Ver o Lipe naquele estado me fez esquecer tudo que havia acontecido comigo. O agarrei forte e o fiz olhar diretamente para mim.
- Por favor Lipe, o que aconteceu? - Indaguei.
- Um cliente me chamou pra ir numa boite. Eu fui. - Explicou ele aos prantos. - A gente ficou na boite até tarde e depois fomos para um motel. Ele me pagou e pagou o motel e eu sai fora para pegar ônibus, porque tinha uma linha que passa em frente que passa aqui também. Tinha uma viatura da polícia parada em frente, eles me abordaram. Me revistaram e acharam o dinheiro, perguntaram se eu era garoto de programa e eu disse que era. Então eles tomaram meu dinheiro e me bateram.
- E ninguém viu, Lipe? - Perguntou Nic.
- Passaram duas pessoas do outro lado da rua, mas ninguém disse nada.
- Lipe. - Falou Nic pausadamente. - Você tem certeza que não estava com pó?
- Nic?! - Reclamei. - Que pergunta. Ele foi espancado. - O Lipe havia dito que parara com o pó logo após voltar da visita que fez à sua mãe, tão logo nos libertamos do Bill.
- Lipe? - Insistiu Nic.
- Dee, desculpa cara. O cliente ofereceu, eu fui dar só uma provada, e ele ainda deixou eu trazer mais.
- Puta que pariu Lipe. - Esbravejei. - Não acredito nessa porra. Você disse que iria resistir a essa porcaria. Vai virar um puto drogado de novo? Que dá o rabo só pra comprar pó?
Ele apenas me abraçou forte e chorou mais ainda.
- Desculpa Dee, desculpa Nic. Eu devia ter me controlado. Eles me bateram porque eu estava com droga também, levaram a droga. Podiam ter me prendido também.
- Fica assim não, amigo. - Abraçei ele forte, não tinha coragem de ralhar porque eu sabia que era um vício. - A gente vai continuar te apoiando, mas não pode ficar mentindo, tem que dizer se está usando ou se não está.
A Nic também abandonou o ar bravo e abraçou ele. Que barra o Lipe voltar a usar droga, fiquei torcendo para ser apenas um surto. Naquela noite levei ele para o meu quarto e dormimos juntos, da outra vez foi por minha causa, dessa vez foi por ele.
No dia seguinte fui a tarde para a faculdade, precisava estudar umas coisas atrasadas e minha vida estava agitada demais. A biblioteca ficava em uma prédio de três andares, onde o último era apenas para salas de estudo. E era enorme e ventilado, sempre adorei o clima de lá.
Passei a primeira meia hora em que deveria estar estudando apenas pensando na vida. O Thor que não deu mais sinal de vida, evitava ao máximo pensar nele porque era como um obcessão saber o que ele estava fazendo e onde havia se metido. Havia também o Sam agora me enchendo o saco querendo transar sem camisinha e para completar o Lipe inventa de usar drogas novamente. A Nic sempre tinha drogas, mas ela tinha muitos clientes que usavam e se usava vez por outra, era apenas como estimulante mesmo, nunca a vi como uma viciada.
Quando consegui acalmar a mente e abri o primeiro livro para ler, senta na mesma mesa que eu o Fábio.
- E aí cara, anda fugindo de mim? - Indagou ele.
- Não, brother. - Respondi. - Só andei com uns problemas na cabeça.
- Qual delas? - Riu ele.
- Só a de cima mesmo. A de baixo está tão gostosa quanto na última vez que você mamou nela.
- Quero repetir a dose.
- Todo mundo quer.
- Tô falando sério.
- Eu também.
- Bora pra um motel?
- Depois da aula?
- Não, agora.
- Demorou. - Levantei fechando o livro. Não ia recusar o sexo, nem o programa.
Fomos para o seu carro, ele mesmo procurou o motel mais próximo, que ficava um pouco longe da faculdade e entramos.
Fiquei impressionado porque ele escolheu a suíte mais chique do motel. Assim que entramos abraçei ele por trás e mordisquei seu pescoço.
- Sabia que eu sou virgem né?
- Sabia. - Falei.
- Desde que te vi quis perder a virgindade com você.
Apertei meu pau contra sua bunda, que era bem redondinha e firme. Ele era um garoto muito bonito e passei a achar que era bem tímido para não ter perdido a vingindade ainda. O virei de frente e beijei com muito carinho a sua boca. Quando terminei o beijo ele continuou de olhos fechados, como se quisesse mais.
- Calma. - Falei. - Primeira vez precisa ser caprichada.
- Tem paciência comigo.
- Toda. - Falei dando mais um beijo. - Vamos tomar um banho pra gente relaxar?
Tiramos toda a roupa e fomos para a banheira, eu adoro banho de banheira e como não tenho uma em casa, sempre aproveito quando um cliente tem ou quando me levam em motel. Mas claro, eu também queria que o Fábio ficasse bem relaxado, acho que todo mundo tem direito a uma primeira vez inesquecível, que não seja uma droga como foi a minha (um colega da escola me chamou na casa dele, colocou filmes pornôs e propôs um troca-troca).
Fiz uma massagem bem caprichada para ele na banheira. A forma como ele se entregou aos meus carinhos deixou claro que realmente era virgem e não tinha nem mesmo muita experiência em amassos. Ainda o deixei me chupar um pouco novamente, porque ele parecia realmente ansioso por isso novamente.
Levei-o para a cama e deitamos os dois nus. Havia gel e camisinha e aproveitei para colocá-los logo do nosso lado na cama, pois ambos seriam necessários logo logo.
- Vou te fazer muito carinho antes de tirar teu cabacinho. - Falei olhando-o com safadeza e o beijando novamente. - Vira pra mim vira.
P.S: Pessoal, desculpa a demora, minha viajem se estendeu mais do que deveria,mas daqui a pouco já sai outro capítulo.
Abraços a todos e muito obrigado.