Chamava-se Eduarda Maria Bonfim dos Santos. Mas entre os amigos, colegas de trabalho e demais pessoas do seu convívio era conhecida como Dona Duda. Mulher madura, chegando à melhor idade, com seus quase 52 anos, a mesma não aparentava ter a idade que realmente possuía. Seus hábitos alimentares, sua atividade física regular, suas aulas de dança e sua vaidade, faziam as pessoas pensarem que a jovem senhora possuía uma idade aproximada entre 38 e 42 anos.
O que ajudava Dona Duda a esconder mais ainda a sua idade real, era a sua fisionomia: cintura fina, coxas grossas, seios médios, que eram grandes até a sua juventude. Mas que por causa de um problema na coluna, tiveram que ser reduzidos. Sem contar o volumoso cabelo abaixo dos ombros, sempre tingido de vermelho, que só mudou de cor após o falecimento de seu digníssimo marido, o tenente do exército Josué Souza dos Santos, pois o mesmo adorava que ela mantivesse os cabelos na sua cor natural, pretos, porque combinavam com seus olhos castanhos cor-de-mel. “Que Deus o tenha em um bom lugar”, dizia sempre para a sua cabelereira Matilde, sempre que ia ao seu salão de beleza retocar o tingimento.
Dona Duda morava sozinha em um belo apartamento, cujo condomínio fica localizado próximo a uma praça recém-construída no bairro Jardins. Seus passatempos após a aposentadoria, e depois que os seus dois únicos filhos, casaram, saíram de casa e foram morar fora do Estado, é passar as tardes, sentada nas praças da capital, sair para ir dançar na Seresta do Baiano às sextas, ou no “Beer House” aos sábados e frequentar os cinemas dos shoppings aos domingos, feriados, e na época em que acontece a Prévia carnavalesca da capital, pois os cinemas sempre dão promoção para aqueles que não curtem o barulho dos trios-elétricos. Duda não negava a ninguém que era sem dúvida, uma cinéfila assumida.
Mas o que esses passeios frequentes e essas idas ao cinema escondiam, era um estranho desejo sexual que adquiriu ainda na adolescência: o de sempre fazer sexo, e outros tipos de fornicações, na penumbra ou no escuro. Esse desejo surgiu quando ela possuía apenas dezesseis anos. Nessa idade, quando era conhecida apenas pelo apelido de Duda, Dona Duda perdeu sua virgindade com seu primeiro namorado (um garoto de apenas doze anos), em um quarto escuro que ficava no fundo do sítio onde moravam os avós paternos. Naquela ocasião, ela gemia e se contorcia de prazer, imaginando que o namorado era ninguém mais, ninguém menos do que o famoso cantor Erasmo Carlos. E desse dia em diante, e até mesmo após o falecimento de seu marido, que ela só sente sua alma dominada pelo desejo de fornicação, no escuro total ou parcial. E sempre que isso acontece, ela fica em suas relações amorosas imaginando que seu parceiro é algum cantor ou ator famoso.
Outra de suas predileções sexuais são homens mais novos do que ela, ou adolescentes. Com exceção do seu falecido marido, quer era apenas cinco anos mais novo do que ela, todos os garotos que ela leva para comer em seu apartamento tinham uma diferença de idade extremamente considerável. A jovem, e pervertida senhora, adorava manter relações com garotos que possuíam uma idade aproximada entre quinze e dezoito anos, mas sempre no escuro ou na penumbra. Seus irmãos e irmãs cresceram sem saber que seus filhos, os sobrinhos de Dona Duda, todos eles foram iniciados sexualmente por ela quando os mesmos entravam na adolescência. Isso sem contar que ela não repetia seus jovens parceiros. Nenhum sobrinho ou garoto que ela conhecia, frequentava seu apartamento mais de uma vez, com exceção dos cinemas onde ela não ligava se o garoto que estava na poltrona do lado já havia conhecido seu apartamento ou a havia conhecido em alguma praça da capital.
