Era terrível aquela sensação de estar gostando de alguém que não sabe que você existe. Quem nunca passou por isso? Pelo menos na infância ou adolescência algo assim aconteceu com qualquer um. Hoje estava contemplando a visão da janela do meu quarto quando me lembrei do Matheus. Não tive nenhum sentimento de nostalgia ou saudade, não o quis mal nem o quis bem no momento da minha lembrança, apenas lembrei.
Eu conheci Matheus no colégio, quando fazia a oitava série. Eu tinha 13 anos e nunca havia me envolvido com garotos ou garotas. Sempre sentia vontade de olhar o corpo dos garotos, mas nunca tinha me atrevido a ir muito além.
Na verdade meu coração estava fechado, por causa de traumas que eu havia passado recentemente. Meses antes meu pai descobrira que meu irmão abusava de mim e apenas me tratou mal como sempre. Como se eu fosse um viado e houvesse contaminado meu irmão mais velho.
Eu adorava me exercitar e isso era minha válvula de escape. O Matheus também era da turma boa de educação física e logo ficamos amigos. Ele era um garotinho loiro, com cara de safado e tinha 14 anos. Ele era encorpado e bem mais alto do que eu. Eu era um garoto magrelo, mas tinha um rosto bonito e um corpo razoável considerando a idade.
Começou exatamente em uma aula de Educação física. Eu fiquei olhando o corpo do Matheus suado e ele percebeu.
- Tá olhando o que, Cazim?
- Nada, maxo.
- Olhou demais pra mim vira algo viu? - Falou ele dando um soco na mão.
- Para de canecagem maxo, to te olhando não. Tá me chamando de viado é?
Ele apenas saiu sorrindo mas desde aquele dia não tirava aquele ar de malícia quando me fitava. Eu me incomodava com aqueles olhares dele, mas ao mesmo tempo, me excitava. Quando dei por mim, estava ansiando aquele olhar dele. Passei a fantasiar que ele me desejava. Eu imaginava que um dia ia aparecer um cara legal, brother, bonito e malhado e ia namorar comigo. Queria estar perto dele, corpo com corpo, queria cuidar dele, fazer carinho. Mas tudo que eu podia era sentir meu coração bater forte quando ele passava por mim e me dava um tapa nas costas me cumprimentando.
Passei a ansiar qualquer contato físico. Sentava com a carteira colada na dele para ver se em algum momento meu braço e o dele se chocavam. Quando ocorria, eu olhava para a frente e disfarçava, curtindo a sensação de choque elétrico que me percorria o corpo. Eu queria mais contato, mas jamais tomaria uma iniciativa, ficava praticamente gago na presença dele. Quase morri quando ele me abordou um dia no intervalo.
- Cazim, bora jogar videogame lá em casa hoje?
- Na tua casa?
- Não viado. Na casa do Lula.
- Ave Maria, maxo. Deixa de ser ignorante. Eu vou sim, beleza?
- Beleza. Vamos direto daqui?
- Pode ser. Depois alguém me deixa em casa?
- Minha mãe te leva.
Passei o segundo período de aula imaginando o porque dele me convidar daquela forma. Estaria querendo alguma coisa? Podia ser só jogar mesmo, mas a gente nunca jogou junto. Ele nem teria como saber se eu era bom ou não.
A mãe dele nos pegou depois do colégio. Era uma senhora simpática e parecia super acostumava a andar com amiguinhos do filho. O nome dela era Marta. No meio da conversa ela soube que eu era orfão de mãe e imediatamente simpatizou comigo. Até na hora do almoço queria me fazer repetir os pratos.
A casa do mateus era um sobrado já antigo, mas muito bem conservado. Era um casarão enorme e ele tinha um quarto bastante espaçoso para dormir, que era suíte, e outro apenas para brinquedos. Ele morava com a mãe, o pai e uma irmã pequena que era especial, a Jamile.
Os pais dele ficavam apenas na parte de baixo. Ele dormir e vivia na parte de cima. Então lá ninguém nos incomodaria. Após o almoço ele me levou para o seu quarto. Tinha uma TV enorme e dois videogames diferentes embaixo.
