Atendendo a inúmeros pedidos, aí está a continuação do conto Luiza (disponível aqui: http://www.casadoscontos.com.br/texto/ Espero que gostem. Beijos!
Encontro no Café
Os últimos dias foram bem tensos pra mim, Ronaldo e eu terminamos da pior maneira possível, ele me acusou de coisas horríveis que nunca fiz e pior, ainda espalhou para todos os nossos amigos que eu era sapatão... Em tempos de homofobia, ser acusada de sapatão para as pessoas com quem eu sempre convivi e amei foi um golpe bem sujo. As meninas com quem eu andava, hoje me olham torto e não tem o menor pudor de se cobrir quando me encontram pela rua. A maioria delas já nem me cumprimentam mais quando nos encontramos pela noite.
Vejam bem, a única experiência homossexual que tive foi com Luiza, a irmã de um amigo meu e de Ronaldo, mas esta experiência nem pode ser considerada como válida, pois uma experiência deve ser repetida antes de atestada sua validade e Luiza e eu não nos vemos há mais três meses.
Acordei com uma imensa vontade de tomar um Cappuccino e resolvi que o faria num café próximo do lugar onde trabalho. Cheguei cedo, comprei o jornal que gosto de ler pela manha e pedi o dito cujo. Entre uma bebericada e outra percebi que alguém se sentava à mesa diante de mim.
Não dei bola inicialmente, mas a pessoa não se moveu e achei estranho, afinal, não é comum desconhecidos sentarem-se em mesas conjuntas. Resolvi erguer os olhos do jornal e imaginem qual foi a minha surpresa ao me deparar com Luiza, diante de mim, sorrindo-me com extrema simpatia.
Fiquei muda e se estivesse em pé, provavelmente teria que me segurar em algo para não cair.
Ajeitei os óculos que estavam fora do lugar os empurrando para cima, mas ainda fiquei muda por alguns instantes.
Ela quebrou o silêncio:
- Ei, o que foi? Parece que viu um fantasma. – e riu. Um sorriso limpo e bem humorado para a manhã nublada que fazia no Rio de Janeiro.
- Não foi nada. É bom ver você. – e sorri de volta.
Não era mentira o que eu acabara de dizer, era realmente muito bom poder olhar outra vez para aqueles olhos verdes.
- O que tem feito? Não tive mais notícias de você depois de... Bem, você sabe... – perguntei de maneira tímida. Na verdade minhas faces ardiam e havia um mundo de borboletas no meu estômago. Perguntei morrendo de medo da resposta, já imaginando que ela pudesse estar com alguém, o que não seria em nada reprovável, uma vez que já haviam se passado mais de três meses.
Ela riu da minha insegurança e em seguida disse:
- Ah o mesmo de sempre, trabalhando muito, pouco tempo para sair. – ficou pensativa por um instante para depois completar – Meu irmão parou de falar comigo.
Parecia triste ao dizer isso.
Luiza e o irmão sempre foram muito ligados, ela sempre fora a princesinha dele. Ele é mais velho do que ela uns dois anos. Depois que os pais faleceram ficaram mais ligados ainda. Fiquei triste que as fofocas de Ronaldo tivessem destruído a relação de amizade que os dois irmãos compartilhavam.
Ela estava realmente triste e saber que um dos motivos dessa tristeza era o acontecido no dia do temporal me fez refletir se era uma boa ideia tentar um envolvimento com ela naquele momento.
Pousei a mão timidamente sobre a dela. Ela estava quente. Olhei-a nos olhos antes de dizer:
- Desculpe-me se lhe causei algum mal, realmente não era essa a minha intenção.
Ela não retirou a mão como imaginei inicialmente e ainda mantendo o contato deu-me um sorriso triste.
- A culpa não foi sua, na verdade o fato da fofoca ter se espalhado em parte é minha culpa. Eduardo me questionou o que estava acontecendo comigo nos dias seguintes à volta do feriado e eu, como sempre confiei nele, contei o que ocorrera entre nós. Não imaginei que ele fosse me tratar tão mal e pior, contar ao Ronaldo.
Fiquei confusa. “Como assim o Ronaldo sabia e mesmo assim nunca disse nada?” Pensei.
- Há quanto tempo o Ronaldo sabe?