Como era uma mulher experiente e bem sedutora, seus métodos eram bastante diferenciados. Mas o sucesso em suas conquistas era sempre certeiro. Nas praças onde ficava sentada passando as tardes, gostava de usar belos e chamativos decotes, saias de tecidos leves, que geralmente possuía uma ou duas lascas laterais, que exibiam de maneira bastante sedutora suas brancas, belas e torneadas coxas para os garotos que por ali passavam, se preocupando apenas em manter uma postura séria e despreocupada, como quem está apenas descansando ou simplesmente passando o tempo. Outras vezes comprava um picolé e ficava dando lambidas e chupadas insinuadas, atiçando o desejo sexual dos adolescentes e jovens que estavam com os amigos ou colegas de escola, passando o tempo ou simplesmente matando aula.
Quando conseguia atrair a atenção de algum adolescente, convidava-o a sentar-se ao seu lado, conversava com ele por alguns minutos e depois convencia o jovem a entrar no carro dela (um ômega último tipo, deixado para ela pelo seu falecido marido) e ia com ele até seu apartamento. Lá chegando, conduzia o jovem até um quarto escuro, iluminado apenas pela luz de abajures, sentava junto com ele na cama, beijavam-se ardentemente com a promessa de que “a tia vai ensinar você a ser um homenzinho mais experiente”. E enquanto roçavam línguas, ela permitia que ele a tocasse e a acariciasse.
Reciprocamente, ela acariciava o membro duro e rijo do garoto, e quando o mesmo já estava explodindo de excitação dentro de suas cuecas, ela sacava-o e praticava sexo oral até que o mesmo esporrasse tudo em sua boca. Dona Duda então degustava cada gota quente que o garoto expelia em sua garganta, como se fosse um manjar dos deuses. Depois disso recompunha-se, dispensava o garoto e colocava em seu bolso, uma ou duas notas de vinte reais. Mas esse valor dependia do tempo que o garoto demorasse a gozar, e também da quantidade de esperma que ele ejaculasse. Algumas vezes, chegava até a dar uma nota de cinquenta reais para alguns adolescentes mais tarados.
Já nos cinemas, a sacanagem era de graça. Dona Duda marcava seus encontros pela internet, através de salas de bate-papo virtuais. Quando chegava os fins-de-semana, se arrumava e ia para os cinemas dos dois shoppings (ela sempre marcava nos dois cinemas, no mesmo dia, só que em horários diferentes), assistir filmes “cults”. Ela tinha essa preferência porque essas sessões nunca lotavam, e lá dentro das salas do cinema era que se encontrava com os jovens cujo encontro fora marcado dias antes. E o procedimento era sempre o mesmo: sentava-se nua poltrona do meio, ou alguma poltrona da frente, por essas refletirem pouca luz dos projetores, e esperava pacientemente que o jovem sentasse ao seu lado.
Sempre que acontecia, ela, sem pronunciar nenhuma ou quase nenhuma palavra, ficava esperando que o jovem sacasse o pênis para fora da calça ou da bermuda. Isso se contar que quando ela se interessava pelo jovem rapaz que marcava seus encontros nos cinemas, ela mesma acariciava o pênis do jovem, até que o mesmo fique bastante duro e rio dentro e suas calças, forçando-o a colocá-lo para fora. Lentamente ela começa uma gostosa e deliciosa masturbação, sentindo cada centímetro do pênis do jovem crescendo em suas mãos.