- Vamos jogar o que Matheus?
- Qualquer coisa, mas primeiro vou dar uma mijada. - Falou ele abrindo a porta do banheiro que ficava ao lado da do quarto.
Ele baixou o calção para urinar e foi então que senti que aquilo era uma armação dele. Ele estava de pau duro. Era um pênis de menino, começando a ganhar volume, mas com muitos pêlos loiros já. Fiquei com o pau duro na hora e não tirei o olho.
- Pode mijar também cara. - Ele falou afastando-se para eu entrar no banheiro.
Entrei e ficamos lado a lado. Tirei meu pau para fora também, que era um pouco menos que o dele e não tinha tantos pelos. Já estava completamente duro também.
- Tu tem a rola grande, Cazim. - Elogiou ele.
- Que nada, a tua é maior. - Respondi.
- Bora medir?
- Como?
- Fica de frente para mim.
Ficamos de lado com o vaso frente a frente um para o outro. Sob o comando dele, encostamos um pau no outro. Foi um momento tão mágico que me masturbei várias vezes nos meses seguinte só pensando nele. Quando um pau encostou no outro eu senti uma vontade enorme de me jogar, me pegar no pau dele, de masturbar, dar prazer. No meu nervosismo, apenas encostei um dedo no pau dele por debaixo do meu, como se fosse por acaso.
- É Cazim, o meu é maior mesmo viu. Mas eu sou mais velho. Tu já solta gala? - Ele perguntou tudo isso sem desencostar o pau do meu.
- Solto, e tu?
- Solto muita. Bora bater uma.
- Bora.
Fomos até a cama dele e tiramos os calções. Os membros já estavam duros, restou apenas nos masturbarmos. Começamos os movimentos, um olhando para o outro.
- Era bom era ver revista de putaria, pra gozar mais rápido. - Ele falou.
- Era mesmo. - Confirmei.
- Bora um bater pro outro? Já que não tem revista. - Ele sugeriu.
- Bora. - Era tudo que eu queria.
Cruzamos os braços um pelo outro passamos cada um pegar no pau do outro. Era tão gostosa a sensação do pênis dele super duro na minha mão. Pulsava a cada movimento que eu fazia. Subiu aquele cheiro de sexo, de homem, de órgão sexual masculino e fiquei hipnotizado. Até aquele momento eu fui conduzido, mas tomei coragem.
- Deixa eu fazer um lance no teu pau? - Perguntei.
- Que lance? - Ele pareceu interessado.
- É uma coisa gostosa, maxo. Posso fazer?
- Faz.
Afastei as mãos dele do meu pau para me concentrar no que faria. Ele pressentiu e notei um leve ar de surpresa quando baixei minha cabeça e pus sua rola na minha boca.
Conseguia chupar inteira. Eu me realizei, estava tão excitado que a baba corria farta do meu pau melando minha cueca.
- Caraca, mano. Tu chupa rola. - Ouvi ele dizer espantado entre gemidos de prazer.
Eu não era exatamente um perito em chupar. Mas era o suficiente para enlouquecer aquele garoto igualmente inexperiente. Engolia o pau dele até o tronco e tirava tudo de novo. Ele delirou pra valer quando coloquei o saco dele na boca.
- Até o ovo tu lambe. Gostoso... Vai viadinho, lambe meu ovo, lambe. - Suspirava Matheus.
Por mim passava a tarde inteira fazendo aquilo, mas eu sabia que não podia entregar minha preferência daquela forma. De repente fiquei com medo dele espalhar pra todo mundo aquilo e parei.
- Pronto, é só isso. Tem um brother meu que a gente as vezes faz isso um no outro.
- Poxa cara. Mas eu não vou fazer em tu não, não vou chupar piroca de homem não.
- A gente nem é homem ainda, maxo. - Falei. - A gente é menino, menino pode fazer essas coisas.
- É? Pois vai dizer pro teu pai que tu lambeu meu saco. - Riu ele.
- Pode fazer mas não pode contar. - Falei sério.
- Então faz mais, parou porque?
- Tô mais com vontade não.
- Ah, isso ai é bom, mas legal mesmo deve ser no cu viu.
