Boa noite pessoal,
Queria ter escrito na sexta, mas fui dar uma curtida por ai, rsrs, mas pra compensar, já que vocês não reclamaram, estou postando um capítulo enorme. Bom, estou ansioso, finalmente essa semana vai rolar o primeiro beijo. Vou ver se consigo escrever outro post hoje e também me atualizar com as histórias dos meus amigos aqui do site. Beijo a todos.
alhambrafb, fico feliz por adorar o que eu escrevo, seja bem vindo meu caro.
Red John, tudo pode acontecer, mas jamais o Daniel deixaria um tipo assim se aproximar do seu amor. O Alexandre não salvou só a vida dele, mas também salvara ele, que meio que se enterrou em vida.
diiegoh', obrigado pela visita meu caro.
Otilia Sabrina, sim esse anjo é fodastico né? Não xingue o Daniel, até porque a única pessoa que ele ama de verdade na vida é a sobrinha, mas com certeza terá lugar pra mais um pessoa pra ele amar. Acho que você leu errado não é Gabriel e sim Gabriela, mas acho que você vai odiar essa personagem, alias, todos odiarão. O conto é cheio de deja vu sim, muitas situações remeterão ao passado, o Alexandre tem muitas semelhenças com o Thiago.
HPD, mas tem que ver se o Alexandre vai querer algo com o Daniel né, se um tiver afim do outro, como eles saberão disso? Ah aproveitando, adorei seu apelido, vou usá-lo no conto viu? O doutor fofura, kkkk.
Amigah18, concordo com você, ele esta se encantando sim, mas ainda não esta se dando conta disso. A Tais apesar de ser um tiquinho de gente vai dar é um empurrão mesmo nos dois.
ametista, obrigado minha querida, realmente da trabalho escrever, acredito que vocês sejam bem seletivos e exigentes, então tento fazer o melhor, mas não consigo parar quando começo a escrever. Beijão.
Oliveira Dan, hahaha eu entendi, mas pode brincar sim, alias quero perguntar uma coisa, vocês querem sexo no conto? Ele começou bem romântico, depois ficou dramático, voltara a ficar romântico, sexo esta fazendo falta? Acho que seu pedido esta sendo atendido, esse post chegou a 8 paginas, o maior até então, mas não dava pra parar a história num ponto, sem sentido. Respondendo sua outra pergunta, o grande segredo existe desde o começo, mas isso não será tratado agora, só quando a história tiver a outra reviravolta e alguns personagens mostrarem suas verdadeiras faces, por enquanto vamos curtir o amor dos dois.
Tay Cris, obrigado meu amigo, que bom que esteja curtindo. Grande abraço.
Geo Mateus, obrigado cara, Grande abraço.
Luca:), Obrigado Luca, um elogio vindo seu é mais que um presente, você um dos maiores autores daqui do site. O Daniel irá redescobrir o que é viver. Gosto disso, de mostrar sentimentos que até então estão esquecidos, ou ficando fora de moda.
Angelmix, ola meu anjo, tomara que você se vicie ainda mais e se apaixone pelos personagens. Beijão.
Lucas M., obrigado garoto, Grande abraço.
Perley, também adorei esse reencontro. Mas antes dele assumir esse sentimento, ele precisa descobrir esse sentimento e isso pegara ele de surpresa quando ele menos esperar.
kingwithnocrown, seja bem vindo meu caro, fico feliz que esteja gostando, acho difícil alguém começar a ler meu conto a essa altura pois já esta no post 17 e os capítulos são grandes, mas que bom que você aprovou. O destino dos dois já esta traçado. Grande abraço.
lipe31, andou sumido mesmo hein, mas que bom que voltou e continua gostando da história. O Alexandre estava destinado a entrar no caminho do Daniel, agora acho difícil dele sair. Grande abraço.
sonhadora19 que bom que voltou minha linda. O que vaia acontecer é que eles se encantarão um pelo outro. Pode acreditar que a história do Thiago irá se repetir sim, mas vamos torcer para que os problemas também não se repitam né, reservo surpresas pra vocês.
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Taís – Não chora tio. Taís passava suas mãozinhas nos olhos de Daniel, limpando suas lágrimas.
Daniel – O tio esta chorando de felicidade.
Daniel – Perdoa seu tio, eu te amo minha princesa.
