Duas Caras - Parte 4

Um conto erótico de Guhhh!
Categoria: Homossexual
Contém 1944 palavras
Data: 19/09/2013 21:49:12

DUAS CARAS

CAPÍTULO 4

Não era tão fácil quanto eu pensava, estava tremendo de tanto nervosismo, aquele cara apenas me encarava e não me dizia nada. Entrei em seu carro e ficamos alguns minutos em silêncio ele apenas me observava.

- Cara, você quer o programa ou não? – Falei quebrando o silêncio.

- Então é programa que você faz? – Perguntou encarando-me. – Do que? Policial? Culinário? Esportivo? De fofocas? – Falou rindo.

- Não teve graça. – Falei tentando ser firme, o que não deu e caí na risada.

- Eu acho que teve. - Continuou rindo. – Você tem lindos olhos garoto. – Falou.

- Obrigado.

- Meu nome é Gabriel, e qual o seu?

- Bruno. – Respondi. – Vamos conversar apenas?

Ele me olhou, seu sorriso se desfez.

- Apressadinho. – Falou ele se virando, e arrancando com o carro.

Um momento monótono e silencioso se espalhou por aquele carro, o Gabriel seguia pelas ruas e nada falava.

- Aonde vamos? – Perguntei.

- Não irei teseqüestrar, se é esse seu medo.

- Não é esse meu medo. Eu só acho que você poderia me falar o que quer comigo e pra onde vamos.

- Ok. – Falou freando o carro bruscamente. – Quanto custa sua hora? – Encarou-mereais. – Falei sério.

- Hum. – Ele me olhou. – Eu pago 500 reais pela noite inteira, desde que você cale essa boca e pare de ficar me perguntando pra onde vamos.

- E o que quer comigo? – Ele me encarou como se disse-se com os olhos “cale a boca” – Ok, eu me calo.– Virei-me para o lado e fiquei apenas observando a noite silenciosa de Brasília passar por meus olhos. Depois de uns 10 minutos ele parou o carro em frente a uma linda residência nas margens do Lago Paranoá,adentrou a uma garagem que tinha outro belo carro guardado. Ele parou e fez um sinal com a cabeça para descer do carro. Desci, ele contornou o carro e parou em minha frente.

- Bonita sua casa. – Falei admirando o belo jardim que tinha na frente.

- Ainda esta valendo pra você ficar quieto garoto. Ou vou descontar do que vou te pagar. – Falou irritado.

Eu já estava ficando com raiva dele. Mas tudo isso pelos 500 reais que ele me pagaria. Contei até 10 na minha mente.

- Vai ficar parado, ou vai entrar? – Falou ele já dentro de sua casa.

Entrei, e a casa era mais bonita ainda por dentro, ele me levou ate uma sala muito aconchegante, com imensos sofás, uma televisão que mais se parecia um telão, e uma estante com inúmeros porta retratos.

- Bruno, eu vou me trocar e já volto, fique a vontade. – Falou ele apontando o sofá.

Ele subiu as escadas, e eu fui olhar seus portas retratos na estante. Fotos de quando ele era adolescente, e não tinha mudado muita coisa, ele era muito bonito. Fotos de sua formatura, e uma que tinha uma legenda. “Posse Deputado Federal – Câmara dos DeputadosBrasília2011”.

- Não acredito, ele é um deputado. – Falei baixinho e escutei que ela já descia as escadas.

- O que esta olhando? – Falou.

Virei-me, e ele estava vestido com uma regata branca e um short curto branco. Não foi possível não reparar, em seus músculos e em um volume que se formava em seu short. Ele realmente mais gostoso que eu imaginava.

- Eu... eu... – Comecei a gaguejar.

Ele se aproximou, segurou meu braço e me puxou para sentar no sofá.

- Eu acho que já descobriu que sou deputado federal.

- Sim. Me desculpe. – Falei baixando a cabeça.

- Tudo bem. – Falou alisando minha mão. – Olha Bruno, eu não te trouxe aqui pra gente transar. Primeiro que não sou gay por isso não irei me relacionar com um. Sem ofensas. E segundo que eu não preciso pagar pra ter sexo.

- Agora você pode me dizer então, por que me trouxe pra sua casa? – Encarei-o.

-Quando te vi parado la, eu fiquei pensando, e eu voltei no tempo. Já fui como você. Aos 16 anos eu comecei me prostituir pra conseguir mais dinheiro, o que meu pai me dava não era suficiente. Foi a pior fase da minha vida. – Falou ele se aconchegando no sofá e jogando sua cabeça para trás.

