Uma nova história 2

Um conto erótico de Julia f
Categoria: Homossexual
Contém 815 palavras
Data: 14/09/2013 20:24:43

Saí daquele local voando, nem esperei o garçom trazer-me a conta. Deixei o valor correspondente ao que consumira e sumi. Fui para o quarto da pausada, a qual estava hospedada, cansada, envergonhada e indignada, mas uma coisa devo confessar... aquela mulher não me saía da cabeça, não me deixou dormir, apenas cochilos rápidos e inconsistentes.

Na segunda-feira, ao chegar no trabalho, tive a péssima notícia de que meu nome tinha sido indicado pela empresa para representá-la na CIPA. Não bastava ter sido transferida contrariada, também teria que participar dessa Comissão. Sempre enxerguei a CIPA como algo inútil, não por acreditar na sua importância, mas por entender que as pessoas que procuravam se candidatar para participar estavam interessados na estabilidade no emprego, o que acabava por atrair pessoas com perfis que, ao meu ver, não se encaixavam na prevenção de acidentes funcionais. Voltando à má notícia, fui informada que deveria participar de um curso, obrigatório para minha posse, com duração de 4 dias, apenas com aulas no expediente da tarde.

Acabei meu dia de trabalho arrasada, com a certeza de que estava sendo perseguida no trabalho ou qualquer outra coisa relacionada... Enfim...

Compareci, mesmo desmotivada, no horário definido para início do curso, sentei-me na primeira fila, segunda cadeira da direita para a esquerda. Peguei essa mania na época da faculdade, sentar na frente para prestar atenção porque não tinha caderno, não gostava de anotar as aulas. As pessoas começaram a entrar na sala e procurarem seus locais preferidos para se acomodarem e eu impaciente com a minha situação, não conseguia achar graça nas conversas ou brincadeiras que surgiram. Até que, para minha surpresa, entraram duas pessoas na sala neste momento, o coordenador de administração da empresa e ... minha musa!

Sim, era ela!

Estava muito diferente de quando a vi. No primeiro dia, vestia short, camiseta, sandália alta e alguns poucos acessórios. Já na sala parecia outra pessoa, calça jeans (colada ao seu corpo, delineando suas pernas grossas, realçando o bumbum....), blusa de malha e tênis, sem contar da expressão séria que incorporou. Devo confessar, nem vestida assim tirou seu charme... seus cabelos longos estavam soltos e fizera um leve contorno preto nos olhos... como era linda!

Após uma breve avaliação da mulher que estava a minha frente, finalmente voltei a escutar o que o coordenador falava. Ele estava apresentando a Sra Cristina como nossa instrutora desse curso. Não acreditei que teria que olhar para aquela mulher (o que não seria tão difícil) durante 4 horas diárias nos próximos 4 dias, a questão era que a minha nobre instrutora não me causara uma boa impressão quando do nosso primeiro contato. Fiquei apreensiva quanto ao que ela poderia me aprontar no meu ambiente de trabalho. Estava com os dois pés atrás ...

Em seguida o coordenador se retirou e Cristina se apresentou, falando o que fazia, onde trabalhava, os cursos que fizera e a importância do nosso curso para nossas atividades enquanto membros da CIPA. Realmente parecia não ser a mesma pessoa, deveria, no mínimo, ter dupla personalidade. Ela me deixou impactada com sua postura, ou melhor, com sua nova postura. Séria, segura, firme... não é que ela tinha personalidade forte! Bom... pediu para que nos apresentássemos, para que disséssemos nome e atividade que desempenhávamos na empresa.

Éramos um total de 16 empregados. À medida que as pessoas se apresentavam, aumentava meu frio na barriga, meu desespero em chegar minha vez, em ter que me apresentar, olhar em seus olhos...

Ahhhh.... minha vez! Queria um buraco para me enfiar, mas reagi logo. Nem deixei que falasse nada, comecei a falar meu nome e a área da minha atividade. Reconheço que minha voz falhara no momento da minha apresentação, senti que estava trêmula.... Ela não falou absolutamente nada, olhando em meus olhos por instantes apenas sorriu....

Ela desviou seu olhar do meu e voltou a se concentrar na aula.

Certo momento me levantei e saí da sala, precisava relaxar. Fui ao banheiro, tomei água e café... conversei com alguns colegas nos corredores.

Na volta, não sentei no mesmo lugar. Preferi ficar numa cadeira próxima a porta, no final da sala... era mais fácil de fugir quando acabasse aquela aula.

Não sei o que foi dito, lembro de ter falado inicialmente da NR5 e mais não sei quantas mais que tínhamos que estudar. Não prestei atenção no que era explanado... o que se passava em minha cabeça era somente aquela mulher dançando naquele bar... seus movimentos, sua sensualidade, me faziam desejar minha instrutora enlouquecidamente, mas em seguida lembrava da sua empáfia no banheiro do mesmo bar... meus pensamentos se movimentavam nesse sentido, desejo-repulsa, dança-arrogância... A única certeza que me causou foi a que me perturbou (e isso fez com maestria), não sei o assunto abordado na sala de aula naquela tarde.

Final de expediente.... e de aula, nem esperei Cristina se despedir, quando escutei que encerraria a aula, levantei-me e saí.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive julia f a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Eita professora boa e impactante...kkkMiuto bom Ju como sempre!!! :*

0 0
Foto de perfil genérica

A Dra. está a gostar muito... a Sra. Cristina deve ser mesmo poderosa... Ui ui... hahaha :D Está optimo Ju. Beijo. *

0 0
Foto de perfil genérica

haha, sempre tem que ter uma professora/instrutora :P

0 0
Foto de perfil genérica

Ahhh eu sei exatamente aonde isso vaiparar !!! rsrs Ta ficando cada vez melhor amor!!

0 0
Foto de perfil genérica

Eita!!! que é muita informação para um dia só, tá otimo viu

0 0