Taís – Eu também te amo tio, você é meu herói.
Daniel voltou a beijá-la no rosto, agradecendo.
Daniel – Graças a Deus você esta bem.
Taís – Estou bem tio, o moço me salvou.
Daniel – Moço?
Só então Daniel se deu conta do que estava acontecendo. Quando levantou a cabeça, olhando mais a frente, teve uma surpresa.
Seu anjo estava em pé no fundo da sala, sorrindo para ele.
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Capítulo 17
Daniel ainda abraçado a sobrinha, não conseguiu esconder sua surpresa, era coincidência demais.
Alexandre – Ola Daniel.
Daniel – Dr. Alexandre!!!
Daniel – Não entendo.
Taís – Tio, o moço me salvou, disse que iria te achar.
Daniel se levantou do chão, aproximando se de Alexandre, enquanto o segurança falava.
Segurança – Esse Senhor encontrou a garota na entrada do shopping e a trouxe até a administração.
Daniel – Você??
Alexandre – Pra mim também é uma surpresa, vi a garota do lado de fora, prestes a atravessar a rua. Ela ia atravessar na frente de um carro, não tive nem tempo de pensar só corri a segurei pelo braço.
Alexandre – Ela estava muito agitada e com medo, não quis vir comigo, mas aos poucos fui convencendo ela.
Taís – Tio, o moço é bem legal.
Daniel – Eu sei meu amor.
Daniel ficou cara a cara com o médico, agradecendo.
Daniel – Não sei o que dizer cara. Muito obrigado mesmo, não sei o que seria de mim se algo acontecesse com esse anjinho.
Alexandre – Daniel, não precisa agradecer, qualquer um faria o mesmo.
Daniel – Você não é qualquer um.
Taís se aproximou de Daniel, abraçando sua perna, enquanto ele conversava com Alexandre.
Alexandre ia estender a mão para Daniel, para contemplar o agradecimento mas foi surpreendido por Daniel que lhe deu um abraço.
Daniel – Obrigado doutor, muito obrigado mesmo.
Desfazendo-se da surpresa, Alexandre retribuiu seu abraço, apertando seu corpo ao dele.
Alexandre – Não tem que agradecer, o importante é que ela esta bem.
Daniel foi se soltando do médico, olhando para a sobrinha que estava em pé ao seu lado, olhando para os dois.
Daniel – Nossa, parece que tirei um peso das minhas costas, mais uma dessas e você me mata hein minha linda.
Taís – Desculpa tio.
Daniel – Eu que tenho que pedir desculpas.
Taís – Tio, estou com fome.
Daniel – Ah é, pode pedir o que você quiser que o tio dá.
Taís – Quero pizza e sorvete.
Daniel – Você que manda meu amor.
Taís deu as mãos para o tio, já totalmente descontraída, como se nada tivesse acontecido. Mais uma vez Daniel agradeceu Alexandre, que ficou assistindo todo o amor que ele tinha com a sobrinha.
Daniel – Mais uma vez obrigado, nunca vou poder agradecer o que você fez.
Alexandre – Não agradeça Daniel.
Daniel – Vamos então minha princesa.
Taís – Vamos tio. Daniel já ia se despedir do segurança agradece-los também mas a sobrinha o surpreendeu.
Taís – Tio, o moço não vai com a gente?
Daniel fez uma cara de surpresa, olhando para Alexandre em seguida.
Daniel - Ué, convide ele.
Taís – Vamos com a gente?
Alexandre abriu um sorriso, ficando de cócoras na altura da garota.
Daniel – Vai negar um pedido de uma princesa doutor?
Alexandre – Meio difícil resistir né. Claro que vou com você. Alexandre fez um carinho com os dedos, na bochecha da garota.
Daniel agradeceu a todos e saiu daquela sala de mãos dadas com a sobrinha, sendo acompanhado por Alexandre. Rapidamente os três já estavam na praça de alimentação do shopping.
Daniel deixou a sobrinha escolher tudo que tinha direito, só porcaria, mas a culpa que sentiu em perde-la o impedia de agir como um tio, deixou-se entrar na onda, acompanhando seus exageros.
Taís – Vou querer sorvete tio.
Daniel – Humm, então vou querer também.
Daniel – E você doutor?
Alexandre – Bom, vou acompanhar vocês também.