- Não sei bem, acho que há uns dois meses. Eduardo sempre teve a língua frouxa, ainda mais quando está bêbado.
“Ronaldo sabia do ocorrido há mais ou menos dois meses. Bem isso explica seu comportamento de uns tempos pra cá...” Pensava alucinadamente e quanto mais pensava, mais indícios encontrava de que ele só permaneceu ao meu lado por uma questão de ego ferido e pior do que o ego ferido, provavelmente tentava me provar que ao me “comer bem” apagaria de mim a experiência que havíamos compartilhado, Luiza e eu. As sentenças são sempre as mesmas: “Sapatão é mulher que nunca encontrou um homem de verdade; nunca encontrou um cara que a comesse como merecia; ela sofreu uma grande decepção amorosa com um homem, por isso virou sapatão...”.
-... Desculpe. – pude ouvi-la dizer.
- O que? – perguntei desperta dos meus devaneios
- Não imaginei que causaria tanto mal a você. Já soube que a fofoca se espalhou. Deve estar sendo difícil... Desculpe.
Ela realmente parecia triste. Olhei-a mais uma vez nos olhos antes de forçar um sorriso.
- Não fizemos nada de errado. Não há porque se desculpar. A culpa é da nossa sociedade hipócrita que tenta a todo custo nos rotular como marginais. – havia revolta na minha voz.
Ficamos em silêncio mais alguns minutos.
A hora já se anunciava, era hora de eu ir para o escritório.
Despedi-me dela e antes de sair ela me deu um papel dobrado onde se lia “me ligue”.
Saímos cada uma para um lado. Logo cheguei ao barulho do escritório e por várias horas esqueci-me do encontro.
Na hora do almoço ao colocar a mão no bolso do casaco tomei consciência do papel.
Desdobrei-o e nele pude ler:
“Nada mudou... Ainda quero você se você estiver disposta a enfrentar o mundo por mim
Eu te amo,
Luiza”
No fim do bilhete havia um numero de telefone.
Sentei-me e estendi a mão para o telefone. Disquei os números quase que automaticamente.
Ouvi o aparelho chamar uma, duas, três vezes. Senti medo. Quando ia desligar ouvi sua voz do outro lado da linha:
- Alô?
- Oi, Luiza? Sou eu, Jéssica.
Um breve silêncio e a ouvi suspirar.
- Oi querida, que bom que ligou. Na verdade eu achei que você não fosse mais ligar... – não era uma cobrança.
- Desculpe, eu me entretive com o trabalho e acabei esquecendo-se de ligar. – melhor ser sincera, pensei. – Estou atrapalhando alguma coisa?
- Claro que não... É bom ouvir sua voz. – e riu baixo do outro lado da linha.
- Quer sair para tomar alguma coisa no fim do expediente? – perguntei assim, de supetão, com medo de não ter coragem de chamar se ponderasse sobre o que dizer.
- Eu adoraria. Você me busca?
- É só me dar o endereço. – respondi já animada.
Conversamos mais alguns minutos, ela me deu o endereço de onde trabalhava e na hora da despedida dissemos juntas:
- Beijos! – e rimos.
O resto do dia transcorreu normal.
Encontrei-me com ela as 17:30h e fomos a um bar qualquer no centro do Rio.
Dali fomos a uma boate próxima do local de onde estávamos.
Dançamos juntas e separadas e quando ficamos cansadas sentamos num dos sofás vermelhos dispostos no canto da pista de dança.
Conversávamos bem próximas uma da outra, era difícil a comunicação por causa do som alto.
Ela dispensou alguns caras que queriam ficar com ela, eu fiz o mesmo.
Já no meio da noite, esbarrei com Ronaldo próximo ao banheiro. Ele tinha ao seu lado uma mulher loira espetacular. Nunca duvidei que ele ficaria com mulheres tão ou mais bonitas do que eu, mas encontrá-lo ali foi estranho.
Ao me ver logo puxou a loira para um beijo intenso, numa atitude bem típica de um homem com o ego ferido. Não liguei para aquilo e o fato de eu não ter ligado pareceu que o feriu mais do que eu ter ficado com outra mulher.
Quando saí do banheiro ele me seguiu e antes de chegar onde Luiza estava ele me deu um puxão no braço que me fez gritar de dor.
