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A ESCOLHA – PARTE 6
Havia semanas que eu e o Felipe estávamos namorando... Bem, ele não me pediu em namoro ainda, mas eu considerava seu namorado (rsrsrs). A gente saia para uma lanchonete ou uma pizzaria quase todos os dias. Ninguém sabia sobre o namoro da gente. Hoje, eu e ele estávamos num parque de diversões. Á gente já havia ido a quase todos os brinquedos e quando saímos do evolution* fomos em embora. No caminho para casa á gente conversava.
Felipe: Amor, eu estava pensado e acho que devíamos contar para nossos pais sobre a gente. Ficar namorando escondido não é legal e eu queria ficar livre com você. Te beijar á hora que quiser sem me importar se têm alguém olhando ou não. O que você acha amor?
Eu: Namorando? Então sou mesmo seu namorado?
Felipe: Claro. Por quê? Não quer?
Eu: É claro que quero seu bobo. Eu te amo.
Felipe: E então? Acha que devemos contar para nossos pais mesmo e acabar com essa coisa de namoro escondido?
Eu: Não sei Fê. Tenho medo de que minha família não me aceite. O que vou fazer se isso acontecer.
Felipe: O problema maior é a sua família por que á minha não têm preconceitos com esses tipos de coisas.
Eu: Você me ajuda? Vai comigo falar com minha família?
Felipe: Se você quiser vou sim.
Eu: pode ser agora?
Felipe: Pode. Vamos lá na sua casa e ai contamos.
Eu e ele caminhamos de mãos dadas até minha casa e quando cheguei, meu coração batia muito rápido por eu estar com medo. Felipe me encarou e passou á mão no meu rosto
Felipe: Não se preocupe amor. Vai ficar tudo bem.
Eu assenti com á cabeça concordando com ele e então entrei em casa. Meu pai e minha mãe estavam na sala assistindo TV, e meu irmão não estava em casa. Cheguei perto deles e Felipe também.
Mãe: Filho, já voltou.
Ela olhou e viu que Felipe estava comigo. Felipe já havia conseguido amizade com minha mãe e meu pai pelo fato de ele ir em casa quase todos os dias.
Mãe: Há, oi Felipe. Como você está?
Felipe: Estou bem senhora Lena.
Pai: E ai? Divertiram-se?
Eu: Sim pai, eu e o Felipe nos divertimos pra caramba. Pai eu e o Felipe queríamos contar uma coisa pra vocês dois.
Pai: Ora, filho pode falar.
Eu: Pai, mãe... Eu e o Felipe, bem... Gostamos um do outro.
Felipe: Bem, o que o Rô quer dizer é que a gente gosta um do outro e que estamos namorando.
Meu pai e minha mãe tiraram á felicidade da cara e arregalaram os olhos. Eu nem podia imaginar o que meu pai iria fazer comigo e o que eu iria ouvir. Abaixei á cabeça. Meu pai se levantou e foi até á janela da sala e ficou olhando lá pra fora. Minha mãe ficou me encarando e encarando o Felipe também.
Pai: Filho, você está feliz? Está feliz assim?
Eu: Sim, pai. Eu amo o Felipe de todo o coração e estou muito feliz com ele.
Eu encarei Felipe e ele também me olhou. Ele sorriu para mim.
Pai: Filho, eu não te proibir nada por que se você realmente feliz não há o porquê de eu fazer isso. Acho isso errado e acho que não deveria acontecer, mas você também á bem jovem e já sabe o que escolher para sua vida. Eu não vou contra.
Fiquei tão feliz de ouvir aquilo do meu pai. Minha mãe se levantou e ficou frente á frente comigo.
Mãe: Eu também não te proíbo de namorar o Felipe. Eu concordo com seu pai e eu quero que você seja feliz porque é isso que importa. Ser feliz.
Minha mãe me abraçou e depois se virou para Felipe.
Mãe: Felipe, se você ama o meu filho, cuide bem dele. Não o deixe magoado.
Felipe: Pode deixar senhora Lena. Rô vai ser feliz. Prometo.
Meu pai veio até mim e me abraçou também.
Eu: Mãe, pai... Obrigado por me aceitar do jeito que eu sou. Eu amo de verdade o Felipe e acredito que ele vai me fazer feliz...
Pai: Eu também acredito que ele vai te fazer feliz. Por que se isso não acontecer vou atrás dele e ai já viu né.
Eu ri e Felipe também.
Quando terminamos de falar com meus pais, eu e Felipe saímos da casa. Eu dei um beijo rápido nele e ele retribui me puxando para mais perto dele até ficarmos com nossos corpos coladinhos. Ele me beijou. Um beijo demorado e bom. Amava os beijos dele, por que era beijos com vontade, beijos de amor verdadeiro.
Eu: Agora só falta á sua família nos aceitar.