Assim que os membros dos jovens chegavam ao ponto de empedramento, Dona Duda, de uma maneira silenciosa e calma, que só as mulheres dessa idade possuem, começa a masturba-lo com um pouco mais de força, até que o jovem comece a despejar jatos e mais jatos de esperma nas poltronas do cinema, de uma a duas vezes, dependendo da disposição do garoto. Após o ato, ela se recompõe se levanta da poltrona dizendo que vai ao banheiro se limpar, e calmamente sai do cinema, se nem mesmo prestar atenção no filme, saindo dos shoppings, adentrando em seu ômega e migrando para o seu apartamento, onde termina suas noites de sábado e domingo, deitada em sua cama, bebendo calmamente uma bela taça de vinho merlot, ouvindo músicas de Amado Batista ou de Roberto e Erasmo Carlos e masturbando-se com um vibrador de 16cm, que fora presente de amigo secreto, dado por uma amiga que também partilha das mesmas preferências sexuais por adolescentes. E na solidão da sua imensa cama redonda, ela goza com seu vibro, imaginando o dia em que um daqueles jovens que ela masturba ou chupa irá penetrá-la com vontade, inundando-a nos dois orifícios com esperma quente, grosso e jovial.
Ao encerrar suas solitárias sessões de masturbação, dona Duda adormece e sonha com o dia em que irá encontrar o seu príncipe-encantado-jovenzinho, que não terá vergonha ou nojo de penetrá-la pela idade que possui, e quando o encontrar, fará dele seu amante fixo, dando a ele todos os luxos e requintes que um amante jovem merece, para que ela cesse de vez essa busca constante pelo prazer jovial. Busca essa que dura mais de dez anos, desde que seu falecido marido havia deixado essa vida para ir para uma ainda melhor. Mas os jovens que ela desejava eram cheios de tabus e só queriam com ela uma aventura, ou tinham nojo de mulheres com mais de quarenta. Os homens que apareciam querendo compromisso já possuíam mais de vinte e cinco ou trinta anos, e ela já não tinha mais nenhum interesse por homens dessas idades. E eles não entendiam que ela não quer se relacionar com homens, ela quer se relacionar apenas com adolescentes. E enquanto o seu jovem amante fixo não aparece, ela passa seus dias curtindo e aproveitando a casualidade que o sexo jovem proporciona. Pois todos os garotos que se aproximavam dela, se chegavam apenas pela busca de obter experiência sexual com uma mulher mais velha, mas nunca passava disso.
Meses depois, estava na Praça Princesa Isabel, que fica em frente ao cemitério que leva o mesmo nome, um grupo de estudantes de várias escolas diferentes. Tinham alunos do colégio Governador Valadares, do Dennis Marshall e do Lourival Fontes. Pelo local que estavam, dava para perceber que eles eram típicos roqueiros dos anos 90: bem-alimentados jovens na faixa etária entre catorze a dezesseis anos, fãs de Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Mamonas Assassinas e algumas bandas internacionais, como Metallica, Iron Maiden e Pink Floyd. Esses jovens estavam discutindo nessa tarde, sobre as músicas do Renato Russo, buscando dar a melhor interpretação possível para o significado de suas letras, quando vagarosamente ao longe para um ômega prateado, com vidro fumê se aproximou. De dentro dele saiu uma mulher bastante elegante, trajando uma saia vermelha de tecido leve, sapatilhas da mesma cor da saia, blusa preta com um grande decote em “V” bem provocante, maquiagem cabelos ruivos bem arrumados, de um vermelho-sangue inconfundível, e um olhar sensual, arrasador de corações: era Dona Duda à procura de mais um adolescente para saciar suas taras e seus desejos carnais mais luxuriosos.
Ela caminhou vagarosamente e sentou-se num banco próximo ao que os meninos estavam reunidos, cruzou as pernas, deixando á mostra uma boa parte das grossas coxas, abriu um livreto que trazia consigo chamado “o pensamento vivo de Freud” e ficou, ora lendo, ora observando os garotos discutindo sobre as músicas de Renato Russo, insinuando-se de vez em quando, no intuito de chamar a atenção de algum deles, mas sem sucesso, pois todos estavam concentrados, tentando se destacar como o melhor intérprete das letras da Legião Urbana. Até que de repente um desses garotos, que aparentava mais ou menos quinze anos, pele branca, cabelos castanho-claros, olhos verdes e um pouco robusto, percebeu que a mulher sentada próximo deles estava prestando atenção na conversa. E assim que conseguiu fisgar a atenção do adolescente, Dona Duda começou a se insinuar de maneira discreta e provocante para ele, convidando-o a se sentar ao lado dela.
