Além da vida (12)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 3463 palavras
Data: 02/09/2013 18:38:39

Pessoal, obrigado pelos comentários e desculpe os erros de digitação. Realmente não tenho o costume de revisar a história, apenas faço a correção ortográfica, se não vou sempre querer incluir algo, mudar alguma coisa. O nome da sobrinha dele é Taís e não Aline. Outra coisa que acho que não ficou claro, da parte em que ele estava na ponte, prestes a pular, a história tem um salto de 10 anos e nesse meio tempo nasceu a sobrinha dele que hoje tem 5 anos, portanto faz 10 anos que o Thiago se foi e não 5. Se tiverem duvida em algo, podem me cobrar.

Queria agradecer também a sugestão que vocês me deram, nos comentários foi surgindo o “anjo” e adotei esse apelido para a história. Ah, ultima coisa, vocês andam muito afobados, claro que vou dizer o que aconteceu com ele quando ele pensou em pular da ponte, mas esperem um pouquinho, rsrs.

HPD, prazer Thiago, que bom que esta curtindo a história, mas me diga o que você acha que irá acontecer?

Dalia_florzinha, sim minha querida, agora começa uma nova fase, mas a história terá um momento que irá voltar ao passado, tudo esta interligado.

Thiiiputra, nesse post você saberá o que aconteceu com o Daniel a 10 anos atrás. E não fique triste, pelo menos por enquanto. Beijos.

Angelmix, pois é, ele não morreu la atrás, quanto a família do Thiago, no momento oportuno eles irão aparecer, agora o foco é só no Daniel, e você tem razão, a sobrinha dele é um anjo na vida dele, mas ele terá um outro anjo.

Amigah18, calma, essa curiosidade será desfeita nos posts dessa semana. Você tem toda razão, mesmo tendo tocado sua vida, ele voltou a ser feliz após o nascimento da sobrinha, que é uma filha pra ele.

Tércio , calma, você são muito afobados, claro que vou dizer o que aconteceu com ele la a 10 anos atrás.Nesse post estará tudo explicadinho.

Bruno Del Vecchio, Bruninho ele vai se apaixonar pelos donos da empresa? Por vários ao mesmo tempo? Kkkk, bom, sua teoria é interessante. Obrigado por sua observação, mas teve um erro de digitação sim, onde estava escrito Aline, leia-se Taís, na história não tem e nem terá nenhuma personagem chamada Aline. Bom, você não entendeu uma parte. Quando o Daniel estava na ponte, pensando em se jogar, a história deu um salto de 10 anos, mas nesse meio tempo a sobrinha dele nasceu. Quando ela nasceu, já fazia 05 anos que o Thiago havia morrido, daí passou-se mais 05 anos até a história chegar no tempo atual.

bnm, obrigado pela visita.

Oliveira Dan, se lembra dela me conte, quem saiba não me inspire na história. Adorei também sua história do pedreiro robusto selvagem, mas já tenho alguns planos para o Daniel, ele precisa de um amor, mas esse amor pode ter uns momentos selvagens, rsrs. E você esta certíssimo, tem um grande mistério que quando o Daniel descobrir.... Mas isso é mais pra frente, por enquanto vamos focar só na história dele.

Otilia Sabrina, calma, vamso desenrolar esses nós. Desculpe pelo meu erro, digitei errado, a sobrinha dele chama-se Taís, Aline não existe na história. A mãe dele não ficou boazinha, mas veja bem, passaram-se 10 anos, as pessoas mudam, e eles foram seguindo seus rumos, mas a personalidade dela é a mesma. Sonhar com gente morta pode ser ruim quando é alguém que não tem tanta importância para a gente, mas acho que no caso dele, o sonho vem como algo leve e não como aquela coisa pesada, sinistra. Beijão minha linda.

LucasBH, obrigado pelos elogios, sua história também é ótima, mas tenho que admitir que deu vontade de lhe dar uns cascudos por você ter traído o Léo, por isso acho bom mesmo você tomar conta dele, rs. Obrigado pela sua observação, Drª Carla é a psicóloga dele e realmente não precisava chamar de doutora, até porque psicólogos não são médicos, mas considere que ela tenha um título de doutorado, usando o Doutor na frente do nome achei que ilustraria melhor a situação, onde ele estava de certa forma sendo cuidado por alguém.

diiegoh', obrigado pela visita.