- E o que eu tenho a ver com isso? Se não vai querer transar comigo. – Falei me levantando do sofá. – Você vai me pagar 500 reais pra ficar batendo papo, pra lembrar-se do seu passado. Já sei – Disse me aproximando. – Você não tem ninguém pra conversar sobre seu passado negro, e acha que eu, como garoto de programa tenho que aturar conversinha boba de 30 anos atrás. – Falei já irritado. Sei que exagerei, mas na hora fiquei muito irritado por ele comparar a vida dele com a minha.

- Olha garoto, fale mais baixo comigo.

- Vai mandar me prender por desacato ao deputado? – Ironizei. – Olha, você não tem o direito de comparar a merda da sua vida com a minha. Se você quis se prostituir azar o seu, você ganhava dinheiro dos seus pais, alias você tinha pais. E eu? Acha que eu escolhi dar o cu por dinheiro? Não. Nunca ganhei um centavo dos meus pais, por que eu nunca tive um pai, e desde meus 6 anos não tenho mãe. – Falei já indo em direção a porta.

- Aonde você vai garoto? – Falou ele vindo atrás de mim.

- Embora, e não se preocupa, não vai precisar me pagar um centavo e pode deixar que eu me viro pra voltar e achar algum cliente que vale a pena.

- Você não vai a lugar nenhum – Falou segurando forte meu braço.

- Me solta Gabriel, ta me machucando. – Falei quase gritando.

- Cala essa boca moleque. – Falou ele me dando um tapa na cara. – Meu deus como voce fala. Chega a me da dor de cabeça.

- Você me bateu? – Falei esfregando minha mão em meu rosto que ardia.

- Olha Bruno, me desculpa. Mas você não parava de gritar, eu não tenho culpa do que aconteceu na sua vida pra querer descontar tudo em mim.

Não disse nada. Fiquei quieto, ele pegou no meu braço. E puxei rapidamente.

- Eu não vou te machucar Bruno. Confia em mim. Quero te ajudar.

- Me ajudar com o que?

- Você é muito bonito, me parece muito inteligente, te acho parecido comigo quando era mais novo.

- De novo esse papo cara. – Falei já me enchendo desse papo.

- Olha Bruno. – Falou ele me prensando na parede. – Se você não quer me ouvir, parece que sua cabeça é só sexo. Ok, eu vou te fazer esse favor. – Falou ele arrancando minha camiseta. – Mas depois você vai me ouvir.

- Para Gabriel. – Falei empurrando.

- Cara eu não te entendo. – Falou ele balançando a cabeça.

- Hoje é meu primeiro dia como garoto de programa, e sou virgem ainda, eu estou nervoso, eu estou estressado, minha vida esta uma droga, até ontem eu estava perdido nessa cidade sem nem ter onde dormir direito. Me desculpa.

- Olha Bruno, a oferta de 500 reais ainda esta de pé. Eu quero te ajudar, por isso preciso que me conte tudo da sua vida.

- Pra que isso Gabriel?

- Agora que me disse que é seu primeiro dia, e ainda é virgem, é porque ainda nem começou essa vida, quero te ajudar, você não vai precisar se prostituir.

- O que vai fazer? Vai me doar seu mandato de deputado? – Encarei-o. – Senhor deputado. – Falei rindo.

- Seu senso de humor é inigualável meu querido. – Falou rindo também. – Não pensa em fazer uma faculdade? De ter um emprego?

- Já pensei um dia. Hoje eu vejo que isso não é pra mim.

- Posso te ajudar, o que acha de fazer uma faculdade, posso te dar um emprego, você vai trabalhar comigo.

- E por que faria isso por mim? Você nem me conhece.

- Já conheci um pouco, mas o suficiente pra saber que não merece a vida que leva.

E ficamos conversando durante algumas horas, contei da minha vida, e ele mais um pouco da dele. Era umas 3 da manhã quando ele decidiu me levar de volta. Ele me pagou os 500 reais prometido, mesmo eu insistindo que não precisava.Me despedi dele e voltei para o “ponto” para me encontrar com o Arthur. Cheguei la e só estava o Ryan. Fiquei esperando um bom tempo, e não passou mais nenhum cliente, ate por que eu não queria nenhum cliente também. Por volta das 5 da manhã o Arthur voltou, ao me ver abriu um lindo sorriso.

- Vamos embora, e você vai me contando tudo o que aconteceu.– Disse ele pegando minha mão.

No caminho fomos conversando, eu não entrei em todos os detalhes, apenas disse que um cara me pagou 500 reais apenas pra conversar comigo. Ele disse que nasci com a bunda virada pra lua pra ter sorte desse jeito. Eu apenas ria das coisas que ele falava.

Chegamos em casa e ele foi logo tomar banho, diferente de mim, ele tinha sido um pouco fudido.

Ele saiu do banho e disse.

- Não é fácil essa vida, quanto uns ganham 200 reais tendo que esfolar todo o cu no pau gigante de um negão, outros ganham 500 só pra conversar. Oh injustiça Deus.

