DUAS CARAS
CAPÍTULO 2.
Fiquei estático com o beijo que o Arthur me deu. Única reação que tive foi de empurrá-lo.
- Cara nos conhecemos hoje e você já vai me beijando? - Falei irritado.
- Bruno, vou ser sincero com você, acho melhor você desistir de querer ser garoto de programa, se você não se libertar desse medo que tem de se aproximar dos outros, o que é um beijo perto de tudo o que você terá de fazer? – Fiquei em silêncio escutando as palavras dele.
- Sei que você esta querendo me ajudar, mas às vezes parece que quer se aproveitar de mim. Cara eu sou virgem, nunca namorei, única coisa que sei fazer com relação à sexualidade é me masturbar, eu to com medo, eu to nervoso poxa.
- Eu sei que você esta com medo, se quer fazer programa mesmo, não pode ter esse medo na frente do cliente. Você vai ter que sorrir e obedecer a quem esta te pagando.
- Quanto eu vou conseguir ganhar Arthur?
- Depende, eu cobro 70 reais à hora. O cliente dificilmente paga por mais de duas horas.
- Quanto você costumar ganhar por dia?
- Em media 200 reais. As vezes menos, as vezes mais. A grande maioria do que ganho eu guardo, não vou ficar nessa vida pra sempre.
- Entendi. – Falei olhando em seus olhos. – Esta disposto ainda a me ensinar tudo o que tenho que saber?
- Não, não to mais disposto, você esta com muita frescura. – Falou ele se virando de costas pra mim.
- Se eu fosse você, não daria as costas assim pra mim. – Falei apertando sua bunda, e fazendo graça.
- Agora vai me imitar? – Falou ele rindo. – Se tem coragem, me come.
- Eu... eu...eu te comer? – Falei não acreditando no que ele disse.
- Sim, sim, você me comer gaguinho.
- Não sei se eu vou conseguir. – Eu já estava tremendo.
- Cara você não é o primeiro a me foder, e nem vai ser o ultimo, então relaxa e me fode. – Disse ele já levantando da cama.
- Onde você vai? – Perguntei.
- Pegar camisinha, e já vou te dar umas a mais, nunca transe sem camisinha, entendeu? Nem se o cliente insistir, nunca transe sem camisinha, não importa se tu vai dar ou vai fuder, use sempre é uma ordem Bruninho.
- Ta bom, não vou transar sem camisinha. Você não tem vergonha de ficar falando essas coisas? Por que eu tenho vergonha só de ouvir você falar.
- Eu não era assim, eu era como você, tinha vergonha até de falar pênis, quanto mais falar rola, pica e outras coisas como estou acostumado hoje. Você vai pegar clientes que vão querer que você coma eles com força e ainda fale sacanagens pra eles, então vai se acostumando meu amor.
- Vou tentar. Mas chega de papo que agora eu vou te fuder todinho. – Falei tentando fazer graça, mas depois fiquei com muita vergonha do que eu disse.
- Já é um começo Bruno, muito bom. Agora vai com calma que eu costumo ser mais ativo que passivo. – Falou ele me jogando um monte de camisinhas.
- Vou usar tudo isso com você agora? – Falei pegando todas aquelas camisinhas que ele jogou e rindo.
- Aham, vai sonhando, isso é pra você guardar. Só vai usar uma. E é essa aqui que esta na minha mão. – Falou ele rasgando o pacote. – Tire a roupa Bruno.
Eu obedeci, tinha que perder esse medo de transar já que estava disposto a me tornar um garoto de programa. Tirei toda minha roupa ficando nu.
- Cara, ver você ai deitado na minha cama todo peladinho me deu mais tesão ainda do que aquela hora te ver nu no banheiro. – Falou ele se aproximando e eu fiquei inteiro corado. – Tu é muito gostoso, todo lisinho. – Falou ele passando seus dedos por minha barriga. – Tem um belo pau, só precisa saber usar bem ele. – Disse já segurando meu pau, e colocando a camisinha. – Assim que se coloca, olha. – Falou ele me mostrando como colocar a camisinha. – Sempre deixe essa pontinha um pouco mais solta. – Ele ajoelhou na cama, desceu sua bermuda e sua cueca. – Agora com você Bruno. – Falou ele empinando sua bunda em minha direção.
Estava nervoso, não sabia por onde começar, o Arthur percebeu e disse:
- Cara, segura minha cintura com uma mão, e com a outra você direciona seu pau no meu cu, não tem segredo, relaxa cara.
Eu fiz isso, segurei sua cintura e fui devagar enfiando meu pau em seu cu ate entrar tudo. Fui bombando devagar ate pegar confiança naquilo que eu tava fazendo, não imaginava que seria uma sensação tão gostosa.
- Isso Bruno, agora você pode ir mais rápido, mete gostoso no meu cu.
- Quer que eu vá mais rápido? – Falei já estocando mais rápido.
Ele não respondeu, apenas deu uma gemida mais alta. Continuei metendo ate ele mandar eu parar pra ele mudar de posição, ele ficou de frango assado, eu abri suas pernas e meti de novo em seu cu com força.