Tay Cris, Esse anjo irá transformar a vida dele, alias, já transformou a vida de muitas pessoas. A família dele não sabe lidar com a sexualidade dele, e agora que ele esta bem, fingiram que nada aconteceu e vamos seguindo a vida. Sim, a sobrinha dele é o grande amor da vida dele, é o que da forças pra ele seguir em frente.

Ru/Ruanito, mas porque você esta chorando? Nem teve dramas no post, bom espero te emocionar mais vezes.

sonhadora19, todas suas perguntas serão respondidas nesse post, agora o que vai acontecer mais pra frente será surpresa. Apenas adiantei alguns fatos, mas claro que vou relatar o que aconteceu com ele anos atrás. Beijos.

lipe31, a idéia é essa mesmo, sempre surpreender e fazer vocês pensaram coisas que na verdade não é, um pouco de mistérios cai bem. Só uma dica, nenhum personagem apareceu por acaso na história, em determinado momento, cada um terá seu devido espaço.

richzach, ah entendi sim, mas confesso que nunca tinha ouvido falar nesse termo, mas é interessante sua teoria, mas acho que as coisas serão mais pé no chão. Grande abraço.

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Daniel – Até que ele falou comigo, mas falava através dos pensamentos, como se fosse por telepatia. Ele ficou o tempo todo com um sorriso no rosto, mas conversamos por pensamentos.

Daniel – Ele disse:

Thiago – Meu amor, um anjo irá lhe salvar.

Thiago – Sempre estarei ao seu lado, você voltara a sorrir.

Thiago – Daniel, você voltara a ser feliz.

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Capítulo 12

Daniel – O sonho parecia ser tão real, mas ao mesmo tempo parecia que eu sabia que era apenas um sonho.

Drª Carla – Daniel, veja bem, sonhos não são premonições, visões do futuro.

Daniel – Eu sei disso, mas não consigo deixar de acreditar, sinto como se ele fosse estar ao meu lado novamente.

Dª Carla – Daniel, os sonhos são reflexos do que esta acontecendo no seu dia a dia e também reflexo de coisas que você esta guardando dentro de si.

Drª Carla – No fundo seu inconsciente trabalha nisso, que você será feliz ao lado dele novamente, mas nós sabemos que isso será impossível.

Nesse momento Daniel sentiu uma tristeza em seu peito, não sabia interpretar o sonho que tivera mas a realidade bateu novamente em sua cabeça. Thiago estava morto e nessa vida seria impossível os dois serem felizes novamente.

Drª Carla – Daniel eu fico preocupada apenas com isso, que você crie ilusões e que elas impeçam seu desenvolvimento.

Drª Carla – Não digo para você esquecer tudo que viveu com esse rapaz, apenas aceite sua realidade.

Drª Carla – E eu acredito que você continuara a se recuperar. Quando você chegou aqui, você estava péssimo e ao longo dos anos você conseguiu superar tudo sozinho, a terapia lhe ajudou mas o maior responsável foi você mesmo.

Daniel – Eu sei disso, mas me faz bem pensar nele, que ele esta ao meu lado, mesmo que eu não possa vê-lo, toca-lo.

Drª Carla – Continue assim, apenas saiba dosar o que é real e o que você gostaria que fosse real, aprenda a delimitar até onde esses pensamentos são saudáveis para seu desenvolvimento.

Daniel – Eu vou tentar.

Drª Carla – Eu sei, e tenho certeza que conseguirá.

Daniel deixou aquele consultório e foi para casa. No caminho ficou pensando em tudo que falou para sua psicóloga, mas não conseguia entender a mensagem do sonho, se é que esse sonho deveria ter alguma mensagem.

Daniel – Boa noite.

Ângela – Você demorou Daniel, já estamos jantando. Não vem comer?

Daniel – Tive que ir resolver umas coisas ai, mas estou sem fome, depois faço um lanche.

