.

- Dan?

- John? O que diabos esta fazendo aqui?

Eu encarava John completamente pasmo. O que aquele garoto estava fazendo aqui? Depois de ter me salvado daquela casa em chamas e me beijar, ele havia sumido completamente. Mas o que diabos ele estaria fazendo aqui? Na cidade?

- Carinha... Ele se aproximou e me abraçou.

Tudo o que eu pude fazer foi assistir ao abraço e esperar que terminasse logo. De certa forma, eu meio que sentia falta daquele jeito metido e de sou-gato-e-sei-disso dele.

Acabei retribuindo um pouco.

- Eddie, este aqui é meu amigo Dan e Dan este é meu primo Eddie. - falou John com sorriso orgulhoso. - Ele trabalha no departamento de policia daqui.

Arregalei os olhos, surpreso demais para questionar algo. John, o garoto que trabalhava para traficantes era primo de um policial? Acho que agora eu já havia visto de tudo nesta vida.

- Topa um café? Ele me perguntou.

- Gostaria... Mas tenho que ir depor.

- Porque?

John me olhou curioso, eu sabia que ele estava se perguntando se eu contei algo sobre Porto Seguro ou o incêndio e as tentativas de me machucarem. Eu sempre quis contar tudo para alguém, além de Marcie, mas não queria prejudicar John ou Mike.

- Uma amiga minha morreu. Falei por fim.

- Caraca! Não foi aquela loira bonitona não foi?

- Não. Marcie esta bem... Falei me virando e entrando no prédio. Minhas mãos suavam e eu queria vomitar, mas iria falar com alguém que sacaria minhas mentiras? Tomara que não.

###

- E vocês só eram amigos a tão pouco tempo? Me perguntou detetive Jones e eu assenti. O depoimento to estava quase terminando e ele não mencionou nada sobre mensagens ou perseguidor.

Eu não havia mentido em nenhum momento.

- Sabe, tem algo que a impressa não sabe sobre o caso que eu gostaria de checar com você.

- O que é?

- Naquela festa, o celular de Violet foi roubado. Daquela grande casa e tudo mais, tudo o que sumira foi apenas o celular dela.

- Foi um assalto? Eu gaguejei. Seria muito mais simples se a policia ficasse fora do caminho.

- Sabe se teria alguma coisa no celular dela que alguém podia querer? Vídeo? Fotos? - Ele fez uma pausa, me encarando - Mensagens?

Meu coração deu um salto. Não minta, não minta, não minta!

- Não sei o que havia no celular dela. Falei.

- Ouvi o depoimento da irmã dela, ela disse que vocês estavam ficando próximos rápido... Violet disse a ela que estavam junto em algo intenso.

- Como assim?

- Isso é você que tem me dizer. Ele respondeu.

- Bom, éramos amigos. Amigos tem segredos, certo?

- Que tipo de segredos?

- Coisas pessoais.

Ficamos em silencio de novo e eu estava ficando assustado. Não sei se agüento outra rodada de pergunta e resposta. E se meu cérebro não funcionar na mesma rapidez?

Meu celular tocou e eu pulei. A tensão já estava alta demais e eu não queria mais nenhum problema a mais na minha lista.

- Tem alguma coisa que gostaria de contar? Perguntou o detetive.

Não tive coragem de abrir a mensagem e apenas desliguei o telefone. Aquilo esta fora de controle.

- Já posso ir?

- Claro, mas podemos precisar de você.

- Qualquer coisa me liga. Falei deixando ele ali e correndo na direção oposta.

Cheguei na porta e vi John encostado um muro do outro lado da rua.

- Você me esperou? Perguntei.

- Claro, quero saber onde conseguiu isso?

Ele me entregou o recorte de jornal que eu encontrei no dia que dei de cara com meu perseguidor.

Olhei para John assustado. Aquela sim seria uma história que eu não queria contar.

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