- No cu?
- É, tu nunca fez troca troca não?
- Fiz. - Confirmei.
- Então tu já foi enrabado?
- Não, não deu certo. - Menti.
- Tu tá mentindo, tá com vergonha de dizer que deu o cu.
- Não cara, é sério. Não rolou não. Só eu que comi. E tu nunca fez não?
- Eu mesmo não. Meu negócio é xoxota.
- O meu também, maxo. - Falei tentando ser firme mas era difícil dizer que era maxo depois de ter acabado de chupar o pau dele.
- Cara, maxo tu não é não. Parecia um bezerro chupando rola.
Levantei da cama zangado.
- Cara, vou embora. Ficar aqui ouvindo isso não.
Ele se assustou com minha reação e levantou também.
- Cazim, desculpa. Fica aê, te chamei pra gente jogar.
- Quero jogar mais nada não.
- Poxa Cazim, quero ser teu amigo. - Ele falou isso e alisou a minha bunda. Tive vontade de tirar a mão dele ou dar um soco ou fazer algo assim. Mas não reagi, simplesmente fiquei bufando de raiva enquanto ele alisava meu traseiro.
- Deixa eu comer teu cu deixa. - Cochichou ele no meu ouvido.
- Não cara. Curto isso não. - Respondi.
- Digo pra ninguém não.
- Não é isso não.
- Faço devagar. Meto devagar.
- Conta pra ninguém mesmo não?
- Não. Juro.
- Certo. Eu deixo. - Confirmei.
Quando falei isso ele pareceu ser possuído por um maníaco sexual. Me jogou de costas na cama e puxou meu calção para baixo, expondo minha bunda. Não esbocei nenhuma reação. Era aquilo que eu queria mesmo. Queria sentir ele dentro de mim. Senti seus dedos buscarem meu anel, estavam melados de saliva. Logo depois já senti seu pênis forçando caminho pro entre minhas nádegas.
- Vai devagar, Matheus.
- Calma, Cazim. Relaxa, aê.
Ele deitou completamente por cima de mim enquanto tentava me penetrar. Fiquei fazendo força para fora com o ânus para facilitar e logo senti a cabeça do seu membro vencer a primeira barreira.
- A cabeça entrou. - Ele falou empolgado.
- Empurra o resto. - Incentivei. - Me come todo.
Era o incentivo que ele queria, jogou todo o peso do corpo na penetração e senti seu pau bem fundo no meu rabo. Estava ardendo pela lubrificação deficiente, mas era uma delícia. Fechei os olhos e curti o momento. Ele suava metendo, deitado em cima de mim. Cada estocada, cada som do saco dele na minha bunda e mais eu sabia que era aquilo mesmo que eu gostava. Independente do que fui forçado a fazer, eu tava adorando fazer com o Matheus. Estava imaginando como a gente poderia ter várias daquelas aventuras quando de súbito a porta do quarto abre.
- Matheus, meu filho, você viu sua ir.....
As palavras calaram na boca da dona Marta ao ver o filho dela agarrando em cima de mim me comendo. Pulamos da cama tão rápido que não sei como o pau dele não sofreu algum acidente. Ele pegou o calção dele e vestiu muito rápido e eu logo peguei o meu e vesti também. A mãe dele apenas ficou ali parada, como se não acreditasse no que via.
- Você. - Apontou para mim. - Quer fazer meu filho virar viado. Eu ligo já para o seu pai. Qual o nome do seu pai?
Tremendo, falei o nome do meu pai. Incrivelmente, aquilo me salvou, ela hesitou em criar confusão comigo quando soube meu sobrenome. Mandou que eu arrumasse minhas coisas que ela ia me deixar em casa. O Matheus em momento algum olhou na minha cara. Apenas sentou numa cadeira e ficou olhando para o chão. A mãe dele também fez de conta que ele nem estava presente, só se dirigiu a mim.
Ela me levou para casa sem dar uma palavra comigo. Parecia muito nervosa. Nunca mais o Matheus foi ao colégio e nunca mais o vi na vida. Mas ainda lembro, oh se lembro...
Fim.