Daniel tomou um banho, foi para a cama e ligou a TV, assistindo a novela, mas no fundo mesmo estava apenas deixando o tempo passar.

Seus pensamentos estavam longe, lembrou-se quando chegou ao fundo do posso há 10 anos atrás, quando num ato de loucura, cogitou acabar com a própria vida.

Lembrou-se da noite que brigou com a mãe e saiu caminhando sem rumo pela rua. Já fazia alguns meses que Thiago tinha partido e a proximidade de seu aniversário tinha agravado ainda mais sua dor.

Daniel caminhou sem rumo pela cidade e ao de dar conta que estava em cima de um viaduto, olhou para os carros passando lá em baixo e cogitou acabar com a própria vida.

Em passos lentos aproximou-se do parapeito e segurou fortemente na barra de ferro, fechando os olhos em seguida, sentindo apenas o vento frio em seu rosto. Soltou bruscamente suas mãos sentindo o vento balançar seu corpo e em seguida se jogou com tudo para traz, caindo no chão.

Daniel – Covarde, covarde. Daniel se xingava enquanto chorava.

Daniel – Você não tem coragem de acabar com tudo, covarde.

Daniel – Você é um fraco, covarde.

Daniel ainda ficou um tempo sentando no meio fio se lamentando, mesmo sentindo uma dor implacável, ainda assim não teria coragem de acabar com a própria vida.

Já era altas hora da madrugada quando chegou em casa, todo sujo e abatido. Sua mãe o aguardava e ao ver seu estado começou a passar um sermão.

Ângela – Daniel, você quer me matar, é isso?

Ângela – Onde você estava? Olhe seu estado.

Daniel nada falou, apenas olhou para a mãe e sem pensar duas vezes jogou-se em seus braços e começou a chorar descontrolavelmente.

Ângela segurou o filho até sentar-se no sofá, o colocando em seu colo, acariciando sua cabeça, até que ele pegou no sono depois de tanto chorar.

Ângela levou o filho a um médico que indicou um psiquiatra e em pouco tempo Daniel estava fazendo terapia. No começo apresentava um quadro de depressão e com ajuda de alguns medicamentos foi se recuperando, até melhorar.

Com o tempo foi retomando sua rotina, voltou a estudar, trabalhar, se formou. Conheceu alguns caras, mas namoro, sentimento, nunca teve por nenhum, foram apenas algumas ficadas e transas sem importância.

Taís – Tio, posso entrar?

A sobrinha entrou, já pulando em sua cama, sem ao menos esperar a resposta. Taís era a única pessoa que podia fazer o que quiser com Daniel, que nem se importava em ficar de quatro por aquela garotinha.

Daniel – Claro minha princesa.

Daniel – E ai, como foi na escola hoje?

Taís – Foi bem legal hoje tio, teve aniversário.

Daniel – Que legal, quando for o seu eu vou querer ir.

Daniel se agarrou a sobrinha e ficou conversando, brincando com a garota até ser interrompido pela irmã.

Lucia – Vamos pra cama mocinha.

Taís – É cedo mãe, o tio ainda nem me contou uma história.

Lucia – Você fica mimando demais essa menina, depois eu que sofro quando você viaja, ela fica cheia de manha.

Daniel – Acho sua mãe esta com ciúmes.

Lucia – Eu comprei um caderno pra ela Daniel, pra ela escrever todas as artes que ela faz e ontem eu li e o caderno esta cheio.

Daniel – Você esta desobedecendo a sua mãe?

Taís – Só um pouquinho só tio, mas eu pedi desculpas.

Daniel – Sei, vou ficar de olho em você hein, se não vou cortar sorvete, passeio de bicicleta e os presentes.

Taís – Ta bom tio, eu prometo.

Lucia deixou o quarto e Daniel voltou a botar a sobrinha no colo, contando uma história para a garota.

Taís – Qual será a história tio?

Daniel – Vou contar a história de um anjo.

Taís – De um anjo?

Daniel – Sim, um anjo que veio ajudar um garoto que estava muito tristinho.

Taís – E como é o anjo?

Daniel – Olhe, boa pergunta.

Daniel – Como você queria que fosse o anjo?