- Tá fazendo o que aqui, vagabunda sapatão? Veio atrás de outras mulheres? Eu sei bem do que você precisa. – disse me puxando para um dos cantos escuros.
Eu lutava com ele, mas ele é muito mais forte do que eu e me arrastava quase sem nenhuma resistência. Comecei a gritar e percebi logo que não era uma boa ideia, pois ele me esbofeteou o rosto fazendo com que minha cabeça virasse para o outro lado.
A casa estava cheia, demorou até um dos seguranças entender o que acontecia, mas quando percebeu o que estava acontecendo rapidamente o prendeu pelos braços e o arrastou para longe de mim. Em seguida começou a juntar gente ao meu redor, atraídos pelos meus soluços.
Meu rosto ardia pelo violento tapa que havia recebido e estava desnorteada pela situação. Senti que alguém segurava minha mão e me puxava para fora do círculo de pessoas que havia se formado, quando percebi quem era comecei a chorar.
Ela me levou para fora da boate, tomou as chaves do carro das minhas mãos e me fez sentar no banco de trás do veículo.
Saiu em disparada pelas ruas do RJ. Eu estava envergonhada pela situação que havia passado e não fazia nada além de chorar. Ela nada disse até chegarmos a um condomínio pequeno na Zona Norte.
- Vem. – falou estendendo a mão para mim.
Eu segurei naquela mão quente e me deixei guiar para fora do veículo, em direção ao prédio.
Entramos em silêncio no elevador. Ela me olhava atentamente e eu ainda chorava.
Quando entramos no pequeno apartamento um bichano rajado se enroscou nas minhas pernas.
- Travis! Já pra cozinha! – como por milagre o gato saiu correndo em direção a uma parte escura além da sala.
- Sente-se aqui, eu vou pegar gelo para você por no rosto.
Sua voz era comedida, mas incrivelmente sexy. Por mais que eu não quisesse pensar em sexo, vê-la andando em direção, ao que supus ser o quarto, me revirava o estômago. Um leve arrepio me invadiu quando um flash daquela noite me veio à mente. Mordi o lábio inferior e apertei as pernas uma na outra, involuntariamente um suspiro escapou dos meus lábios.
Alguns minutos se passaram e ela logo voltou com gelo enrolado numa fronha de travesseiro. Sentou-se ao meu lado e o contato do gelado no meu rosto quente me fez estremecer.
- Jéssica, você precisa prestar uma queixa contra o Ronaldo, ele não tem o direito de te agredir assim.
Chorei mais.
- Não posso fazer isso Luiza. Tenho vergonha. O que vou dizer para aquele bando de brutamontes quando me perguntarem o motivo dessa perseguição? Que ele está furioso porque dormi com uma mulher?
Ela contraiu o maxilar com tamanha força que pude ouvir os dentes rangendo.
- Então é isso? Tem vergonha de mim? – havia uma leve irritação em sua voz.
Percebi imediatamente o grande erro que cometera, mas já era tarde, ela estava furiosa, porque por algum motivo idiota eu dei a entender que tinha vergonha do que havia acontecido entre nós.
- Luiza, não é nada disso o que você está pensando. Essa situação não tem nada a ver com você...
- Não te nada a ver comigo... – ela me cortou antes que eu terminasse o raciocínio. – Então tem a ver com o que Jéssica? Você e eu ficamos juntas aquela noite, foi maravilhoso pra mim, mas você agora está com medo, mas o que não entendo é: medo de quê? Você é uma mulher independente, adulta, me desculpe, mas eu pensei que você também quisesse estar comigo tanto quanto eu quero só que parece que eu me enganei. – o rosto dela estava agora contraído de irritação.
Levantou-se do sofá e começou a andar de um lado para o outro.
- Vocês são todos iguais mesmo, homens e mulheres...
Percebendo que não adiantaria explicar nada para ela naquele momento, levantei-me do sofá, agradeci pela ajuda e já me preparava para sair pensando sobre o que fazer, entendi que se saísse por aquela porta naquele momento, Luiza estaria inacessível para mim indefinidamente, então em surto de coragem voltei como um furacão e a tomei nos braços em um abraço apertado, onde podia sentir toda a extensão do corpo dela.
