Bom, primeiro eu quero falar deste leitor chamado “Pedro Silva”... Você não passa de uma bicha incubada e recalcada. E se você realmente odiasse contos gays, não perderia o seu tempo aqui, fazendo comentários maravilhosos. Isso mesmo babaca, eu amo os seus comentários, pois pra mim não passa de um elogio, vindo de um viadinho de quinta categoria. Ah, se você estiver afim de contos muito eróticos, manda a sua mãe dá o rabo na esquina e pede para ela escrever aqui na cdc.
Voltando para os meus leitores adoráveis, beijos enormes, e esta é a antepenúltima parte do conto. Boa leitura...
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Daniel correu em direção ao corpo caído do Ricardo. Se jogou no peito dele, desabando em choro. A avenida movimentada deu lugar a uma multidão que se formava em volta daquela cena. Daniel não sabia o que fazer, e o seu desespero, dava lugar a uma dor profunda. Alguém ligou para o SAMU, e em poucas horas, o Ricardo era levado para o hospital.
Daniel a todo o momento andava de um lado para o outro. Ligou para o amigo, para que ele pudesse estar junto a ele naquele momento. Coube ao Leo, no caminho ao hospital, ligar para os pais do Ricardo, já que este os conhecia.
- Oi Dan. Como você ta? – Daniel se jogou nos braços do amigo, aos prantos.
- Foi minha culpa Leo. Eu provoquei a nossa discussão. Foi minha culpa. – ele tremia, e o seu coração batia acelerado. A voz estava ofegante, e a cor pálida.
- Calma, Daniel. Você não teve culpa de nada. E, ele vai ficar bem.
- Foi tudo muito rápido. Quando eu vi, o corpo dele já estava jogado no chão. – ele não conseguia se controlar. – Eu não posso viver sem ele. Ouviu? Eu não posso. Diz pra mim Leo, que ele vai ficar bem. Fala!
Leonardo tentou de todas as formas, conter a angústia do amigo. Em poucos minutos, os pais do Ricardo chegaram, e a confusão estava apenas começando.
- Onde está o meu filho? – a mãe do Ricardo, entrou gritando, indo direto à recepção.
A mulher pediu para que ela se acalmasse, que os médicos responsáveis iriam conversar com ela. A falta de notícias corria todos por dentro. O Felipe, irmão mais velho do Ricardo, reconheceu o Daniel, devido às fotos que a Denise postou no facebook. Ele foi com toda fúria, para cima do Dan.
- Foi você não foi? Hein, seu viado?- Daniel não teve ação de revidar ao tratamento estúpido do Felipe.
- Ei! Veja como você fala com ele. – Leo defendeu o amigo, e nesse instante o pai do Ricardo se aproximou.
- Quem é este rapaz Felipe? – perguntou o homem, com a voz grossa e marcante.
- É aquele viado, que estava naquelas fotos com o Ricardo.
- Eu vou denunciar você por discriminação. – o Leo gritou, e o Felipe, fora de si, deu um soco nele.
- Você está louco? – foi à vez de o Daniel gritar e perder o controle. Não vê que o Ricardo sofreu um acidente? Que o estado dele pode ser grave?
- O que você está fazendo aqui? Você não é da família? – o pai, o olhava com raiva nos olhos.
- Eu sou... – ele resolveu acabar de vez com os segredos, e falou cheio de orgulho. – Eu sou o namorado do seu filho. – ele desabafou, mesmo sabendo, que antes do acidente, o Ricardo havia acabo tudo com ele.
- Você o quê? Meu filho é homem! Saia daqui. Suma da minha frente. – ele gritou.
- Eu só saio daqui, quando eu tiver noticias do Ricardo. E nem o senhor, nem este cara aí, irão me impedir. – ele se manteve firme.
O médico que estava cuidando do caso apareceu logo em seguida. A mãe do Ricardo, precisou tomar calmante.