Taís – Queria que fosse igual a você, bonito.

Daniel começou a rir enquanto acariciava o cabelo da garota e contou a história de um anjo para ela.

Daniel – Esse menino tinha uma garotinha bonita igual a você, que ele adorava. Ele também tinha um amiguinho que foi para o céu, mas disse que iria mandar um anjo pra deixar ele mais feliz.

Daniel viu que a sobrinha já havia adormecido e deu graças a Deus, não tinha mais história para inventar.

Daniel – Quanta bobagem. Deu um pequeno sorriso e em seguida levou a sobrinha para o quarto.

Daniel se ajeitou em sua cama, no outro dia iria começar um trabalho novo e estava um pouco ansioso, mas cheio de planos para por em prática.

Daniel – Meu amor, bem que você poderia me visitar novamente essa noite.

Daniel adormeceu e acordou tão eufórico que nem se lembrou que não teve sonho algum durante a noite.

Henrique – E ai cara? O que ta fazendo aqui?

Daniel - Vim pegar alguns documentos e umas plantas, mas já estou indo embora.

Henrique – Cara, só você mesmo pra ir parar naquele fim de mundo.

Daniel – Que nada, é bom respirar novos ares.

Daniel - Bom vou nessa, a gente se fala, qualquer coisa aparece lá em casa pra papearmos.

Henrique – Boa sorte com os mosquitos.

Daniel pegou o gps e se embrenhou no meio daquela estrada de terra horrorosa. Fazia um calor infernal e nada de chegar a tal obra. Por um momento começou a dar razão para Henrique mas logo chegou no seu novo trabalho.

Daniel conheceu os operários que trabalhavam na construção e alguns diretores da fabrica, que estavam inspecionando a obra. Simpatizou-se com todos e durante o dia tratou de se instalar na pequena sala que improvisaram para ele.

Daniel ficou o dia todo conhecendo a obra, orientando alguns operários e conhecendo mais um pouco das pessoas que estavam ali. Havia muito trabalho a ser feito e isso o entusiasmava, era como se fosse um novo desafio, que com certeza iria ocupar sua cabeça por algumas semanas.

Malu – Boa noite Dona Ângela, o Daniel está?

Ângela – Esta sim, se não tiver no quarto dele, está lá no quarto da Taís.

Malu – Posso entrar?

Ângela – A vontade.

Malu – Bonito hein, é aqui que você esta se escondendo?

Daniel – Oi minha amiga.

Taís – Oi tia.

Malu – Porque não atende mais meus telefonemas.

Daniel – Ah, estou trabalhando no fim do mundo, la nem pega celular direito.

Malu – Estou sabendo mesmo que você não se contentou com o isolamento do seu quarto e foi trabalhar la onde o Judas perdeu as botas.

Malu – Então, vim aqui pra sairmos.

Daniel – Você acha mesmo que vou sair da minha cama pra ir virar a noite por ai com você.

Malu – Ah Dani, por favor. O Pablo vai tocar num barzinho e não quero ficar lá sozinha assistindo.

Daniel – Ah Malu.

Malu – Você me deve isso, afinal me infernizou pra eu namorar com ele.

Taís – Eu também posso ir tia.

Malu – Ainda não minha princesa, mas quando você crescer mais um pouquinho, vamos sair muito por ai e pegar muitos gatinhos.

Daniel – Malu, menos né.

Malu – Vai, levante essa bunda preguiçosa daí e se arruma.

Daniel – Eu vou ir, mas saiba que estou indo de má vontade.

Malu – Pouco importa, desde que vá.

Daniel se trocou e em seguida saiu com a amiga.

Malu – Podia ter caprichado um pouquinho mais né.

Daniel – Estou ótimo assim.

Malu e Daniel cumprimentaram Pablo que estava com alguns e amigos e assistiram a banda que ele fazia parte tocar.

Daniel – Até que é gostosinho aqui.

Malu – Gostosinho é aquele cara que não para de olhar pra ca.

Daniel – Vai começar com a mania de se achar a gostosa?

Malu – Ué, pode não ser pra mim, e sim ser pra você.