Felipe: Isso não vai ser problema. Amanhã eu te chamo pra ir lá em casa e ai a gente fala pra eles sobre o nosso namoro.
Eu: Tudo bem.
Despedi-me dele e ele foi embora. Entrei em casa e fui dormir por que estava morrendo de cansaçoANO DEPOIS...
Muitas coisas mudaram em um ano. Os pais de Felipe apoiaram á gente e logo depois disso, eu e o Felipe assumimos o nosso namoro. Agora todo o colégio sabia sobre nós. Eu já estava no segundo ano do ensino médio e Felipe não havia caído na mesma sala que eu. Alex, Alessandro e Mag foram os únicos que eu conhecia foram pra minha sala. Deve ser macumba do Alex para o Felipe não cair na minha sala. Felipe já tentou mudar para minha sala, mas á diretora parece que o odeia e nunca muda ele.
Meu aniversário de 16 anos seria amanhã e eu estava com medo por que Felipe disse que ia aprontar alguma coisa comigo. Nem quero imaginar o que seja.
Aquele dia de aula estava muito tedioso. Poucos minutos antes de bater o sino para o intervalo, percebi que Alex me encarava. Aliás, Alex me encarava todos os dias. Terminei de fazer o dever e fiquei deitado com á cabeça na mesa e com o fone de ouvido na orelha. O sino bateu e eu continuei deitado na mesa. Alguém me cutucou. Ergui á cabeça e era ele. O Alex. A sala de aula estava vazia. Apenas eu e ele ali.
Alex: Você pode falar comigo agora?
Eu: Alex, não estou no meu melhor dia e não quero papo com você.
Levantei-me e fui sair da sala, mas Alex segurou meu braço com força e me puxou.
Eu: Ei, me larga!
Alex: Então me escute primeiro.
Eu: Vá pro inferno. Não quero te escutar. Me larga!
Alex apertou meu braço mais forte.
Eu: Você está me machucando Alex.
Alex: Vai me escultar?
Felipe apareceu na porta da sala e olhou para mim e Alex que estava apertando minha mão.
Felipe: Alex larga o Ronny agora!
Alex: E por que eu faria isso? Você não manda em mim e é claro que você não é dono dele também.
Felipe: Eu disse para largá-lo agora!
Alex: Há, parece que você não me entendeu, o Ronny aqui é meu.
Eu: Eu nunca vou ser seu. Você é um imbecil!
Alex: O que você disse amor? Mas, por que está sendo tão mal comigo? Você quase fez sexo comigo e ainda debaixo do nariz do Felipe.
Felipe: Do que você está falando seu retardado! Largue o meu namorado agora ou então você nem vai ver o que te atingiu.
Alex: Cale á boca Felipe. Seu namoradinho não te contou ainda que eu e ele já ficamos um com o outro? Mas que pena, eu pensei que você já sabia...
Felipe me encarou e eu sabia que estava perdido. Alex segurava o meu braço com muita força. Pelo visto, Felipe e Alex iam ficar discutindo e ele provavelmente não ia me livrar daquele louco. Pisei no pé do Alex e virei com tudo e acertei um soco na cara dele. Alex cambaleou para trás, tropeçou numa cadeira que estava atrás dele, bateu á cabeça em uma mesa e caiu no chão. Olhei para ele caído no chão e ele não se mexia. Felipe me encarou.
Felipe: Nossa amor você é bem forte. Eu ia acertá-lo, mas você foi mais rápido.
Eu: Na verdade, você e ele estavam discutindo e eu aqui sofrendo com ele me apertando.
Felipe foi até onde Alex estava caído.
Felipe: Amor, ele desmaiou. Acho que bateu á cabeça muito forte na mesa.
Eu: Que bom. Espero que tenha perdido á memória também, por que pelo menos para de me perturbar. Agora o problema é o que vamos falar para o pessoal.
Felipe: Uai, falamos que ele tropeçou e caiu batendo á cabeça no chão e pronto.
Eu: Certo.
Felipe me encarou e me prensou na parede. Ele era forte e eu não conseguia se livrar das suas mãos.
Felipe: Você ficou com ele Rô? Você me traiu com ele?
Eu: Claro que não te trai. Nunca que eu faria isso Fê. Eu amo você mais que tudo. Olha, eu não vou negar que já fiquei com ele, mas isso foi antes da gente namorar. Pra você ter uma idéia foi na sua festa.
Felipe: Amor quero á verdade.
Eu: Fê, eu estou falando á verdade. Eu juro pra você. Se eu não estiver, você pode me machucar o tanto que quiser.
Felipe: Eu nunca te machucaria Rô, mesmo se você me magoasse. Eu amo você e eu confio em você.
Felipe me beijou intensamente. Apoiei minha mão nas suas costas enquanto ele me