Tomado por uma enorme curiosidade, e como se as insinuações daquela mulher tivessem despertado nele todos os hormônios existentes em seu corpo, o adolescente deu uma desculpa para se afastar do grupo e foi até a mulher que estava no banco quase ao lado do deles, que apesar de afastado, não ficava tão longe.
- Olá jovem. Chamo-me Eduarda, e você?
- Meu nome é Leonel. Muito prazer.
- Leonel, eu estou com uma dúvida e acho que você pode me ajudar: onde fica a Igreja de Santo Antônio?
No mesmo instante em que ouviu isso, o adolescente deu uma enorme gargalhada e perguntou se ela era por acaso alguma turista, ou morava na Zona Sul da cidade. Ela disse sim à segunda pergunta, e disse também que estava de carro perguntando se ele poderia levá-la para a Igreja, para que a mesma pudesse tirar algumas fotos, prometendo deixá-lo em casa, onde quer que ele more.
Mesmo um pouco desconfiado, ele topou ajudar aquela educada senhora, e os dois saíram da praça para dentro do ômega prateado. Assim que entraram, Dona Duda abriu a bolsa e começou a revirá-la, procurando a tal câmera fotográfica. Não a achando, perguntou ao garoto se ele não se incomodaria de acompanhá-la até sua casa, para ela pegar a câmera. O garoto ficou alguns segundos pensando se ia ou não com ela, pois nunca a tinha visto mais gorda na vida, e sempre aprendeu que não se deve aceitar nada de estranhos. Para ajudá-lo na sua decisão, Dona Duda apertou sua coxa esquerda, fazendo o adolescente suspirar e ficar enormemente excitado. Ela falou ainda, que daria uma boa gorjeta se ele fosse cavalheiro o suficiente para aceitar o convite. Após o sim do garoto, Duda ligou o carro e os dois saíram de lá da Praça Princesa Isabel, sentido zona sul.
Ao chegarem ao prédio onde Dona Duda morava. Discretamente eles saíram do carro, cruzaram o estacionamento e entraram no elevador. Ela pede então que ele aperte o botão do oitavo andar. Apertado o botão, o elevador sobe sem que nenhum outro morador o solicite. Quando chegaram no oitavo andar, entraram à esquerda do elevador, com Dona Duda na frente e o jovem seguindo-a logo atrás, e caminharam pelo corredor, cujas lâmpadas se acenderam automaticamente. Ao chegarem no apartamento 845, pararam e Dona Duda olha para o garoto, dá um leve sorriso e pisca o olho, que entendeu muito bem o recado sobre quais eram as verdadeiras intenções daquela velha safada. Um turbilhão de dúvidas pairava no ar. O garoto não sabia até onde essa aventura ia chegar. Porém o impulso sexual falava mais alto do que o seu discernimento entre aquilo o que é certo ou errado.
Quando entraram, Dona Duda acendeu a luz do apartamento, o adolescente ficou extremamente admirado com o tamanho e com o luxo do lugar, pois dando uma rápida olhada pelo ambiente, ele viu que o apartamento tinha quase o dobro do tamanho da sua casa. Dona Duda pergunta então se ele havia gostado do que estava vendo. O jovem disse que sim, e ainda elogiou bastante todo aquele luxo. Dona Duda falou que a câmera estava no quarto e que não iria demorar. E falou também que o adolescente podia ficar à vontade para beber um refrigerante no bar do apartamento, que ficava ao lado da sala-de-estar. O adolescente se dirigiu ao frigobar e ao invés de pegar um refrigerante, pegou uma garrafa de Country Wine, que já estava aberta e faltavam-lhe umas duas taças. Ele também pegou uma das taças que estavam penduradas acima do balcão do frigobar, sentou-se no sofá e começou a bebericar enquanto esperava pela jovem senhora.