Malu – Não olhe agora, mas o bonitinho esta vindo pra ca.

Antes mesmo de Daniel virar o rosto, o rapaz que os observava já estava em pé ao seu lado na mesa.

Homem – Ola, como vão.

Malu – Melhor agora e você?

Homem – Estou bem também.

Daniel – Eu e minha esposa estamos bem, podemos ajudar em alguma coisa?

Homem – Desculpa, achei que fosse um conhecido.

Malu – Você ficou louco?

Malu – Achei ele bem apanhado e você o espanta desse jeito.

Daniel – Ah Malu, tome juízo, não vou deixar um cara te cantar na minha frente né, ainda mais com o Pablo aqui.

Malu – Tontinho, eu iria seduz ele e na hora H quem daria o bote seria o vcê.

Daniel começou a rir, Malu era uma louca de pedra e realmente ele não duvida das loucuras que a amiga poderia fazer.

Pablo – Posso saber o porquê de tanta risada?

Daniel – Ainda bem que você chegou, você esta prestes a levar uma galhada.

Malu – Ela nem é louca, se me trair, caso com a maior inimiga dela.

Malu – Ai meu amor, meu gostoso, jamais vou te trair, estava apenas tentando desencalhar o Dan.

Pablo – Dan, o Juninho que canta coma gente na banda é gay, parece um cara legal.

Malu – Tem também o dono daquele outro bar que você canta amor, é um pouco mais velho mas parece que é legal.

Malu e Pablo começaram a entrar numa discussão, deixando Daniel chocado.

Daniel – Ei vocês querem parar?

Daniel – Daqui a pouco vocês irão colocar anuncio num jornal, oferecendo recompensa pra ficarem comigo.

Malu – Sabe que você me deu uma ótima idéia? Podemos tirar umas fotos suas, bem ousadas e criar um blog.

Malu – Você com umas sungas bem sensuais, já tenho até umas poses em mente.

Daniel – Realmente eu desisto de você, só internando mesmo.

Daniel ficou mais um tempo se divertindo com as loucuras da amiga e depois os três caíram na pista, dançando até amanhecer.

Daniel – Obrigado pela noite.

Pablo – Você precisa sair mais cara.

Daniel – Acho que foi minha despedida, esse trabalho novo irá ocupar todo meu tempo.

Malu – Só você mesmo. Daniel, não fuja do seu destino.

Daniel adorou a noitada com os amigos e aproveitou o resto do fim de semana para curtir sua paixão, sua sobrinha e também adiantar alguns trabalhos.

Na segunda logo de manhã já estava na obra, fiscalizando algumas coisas e as vezes até pegando no pesado, nem se importando em entrar no meio dos peões.

Secretária – Você é bem diferente dos engravatadinhos que aparecem por aqui.

Daniel – Que nada, apenas não gosto de ficar parado.

Daniel era tão simpático com as pessoas, não gostava de trabalhar em um ambiente pesado e mesmo estando cercado de pessoas na maioria sem grande instrução, conseguia fazer-se ser ouvido e entendido. Às vezes tinha uma briga aqui, ou desentendimento ali, mas nada que não pudesse ser contornado.

Apesar de o seu chefe ter orientado a levar o trabalho de maneira mais leve, Daniel era incansável, sempre ficava depois do expediente, arrumando alguma pendência.

Ao longo das semanas , já apresentava um sinal de cansaço, devido a rotina corrida, todo dia saia bem tarde da obra e ainda apegava um bom caminho de estrada até chegar em casa.

Daniel – Todos já foram?

Secretária – A maioria sim e você não vai também?

Daniel – Ainda tem algumas coisas pra fazer, mas pode ir, eu tenho tudo aqui ao meu alcance.

Secretária – Daniel, você esta se sobrecarregando demais, não precisa ficar todo dia até tarde.

Daniel – Eu sei minha querida, mais eu gosto, faço por prazer mesmo.

Secretária – Você é que sabe, mas juízo ai hein.

Daniel ficou em sua sala, tomou o resto de café que havia na garrafa, mas não estava mais conseguindo manter a cabeça em pé. O sono e o cansaço estavam lhe vencendo e por mais que tentasse se concentrar, viu que não conseguiria por muito tempo.