Daniel deixou a sobrinha brincando no parquinho e ficou em uma mesa logo a frente, sem tirar os olhos dela.
Alexandre – Ela é uma graça.
Daniel – Você me deve achar um irresponsável né?
Daniel – Saio dirigindo por ai com sono, não uso cinto de segurança, perco minha sobrinha no shopping.
Alexandre – Claro que não, foram apenas fatalidades.
Alexandre – E pelo jeito que vi você com sua sobrinha, deu pra perceber o quanto você ama ela.
Daniel – Demais.
Daniel – Virou rotina você me salvar né?
Alexandre – Fazer o que né, estamos ai pra isso. Alexandre voltou a rir.
Daniel – Mas hoje você não tem idéia do que fez por mim doutor.
Alexandre – Alexandre.
Daniel – Como?
Alexandre – Meu nome é Alexandre, Daniel.
Daniel – Eu sei.
Alexandre – Então, pode me chamar de Alexandre apenas.
Daniel – Desculpa, é que me acostumei em ver você só de branco lá na fábrica.
Alexandre abriu seu lindo sorriso para Daniel, completando.
Alexandre – Pode me chamar como quiser, mas não precisa ter cerimônias.
Daniel – Claro, Alexandre.
Alexandre – Você tem filhos Daniel?
Daniel – Só ela. É minha sobrinha mas pra mim é como se fosse uma filha.
Daniel – Também sou solteiro.
Daniel ia fazer a mesma pergunta para Alexandre, mas antes olhou em suas mãos, não vendo nenhuma aliança.
Daniel – E você doutor, tem filhos?
Alexandre – Não, não. Na verdade quase tive um sobrinho também. Meu irmão teve um namoro, daí foi morar junto, mas a namorada dele perdeu a criança ainda no começo.
Daniel – Que pena, mas logo eles arranjam outro.
Alexandre – Meio difícil, eles se separaram.
Daniel – Você também gosta de crianças?
Alexandre – Ah, gosto sim. Penso em ter filhos também, sei lá pelo menos um casal.
Daniel ficou um pouco surpreso e apesar de achar bonito o jeito do médico, bateu uma ponta de tristeza, afinal filho só seria possível com uma mulher.
Daniel – Mas tudo tem sua hora certa.
Alexandre – Também acho, mas se for um menino pelo menos o nome eu já sei.
Daniel – Que rápido hein.
Alexandre – Ira se chamar Thiago.
No mesmo instante Daniel levantou a cabeça, como se tivesse levado um susto.
Daniel – Thiago!!!
Alexandre – É.
Daniel – É realmente um bonito nome. Mas porque Thiago?
Alexandre – Ah, por que... Os dois foram interrompidos por Taís.
Taís – Tio, posso ir no outro brinquedo?
Daniel – Depois, sente ai que a moça já esta trazendo seu sorvete.
Taís começou a conversar com os dois, fazendo esquecer o papo de segundos atrás.
Alexandre – Você vai aguentar tomar tudo isso sozinha?
Daniel – Você não viu nada Alexandre.
Os três ficaram tomando sorvete, conversando até que a garota olhou para Alexandre, começando a rir.
Daniel olhou pra ela fazendo uma cara feia, mas não adiantou, ela voltou a sorrir, olhando para Alexandre.
Alexandre – O que foi? Alexandre ficou sem entender até perceber que tinha derrubado sorvete na camisa.
Alexandre – Que desastrado que sou.
Taís ria, enquanto Daniel fazia cara feia pra ela parar. Alexandre passou o dedo pra limpar, mas acabou se lambuzando ainda mais, fazendo a garota cair no riso. Daniel também não agüentou e caiu na gargalhada.
Daniel – Não tem vergonha doutor? Nem minha sobrinha que é uma criança, se sujou assim.
Alexandre – Calma, vou limpar.
Daniel e Tais riam muito do jeito desastrado de Alexandre, o clima de descontração entre eles estava bom demais.
Alexandre limpou-se como pode, olhando em seguida para Daniel.
Alexandre – Primeira vez que vejo você sorrir dessa maneira. Daniel ficou um pouco tímido com o comentário e voltou a ficar sério, mas Alexandre o descontraiu novamente.
Daniel – Mas e ai Alexandre, estava passeando aqui?
