Boa noite pessoal,
Vou aproveitar que as coisas voltaram a se acalmar um pouco e vou dar uma corrida na história, postar com mais frequência. Beijo a todos.
stahn, você está certíssimo, foi um king kong que ele pagou, ah e pode ter certeza, não irá passar uma água debaixo dessa ponte, irá passar é um oceano mesmo. Minha rotina é corrida mesmo, acordo as 7 e saio do trabalho as 18 e vou pra faculdade, as vezes até direto e só chego as 23, daí vou dormir as 02 da manhã pra acordar as 07 novamente, mas tudo que é mais difícil é mais gostoso né,?? Que bom que esta gostando da história, grande abraço.
HPD, pode parar, claro que quero que poste tudo que você quiser, não se acanhe, mas realmente espero que você erre todas suas suposições hehehe, fique a vontade pra comentar o que quiser. Abraço.
Angelmix, sim minha querida, ele veste branco, usa barba, óculos, sorri, é simpático, educado, um fofo e tudo mais, hehehe.
Lena78@, minha querida, sua curiosidade será desfeita, esse capítulo é o post do anjo, alias o Daniel ficará até meio de lado, tadinho.
Oliveira Dan, rapaz, você também é um bruxo, sua opinião esta corretissima, mas vamos apreciar o mico que o Daniel irá pagar, rsrs. Quanto ao Daniel sair de casa, ele jaz fez isso uma vez e não deu certo, ele só irá fazer isso novamente se for por algo muito importante, e esse algo vai acontecer sim. Beijosss.
diiegoh', obrigado pela visita.
Tay Cris, realmente ele esta bem irritadinho, mas tadinho, vai pagar um mico, rs. Amor e ódio andam juntos, mas aos poucos o ódio vai dando lugar a outros sentimentos, você está certíssima.
sonhadora19, alguma de suas respostas serão respondidas agora, mas calma, vou desenvolver a história do anjo bem devagar e lenta, detalhado. Mas algumas coisas que você me perguntou, você já sabe a resposta.
Ru/Ruanito, o Daniel é um amor de pessoa, apenas se estressou com o médico, coitado, mas vamos ver no que vai dar. Ah, não to fazendo ninguém chorar e como já disse no post anterior, nos próximos capítulos irei fazer jus ao meu apelido. Beijos.
Geo Mateus, será? Pode ser que sim, mas antes vai rolar uns desentendimentos ainda. Quem sabe uma paixão a terceira vista, ou quinta vista, rsrs
Luca:), seu comentário foi muito feliz, você tirou as palavras da minha boca. O Daniel vive por obrigação, apenas aceitou seu destino e vive como se tivesse no automático, mas quem sabe algumas surpresas não mude o jeito dele encarar a vida, ou alguma pessoa, ou algum médico, rs;
Lucas M., obrigado rapaz, continue apreciando. Grande abraço.
Perley, concordo com você, mas trabalho, estudo, e outras atividades são maneiras dele ocupar a cabeça e ir tocando a vida, pra ele a felicidade já era e esta apenas vivendo deixando o tempo passar, mas alguém mudara isso nele.
Red Jonh, seja bem vindo, fico feliz por gostar das minhas história, fique a vontade pra comentar, criticar, dar sugestões, adoro a opinião de vocês. Grande abraço.
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Daniel – Ei, você!!!
Aquele homem de branco levantou o rosto, olhando diretamente em seus olhos e no mesmo instante soltou aquele lindo sorriso.
Daniel – Qual parte do “me dei alta” que você ainda não entendeu?
- Se acalme Daniel.
Daniel – Respeite minha decisão, não vou voltar pra hospital algum.
Daniel – Vai embora daqui!!!!!!
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Capítulo 14
Daniel permaneceu com seu olhar firme, diante daquele homem que ele nem sabia o nome, mas que mantinha aquele lindo sorriso nos lábios.
Médico – Desculpa, não entendi.
Daniel – Já te falei, vai embora daqui, me deixa em paz.
Apesar de ser um rapaz doce, quando se irritava, Daniel sabia ser duro e pelo visto estava conseguindo passar isso. A simpatia no rosto daquele homem também foi sumindo, ficando agora com o olhar sério.
Os dois se encaravam, até serem interrompidos por Seu Manoel.
Manoel – Ora, vejo que já conheceu o nosso doutor.
