Olá galera do CDC! Depois de um tempo, lá vai mais um capítuli (cabuloso) do conto. Desculpa prça demora, mas saibam que continuareo a postar os contos aqui e no Romance Gay, pois vi que a versão mobile do site é horrível! Compreendo o que me quiseram dizer nos comentários. Curtam o conto!
Ainda bem que domingo o trânsito da soterópolis fica vazio e altamente transitável.
Chegamos ao shopping rapidinho. Estacionamos o carro e subimos até o terceiro andar onde iria pegar a fila do cinema. Eu fiquei na fila enquanto Michal foi comprar um lanchinho para comermos durante a sessão de cinema.
Gente, o Michal estava com um sorriso lindo no rosto. Aqueles dentes bem branquinhos combinando-se com seus olhos azúis. Michal é perfeito! Branco, olhos azuis, cabelo liso, rico, recatado, altamente sociável e (com minha ajuda) bem vestido. Ele é o homem que toda a mãe sonha para as suas filhas! Uma joia rara. Nunca tinha reparado-o antes.
Falando no Rei de Roma, Michal aparece, caminhando até mim. Ele olhou pra mim e o seu sorriso ficou mais intenso e maior em seu rosto, parece que ele está feliz ao estar aqui comigo.
Ele chega até mim e pergunta:
MICHAL: Paulo, já tá com os ingressos na mão?
EU: Ainda não. Parece que todo mundo aqui quer assistir a esse filme. Aproveitando que você está aqui, poderia me comprar um shake de chocolate? - e coloquei a mão no meu bolso para tirar uma cédula de R$ 10 e outra de R$ 5 - Aqui t...
Michal nem me deixou terminar e fez um sinal de negativo com os dedos:
MICHAL: Nem pensar! Eu pago o shake.
EU: Mas Michal...
MICHAL: Mas nada! Eu pago o seu shake e vou ficar ofendido se você insistir em pagar por isso.
#PorCimaDaCarneSeca Me senti um rei, por fazê-lo comprar algo pra mim gratuitamente.Ele foi correndo a um box de uma empresa de fast-food e em incríveis trinta segundos, ele chega com dois shakes de chocolate, daqueles grandes. Ele me dá um dos copos e fica com o outro e eu agradeço.
Ficamos na fila para comprar os ingressos, até que escuto uma voz desagradavelmente familiar. Michal e eu nos viramos para,descobrir a voz destoante da multidão. Era a maldita da Érica. Eu fiz uma cara de assustado com a presença dela, e quando fui falar com o meu amigo, eu o vi com a mesma cara que eu fiz a poucos segundos.
Resolvi ignorar a presença dela e fiz, a muito custo, que o Michal fizesse o mesmo. Vi que a presença desagradavel dela deixava-o triste e assustado. E eu o indaguei:
EU: Michal... Michal... (ele direciona a atenção a mim) O que houve para você olhar admirado para essa mulher (falei com desprezo na voz)?
MICHAL: Nada. Nada não.
E continuamos nesse clima estranho até que ela acena pra nós. Uma onda de raiva crescia sobre todo o meu corpo. O Michal, porém, parecia que estava com medo dela. Algo dentro de mim me dizia que existia alguma relação entre os dois e que eu não deveria saber. Como sei que a verdade sempre vem a tona, eu vou descobrir - e acho que não vou gostar disso.
Voltei para mim e me virei para o local aonde Micha está, ou melhor, estava, pois estava vazio. Ele saiu de perto de mim e eu não percebi! Enquanto ele estava fora, fiquei olhando para o ambiente que estava - apesar que a visão era prejudicada pela escuridão da sala do cinema - e torcia para não encontrar aquela mulher desprezível perto de onde Michal e eu estávamos sentados.
Quando o filme já estava prestes a começar, Michal chega e se senta ao meu lado. Ele tinha trazido dois copos de refrigerante e um balde pequeno de pipoca. Ele me deu um dos copos com a bebida e colocou a pipoca entre as coxas dele, fazendo-as de suporte para o baldinho.
O filme era romantico, daqueles que em uma situação bem improvável, duas caras-metades totalmente distintas se encontram e passam a conviver juntos, lidando com as qualidades e defeitos de cada um deles e acabam se apaixonando. Sabe, eu me lembrei de como o Bira entrou na minha vida. Ele serviu como apoio após ver que o cara que sentia uma queda era hétero e namorava com uma ninfeta. Para me esquecer desse cara acabei me aproximando do cobrador e comecei a gostar dele. Tive que aprender a lidar com a diferença quando ele me humilhou na boate. No final, com a surpresa que fiz para ele, descobrimos que estávamos apaixonados um pelo outro. Nossa história é tão linda, que acho que poderia escrever um conto sobre isso, não é?! ^_~
Durante alguns momentos, eu sentia a perna de Michal encostar na minha. Mas quando eu olhava para ele, eu o via atento ao filme, reagindo com a cena. Acho que era impressão minha. Mais uma vez sinto que as pernas dele se "esfregavam" nas minhas. Será que eu tô doido ou o Michal estava se esfregando em mim de propósito??? Para evitar essa desconfiança minha, eu juntei as minhas pernas e as afastei do alcançe das pernas dele.