Já nos primeiros goles, ele começou a analisar cada parte da decoração da sala, e se focou nos quadros que estavam na mesinha do telefone. Em um deles estava um homem de mais ou menos uns 40 anos, trajando uma vestimenta militar que indicava ser do exército, e ao lado, outro quadro de Dona Duda, bem vestida e fazendo um olhar provocante. Dava para ver que a foto dela fora feita em um estúdio fotográfico, pois o fundo era bem iluminado e possuía vários tons de cinza.
O adolescente secou o primeiro copo, e quando estava na metade do segundo, Dona Duda reapareceu na sala. Só que não com as mesmas roupas que estava vestida. Ela trajava um roupão de seda vermelho, amarrado na cintura com uma fita preta; tinha colocado um perfume que lembrava muito o cheiro de chocolate e estava usando sapatos de salto alto pretos. O garoto tomou um susto ao ver aquela mulher cinquentona usando aqueles trajes íntimos. Mas mesmo assustado, dentro dele surgia um desejo incontrolável pelo desconhecido e por tudo aquilo o que estava acontecendo. Era como se aquela situação inesperada o atraísse cada vez mais, como um poderoso ímã instintivo.
Dona Duda estranhou o fato dele não ter se assustado como faziam os outros garotos, e perguntou ao jovem:
- Não está espantado em me ver nesses trajes mínimos e com essa lingerie?
Mas dava pra ver pela cara de espanto de Leonel, que ele realmente havia se assustado ao ver uma mulher daquela idade, trajando uma roupa tão provocante. Porém, o que ela não sabia, era que o jovem sentia uma forte atração pelo desconhecido, pelo medo do ridículo, pelo revidar de uma ofensa ou perdoá-la, pelo “sim” que é “sim” e pelo “não” que é “não”, sem rodeios. E apesar do arrepio na espinha e pela tremedeira nas pernas, ele estava decidido a ir até o final com toda aquela situação em si:
- Não estou espantado. Estou mesmo bastante animado – falou o jovem adolescente, tentando esboçar um sorriso em meio a todo aquele nervosismo.
Dona Duda foi então até ele, tomou-o pela mão e conduziu-o até seu quarto. E que quarto! Piso de mármore branco, paredes da mesma cor, uma cama box super king (nem todos possuíam uma cama dessas nessa época, pois eram muito caras e só eram vendidas fora do Estado) ao centro, forrada com lençóis de variados tons de vermelho, um closet do lado esquerdo, um banheiro do lado direito e dois abajures com luzes vermelhas em cada lado da cabeceira da cama, dando ao quarto um ambiente muito agradável. Ao entrar, o jovem sentiu também um odor perfumado, que logo reconheceu como alfazema, mas não o perfume: era um odor abafado de incenso com odor de alfazema. E isso associado às luzes dos abajures, dava um clima sexual bastante convidativo para quem adentrasse naquele cômodo.
Sentaram-se na cama e ficaram se entreolhando por alguns segundos, um adolescente de quinze anos, e uma mulher feita, de cinquenta e dois. Então sem questionar nada, Dona Duda começa aos poucos a despir o garoto, que já nem se movia, de tão hipnotizado que se encontrava. Primeiro retirando-lhe a camiseta, depois os tênis, as meias e a calça, deixando-o apenas de cueca. Ela, para não fazer por menos, tirou o roupão e exibiu uma lingerie preta de cintas-ligas, que destacava seu sarado corpo alvo, com todas as suas formas bastante delineadas, fruto das aulas de academia e das danças de salão.
Dona Duda sentou com o adolescente na cama e começou a acariciar lhe o rosto, sempre com um olhar de tigresa pronta para atacar, bastante malicioso. Ela passa a mão em seu peito e pergunta:
- E então Leonel: está gostando disso tudo?
O jovem segura a mão da jovem senhora, leva-a até o meio de suas pernas e fala:
- Isso responde a sua pergunta?