Daniel olhou para seu chefe sem entender nada.
Daniel – O que?
Manoel – Quero lhe apresentar o Dr. Alexandre.
Seu Manoel nem tinha se dado conta da cena que Daniel tinha feito a segundos atrás e começou a falar sem parar.
Manoel – Daniel, esse é o Doutor Alexandre, ele ira ministrar algumas palestras para os operários sobre prevenção de acidentes, primeiros socorros e auxiliar as equipes de trabalho no que eles precisarem.
Manoel – Você deve estar por fora, por conta dos dias que ficou em casa, por isso estou aqui e se der certo, iremos implantar em outras obras desse porte.
Manoel ia falando e Daniel ia se retraindo, se diminuindo, sua vontade era de abrir um buraco no chão e se esconder, tamanho o mico federal que tinha acabado de pagar. Quando estava em situações desse tipo, perdia um pouco o controle, começava a gaguejar, suar e dessa vez não foi diferente.
Manoel estava um pouco eufórico, falando sem parar dos planos e das idéias que o médico havia lhe apresentado. Já Alexandre permaneceu com o rosto fechado, o que deixava Daniel ainda mais constrangido.
Vendo que Daniel estava estático, Manoel fez uma cara feia pra ele, que entendeu o recado de imediato, estendendo a mão direita para o homem, se apresentando, esperando seu cumprimento.
Daniel – Seja bem vindo, meu nome é Daniel.
Alexandre não estendeu seu braço, olhou no rosto do rapaz por alguns milésimos de segundos, que para Daniel parecia séculos, sua vergonha estava estampada em seu rosto.
Antes mesmo de começar a ter outro ataque de nervoso, Alexandre estendeu o braço para Daniel, apertando sua mão, também se apresentado.
Alexandre – Obrigado, me chamo Alexandre.
Daniel – Seja bem vindo doutor.
Daniel falava com os olhos para baixo, evitando encarar o médico. Sua vontade era correr para sua sala e só sair de lá na hora de ir embora.
Manoel – Bom, preciso circular.
Manoel – Daniel, o doutor Alexandre ficara alguns dias aqui conosco e o que ele precisar, sei que você o ajudara.
Daniel – Claro.
Manoel – Fique a vontade doutor, qualquer coisa pode pedir ao Daniel.
Manoel saiu, deixando os dois a sós. Daniel também ia fazer o mesmo, mas não deu tempo.
Alexandre – Desculpa.
Daniel – Oi??
Alexandre – Desculpa ter lhe decepcionado.
Daniel fez uma cara de quem estava boiando.
Alexandre – É que não é um procedimento comum os médicos saírem por ai caçando seus pacientes rebeldes.
Daniel que até então estava se sentindo envergonhado e culpado, soltou um olhar de ódio para aquele homem ao ser cutucado daquela maneira. Ia dar uma resposta qualquer mais Alexandre foi mais rápido.
Alexandre – Fique tranqüilo, não vim te levar a força para o hospital, só vim mesmo fazer esse trabalho com os operários.
Alexandre que até então estava com o olhar sério, voltou a exibir seu sorriso encantador, desarmando Daniel, que estava prestes a xingá-lo.
Alexandre – Relaxa cara, se quiser assistir a palestra, vai começar daqui a pouco.
Daniel – Valeu, mas tenho muito trabalho a fazer.
Daniel deu as costas e voltou pra sua sala cuspindo fogo, nunca tinha se sentindo tão idiota como naquele momento.
Daniel – Seu cretino, de onde tirou que o mundo gira em torno de você?
Daniel – Como você da uma mancada dessa Daniel??
Daniel – Que vergonha.
Daniel voltou a seus fazeres, mas ainda sentia-se muito incomodado, a impressão que tinha é que todos lá fora estavam rindo do seu mico, se divertindo a suas custas.
Daniel começou a trabalhar, mas não demorou e sua atenção foi despertada novamente. A voz do Dr. Alexandre invadiu todo o ambiente, através de um microfone. Alexandre falava no centro de um pequeno palco improvisado diante de dezenas de operários, tinha outros assistentes ao seu lado, mas quem dominava a apresentação era ele.
Daniel levantou-se, aproximando-se da janela, assistindo seu médico falar para aquelas pessoas, explicando sobre prevenção de acidentes, falando de termos que poderiam ser difíceis de ser entendidos, mas que na sua explicação didática e criativa era perfeitamente compreensível por aquelas pessoas mais humildes.
