Eu acordei um beijo no rosto, eu me senti sereno em saber que estava tudo bem, só que minha mente começou a trabalhar, porque o Netto, com toda sua masculinidade, pegando todas a meninas da escola onde ele estudava estava ali, deitado de conchinha na mesma cama que outro homem, isso não ia com a ordem natural das coisas. Mesmo assim não me importei, ele era lindo, e estava fazendo o possível para me deixar o mais a vontade que ele conseguisse, isso era muito meigo da parte dele, mais eu ainda estava cheio de dúvidas.
-Bom dia garot... Porra... Humpf só venham, Argh tomar café.
O pai dele nos pegou deitados juntos, mais ele não parecia bravo, só um pouco surpreso, então ele fechou a porta e saiu, novamente tudo estava fora da normalidade.
-O que exatamente foi isso?
-Meu pai.
-Sim, mais e tu aqui, abraçado comigo, na tua cama.
-E?
-Sei lá, não é meio estranho um pai chegar no quarto do filho e ver isso?
-Sim, mais se você estiver incomodado com isso, posso arrumar um cochão pra ti dormir do lado da cama.
-Tu sempre arranja um jeito de desviar do assuntos né guri.
-Ta só se levanta pra gente tomar café.
Ele se levantou antes de mim, e quando eu o vi apenas de cueca, eu pensei, "Porra, eu passei a noite inteira abraçado com um garoto só de cueca." Mais isso não me atormentou, porque como ele era sexy só de cueca. Eu peguei meu celular na mochila, avia 7 chamadas não atendidas e 3 novas sms. Eu esperava que não fosse da minha mãe mais, quando desbloqueie a tela vi que eram todas do Renato. Eu não queria abrir as mensagens dele, mais eu estava curioso.
"Lû, por favor volta aqui pra casa, me desculpa mesmo, eu estou muito arrependido."
"Eu te amo, me diz onde tu ta eu vou correndo te buscar."
"Eu só queria voltar no tempo para te ter de volta nos meus braços e não repetir meus erros. Espero que realmente um dia tu me desculpe."
Por mais arrependido que ele estivesse eu não iria voltar atrás de minhas decisões, sendo uma delas não voltar pra ele, porque ele não respeitou meus limites e ninguém poderá me assegurar que ele nunca mais voltara a cometer os mesmos erros. Era melhor assim.
-Se não vem não?
-Há, é, tá to indo.
Eu apenas ajeitei o cabelo e o segui casa adentro, descemos para o primeiro andar, onde chegamos em uma sala de jantar, mais estava o café posto a mesa. Uma mesa farta, o que não era muito relevante, comparado a os olhares da mãe e do pai do Netto.
-Italo teu pai vai precisar de ajuda pra fazer um banner no computador, ele é uma lastima com programas de edição.
-Não tem problema, temos um web designer aqui com a gente pra ajudar, né Lû.
Eu estava encarando minha taça com suco e eu apenas ergui a cabeça ao escutar meu nome, balancei a cabeça em sinal positivo a pergunta. Eu estava me sentindo um peixe fora d'água com todos me encarando e conversando normalmente como se eu realmente pertencesse aquela família, mais não deixei que isso me inibisse ou que isso me reprimisse, então eu entrei nesse jogo.
-Bom modéstia parte sou bom no que faço.
Todos riram com a minha audácia, mais a maior audácia foi a do Netto ao colocar a sua mão sobre minha perna de baixo da mesa, e ficar acariciando, mais eu não me importei com isso, eu realmente esta gostando de tudo isso.
Após o café, o Netto me levou para o terraço onde sua mãe tinha um jardim e um piscina, mais estava frio para entrar na piscina, pelo menos foi o que eu pensei até ver o Netto tirar a camiseta e a bermuda e pular na água. Respingando algumas gotas em mim, então que eu notei que era aquecida a água.
-Não vai entrar?
-Na verdade acho que vou sim, mais tenho um pergunta primeiro.