Ambos sorriem. Só que os olhos de Dona Duda brilham ainda mais. E assim que ela toca o membro rígido do garoto por cima da cueca, ela se arrepia, pois é um pouco maior do que o dos garotos que ela costumava trazer em seu apartamento.
Um beijo quente, fervoroso e com desejo de luxúria marca aquele encontro de gerações. O adolescente e Dona Duda permanecem dentro daquele beijo como se fossem velhos amantes que acabaram de se reencontrar, sendo que a mais admirada ainda é ela, pois nunca havia encontrado um garoto com experiência de homem mais velho. O momento é interrompido quando ela para de beijá-lo e olha para ele com um sorriso de felicidade nos lábios. Ela admira-o por alguns segundos e antes que pudesse dizer alguma coisa, Leonel a segura pela nuca e torna novamente a beijá-la. O beijo dessa vez foi ainda mais intenso do que o primeiro e o roçar de línguas era deveras inevitável, pois estava reunida naquele instante, a experiência dos mais velhos, junto á sede de conhecimento dos mais novos, não necessariamente nessa mesma ordem, pois pela volúpia de cada um, ficava em dúvida quem era o experiente e quem era o experimentado.
Quase sem fôlego, os dois deram uma pausa para se recuperarem, pois ambos mostravam certa exaustão, apesar do jovem ter bem mais gás para aguentar mais tempo, do que a cinquentona fogosa. E enquanto recuperavam o fôlego, ficaram mais uma vez se entreolhando de cima abaixo, como se estivessem estudando um ao outro. Aquele silêncio fora quebrado por Dona Duda, que sorridente, perguntou ao jovem:
- Onde você aprendeu a beijar tão gostoso desse jeito?
O adolescente, acariciando os cabelos da jovem senhora, deu-lhe um leve beijo nos lábios e respondeu:
- Desde os doze anos eu mantenho relações sexuais com uma tia minha, irmã do meu pai, e duas primas. Por isso já tenho o costume de me relacionar com mulheres bem mais velhas do que eu.
Enfiando a mão dentro da cueca do adolescente e segurando seu membro duro e rijo, Duda fala:
- Hum... Que bom, pois a tia aqui gosta de ensinar. Mas já que você não precisa, melhor pra mim, pois vou poder abusar bastante desse meu filhotinho – disse ela aproximando seus lábios nos lábios do adolescente.
O beijo dessa vez foi bem mais intenso e demorado que os dois primeiros. O adolescente segurava Duda pela nuca e enfiava a língua em sua boca. A cinquentona retribuía, apertando e acariciando o pênis do garoto com mais intensidade. Nisso, ela para de beijá-lo, abaixa-se lentamente até o sexo do garoto, olhando-o nos olhos, abocanha-o e começa a saboreá-lo em um quente e delicioso sexo oral. O garoto geme baixo, tenta falar sobre a delícia que está sendo aquele momento, mas não consegue encontrar palavras para tamanha excitação que aquela jovem senhora está lhe proporcionando.
Sua mente começou a produzir um turbilhão de pensamentos desconexos, gerando dentro dele um sentimento de depreciação. Depreciação esta, não pelo momento que está vivenciando, muito menos por ver uma cinquentona abaixada com a cabeça enfiada no meio de suas pernas, chupando seu membro como se fosse uma bezerra. E que bezerra! Ela mamava com um profissionalismo que colocava a tia e as primas que ele se relacionava no chinelo. Mas não era esse o motivo de sua depreciação. Ela era em relação às colegas que ele tinha na escola. Ele tinha que bajulá-las bastante para ganhar um beijo ou ficar com elas nas festinhas da escola ou dos colegas. E ele não precisou fazer nada para estar ali sendo sugado por aquela bezerrona: ele apenas precisou seguir seu instinto de homem precoce que era. Sem contar que ele não estava em frente a uma menina da sua idade ou mais nova. Ele estava em frente a uma mulher vivida, que sabia muito bem o que queria.