- Já ta ficando bom nisso garoto. – Falou Arthur mordendo os lábios.
- Acha que eu não via pornô? – Falei rindo e num impulso o beijei. Que beijo gostoso, beijo quente, excitante, parecia que o Arthur iria me devorar, nos beijávamos enquanto eu metia em seu cu, não demorou muito e gozei.
- Tomou iniciativa de me beijar, você esta se soltando isso é bom, você mete muito bem. Quase que esses 20 centímetros teu me rasga.
- Já sabe o tamanho do pau dos outros só de olhar? Isso que é experiência. – Debochei.
- Vai rindo vai, sua vez agora.
- Minha vez do que?
- De dar esse rabinho pra mim, você não imagina quanto to desejando essa bundinha desde o dia que te vi pela primeira vez.
- Viu. Sabia que você queria só se aproveitar, tu ta tarado na minha bunda, e eu não vou dar pra você. – Falei já vestindo minha cueca.
- Então vai se fuder com o primeiro que tenha paciência pra agüentar essa frescura de virgem, por que eu to de saco cheio. – Falou Arthur irritado, também vestindo sua cueca e sua roupa.
Eu fiquei quieto, virei para o lado e me cobri. Vi que o Arthur começou colocar uma roupa para sair.
- Aonde vai Arthur? – Perguntei.
- Isso não é da sua conta. – Falou ele pegando sua carteira de cima da mesa.
- Me desculpa Arthur. – Falei me sentando na cama.
- Você só vive de desculpas? – Falou ele me encarando. – Por isso que ta fudido na vida. – Falou já abrindo a porta. – Amanhecendo o dia eu volto. – Falou ele saindo.
Eu fiquei mal com as coisas que ele disse, por uma parte queria matá-lo por dizer o que me disse, mas por outra parte me bateu arrependimento, que durante todo esse tempo que estava em Brasília, o Arthur era o único que havia me dado um lugar para ficar. Sai correndo e decidi ir atrás dele.
- Arthur, espera. – Falei correndo atrás dele, alcançando-o.
- Me deixa Bruno, volta, dorme, faz alguma coisa de útil, só não me atrapalhe mais. – Falou ele sem parar de andar.
Eu parei,cada palavra que ele dizia parecia como uma facada que eu sentia no coração.
- Tudo bem Arthur, eu vou pegar minhas coisas e não vou te atrapalhar mais. – Lagrimas já escorriam em meu rosto. – Muito obrigado por tudo que você fez por mim. Adeus. – Ele parou de andar e se virou só ai que pude notar que ele também chorava. – Por que esta chorando? – Falei me aproximando.
- Você não percebe seu idiota?– Falou ele irritado, desviando seu olhar de mim?
- Não, não percebo nada se você não falar. – Respondi irritado também.
- Eu to gostando de você Bruno. – Encarou-me.
- Eu não sei o que dizer. – Eu estava perdido, e não esperava que por essa revelação. – Cara nos conhecemos há um dia, como pode já estar gostando de mim? – Falei não acreditando. – Não tem como.
- Você não entende bosta nenhuma de amor então. Alias você não entende bosta nenhuma de nada, por isso ta sozinho no mundo, por isso não tem amigos, por isso não tem família.
- Eu não entendo bosta nenhuma de você, só sabe me atacar, vai se fuder Arthur, olha as palavras que você fala pra mim. Acha que eu escolhi isso? Acha que eu escolhi perder a única pessoa que já me amou nessa vida? Você teve a sua mãe do seu lado muito tempo, eu a mais de 10 anos não sei o que é falar a palavra mãe. E você? Cadê seus amigos? Cadê a sua família nessa hora? Sua família é os caras que você fode e que te fode todo dia. – Falei já me virando, indo pra casa dele pegar minhas coisas.
Voltei para casa, foi só ai que reparei que estava apenas de cueca, vesti a minha roupa, e dobrei a que ele tinha me emprestado. Ao sair, ele apareceu na porta.
- Você não vai a lugar nenhum Bruno. – Falou me impedindo de passar.
- Eu vou, e não será você que vai me impedir. – Falei socando-o para ver se me deixava passar.
- Não vai e pronto. – Falou me agarrando.
- Me solta caralho. – Esperneei.
- Nem estou segurando seu caralho. – Falou ele sussurrando em meu ouvido. Não sei o que deu em mim, mas arrepiei todo com ele sussurrando em meu ouvido. No fundo eu gostei e achei um pouco de graça. – Me desculpa pelo que te falei Bruno. Ou melhor – Falou se ajoelhando. – Me perdoa Bruno. – Segurou minha mão. – Eu sei que falei coisas duras demais pra você. Eu sou um idiota.
Continua...
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Gente, fiquei feliz com o comentário de todos, estou animado em estar voltando a postar aqui, vou postar hoje mais cedo porque final da tarde terei de me internar para fazer uma cirurgia amanha cedo, e não quero deixa-los na mão. Um beijão a todos e espero conseguir postar amanha a noite a parte 3.