Alexandre tinha uma presença incrível, estava sempre bem humorado, parecia ser do tipo de pessoa que sempre via a vida pelo lado bom, mesmo diante de um grande problema.
Daniel ficou em pé assistindo a palestra, observando Alexandre, seus traços, sua postura. Alexandre era um pouco mais alto que Daniel, tinha os cabelos negros, cheios, mas não do tipo encaracolado, seus olhos era negros, embora um pouco escondidos pelo óculos que usava, suas sobrancelhas eram grossas, mas o que chamava mesmo a atenção era sua barba cerrada que se misturava ao seu cavanhaque.
Daniel se distraiu, admirando ou analisando aquele homem, mas logo se auto corrigiu, tratando de voltar à realidade. Já ia sentar-se novamente, mas parou ao ouvir risos de todos lá embaixo.
Alexandre começou a encenar um teatro, mas não uma história chata, fez de uma maneira que ensinava as pessoas e ao mesmo tempo os entretiam. Enquanto todos gargalhavam, Daniel segurou-se para não achar graça, não queria dar esse gostinho a ele, não depois do mico que havia pagado.
Não demorou e logo Alexandre notou Daniel assistindo a palestra.
Alexandre – Pessoal, esses cuidados que parecem bobos, tem que se estender para fora do ambiente de trabalho também.
Alexandre – Se sempre agirmos com prudência, com certeza evitaremos acidentes.
Alexandre – Até mesmo no nosso dia a dia. No trânsito, por exemplo, quando atravessamos um sinal fechado, não usamos o cinto ou quando não respeitamos os limites de nosso corpo.
Alexandre deu uma olhada a cima, certificando que Daniel ainda o observava.
Daniel – Idiota, quem esse cara pensa que é?
Daniel voltou a esbravejar em sua sala, tinha certeza que aquele comentário tinha sido uma indireta a ele, alias uma direta mesmo.
Daniel – Babaca, folgado, sujeitinho nojento.
Enquanto soltava mais alguns desaforos em frente a seu computador, pode ouvir os aplausos vindo lá debaixo.
Secretária – Daniel, você não assistiu a palestra? Você perdeu, o Dr. Alexandre é ótimo.
Daniel olhou para a cara da secretária, dando um sorriso amarelo.
- Sem contar que ele é um fofo né, será que é casado? Perguntou uma estagiária.
Daniel – O que eu sei é que isso aqui esta cheio de trabalho pendente então vamos deixar o papo pra depois.
Secretária – Que mau humor, credo.
Daniel voltou a seus afazeres tentando se concentrar, mas já estava começando a se arrepender de ter voltado a trabalhar, voltou a olhar para o pátio lá em baixo e viu que estava tudo calmo. Resolveu sair para ir comer algo, tendo certeza que não viria mais aquele médico, pelo menos naquele dia. Mesmo parecendo superado, o mico ainda estava fresco em sua memória.
Daniel foi até a cozinha e ainda com a porta da geladeira aberta, encheu um copo de água tomando tudo numa tacada só, mas ao se virar levou um tremendo susto.
Alexandre – Desculpa, não quis te assustar.
Alexandre estava parado a alguns metros atrás dele, com aquele sorriso insistente no rosto.
Alexandre – Fica tranqüilo, não vim te levar a força não. Alexandre começou a rir com a piada que fez, mesmo notando que Daniel não tinha achado a menor graça.
Daniel – Vai passar o dia todo aqui?
Alexandre – Não, é que alguns operários vieram conversar comigo, daí conversa vai, conversa vem, nem vi a hora passar.
Daniel – Bom, não sei qual foi o acordo que o Seu Manoel fez com você e seu pessoal, mas fique a vontade.
Alexandre – Obrigado.
Alexandre ficou sério, se aproximando ainda mais de Daniel, que começou a ficar nervoso.
Daniel – O que você está me olhando?
Alexandre ficou um tempo em silêncio, mas logo comentou.
Alexandre – Só estou vendo sua testa, parece que esta tudo bem.
Daniel – Como já disse pra você no hospital, eu estou bem doutor.
Alexandre – Sim, eu acredito.
Alexandre – Mas semana que vem passe lá pra tirar os pontos.
Alexandre – Bom, vou nessa. Bom trabalho pra você.