- Fala Doutor. Como está o meu filho? – perguntou ela.
- Bem... O estado dele é bastante grave. Teve diversas fraturas internas, um traumatismo craniano, e se ele conseguir sobreviver, terá noventa por cento de chances de ficar paraplégico. – o médico falava de forma profissional e seria.
O Daniel foi aos prantos, sendo apoiado apenas pelo Leo. O Felipe queria partir pra cima dele, mais foi contido por seguranças do hospital. O pai do Ricardo, foi tão cruel nas palavras, que diz preferir ter o filho morto, ao vê-lo com outro homem.
A mãe do Ricardo, sabendo da presença do Daniel, e o que ele representava para o seu filho, ficou chocada no inicio, mais ela deu um ataque de esterismo com o marido, por ele não respeitar o estado de saúde do filho.
- Você para! – ela chorava muito. – O que eu mais quero agora, é ver o meu Ricardo bem. Será que vocês não respeitam isso? – ela gritava, e o médico interveio.
- Se vocês continuarem com esses escândalos, eu serei obrigados a expulsá-los daqui. Existem pacientes em tratamento, e um hospital é local de silêncio. Se querem que o jovem se recupere, é melhor que se unam.
- Doutor, o que vocês irão fazer agora? – o Daniel perguntou aflito.
- Vamos fazer uma segunda cirurgia, para conter uma hemorragia interna, e vamos aguardar a reação dele.
- Eu posso vê-lo?
- Nunca! Se afaste do meu filho, seu pervertido! Você destruiu a vida dele, e se o pior acontecer, eu te mato!
- Alberto, por favor! Isso não é hora de brigar.
- Você vai aceitar, que este rapaz...
- Eu já disse! O que eu quero neste momento é pensar no meu filho. E se ele realmente se envolveu com este rapaz, é outro assunto a ser conversado. Vá atrás do Felipe. Me deixa rezar em paz. – ela sentou numa cadeira, totalmente arrasada.
- Isso não vai ficar assim! Não vai mesmo. – o velho rabugento, saiu resmungando. E o pior, que ele era muito severo e imparcial. Daniel ficou com medo dele.
Ele se voltou para o médico, na esperança de poder ver o amado.
- Ele está inconsciente, e ainda não pode receber visitas. Como eu disse, ele passará por outra cirurgia. O melhor que vocês têm a fazer agora, é rezar para que ele sobreviva.
As palavras dele arrasaram ainda mais o Dan. Ele foi amparado pelo Leo, que teve de fazer um curativo no supercílio, devido o soco que levara do irmão do Ricardo.
- Se ele morrer, Leo... Eu quero ir junto. Eu não vou conseguir viver sem ele.
- Dan, ele não vai morrer! – o amigo, tentava de todas as formas acalmá-lo, mais era fato, que a vida do Ricardo, estava nas mãos divinas, pois o acidente foi avassalador.
A mãe do enfermo se aproximou dos dois, e ela pediu um momento a sós com o Daniel.
- Eu não te conheço direito, mais pelo seu estado, vejo que você ama muito o meu filho. – ela chorou. – Eu não estou acostumada com...
- Com dois homens que se amam? – ele respondeu por ela. Eu amo o seu filho, desde a primeira vez que o vi. – ele não conteve as lágrimas. – Eu guardei este sentimento dentro de mim, por muito tempo, e sofri tanto, tanto, que a senhora não faz idéia. Fui tão humilhado pelos outros. Não teve um dia sequer, que eu recebi um abraço de alguém, dizendo: - você é tão legal. No inicio, nem mesmo do seu filho. Quando o Ricardo me procurou, e disse que me amava, eu me senti o ser humano mais feliz e realizado do mundo!
- Quanto tempo vocês estão juntos?
- Menos de um mês. Nos amamos tanto, que só de imaginar viver sem ele, a minha alma chora por dentro. – ele caía em prantos, e vendo tanta sinceridade e muito amor nos olhos dele, aquela mulher se atirou em seus braços, num abraço terno e maternal.
