Aquela semana eu não fui pra escola uma vez sequer e muito menos trabalhar, minha mãe disse que o Alexandre havia ligado e disse que eu não precisava trabalhar aquela semana. Minha mãe estava preocupada comigo, eu não sorria não comia direito e ficava no meu quarto o dia inteiro. As lembranças vinham a minha mente me fazendo com que eu me afundasse mais debaixo das minhas cobertas, me sentia indesejado e o pior panaca do planeta. Senti alguém sentar na minha cama próximo de mim, devia ser a minha mãe que sempre carinhosa comigo me acariciava quando eu estava de doente, suspirei com a delicadeza de seu toque e olhei acima das cobertas me assustando por ser ele quem estava ali. Seus olhos expressavam uma dor imensurável, conseguia ver minha dor através do meu reflexo naqueles olhos verdes. Ele sofria por mim, algo que me deixou ainda piór.
-Sua mãe tá loca sabia? Ela me disse que você não come, não sorri, não vai ao colégio... – Eu não dizia nada apenas o sentia acariciar meus cabelos.
-Eu deveria ter colocado um ponto nisso tudo quando estava no princípio... É tudo culpa minha, e a minha reação aquele dia... Eu te devo infinitas desculpas...
Eu sentei e fiquei olhando ele dizer tudo que queria, ele estava se culpando pelo meu sofrimento. Me importava com ele e o fato de ele colocar a culpa em si me fazia me odiar ainda mais.
-Eu via que estava perigoso e alguém iria se machucar mas... Eu não consegui me afastar, você se tornou de funcionário a um grande amigo num piscar de olhos, e eu fui egoísta e covarde de brincar com seus sentimentos. – Senti meus olhos se encherem de lágrimas e desviei o olhar para o outro lado do cubículo que chamava de quarto. Ele com delicadeza pegou meu queixo e me fez olhar pra ele.
-Não desvia os olhos, eu já te disse que seus olhos são lindos e você sempre os esconde. – Ele disse isso com o sorriso torto mais lindo que havia visto em toda a minha vida. Não importava o quanto ele se culpava era o meu sofrimento e era por isso que eu me isolava para que ninguém absorvesse alguma porcentagem do que eu estava sentindo, ele queria que eu melhorasse mas não havia como pois eu o amava e não havia nada a ser feito se ele rejeitava meus sentimentos. Mesmo que fosse verdade que ele não colocou um fim logo quando havia iniciado essa minha paixão ainda eram os meus sentimentos e tudo que ele faria seria me bloquear e o sofrimento ainda seria o mesmo, talvez em menor escala mas eu ainda estaria da mesma forma que estou neste momento. Não suportava ver ele se culpando na minha frente pois quando o coração diz nada pode ser desfeito, muito menos impedido.
-Acontece que você não sabe o que eu realmente tenho a lhe dizer, você não sabe o que eu sinto sobre tudo isso. Havia um motivo de eu não me afastar de você... – Me cansei de todo aquele ar de piedade, me levantei me afastando daquele homem que mexia comigo de uma forma quase que inexplicável.
-Diz logo a verdade e para de poupar o que me resta de sentimentos você sente pena, nojo... Seja sincero e para com essa ladainha toda. Para de se culpar sou eu quem está sofrendo, sou eu quem tá na fóssa então não precisa ficar com essa melosidade ok? Você é hétero tem uma vida maravilhosa e eu te amo o suficiente pra querer te ver com a mulher mais linda e inteligente que você tanto merece. Você só deve estar aqui por que minha mãe lhe implorou pra vir conversar comigo mas relaxa, por mim você esquece que uma vez eu existi pra você. Não preciso de dó nem piedade pois já passei por isso e com certeza vou superar essa também... – Ele agora me olhava assustado com minha repentina revolta. Num simples segundo ele levantou da cama e me agarrou me beijando com força e intensidade, seus braços eram como uma armadilha inescapável em volta da minha cintura, não entendi nada mas a sensação era tão boa que não era necessário entender mas apenas sentir. Ele agora dizia olhando no fundo dos meus olhos dizendo em meus lábios:
-Não consegui me afastar pois o que estava sentindo era maior do que o racional, olha nossa diferença de idade. Sua família nunca nos aceitaria, eu não me entreguei pela sua felicidade. E olha como eu acabei piorando as coisas... – Ele envolveu minha cintura com mais força me prensando na parede cheirava meu pescoço me arrancando gemidos e suspiros.