Daniel juntou suas coisas, apagou a luz de sua sala e foi até seu carro. Ainda bocejando, se espreguiçou dentro de carro e partiu para casa.

Já era muito tarde e aquela estrada de terra estava mais deserta do que nunca, havia uma pequena neblina o que exigia ainda mais atenção de sua parte.

Novamente o sono começou a vencê-lo, por diversas vezes seus olhos se fechavam, abrindo em seguida assustados.

Daniel levava as mãos à boca, a cada bocejo e novamente seus olhos insistiam e manterem-se fechados.

Daniel abriu novamente os olhos tentando manter-se consciente, mas o cansaço o venceu. Seus olhos começaram a fechar e sua cabeça começou a cair para frente. Dessa vez ele não conseguiu se controlar, suas mãos começaram a ficar moles e a soltar-se do volante, enquanto seu pé forçava ainda mais o acelerador.

Não demorou e o carro começou a correr, saindo da estrada, entrando em meio ao matagal, totalmente desgovernado. O carro foi andando sem rumo pelo mato, até chocar-se em cheio a uma arvore. Daniel não conseguiu acordar a tempo, com o impacto sua cabeça bateu no volante.

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Estava tudo escuro e lentamente seus olhos foram se abrindo. Sua dificuldade em enxergar era muito grande, só via um clarão diante dos seus olhos, mas pouco a pouco foi tomando consciência e a primeira coisa que viu foi aqueles olhos brilhantes e aquele lindo sorriso que mais parecia um anjo.

Continua...

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Comentários

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Magnifico,parabens estou amando o conto.bjss

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Tô só morrendo de curiosidade... Rsrsrs O Léo tem sido bem cuidado sim, relaxa. Agora eu quero é saber quem é esse anjo. Nota 10, parabéns

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Agora está na hora do Daniel ser feliz, chega de tristeza e sofrimento, espero que ele supere o passado agora.😢

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Noosa achei que tinha sido alguém em especial. Mas gostei do mesmo jeito, aleluiaaaaaaa apareceu alguém para dar um trato no Dani kkkkk'. Ta ótimo cara, e eu não sou afobado não!! Rsrsrs fica esperto que te acerto kkkk brincs. Mil bjs 💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓

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Hmmmmm o anjo é um policial?!?! Hmmm seu danado, bem melhor que o pedreiro haha; Vou te confessar uma coisa: não gosto do Daniel ainda morando com a mãe. Ele precisa ter uma vida afastada da família pra poder realmente recomeçar (e outra, vamos combinar que 30 e poucos anos e ainda morando com a mamãe dá a impressão dele ser um - desculpe a palavra - vagabundo)

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Gente O.o não acredito que ele dirigiu com sono... Quis ocupar a mente com o trabalho e arrumou problema :/ Quanta irresponsabilidade u.u Ele vai sair dessa bem, não?! Que saia ileso disso. Tomara u.u Ahhhh... Ele que desistiu de se matar?! Graças ao Bom Deus... As vezes levo o conto sério demais, e acho que não sou a única. O fato é que, quando o conto é bom, nós o vemos como fosse um fato real u.u Você pode não ler o conto no final (Acho que nenhum autor gosta de fazer isso), mas mesmo assim, ele continua sendo bom... Estou gostado de você postando rápido, mas sei que isso não vai acontecer sempre u.u Mas isso é normal >.<

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Aconteceu o que eu imaginava. ( era isso que eu achava que ia acontecer, ele ia sofrer um acidente e aparecia alguém pra ajudá-lo). Adorando o conto. 10.000,

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Meu lindo mês desculpa por não ter comentado no capitulo anterior e que eu entrei e salvei pra min ler depois e comentar mais ultimamente ando muito sobrecarregado ai já viu ne.nossa esse capitulo foi assim meio que chocante e espiritual ou sobrenatural rsrs e tenho certeza que oque vem pela frente e chumbo grosso. E sua historia esta maravilhosa estou viciado.

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Agora sim ! Eita que eu quero ver quem e esse anjo, muito legal o rumo que a história está tomando...

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