Não deu outra... Fui com tudo na sala dele e percebi na sua expressão o medo de eu fazer algum escândalo e ele passar vergonha. Mas apesar da atitude impulsiva de ter ido até lá, me controlei o suficiente pra conseguir deixar meu tom de voz baixo:
- Léo, você tá sendo muito egoísta, mas eu não vou brigar. Só peço que seja direto quando achar que deve.
Saí da sala sem dar espaço pra que ele dissesse alguma coisa. Sabia que no local de trabalho não era certo eu ficar causando confusões, até porque precisava trabalhar. Voltei pra minha mesa e ele me olhava com certa pena. Fiquei com dó dele, mas eu precisava ser duro porque as piadinhas de duplo sentido estavam me dando nos nervos e ele estava muito pirracento.
O expediente acabou e ele veio correndo pra minha mesa quase chorando (tadinho):
- Lucas, me perdoa. Eu exagerei.
- A gente conversa lá fora.
Falei sério e ele só acenou que sim com a cabeça. Nem rendeu assunto, olhou eu arrumando as coisas e depois desceu no elevador comigo, de cabeça baixa e sem dizer mais nada. Chegamos no estacionamento e eu entrei no carro dele:
- Léo, eu te amo muito. Muito mesmo. Eu sei que eu errei bastante e acho que já até paguei por isso, mas você precisa ser menos egoísta.
- Amor, desculpa. Eu percebi que eu errei.
- Não tô culpado... só para de ficar insinuando coisas idiotas.
- Tá. Parei.
- E para de pirracinha também. Fiquei muito chateado por você ter me deixado na facul.
- Ficou chateado é?
- Fiquei.
- Vou resolver isso.
O Léo começou a me beijar e eu fiquei de pau duro no ato. Empolgamos e já tava rolando um sarro bacana no carro quando o Antônio, meu chefe, bateu no vidro do carro. Que momento.
Desgrudamos e eu não sabia onde enfiar a cara (o Léo costuma ser mais atirado pra essas coisas mesmo). Abri o vidro do carro morrendo de vergonha e pálido. O Antônio já foi mandando:
- Não precisam ficar constrangidos. Só que aqui não é lugar pra isso. Melhor saírem do estacionamento antes que mais alguém veja.
Só agradeci com a cabeça porque não conseguia falar nada. O Léo deu partida no carro e fomos pra casa dele. No caminho ele solta:
- Você tem que estudar hoje?
E disse baixinho: “Diz que não, diz que não”.
Não aguentei a carinha dele e disse que não ia estudar, mesmo tendo certeza que tinha muito o que estudar. E aí fomos pro apê dele. Ficamos bastante tempo juntos e fizemos amor, duas vezes. Foi perfeito demais, como sempre é quando estou com ele.
Depois das juras de amor, ele começou:
- Amor, porque você não volta aqui pra casa?
- De novo essa história, Léo?
- Lucas, você paga aluguel... Aqui você não precisa disso.
- Eu sei, mas aqui a gente vive uma vida de casado. E se der algo errado, eu preciso ir embora e começar tudo de novo.
- Mas eu sou otimista. Dessa vez vai dar certo.
- Você quer morar comigo? Vamos lá pra casa. Eu sei que não tenho nenhum conforto, mas pelo menos...
- Aí vai ser a mesma coisa pra mim.
- Verdade. Mas precisamos pensar melhor sobre isso.
Percebi que ele ficou triste com a história, mas eu não poderia ser tão impulsivo como tempos atrás.
Tudo que eu fazia sem pensar, se voltava contra mim depois e eu só fazia me arrepender. Eu paguei caro com coisas impensadas e mesmo que o Léo pedisse muito, eu não seria leviano mais uma vez.
Os dias foram passando e essa ideia de ir morar na casa dele sempre surgia. Já tava ficando agoniado e me sentindo pressionado, mas eu fingia bem.
Além de ter medo de perder tudo que conquistei, caso fosse morar no apartamento do pai do Léo de novo, eu também tinha medo da vida de casado. Depois de tudo que aconteceu, nunca duvidei que eu o amasse, mas ainda me assustava o fato de ter que bancar o marido. O Léo é fantástico, mas sinceramente eu não tinha paciência pra algumas coisas nele e o espírito estressadinho ainda não havia saído de mim totalmente (acho que nunca sairá haha).
Eu já estava com 19 anos e numa quinta-feira iriamos fazer 2 anos que começamos a namorar (da primeira vez) e sempre comemoramos, até hoje. Nesse dia, ele me chamou na casa dele e eu fui. Chegando lá, ele havia feito um bolo e o pai dele tava lá. Quando eu cheguei, abracei os dois e ficamos na sala conversando amenidades. O Marcio nos deu os parabéns e o Léo começou:
- Amor, tenho uma surpresa enorme pra você.
- Você sabe que eu não gosto muito de surpresas.
E é fato. Detesto surpresas! E ele já devia saber disso, afinal eram dois anos de convivência. Mas ele continuou:
- Eu sei, mas eu resolvi arriscar. Amor, meu pai me deu um apartamento. Vem morar comigo?
Tá explicado porque eu não gosto de surpresas, neh?
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Agatha1986: bota doido nisso... mas eu amo demais esse doidão
Dalia_florzinho: o Léo é uma grande mistura... é dengoso, mas é pirracento; é simpático, mas é orgulhoso hahaha espero que vença sua preguiça sempre, valeu
Spider_19: espero que continue sempre bom... brigado por comentar
Tiaguito123: hahahaha continuarei alimentando esse vício. Obrigadão mesmo pelos elogios. Valeu
Gerfried: tava doido pra ir pra praça sete hoje, mas meu macho aqui num deixa eu ir, nem vai comigo! Triste, mas ele me recompensa bem hahaha vamos marcar uma viagem aê, valeu
Stahn: o Léo é meu crianção... sempre será haha brigado
Amigah18: falta um pouco de diálogo sim... é difícil aceitar isso, mas já percebemos. Dois mimados, filhos únicos e pirracentos rsrs vamos melhorando. Valeu
Otilia Sabrina: quem nunca fez uma pirraça? Haha tadinho. Abriu nada... Nem tem concorrência mais. Rsrs beijo
Gossip Boy: obrigado por estar aqui, fico muito feliz com seu comentário... muito mesmo. Valeu
Uisley: vou ler sim... espero que continue aqui comentando e curtindo, abraço
Neneu: eita, num fica chateado não... é que menciono quem comenta no conto anterior, até a hora que eu posto a continuação. Entendeu? Mas eu gosto muito dos seus comentários. Fico muito feliz em ler e espero que continue aqui... tá bom? Abração!
Pri’h*-*: só nós mesmos, neh? Hahaha valeu
J’s: eu sou obrigado a sair neh... agora tenho carro, mas antes era todo dia de metrô e busão... gastava mais ou menos três horas ao final do dia só no transporte... é tenso. Cidade grande é foda. Valeu
Vinícius e Lukas: estamos juntos sim, felizes demais. Somando tudo, temos quase 5 anos... descontando uns tempos que fiamos separados, 3 anos e 8 meses, namorando sério. 2 anos casados (morando juntos neh rsrs). Obrigado por comentar
Augusto3: Léo tem mania de usar frases de efeito... ele sabe que eu detesto. Mas enfim, coisas do Léo haha obrigado por comentar, valeu
C. T. Akino: obrigado por estar aqui... espero que continue, valeu
Luca:): perfeitas são as suas histórias... valeu por comentar e tô vidrado no chefe lá hahaha brigado