Ela tremia de raiva e fazia força para se desvencilhar de mim, mas a mantive presa nos meus braços até que me dizendo coisas horríveis, ficamos cara a cara, olho no olho. Neste momento não houve mais fuga, meus olhos castanhos se mergulharam nos verdes dela e sem nenhuma palavra tomei sua boca de assalto num beijo rude, mas apaixonado.
Ela ainda fazia força para se soltar, mas sua resistência foi sendo substituída pelo desejo que meu beijo passava a ela.
Senti sua mão puxar meu cabelo com força na nuca, ela estava agressiva. Mordeu-me o lábio inferior com força para em seguida receber em total entrega o beijo que eu lhe dava.
Escorregamos para o tapete, ela ficou por cima de mim, a perna estrategicamente colocada entre as minhas e fazia pressão com o joelho sobre meu sexo.
Arranquei-lhe com força a camisa de botão que ela vestia, expondo os seios cobertos pelo sutiã. Admirei-lhe o busto por alguns segundos até que mais um puxão forte em meus cabelos me fez olhar para ela.
Seus olhos de gata faiscavam de desejo e me devoravam como jamais um homem foi capaz de fazer.
Ela me ajudou a tirar a roupa ficando nua em seguida. Tomou-me o seio esquerdo na boca e sugou forte, deixando uma marca roxa sobre o mamilo, com a outra mão apertava vigorosamente meu seio direito, imprimindo seu ritmo ao ato.
Voltou a deitar-se sobre mim, seus seios se comprimiam nos meus e os mamilos que se roçavam conduziam eletricidade. A mão voltou a procurar um dos seios, mas pouco tempo ficou ali, senti que ela descia em direção ao meu sexo encharcado de desejo por ela.
Tocou-me o sexo gentilmente, fazia pressão sobre o clitóris enquanto me beijava a boca com intensidade, a língua ágil buscava a minha e se enroscava num balé divino.
Meus pensamentos estavam confusos, o rosto ainda doía do tapa recebido, mas também queimava pelo desejo incendiado por ela.
Fez-me virar de bruços e suavemente me beijou as costas, a nuca, o lóbulo sensível da orelha, e desceu até as minhas nádegas. Desta vez não procurou meu anus, continuou descendo até as coxas, lambendo lentamente a parte interna e prosseguiu em direção aos meus pés, onde beijou cada dedo, acariciando com a língua.
Era uma sensação nova, a boca quente que me beijava os pés, as mãos ágeis que massageavam as coxas.
Ela iniciou sua trajetória ascendente, e subindo beijou-me mais uma vez as nádegas, as costas. Senti que ela deitava-se sobre mim e se esfregava no meu corpo, como massagem tailandesa. Os seios passeavam pelas minhas costas, o monte de Vênus se esfregando em minhas nádegas.
Quando chegou novamente amo meu ouvido puxou gentilmente minha cabeça de encontro a ela e me beijou, assim. Era uma posição um pouco desconfortável, o pescoço repuxado enquanto correspondia ao beijo. E foi beijando e beijando. Quando eu menos esperava, senti seus dedos me penetrando forte por trás e gemi alto.
Ela continuava sobre mim, agora se esfregando freneticamente me minhas nádegas, a mão, vigorosa, forçava cada vez mais passagem pelo meu sexo. Perdi a noção de pudor e gritava a todo pulmões que eu era a sua vadia, que ela me fizesse gozar...
Empurrava as nádegas cada vez mais forte de encontro ao sexo dela e cada vez que o fazia, sentia os dedos mais fundo dentro de mim. Nunca nenhum homem me preencheu de maneira tão completa.
Senti o orgasmo vindo rapidamente, sem condições nenhuma de retardá-lo entreguei-me ao turbilhão de sensações que me invadiu. Os músculos do corpo todo contraídos, os dedos firmes dentro de mim, o grito que deixei escapar foi a satisfação completa do ato. Ela ainda se esfregava em mim quando senti seu corpo tremer e num gemido abafado se deixou cair ofegante sobre mim.
Do escuro, os olhos do gato nos fitavam, nossa testemunha silenciosa.
Demorei a me recompor, minha respiração ficou entrecortada por minutos, ela ressoava deliciosamente ainda sobre mim.