Alexandre – Sim, estava atoa, vim olhar uns cd’s, livros, ou quem sabe até pegar um cinema.
Daniel – Legal.
Daniel – E ai, está afim de continuar um tour pelo shopping?
Alexandre – Eu estou tranqüilo, sem nada pra fazer.
Daniel – Ainda tenho que comprar uma boneca pra ela, que prometi.
Taís – Vamos tio.
Daniel – Calma, a loja não vai sair do lugar.
Daniel deu a mão para sobrinha, e enquanto caminhavam ia conversando com Alexandre que estava ao lado de Taís. De maneira totalmente espontânea, Taís ergueu o braço direito, segurando na mão de Alexandre, que olhou surpreso pra ela e depois para Daniel, que ficou um pouco sem graça.
Deixando a situação correr naturalmente, Alexandre segurou na mão da garota e os três voltaram a caminhar, de mãos dadas, com a garota ao meio, como se fossem um casal com uma filha, possivelmente chamando a atenção das pessoas que passavam.
Conforme prometido Daniel comprou a tão sonhada boneca para a sobrinha e depois foram embora.
Daniel – Bom, mais uma vez obrigado, Alexandre.
Daniel – E obrigado pela companhia também.
Alexandre – Eu que agradeço cara, o sabadão estava chato demais, até pensei em sair com meu irmão, mas ele foi para o interior, visitar minha mãe.
Alexandre – Mas valeu a pena, conheci essa gracinha e foi bem legal estar com vocês.
Daniel – Também digo o mesmo.
Daniel – Ah, quando não tiver nada pra fazer me de uam ligada e combinamos alguma coisa, tomar uma cerveja, bater um papo.
Depois de dizer essa frase, Daniel se deu conta do absurdo que fez, não acreditava que tinha sido tão ousado assim. Estava prestes a ficar vermelho quando Alexandre sorriu, agradecendo o convite.
Alexandre – Opa, mas é claro, te ligo sim.
Daniel não conseguia entender seus sentimentos mas sentiu uma grande felicidade ao ouvir isso do médico.
Alexandre abaixou-se despedindo de Taís também.
Alexandre – Tchau gatinha, prazer em te conhecer viu. Ah, obedeça sempre seu tio viu.
Taís – Tchau.
Alexandre – Ah, como você gosta de boneca, vou lhe dar uma bem bonita também.
Taís – Oba, que dia tio? Taís ficou eufórica, chamando Alexandre também de tio.
Daniel – Que isso Taís, não tem educação menina.
Alexandre – Vou nessa, até breve Daniel.
Daniel foi pra casa e contou que quase perdeu a sobrinha, mas como tudo tinha se resolvido, Ângela e Lucia nem deram tanta importância.
Estava deitado na cama e ficou pensando no dia que tinha tido. Em todos os pensamentos que vinham em sua cabeça, Alexandre fazia parte, ou era em alguma situação da fábrica, ou no carro, quando pegaram aquela chuva, ou na de hoje a tarde. Lembrava de seu sorriso, seu rosto todo coberto por aquela barba negra. Estava se sentindo tão leve e assim ficou até dormir.
Daniel seguiu sua rotina e durante a semana teve uma grata surpresa, seus dias naquela obra estavam perto do fim e logo ele voltaria a trabalhar em São Paulo, no escritório.
Daniel – Pessoal, acho que na próxima semana não nos veremos mais, ou pelo menos com tanta freqüência assim.
Daniel – Foi bom demais passar esses meses com vocês.
Daniel meio que despediu-se de todos e deixou suas coisas praticamente prontas, sabia que a qualquer momento seu patrão iria chama-lo de volta. Estava feliz por voltar a trabalhar perto de casa, mas ao mesmo tempo entediado, mais um final de semana havia chego e suas opções seriam apenas trabalhar em casa ou ficar vendo tv. No sábado estava a tarde sentado atoa na porta de casa quando sua sobrinha chega, falando com alguém em seu celular.
Taís – Você prometeu hein.
Daniel – Quem é Taís?
Taís – Ele esta aqui sim.
Daniel – Deixa o tio ver quem é.
Taís – Calma tio.
Taís – Ta bom tio Xande, vou passar pra ele.
Daniel não acreditou, tio Xande?? Será que era quem ele realmente estava pensando.
Daniel – Alo!