Daniel – Obrigado.
Alexandre – Ah, cuidado com os excessos hein.
Daniel ia responder mas já era tarde, o médico já havia saído da sala.
Daniel – Idiota!!!.
Daniel voltou pra sua sala e no caminho só escutava falar da tal palestra e do jeito simpático que Dr. Alexandre tinha.
Secretária – Daniel, amanhã o doutor Alexandre virá?
Daniel – Mas agora é só doutor Alexandre pra cá, pra lá.
Alexandre juntou suas coisas, colocou na mala do carro e foi embora, seus outros assistentes já haviam ido embora mais cedo. Fazia um calor insuportável e dirigindo por aquela estradinha ficou pensando no que mais poderia fazer para criar um trabalho legal para aquela fábrica.
Alexandre era um pouca mais velho que Daniel, já estava beirando os 35 anos e a poucos anos havia se formado em medicina. Com o tempo conseguiu montar um consultório, mas também atendia na rede publica o que lhe dava um imenso prazer, pois poderia desempenhar seu trabalho com pessoas mais humildes, ele realmente tinha paixão por sua profissão.
Alexandre chegou em casa e já era noite, descarregou suas coisas enquanto tirava a camisa.
Alexandre – André, você esta ai?
Vendo que ninguém respondia, se jogou no sofá e voltou a pensar no dia de hoje.
“Daniel – Vai embora daqui cara” “qual parte do eu me dei alta você não entendeu”.
Lembrando da cara de tacho que Daniel ficou, começou a rir, achando graça de todo aquele mal entendido.
Paralelo a rotina de médico, ele também se envolvia nas mais diversas atividades e por meio de alguns contatos, Seu Manoel o contratou para desempenhar esse trabalho na obra que Daniel também trabalhava.
Antes de planejar o que seria feito, Alexandre foi até aquele fim de mundo conhecer de perto a fábrica que estavam construindo. Conversou com algumas pessoas e como já estava tarde, achou melhor pegar a estrada.
Estava dirigindo em meio aquela neblina, até que notou algo estranho. Viu uma luz vindo do meio do matagal e a vegetação toda derrubada, como se um caminhão ou um carro tivesse entrado ali.
Alexandre parou o carro e se aproximou para verificar o que era.
Alexandre – Meu Deus!!!
Alexandre – Tem alguém ai? Gritava, tentando identificar se realmente era um carro.
Vendo que ninguém respondia, Alexandre se embrenhou no meio do matagal, seguindo a luz que vinha das lanternas do carro de Daniel.
Alexandre – Tem alguém?
Alexandre se aproximou e viu o carro de Daniel todo amassado, colidido com uma árvore. Rapidamente se aproximou do banco do motorista, e viu Daniel com a cabeça sobre o volante, sangrando na testa.
Seu primeiro impulso foi chamá-lo, segurando em seu ombro, mas Daniel nem se moveu.
Alexandre – Cara você esta me ouvindo?
Alexandre sacou o celular, mas naquele lugar seria praticamente um milagre conseguir fazer uma ligação.
Alexandre estava um pouco nervoso, começou a circular em volta do veículo, certificando que não havia mais ninguém ali. Voltou para o lado onde Daniel estava, abrindo a porta.
Alexandre - Ei, você me ouve?
Alexandre tocou o pulso de Daniel, e delicadamente seu pescoço.
Alexandre – Graças a Deus, está vivo.
Embora não sendo o correto, decidiu tirar aquele homem estranho daquele carro e levar o mais rápido possível para um hospital, ele sabia que naquelas condições não conseguiria um resgate tão cedo.
Alexandre constatou que Daniel não deveria ter sofrido nenhuma lesão mais grave e num impulso, se aproximou daquele estranho, puxando seu corpo pra fora do banco.
Alexandre pegou Daniel no colo, repousando com cuidado a cabeça dele em seu peito e o levou até seu carro, o acomodando no banco do carona.
Novamente mediu sua pulsação, passando a mão em seu rosto e prendendo o cinto de segurança. Em seguida foi para o banco do motorista, olhando o tempo todo para Daniel.
Alexandre passou a mão na cabeça de Daniel e como se ele pudesse ouvi-lo, começou a falar...
Alexandre - Fique tranquilo, não vou deixar nada de ruim lhe acontecer.
Alexandre – Aguente firme cara, eu vou lhe salvar.
Continua...