Não agüentei e comecei a rir.

- Injusta essa vida não é. – Ele concordou com a cabeça e se vestiu. – Mas vem ca Arthurzinho, pau do negão era tão grande assim? – Falei rindo.

- Grande é adjetivo ainda. Devia ter uns 26 centímetros fácil.

- Tadinho. – Falei abraçando ele. – Só que não. – Falei rindo.

- Bruno, você vai me contar o que conversou com o burguesinho ou não?

- Olha Arthur. Primeiramente quero te dar isso. – Falei tirando 200 dos 500 reais que eu tinha ganhado e dei a ele. – Isso é por tudo que fez por mim até agora, e minha colaboração com a casa.

- Não precisa. – Não deixe ele terminar de falar, e coloquei meu dedo em sua boca.

- Deixa eu falar. – Ele concordou. – Arthur, eu recebi uma proposta, esse cara, ele é bem influente, e se ofereceu a me ajudar, vai me colocar na faculdade de direito e vai me dar um emprego.

Contei toda a historia, enquanto comemos alguma coisa, menos de que o Gabriel era deputado federal, acho que isso eu deveria manter sigilo por enquanto. Vi que no começo ele ficou muito calado, mas depois disse estar contente por mim.

- Vamos dormir, estou com sono. – Falou Arthur já se deitando.

- Tudo bem. – Me deitei também.

Ficamos um pouco calados, já era quase 7 da manhã. Mas não conseguia dormir e reparei que o Arthur estava chorando baixinho.

- Por que esta chorando Arthur? – Falei apoiando minha cabeça em seu braço.

Ele nada respondeu.

- Fala. – Falei chacoalhando ele.

- Eu não vou deixar você sair dessa casa. Você é meu.

CONTINUA...

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Oi minha gente.. Obrigado a todos. Nos capitulos de antes nao tinha tempo pra agradecer a todos, mas hoje eu vou.

Geo Mateus: valeu por estar acompanhando.

Thiiiputra: muito obrigado

agatha1986: que bom que esta gostando, obrigado.

caamilaa: minha linda, foi bom receber sua visita hoje, te adoro, e obrigado por estar acompanhando sempre minha lora.

Oliveira Dan: obrigado por estar acompanhando novamente, e vou comecar a agradecer cada leitor novamente, por motivos ai de saude, eu apenas postava, mas agora vou agradecer sempre. valeu!!

Alex20: Obrigadoo! :)

Love Boy: que bom que esta gostando e obrigado.

FabioStatz: valeu cara por estar ai sempre acompanhando meus contos, abracos.

HPD: valeu cara. :) abraços.

Leo .F ialm: muito obrigado

MaiquinhoHell: agora esse capitulo deu pra entender melhor ne? haha abracos cara. valeu ai

Zyom: obrigado

Lucas M.: valeu

Perley: ta ai, postei haha, abracos

Luiz Dudu: valeu cara

Kelvin!: muito obrigado

Meus amigos Ale12, Bruno Del Vecchio, e Santis muito obrigado a voces tambem!!! A todos comentem bastante ate amanha beijos e abraços a todos:)

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Comentários

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Hum... Estranho... Legal, mas estranho. Todo mundo muito "bonzinho" querendo ajudar o Bruno, fora da realidade? Acho que não. Mas o jeito é esperar... Ótimo Guh ^^ Melhor conto seu.

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maravilhoso esse seu novo conto Gustavo, li tudo agora, estou adorando.

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foi bom te ver tbm guga, ainda mais vendo que esta bem e se recuperando bem da cirurgia :) seu conto ta ótimo como todos os seus foram, beijos.

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Amigo, eu amo os seus contos. Você tem uma escrita muito parecida com a minha, o que me faz ficar ainda mais viciado em ler tudo que voce escreve. Estou adorando esta historia, e eu curto muito vc. Beijos meu lindo!

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Maravilhoso. Estranho esse Arthur, se apaixonou tão rapidamente, não sei, mas acho que ele vai sofrer por um amor não correspondido. 10 sempre, e continua logo Guh ta demais

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Arthur está confundindo as coisas. E que sorte a desse Bruno, logo um deputado, está feito agora 'rsrs. 10

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Ahhhhh ainda bem que o Igor ainda é "puro" rsrs. Mas... O Arthur é meio apressado não? (bom, vai saber o que ele passou, ou ele apenas pode se apaixonar rápido.); Não me agradeça por estar acompanhando, eu é que te agradeço por voltar ^^. Ehhrrrr se não for muita curiosidade, intromissão e deselegância, o que você tinha pra precisar fazer cirurgia?

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Nossa ficando viciado no teu conto. Super demais.

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dois amores....um só coração...qual escolha certa?

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