Dona Duda deliciava-se com o membro duro, rijo e latejante do adolescente, ora engolindo-o inteiro e sugando-o com força, ora lambendo-o como quem lambe um sorvete. Aquilo fazia com que o garoto chegasse o mais próximo possível do êxtase. Porém uma sensação estranha começou a interromper aquele momento e passou a tomar conta do corpo do garoto. Era como se seu corpo estivesse se desligando, pois sua vista começou a ficar turva e escura. Seus olhos reviraram por alguns segundos, e quando ele voltou a si, suas pupilas estavam tão contraídas, que pareciam dois pequenos pontos pretos em meio a um enorme círculo castanho cor-de-mel que eles eram.
Sem que a jovem senhora percebesse, por causa da pouca luz de seu quarto, a sombra do garoto aumentou de tamanho e uma quase escuridão tomou conta do quarto. A claridade das luzes ficou ainda menor, com o aumento da enorme sombra do adolescente. Era como se alguma coisa sobrenatural tivesse tomado conta do corpo do garoto. Foi aí que ele segurou Dona Duda pelos cabelos, jogou-a na cama e arrancou sua lingerie, deixando-a praticamente nua. Ele então começa a beijar-lhe o corpo, começando pelo pescoço, descendo lentamente e com um forte desejo animal de copular com aquela mulher. E faz isso sugando com fome as tetas maduras de Dona Duda. Primeiro ele mama durante alguns minutos seu seio direito, depois o seio esquerdo. Os mamilos da jovem senhora estavam pontiagudos de tão excitados que ficaram, pois o garoto sugava com extrema volúpia.
A jovem senhora gemia alto, tamanha era o prazer que estava sentindo. Ela arranhava as costas de Leonel com força, mas o adolescente nem ligava, pois o mesmo estava tomado por uma selvageria inexplicável. Ele começou a descer a boca pela barriga de Dona Duda, até chegar ao sexo dela. E para a sua surpresa, era lisinha, cheirosa e mais bem cuidada do que a de uma adolescente. Assim que os lábios do garoto tocaram o clitóris da jovem senhora, a mesma começou a se tremer toda, se desmanchando num enorme e demorado orgasmo. A sensação que teve a fez ficar em posição fetal por alguns segundos. Falo segundos, porque Leonel logo a colocou de quatro na cama, e penetrou-lhe as carnes com extrema força. Ele bufava igual a um animal, com as estocadas que dava na jovem senhora, cuja felicidade era convertida em gozos e mais gozos, pois tinha encontrado aquilo o que tanto sonhava: um garoto que a assumisse como mulher de verdade, e não quisesse apenas ser chupado em troca de alguns trocados, para depois sumir para sempre. Esse foi diferente. Esse teve a atitude de fazer dela a sua putona.
Dez minutos de estocadas incessantes e ininterruptas depois, o garoto goza dentro de Dona Duda. A jovem senhora começou a chorar de prazer, não só por ter gozado junto com ele, mas também por depois de muitos anos sentir jatos quentes de esperma inundar seu útero. Ela estava suada e queria descansar. Mas para seu espanto, Leonel tirou o pênis ainda duro de dentro da boceta dela, e enfiou de uma vez no meio de suas nádegas. Os olhos de Dona Duda arregalaram-se, pois o garoto subjugou-a, passando a sodomizá-la com uma disposição grotesca. Ela sentia seu ânus arder, mas pedia que o garoto não parasse de meter “até gozar no rabo dessa velha safada”. O garoto parecia um cachorro, montado naquela potranca cinquentona.
As estocadas demoraram bem mais do que da primeira vez. Leonel ficou enrabando Dona Duda por mais ou menos meia hora, até inundar o rabo da cinquentona de esperma. Foi só depois dessa segunda gozada que o garoto saiu de cima dela, caindo de lado, ofegante, totalmente encharcado de suor e sem forças. Dona Duda também se entregou ao cansaço. Só que em nenhum momento ela tirou o sorriso de felicidade do rosto.