-Eu não sei se está certo... Mas é impossível resistir... – Eles sussurrava no meu ouvido, sua voz tremida pelo prazer me deixava extasiado mas ele logo se afastou um pouco dizendo:
-Você não sabe o quanto eu esperei por este momento... – Ele limpou a lágrima que desceu sob meu semblante me fazendo sentar junto com ele na minha cama. – Te afastei pelas dificuldades que teríamos de enfrentar aliás você teria de enfrentar... Não podemos ficar juntos, por mim é claro que enfrentaria tudo e todos para podermos lado a lado ver até onde isso iria dar. Mas as coisas não são como nos contos de fadas e nada nessa vida é fácil.
-Estou disposto a enfrentar todas as dificuldades necessárias... Eu só preciso de você Alexandre apenas isso... – Minha voz como num tom de súplica o amoleceu e logo nossos lábios se tocaram novamente, nada era comparável ao toque daquele homem, nenhuma sensação de prazer se comparava aos beijos de Alexandre. Algo extasiante, atraente e irresistível formava aquele beijo, não havia textura, não havia cor, cheiro nem sabor mas os sentimentos e desejos que aqueles lábios e mãos despertavam em mim era algo que quase sobrenatural me drogava me fazendo sempre querer mais.
-Por enquanto acho melhor isso ficar entre nós... Vamos experimentar tudo isso primeiro pode ser? – A palavra experimentar me atraía muito e com um sorriso acenei que sim com a cabeça.
Aquela noite eu dormi no peito do Ale, sentir o perfume de seu peito me fez dormir e ter a melhor noite da minha vida até aquele momento. Sonhos transformavam as minhas noites má dormidas em algo distante. Agora meu coração pouco a pouco era restaurado pois Alexandre juntava todos os pedaços quebrados restaurando um a um. Agora ele seria meu e eu seria dele e enfrentaríamos juntos todas as adverdidades que a espreita nos esperavamOlá leitores... Esse capítulo consumiu toda a minha descarga emocional, tive que ouvir o disco da Lana del Rey inteiro pra concluir esse capítulo mas eu adoro escrever e o melhor é saber que vocês gostam do que sai dessa minha mente maluca rs... A cada “continua logo” meus dedos pulam no teclado com mais empolgação pra lhes fornecer mais um novo capítulo eu leio todos os comentários de vcs e analiso o perfil de vcs pra ver se são críticos e os 10 que recebo são de pessoas rígidas qndo leem algo. Por isso é muito importante que vocês comentem e coloquem suas opiniões pois cada comentário por mais fútil que seja é muito importante para o rumo que o conto irá seguir, posso editar um capítulo dependendo do comentário então a opinião de vcs é de extrema importância.
Augusto3: quem me dera ter um chefe desses pra mim kkkk no meu trampo meus chefes são um casal gay rsrsrs e eles são horríveis com os funcionários pois euzinho mereço um bom aumento em meu salário. É um conto fictício moço
Mille***: como assim te descrevendo? Rsrsrsrs
RodrigoT.: quando estava escrevendo o terceiro capítulo pensei em colocar mais personagens mas se colocasse mais naquele capítulo teria muita besteira e a parte principal n estaria, tornando o conto sem graça, mas se possível no próximo eu coloco mais personagens. E sobre as emoções coloquei tudo que tinha de emoções nesse capítulo rsrsrs
Coelinho33:sou muito inseguro em muitas coisas e seu comentário me fez ter mais confiança nesse conto e espero que vc sempre esteja aqui... obrigado pela a ajuda.
Até o próximo bjinhos Daniel