- Ele não vai morrer. Eu acredito em Deus, e ele não vai deixar o meu filho neste momento.
Dez horas depois, o Leo já havia avisado a família do Daniel o ocorrido. Ele mesmo foi apanhar roupas e produtos de higiene para o amigo. O Dan não arredou o pé do hospital e o seu cansaço era tanto, que o seu corpo transmitia uma fraqueza sem fim. Pouco tempo depois, e o medico surgiu com boas notícias.
- O paciente é um homem muito forte. Ele respondeu bem à segunda cirurgia, e não corre o risco de entrar em coma. Porém, as chances de ele perder os movimentos das pernas, ainda é muito grande. Vamos fazer novos exames e aguardar as próximas reações dele.
- Me deixaeu ver o meu filho. Eu quero ver o meu Ricardo! – a mãe gritava.
- Calma. Eu vou liberar a entrada da senhora; mas só da senhora.
- Doutor, por tudo que é mais sagrado, me deixa entrar também. Por favor? – disse ele com a voz embargada.
O médico acabou cedendo ao apelo dele, pois ficou tão comovido. Ele já havia sacado, que o Daniel era muito mais que um amigo do Ricardo. Quando foi a vez dele entrar na sala, não conteve o choro. Seu coração estava dilacerado. Vê-lo naquela cama, totalmente imóvel, era uma tortura para o seu coração. Se aproximou dele, e tocou-lhe a face. Fazia um carinho em seus cabelos, passando as pontas dos dedos, pelos lábios sem vida, do seu amor.
- Eu te amo, ouviu? Não me deixa sozinho... Eu não vou conseguir viver sem você.
Ela olhava para o Ricardo, que permanecia inconsciente.
- Me perdoa meu amor. Eu errei, mas não me deixa. Eu sou tão feliz ao seu lado... Você completa a minha vida. – ele chorava muito. Era tão triste a cena... Quando o Daniel virou para sair, pois o seu tempo já havia acabado, ele sentiu que um movimento tocava os seus dedos. Muito emocionado, ele sorria.
- Você está me ouvindo, meu amor?
- Daniel. – ele pronunciou o nome dele, com bastante dificuldade, abrindo os olhos, logo em seguida.
- Não fala nada. Descansa. – ele estava eufórico e muito feliz. Era um milagre, a reação tão rápida do Ricardo.
- Eu te... Te... Amo. – ele falou demorado.
- Eu também. Você é um pedaço de mim. Eu sei que você vai sair daqui rápido.
A enfermeira naquele momento invadiu a sala, pedindo que ele se retirasse.
- Ele acordou! Ele acordou!
- Eu vou chamar o Doutor. Agora saia por gentileza. – ele a obedeceu, mais antes, deu um selinho na boca do Ricardo, sem nenhuma vergonha, da presença da outra.
Quando soube da noticia, todos da família ficaram felizes, com exceção do Sr. Corrêa, que pretendia esclarecer o envolvimento do Ricardo com o Daniel. Quinze dias já se passaram e o Ricardo ainda permanecia no hospital. O Daniel teve de voltar para os estudos e o trabalho, mais todos os dias ia visitar o seu amado. Ele estava com tanta raiva do Kadu, que nem fez questão de procurá-lo. Seu foco era apenas a recuperação do Ricardo.
Era um dia de sábado, e ele quis fazer uma surpresa para o Ricardo, só que Havia uma movimentação no corredor, que o deixou curioso.
- Eu já disse que não quero este rapaz aqui. – Daniel ignorou a voz do Sr. Corrêa e foi em direção ao médico.
- O que houve doutor?
- O Ricardo está muito agitado, talvez pelo fato de ele...
- Fala doutor!
- O Ricardo perdeu os movimentos das pernas. E talvez possa ser definitivo.
Daniel se desesperou.
CONTINUA...