Dormiram por mais de uma hora, até que ela vestiu o robe e saiu por alguns minutos. Quando retornou, ela trazia numa bandeja, quatro grandes sanduíches naturais de peito de peru desfiado, e suco de uva. Acordou o garoto, que ficou um pouco atordoado, como se não se lembrasse do que tinha acontecido, mas mesmo assim estava faminto. Comeram os sanduíches e beberam o suco de uva. Dona Duda saiu da cama mais uma vez, abriu o closet, pegou uma toalha bastante felpuda e mandou que Leonel fosse ao banheiro tomar banho e se vestir, pois ela ia deixar ele próximo de casa. Ele entrou no banheiro da suíte, banhou-se, vestiu o fardamento escolar ainda dentro do banheiro e já saiu pronto de lá de dentro. E assim que saiu do banheiro, para sua surpresa, Dona Duda já estava pronta para levá-lo.
Desceram dando beijos ardentes dentro elevador, até a garagem do prédio, sem a mesma pressa de quando chegaram. Lá chegando, ambos foram até o carro de Dona Duda, entraram e saíram do prédio. Ela veio dirigindo de volta para a zona norte da cidade, até o Santo Antônio: o bairro onde Leonel morava. Ela pegou a Avenida João Ribeiro direto até a colina que leva o mesmo nome do bairro. Como ela não queria complicar o jovem e nem se complicar sendo vista com um menino bem mais novo dentro do carro, deixou-o um pouco distante de onde ele morava.
Despediram-se de maneira formal, sem beijos ou abraços. E antes do garoto sair do carro, Dona Duda abre o porta-luvas do carro, pega uma carteira que tem dentro, abre-a, tira duas notas de cinquenta reais e entrega-as nas mãos dele, dizendo:
- Isto aqui é um presente pela tarde maravilhosa que tivemos hoje. E se nos virmos mais vezes, você vai ter mais dessas na sua mão.
O garoto de início recusou, mas por insistência da cinquentona, acabou aceitando. Ela também entregou a ele um cartão com o número do celular dela, e disse que ele podia ligar de qualquer lugar, sempre que quisesse vê-la de novo. O garoto pega um papel, anota um número residencial, e disse que ela poderia gravá-lo em seu celular, pois era o número da casa dele, e ele sempre estava em casa depois das nove da noite.
Ele então abre a porta do carro de Dona Duda, andando a passos lentos, para dar tempo dela se afastar com o carro. Ele coloca as notas de cinquenta reais dentro do caderno e apressa o passo, pois são mais de sete horas da noite. E se ele não pensar em uma boa desculpa para dar para a mãe, pelo menos quinze dias ele ia passar dentro de casa, sem ver a luz da lua. Depois de tanto pensar, chega a casa. Sua mãe, um tanto quanto brava, pergunta:
- Onde você estava até essa hora moleque? Você não sabe que é perigoso ficar na rua sozinho?
- Estava conversando com uns colegas e perdi a hora – disse tentando convencer a mãe com aquela desculpa.
A mãe de Leonel fez cara de quem engoliu a desculpa e manda-o tirar a farda, tomar um banho e vir jantar. Como ele passou da hora de jantar, sobrou apenas uma pequena parte. Mas ele comeu pão para poder completar a janta, pois estava com uma fome de leão.
Após o jantar, o garoto vai para o seu quarto, senta-se em sua cama, abre a última gaveta da cômoda, retira dela um diário, e pega uma caneta. Ele, utilizando o que aprendeu nas aulas de redação, começa a relatar a tarde inesperada e louca que teve. Ele escreveu com suas palavras, tudo o que vivenciou. Só que nem tudo que ele lembrava foi para o papel. Teve uma parte em que a velha safada o chupava e ele apagou, vindo despertar uma hora e meia, mais tarde, totalmente suado e cansado, ao lado dela. Ele então encerra seu relato no diário com uma pergunta: “o que teria acontecido?”.