Fiz com que ela rolasse e deitasse nos meus braços. Estávamos exaustas, mas a noite mal havia começado. Beijei-lhe os lábios com carinho e com a mão livre explorei seu corpo, os seios ainda intumescidos reagiram imediatamente ao toque da minha mão, o mamilo ficou exposto e com a palma da mão fazia movimentos circulares muito leves sobre ele. Ela arqueou o corpo, denunciando o prazer que aquilo lhe dava.
Deixei que ela ficasse deitada de costas e fui em direção aos seios, primeiramente tomei um mamilo na boca, molhando-o de saliva, depois assoprei para ver a reação. Ela se arrepiou e o mamilo ficou mais ereto.
Queria provar o corpo dela, todo ele. Tomei o mamilo mais uma vez nos lábios, dessa vez sugando com força. Ela gemia abafado e seus gemidos me encorajavam a prosseguir.
Beijei-lhe a barriga definida, os músculos laterais se contraindo, lambi-lhe o umbigo por um longo tempo e desci a língua pelo ventre, pala parte interna das coxas.
Parei por um instante para admirar o sexo que se insinuava inchado para mim, era vermelho com pelos perfeitamente aparados em cima e completamente depilados em baixo.
Toquei-lhe a entrada do sexo com os dedos, a vagina se contraiu ao contato. Ela estava muito molhada. Deixei um dedo ali, apenas brincando e lhe beijei intimamente os lábios inferiores. O gosto dela era maravilhoso (eu poderia perder minha vida, só sugando esse néctar) e me encorajou a ser mais ousada. Substituí o dedo pela língua que queria se insinuar pela entrada pulsante do sexo dela. Forcei passagem por aquele buraquinho faminto, a ponta da língua se comprimiu dentro dela. Ela apertava minha cabeça mais de encontro ao sexo e eu cedi. Endureci mais a língua e forcei o máximo que eu pude sentindo a delícia daquele sexo só pra mim.
Ela rebolava no meu rosto pedindo mais e eu dei tudo o que eu tinha. Queria que ela gozasse tão intensamente quanto eu então mais uma vez a penetrei com os dedos e com a língua alcancei o clitóris muito inchado dela. Não demorou muito para que ela explodisse na minha boca. O corpo todo denunciando a intensidade do orgasmo.
Continuei ali, lambendo, bebendo daquele gozo divino.
Ela me puxou para junto de si algum tempo depois e me beijou lentamente capturando cada gota de seu gozo na minha boca.
Dormimos ali mesmo, exaustas.
Ao acordar pela manhã senti que Travis estava entre minhas pernas, dormindo tranquilamente. Luiza preparava o café da manhã animada na cozinha.
Segui o som da sua voz e a encontrei, completamente nua terminando de arrumar a mesa.
Ela me indicou uma cadeira e me serviu uma xícara do líquido preto fumegante, sentou-se ao meu lado.
Compartilhar esse momento íntimo com ela foi a melhor coisa que acontecera em minha vida durante muito tempo, meu coração estava em paz.
Fiquei olhando para ela com cara de idiota e ela perguntou:
- O que foi?
- Nada demais, só que eu descobri que quero fazer isso aqui com você o resto da minha vida.
Ela sorriu e seus olhos se iluminaram
Beijou-me na boca cheia de desejo e me sussurrou ao ouvido:
- Isso é porque você ainda não deitou na minha cama – e riu.
Sorri de volta. Era nossa promessa.
Não vou dizer que nossa vida é um mar de rosas sempre e que nossos problemas individuais sumiram, mas o Ronaldo não me perturba mais, acho que ela deve tê-lo ameaçado. O Eduardo aos poucos vai se chegando, Luiza e ele voltaram a se falar, mas não têm mais a mesma cumplicidade que tinham. O Travis me escolheu como dona, o que deixa Luiza furiosa e cheia de ciúmes. Hoje temos outros amigos, os antigos provaram que não mereciam nossa amizade. Nos fins de semana recebemos visitas, jogamos cartas, bebemos vinho, assistimos a algum filme, mas quando todos vão embora voltamos a ser as namoradas apaixonadas de sempre, nos curtimos, namoramos e fazemos, muito, mas muito sexo mesmo, porque ninguém é de ferro, não acham?