Alexandre – Como vai Daniel?
Daniel abriu o sorriso no mesmo instante.
Daniel – Ola, como vai doutor... quero dizer Alexandre.
Alexandre – Ah bom, doutor só no hospital.
Daniel – O que minha sobrinha queria com você?
Alexandre – Só estava reforçando minha promessa, da boneca que vou dar a ela.
Daniel – Sei, agora você vai ter que agüentar.
Alexandre – Então, liguei pra você pra fazer um convite. Estou atoa aqui, não estou de plantão, queria saber se você não ta afim de sair mais a noite, fazer algo.
Alexandre – Se você não tiver nenhum compromisso, claro.
Daniel – Claro que aceito. Daniel voltou a sorrir.
Alexandre – Passo ai mais tarde então.
Daniel nem bem desligou o telefone e correu para o quarto, sendo seguido pela sobrinha.
Taís – Eu também vou tio?
Daniel – Oh, minha linda, hoje não. Até porque você vai sair com sua mãe.
Daniel – Agora ajuda o tio a escolher uma roupa.
Daniel nunca teve dessas frescuras, saia com a primeira roupa que via no armário, mas estava se sentindo diferente, ficou um tempão escolhendo algo pra vestir mais a noite.
Daniel – Que raiva, odeio admitir, mas a Malu tem razão, só tenho roupa de velho.
Malu – Ouvi meu nome?
Daniel – Que surpresa, você não morre mais.
Daniel – Não bate mais na porta não?
Malu – Sua mãe agora é minha parceira, meu querido.
Daniel – Sei.
Malu – Até sabe porque eu vim né?
Daniel – Pra te acompanhar pra ver o Pablo tocar.
Daniel – Desculpa, hoje não vai dar mesmo.
Malu – Ah Dani, por favor.
Daniel – Eu até iria sim, mas tenho um compromisso.
Malu – Compromisso?
Daniel – Sim, um amigo me chamou pra sair.
Malu – Qual amigo?
Daniel – Um amigo, você não conhece.
Malu – Conheço todos seus amigos. Ande, fale, que amigo é esse.
Daniel – Você é chata hein, é um médico que conheci la na fabrica, uma história longa.
Malu – Ai que tudo.
Malu – Quero conhece-lo.
Daniel – Não é nada disso que você esta pensando.
Malu tentou arrancar mais informações de Daniel mas ele ficou bravo o tempo todo com ela.
Malu – Então vou nessa, só vou aceitar seu não porque é por uma boa causa.
Malu foi embora e minutos depois sua família também foi embora, iam num aniversario de uma prima de Ângela.
Daniel parecia um adolescente que iria sair pra impressionar alguém, ficou horas na frente do espelho, ajeitando sua roupa, sempre achando um defeito ou no seu rosto, ou na roupa, ou no perfume que usava, até que escutou o celular tocando.
Era uma mensagem de Alexandre: “Já cheguei”.
Daniel – Pontual hein?
Alexandre – Sempre.
Daniel – Quer entrar?
Alexandre – Não não, vamos?
Os dois seguiram de carro enquanto iam conversando.
Daniel – Pra onde vamos?
Alexandre – Conheço um bar super legal, mas acho que ainda é cedo.
Alexandre – Topa pegar um cinema antes?
Daniel – Humm, claro, vou adorar.
Alexandre – Tem esse aqui cara, comédia, parece que é legal.
Daniel fez uma cara meio de então ta, mas aceitou a proposta de Alexandre. Rir seria uma ótima pedida, mas todos os ingressos estavam esgotados, sem muitas opções Alexandre aceitou a proposta de Daniel em ver um terror.
Os dois se acomodaram na poltrona e logo começou o festival de gritos e sangue na tela. Alexandre a todo momento jogava a cabeça pra traz, fazendo cara de asco, sendo observado por Daniel.
Já no meio do filme, Daniel colocou o braço direito na guarda da poltrona, mas Alexandre já estava ocupando esse espaço e sem querer suas mãos se tocaram. Num primeiro momento Daniel pensou em tirar sua mão dali, mas Alexandre começou a se mexer e seus dedos ficaram colocados, permitindo um sentir o calor do corpo do outro mesmo sendo por apenas um pedacinho de seus corpos.
