Paixão Inesperada XIV

Um conto erótico de Edu S.
Categoria: Homossexual
Contém 2015 palavras
Data: 20/09/2013 23:27:46
Assuntos: Gay, Homossexual

Cheguei na boate e quando olho pro bar, vejo sentado um rapaz alto, bonito, de cabelos encaracolados e de lindos olhos negros. Sua pêle branca, levemente bronzeada e um sorriso que coloca qualquer um a seus pés.

Ele se levantou e veio em minha direção, abriu aquele sorriso incrível e me lancei em seus braços.

– ta de brincadeira comigo? – disse e o beijei as bochechas.

– não disse que ainda te faria uma surpresa?

– caramba mano, você está lindo, olha só pra você, ta um gatão com esses cachos.

– que isso Edu, você que está bonitão. Ta com uma cara ótima.

– to amando mano.

– você? Amando alguém? Tudo bem, deixa eu digerir isso melhor.

– kkkkk, venha cá e dê mais um abraço no teu mano mais velho. Te amo cara, tava com saudade de ti.

– eu também te amo mano. To precisando demais de você.

Notei ele preocupado e o levei até o bar.

– quer beber alguma coisa?

– água.

– rsrs, tudo bem. Mas me fale, o que está acontecendo?

– posso ficar no teu ap até comprar um por aqui?

– como assim? Vai se mudar pra cá?

– sim. O pai e eu brigamos feio. Na verdade ele só não me expulsou como fez contigo porque eu saí antes. Ele descobriu tudo Edu, tudo.

– quem contou a ele?

– não sei. Mas não importa, ele já sabe e isso é fato. Só que eu não quero ficar sozinho. Posso ficar contigo?

– claro que pode, você é meu mano caçula, daqui a pouco eu vou pro ap, fica e me espera?

– espero sim, fico por aqui mesmo.

– olha, pede qualquer coisa, fica a vontade.

– tudo bem. Obrigado mano.

O Breno tinha 26 anos e se formou em Direito, mas também desenhava. Meu irmão é um artista e seu sonho era as Artes Plásticas, mas meu pai com o seu dom de persuasão, convenceu o Breno a fazer Direito.

Ele advogava durante o dia e a noite estava frequentando a faculdade de Artes, fazia uns seis meses. Eu sempre o incentivei a sair da casa dos meus pais, mas ele sempre foi muito apegado a mamãe e vice-versa. Minha mãe sempre o ajudou não dizendo a meu pai que ele fazia. Mas como o ditado diz, a mentira tem pernas curtas.

Fechei a boate e levei o mano até seu carro. Nunca vi tanta mala.

Fomos pro meu ap e coloquei suas coisas no quarto de hóspedes.

– suponho que você abandonou a firma.

– rsrs, tinha outro jeito?

– quando isso aconteceu?

– quase um mês.

– e só hoje que você me fala? O Sergio e o Flávio disseram o que?

– rsrs. Que eu tenho que parar de sonhar, que ser artista não dá futuro pra ninguém.

– e seu curso de artes?

– tranquei. Eu já estava cansado daquela cidade, das pessoas, do papai me controlando e sem você lá, parece que não tem graça. E além do mais, ninguém entende nada de moda como você, olha como to vestido?

– kkkkkkk, palhaço. Mas é sério, tu não pega mulher nenhuma vestido assim kkk.

– kkkkk, viu só. Desculpa estar te encomodando.

– que nada. To feliz que esteja aqui. De verdade. Olha, dorme, descansa, amanhã a gente conversa direito. Fica a vontade.

Fui pro quarto tomar um banho e me deitei pra dormir.

De manhã senti alguém no quarto. Abri os olhos era o Rico.

– oi, bom dia amor.

– bom dia nada. Levanta.

– hum?

– levanta ou quer que eu te ajude? Ah, avisa o cara que ta dormindo no outro quarto que eu cheguei.

– ta falando do que amor?

– amor o caralho. Olha, to decepcionado. A gente combinou que eu ia passar o dia contigo porque você não podia ir ao jantar da minha formatura, aí, eu chego aqui e tem roupa de macho em cima do sofá cheirando a perfume barato e um tênis que não é seu. Vou no outro quarto e tem um cara na cama. Desculpa, mas não divido homem. Você sabe que eu te amo, poxa cara, olha o que a gente ta vivendo porra? – ele disse alterado.