-Faça então.
-Como seu pai conseguiu uma cobertura de 2 andares e com uma piscina no terraço?
-Meu pai é dono da construtora que fez esse prédio, cuja qual ele mesmo projetou, sendo assim ele mesmo criou esse apartamento para nós, por isso temos tudo isso aqui em casa.
-Ual.
-Sim agora cala a boca, tira a roupa e entra na piscina.
Depois que ele disse isso ele abriu um lindo sorriso que me instigou a fazer o que me foi mandado, tirei minha camisa, o que me deu muita vergonha pois minha pele é muito pálida, depois tirei minha bermuda ficando apenas de cueca box vermelha, e o Netto com toda sua cara de pau ficou me olhando com um sorriso bobo no rosto, o que me fez repensar o com isso estava estranho, porque antes disso ele falava as vezes durante o treino de tênis dele que..."Lû, eu te amo." Mais eu nunca levei tão a serio, achava normal pois eu acreditava que isso estava relacionada com nossa amizade, mais não é o que eu estou notando. Mais eu não iria tomar proveio dessa liberdade que ele estava tendo comigo, apenas entrei na piscina e me dirigi para o canto, ele estava do outro lado da piscina, apenas me olhando com uma cara maliciosa, mais nenhum de nós dois contava que fosse começar a chover naquele instante, ele então mergulha e emerge diante de mim, com aqueles olhos castanhos, seu cabelo todo para frente molhado, não diminuindo nem um pouco sua beleza, ele então coloca sua mão no meu rosto e ficamos nós ali apenas nos olhando enquanto a chuva caia sobre nossos rostos, eu estava tentando resistir a tentação de abrir fechar meus olhos, mais eles já ardiam por ficarem abertos por tanto tempo e em condições de chuvosas como estas. Eu os fechei, por alguns instante, mais isso foi apenas o necessário para sentir o doce gosto dos lábios do Netto encostando aos meus, ele colou o corpo dele ao meu, me deixando imóvel e sem possibilidade de fuga. Como se eu cogitasse essa hipótese de tentar fugir dele, do abraço dele, da pele macia e quente dele. Mais ai ele parou e eu enfim abri os olhos e ele ia se afastando de mim, e eu queria que ele voltasse e me beijasse mais.
-Nós temos que cobrir a piscina, a chuva pode fazer transbordar a água.
-Está bem.
Assim como ele eu não conseguia tirar o sorriso do rosto, eu sai da piscina e ajudei que ele a cobrisse, juntei minhas roupas e ele as dele e saímos da chuva e fomos para o quarto dele, eu não deixei que ele tomasse banho antes de mim, então fui rápido em entrar no banheiro, mais eu esqueci minha toalha na mochila, eu sai do banheiro e fui até minha mochila pegar ela, mais quando eu voltei para o banheiro e tranquei a porta, e tirei minha cueca, mais não tinha notado que ele tinha entrado no banheiro também e quando eu entrei no box para tomar banho.
-Porra, que susto.
Eu falei e fui saindo do box, quando ele me puxou para dentro, e me abraçou e deu um beijo enquanto mantinha suas mãos em volta da minha cintura, e quanto mais eu o beijava mais vontade de estar ali com ele eu sentia muito tesão, mais eu estava na casa dele com os pais dele em casa, não podia fazer isso com ele.
-Não, eu não posso fazer isso Netto.
-Porque não.
-Seus pais, não posso fazer isso com eles aqui.
-Eu vou te respeitar, posso te dar só mais um beijo?
-Isso você não precisa nem pedir.
Nós continuamos a nos beijar, ali de baixo do chuveiro, e ficamos assim por algum tempo, eu não sabia como fazer para que ele parece eu mordi o lábio dele, e ele cessou o beijos, e apenas ficou me olhando. Fiz com que saíssemos do chuveiro, colocamos nossas roupas e ficamos no quarto dele a espera do pai dele para fazer o banner, ou sua mãe para nos chamar para almoçar.