Num determinado momento do filme Alexandre levou um grande susto e por impulso colocou sua mão sobre a de Daniel, enquanto a platéia, gritava. Daniel ficou imóvel, queria fazer algo mas ficou com medo que qualquer burrada sua atrapalhasse aquele lance gostoso que estava acontecendo.
Daniel – Ufa, você não curtiu né.
Alexandre – Foi legal sim cara, só achei meio nojento demais, um pouco surreal né.
Daniel – Confessa doutor, ficou com medo né.
Alexandre – Claro que não cara, mas é sacanagem desses filmes, fica tudo silencio daí poe aqueles monstros de repente, com aquela musica de fundo.
Daniel – Ta bom, vou acreditar.
A segunda parte da noite estava apenas começando, Daniel e Alexandre foram para um bar bem legal, cheio de gente bonita, descontraída, alguns casais namorados, e um musica agradável tocando.
Daniel – Não conhecia essa lugar.
Alexandre – Vim aqui uma única vez só.
Os dois começaram a beber um chopp enquanto beslicava algo, conversando o tempo todo.
Daniel – E como esta lá no hospital?
Alexandre – Ah cara, o de sempre, já lhe falei né, amo o que eu faço.
Daniel – Eu estou deixando a obra lá na fabrica, devo voltar para o escritório aqui em São Paulo.
Alexandre – Ufa, que bom.
Daniel – Bom?
Alexandre – É, se você resolver aprontar pela estrada, daí corre o risco de não ser salvo por mim. Alexandre falava, se vangloriando para Daniel.
Daniel – Palhaço, agora vai ficar sempre se achando né.
Daniel – Mas até tinah gostado de lá.
Alexandre – Pense pelo lado bom, pelo menos nos conhecemos por causa daquele lugar.
Daniel – Você tem razão, mas agora preciso achar outro objetivo pra mim, outro desafio.
Daniel – E você tem algum plano para o futuro?
Alexandre – Ah cara, não me julgue um bobão, mas tenho sim.
Alexandre – Meu objetivo é viver um grande amor.
Daniel fez uma cara de surpresa, mas completou.
Daniel – Eu já vivi um.
Alexandre – Viveu? E porque não vive mais?
Daniel – É uma longa história, mas acho que meu tempo já foi. Daniel deixou um ar de tristeza no rosto, enquanto falava.
Alexandre – Não fale assim cara, acredito que exista alguém especial pra cada um de nós, em algum lugar desse mundo.
Daniel – Também acreditava, mas minha chance nesse mundo eu já tive.
Para confortar Daniel, Alexandre segurou sua mão que estava em cima da mesa, apertando forte enquanto falava.
Alexandre – Espero que você descubra que isso não é verdade e que sua vez voltara a existir.
Os dois passaram mais algumas horas juntos, Daniel ficou o tempo todo admirando o medico falar e Alexandre fazia o mesmo com Daniel.
Daniel – Obrigado pela noite, você tem um papo muito legal.
Alexandre – Espero que se repita.
Daniel – Claro que sim, vou adorar.
Alexandre estava pra fora do carro e deu um abraço em Daniel, que retribuiu com o maior prazer.
Daniel – Até.
Nos dias que seguiram, eles não se viram mais mas sempre quando dava um ligava para o outro, conversam um assunto qualquer e foi num dia comum que Daniel teve uma surpresa. Era tarde da noite e estava falando com Alexandre pelo telefone e foi só desligar o celular e caiu no sono.
Fazia tempo que ele não tinha aquele sonho, novamente estava em uma praia, fazia muito sol e não havia mais ninguém. Ao longe viu seu amor de branco, de cabeça baixa.
Daniel – Meu amor, você voltou.
Daniel se aproximou o máximo que pode e gritou por ele.
Daniel – Thiago.
O homem levantou a cabeça, o deixando surpreso. Não era Thiago que estava e seu sonho, mas sim Alexandre, que sorria para ele.
Daniel acordou no meio da madrugada assustado.
Daniel – Meu Deus, que sonho.
Daniel foi até o banheiro e lavou o rosto enquanto colocava as idéias no lugar. Sentou-se numa poltrona, pensativo.
Daniel – Não pode ser, será?
Era difícil conseguir admitir, mas tudo parecia estar ficando claro para ele.
Daniel estava completamente apaixonado por Alexandre.
Continua...