– fala baixo e deita aqui com o seu tesudo, to com sono ainda.

– você ouviu o que acabei de te falar?

– uhum, ouvi sim.

– ta de deboche né?

Fiquei olhando pra ele com vontade de rir, mas ele não estava brincando, estava sério e me encarava com frieza.

– senta Ricardo.

– vou sentar coisa nenhuma.

– rsrs, deita aqui com o teu amor, deita. Depois te apresento o teu cunhado.

– que cunhado Eduardo?

– o cara que ta no outro quarto cheirando a perfume barato.

Ele ficou me olhando e o puxei pra mim, ele caiu sobre o meu corpo e o abracei.

– fica pelado, do jeito que você gosta quando fica aqui em casa. – disse e ele suspirava aliviado.

– porque não me disse antes que o cara é seu irmão?

– porque você não deixou, e eu ainda to com sono.

– rsrs, são duas horas já. Me desculpa?

– só se vocé ficar peladinho pra eu te chupar todinho.

– mas já?

– sim, você me deixou excitado com essa cara de bravo, olha aqui, ta durão.

– meu safado...

– senta.

– o que foi?

– já que você chegou e me disse coisas que eu não merecia, tudo bem que você não sabia, mas disse mesmo assim – e coisas plausíveis, vamos colocar o pingo nos "is".

– ta bravo comigo?

– não meu anjo. Só quero que saiba que não sou leviano, não contigo. Meu passado me condena, eu sei. Mas nunca iludi ninguém, nunca prometo amor a ninguém. Mas sou sincero contigo, quando digo que te amo, que te quero. Quando você pega a tua mochila e vem pra cá, muito me alegra. Te dei a cópia das chaves. Acha que ia sacanear contigo? Acha que com tudo que eu te falo e ouço de você, eu seria capaz de brincar contigo? – disse e o tomei em meus braços.

– desculpa, mas o que eu te falei ta valendo.

– kkkk. Eu entendi tudo meu lindo. Agora tira essa roupa e toma um banho gostoso comigo.

Fomos pro banho e liguei a banheira. Ficamos uns quarenta minutos relaxando e fazendo carinho um no outro.

Meu irmão acordou e bateu na porta do meu quarto. Gritei que estava no banho e pedi que ele esperasse.

– como seu irmão é?

– é incrível, você vai gostar dele.

– ele sabe que você ta namorando?

– sabe, mas não entrei em detalhes. Venha, deixa eu te secar.

Saímos da banheira e sequei o Rico, dos pés a cabeça. Trocamos de roupa e fomos pra cozinha. O Breno estava assistindo tv na sala e o chamei.

– fala ma..no. Oi. – nos cumprimentou e sorriu.

– Breno, esse é o Ricardo.

Os dois se cumprimentaram e o Breno se sentou.

– pera aí, deixa eu entender. Você ta namorando e nem me fala?

– ei, disse que estava amando, não disse?

– sim, mas pensei que era brincadeira.

– não é não. E não me olha com essa cara.

Rico:

– faz pouquinho mais de um mês que estamos namorando.

Breno:

– desculpa, mas qual a tua idade?

Rico:

– rsrs tenho 22.

Breno:

– Edu, você é um tarado, que isso? Ele é mais novo que eu 4 anos rapá, ta doido? rsrs.

– deixa de ser dramático mano. O que são onze anos?

Rico:

– é quase um estupro.

Eu:

– kkkkkk, até quando você pede?

Breno:

– me poupem, por favor. Não quero saber da vida sexual de vocês não. Já fico satisfeito em saber que meu mano está feliz e fazendo alguém feliz. O resto, guarda pra vocês. Poxa, to deprê, tem alguma coisa de bom pra fazer aqui não?

– você não quer ir ao meu jantar de formatura? Eu tenho um convite sobrando, era do Edu, mas não vai dar pra ele ir. É hoje a noite.

– verdade mano, vai com ele. Assim você se distrai e cuida dele pra mim kkkk.

– kkkkk, agora deu, babá de cunhado. Mas sabe que eu vou pensar nisso.

– então pense até as seis. O jantar é as oito e meia.

– vou pensar sim, valeu pelo convite.