Eu pegava as porções de pipoca do balde e comia acompanhando-os de goles de refri. Em um momento eu coloquei a minha mão no balde e sinto a mão de Michal lá dentro também. Até aí tudo bem, até que sinto os dedos dele entrelaçarem-se com os meus. Estou ficando louco, mas sinto que Michal está aproveitando-se para me tocar! O.O Eu o encarei, mas ele estava indiferente ao meu ato, assistindo ao filme. Já perdi a vontade de assistir ao filme e falei pro Michal:
EU: Cara, eu não tô com vontade de assistir ao filme. Eu vou embora.
Michal me olhou como que estivesse me dizendo: "Fica mais um pouquinho, não vá embora!". Eu, porém, ignorei o olhar dele e sai do cinema e me sentei na praça de alimentação do shopping, que fica perto do cinema.
Eu tentei entender o que estava acontecendo ali no cinema. Será que Michal estava me tocando de propósito, ou eu que estava sendo observador demais? Eu devo estar muito sensível devido a presença daquela insuportável da ex-namorada de Bira, que jurou que me tiraria o meu amado de mim. E eu ainda estou um pouco inseguro sobre a nossa relação, pois só temos cerca de 24h de namoro e já ter que lidar com a ex inconformada era muito perigoso pra mim.
Estou em meus pensamentos quando sinto uma mão me cutucar. Era o Michal.
MICHAL: Ainda bem que você está aí! Por que saiu do cinema? Não gostou do filme?
EU: Do filme, gostei. Mas eu não estava me sentindo muito bem lá... - mentira minha, pois não iria falar que eu estava incomodado pelo toque dele em mim e por isso saí.
MICHAL: Ok então... Que tal irmos para a Pheros, só para relaxarmos um pouquinho, dançar? - ele fazia isso tentando me animar, pois eu aparentava desânimo.
EU: Tudo bem... Vamos lá.
E saímos do shopping com destino a boate Pheros, a mesma aonde declarei as minhas desculpas ao Bira e dei o meu primeiro beijo em outra pessoa.
Chegamos e entramos logo. A boate estava pouco cheia por ainda estar cedo. Sentamos no bar e ele foi pedir duas bebidas. Notei que ele foi fazer isso com a cabeça baixa, como se estivesse cometido um erro grave. Vai entender?!
Quando eu olho para duas cadeiras a minha esquerda, adivinha quem eu tenho o desprazer de ver? A Érica! Acho que ela tá me seguindo, só pode! Já não bastava encontrá-la no cinema, agora também na boate. Afff!
Michal chega com dois copos de cerveja, e me deu um deles para eu beber. Os olhos dele estavam vermelhos, parecendo que tinha acabado de chorar. Eu perguntei o porquê disso, e ele disse que não era nada de importante e desconversou...
Eu peguei o copo de bebida que ele havia me trazido e bebi o conteúdo.
Assim que engoli a última gota ali, eu vi Michal chorando bem evidentemente, chegando até a soluçar. Eu me compadeci do estado dele e fui falar:
EU: Ô Michal, não chore! Não gosto de ver homem chorando. - e fui levar a minha mão até o rosto dele, para enxugar as lágrimas que persistiam em correr em seu rosto.
Mas começei a senti um sono repentino muito grande, e quando toquei no seu rosto, eu vi tudo embaçar e repentinamente ficar tudo preto, como em um fade out (efeito utilizado em edição de vídeo, em que se escurece a imagem aos poucos para o preto).
Eu não lembro de mais nada após isso. Eu só me lembro de que acordei com os gritos de Bira. Eu estava bem lerdo, parecia dopado. Eu começei a olhar ao redor. Vi que estava numa cama de motel, com alguém deitado ao meu lado. Tinha roupas espalhadas pelo tal quarto. A pessoa estava coberta pelo lençol. Quando eu tirei o lençol de encima dela, eu tive o maior desgosto de minha vida: Érica, pelada em pelo, abraçada em mim. Eu fiquei surpreso.
Tirei o restante do lençol que cobria os nossos corpos e vi que tinha uma camisinha envolvendo o meu pau - e estava com gozo. Foi aí que somei dois mais dois e vi que havia transado com a ex de Bira em um motel; e pra piorar, ele tinha nos pego em flagrante! E AGORA?!?!?!?!?!