Ficamos os três conversando na cozinha. Disse ao mano que o Ricardo pensou que eu o estava traindo, rimos muito e ainda levei uma bronca que não merecia, mas o aviso do Rico foi dado bonito e eu copiei. Minha casa nunca esteve tão feliz, agora tinha comigo os homens que eu mais amava. O Rico era meu namorado, amante, amigo, companheiro e cumplice. O Breno era o meu irmão caçula, amigo, cumplice e companheiro, mas minha alegria mesmo era ver que os dois estavam se conhecendo e se gostando.

Já era quase três e meia e meu estômago acordou lembrando-me que ainda não havia almoçado. Fiz no microondas uma lazanha caseira que sempre compro no restaurante, arroz e salada. Almoçamos e o mano ficou na sala assistindo tv.

O Rico foi pro meu quarto e quando entrei ele estava sem camisa cochilando. Deitei ao seu lado e comecei a beijar suas costas. Sentia sua respiração ofegante sua pêle arrepiada com o toque de minhas mãos e boca.

– sou muito criança pra você? – ele disse de olhos fechados.

Senti uma insegurança em suas palavras e o virei de barriga pra cima. Ele me encarava com aqueles olhos profundos e mais sinceros que eu já vi.

– não. Você é maior de idade, inteligente, seu corpo é jovem, mas você tem uma maturidade que poucos da sua idade têm.

– esses dias eu estava pensando e percebi o quão rápido foi nossa aproximação e tenho medo de acabar logo.

– sabe o que eu acho? Eu nunca fui desse negócio de amor a primeira vista, sempre achei uma bobagem. Mas o engraçado é que quando você ligou pra marcar a despedida, eu me senti tão atraido por sua voz que fiquei o dia todo imaginando como você era e quem você era. Quando a gente se encontrou e você disse sua idade, eu fiquei imaginabo que seria impossível uma aproximação, porque pensei logo de cara que você nunca se envolveria com um cara mais velho. Mas me enganei né? Você entrou por aquela porta tão dono de si e ficando tão a vontade comigo. Me olhava com esses olhos risonhos e me conquistava a cada segundo com esse seu jeito brincalhão.

– rsrs, assim você me deixa mais apaixonado. E quando eu sentei na sua cama?

– aí eu apertei o botão de foda-se e te deixei mais a vontade ainda.

– me deixou tão a vontade que dormi kkkk, mas eu acordei assustado. Pensei que tinha exagerado no vinho e você me violentado.

– kkkkkkkk, que isso. Não faço sexo com gente bêbada não. Você sabe que o meu prazer é ver o prazer do outro, é dar prazer.

– eu percebi que você goza só por me ver gozar. Você passa uma hora inteira metendo em mim e não goza, mas quando eu me venho pra você, é como se você dependesse do meu prazer.

– é isso mesmo. Saber que você gosta do que eu faço é mais prazeroso do que eu alí me acabando. Engraçado, mas eu mexo pra você, faço pra você. Até esqueço que to alí kkkk.

– bobo. Ta quase na hora de eu ir.

– eu queria muito ir contigo. Mas o Robson ta ausente e a mulher dele ta mal, é uma gravidez problemática.

– eu sei. Tomara que dê tudo certo pra eles.

Meu irmão bateu e disse que podia entrar.

– passa aqui que eu vou contigo cunhado, pode ser?

– pode sim. Fique pronto. Ia falar pra ficar bonito, mas acho que já está bom kkkk.

– que isso amor? Ta doido é?

Pulei no Rico fazendo côcegas nele, onde já se viu cantar o cunhado na cara dura? Ele se rendeu e eu o beijei. Meu irmão saiu de fininho nos deixando a sós. O Rico se despediu de mim e disse pra ele aproveitar a festa, mas

que não abusasse. Ele foi pra casa se arrumar e oito horas passou pegar o Breno. Eu desci com o Breno e cumprimentei a todos, dei um beijo no meu leke e fui me arrumar pra trabalharContinuaMuito obrigado a todos que lêem e pelos comentários. :)

Bom saber que estou agradando.. beijão..

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Comentários

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Adorei essa cena de ciúmes, eu acho o rico um fofo e você um cavalheiro, sejas feliz!

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Adorei essa cena de ciúmes, eu acho o rico um fofo e você um cavalheiro, sejas feliz!

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Xonada aqui com essa declaração!

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Rico defendendo com unhas e dentes o que eh dele. Ehhh Edu, tem que andar na linha com esse garoto.

Adorando. Felicidades, moços.

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Nossa isso sim é amor. Acho lindo a cumplicidade de vocês.

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