Fiquei surpreso por minha mãe ter vindo até o meu quarto avisar que alguém estava chamando, normalmente ela colocava o interfone no “mudo” deixava quem quer que fosse acabando com a ponta do dedo na campainha, agradeci por ela ter avisado e desci as escadas correndo já que ela disse ser urgente.
Quando cheguei ao portão Caio estava pálido, ou melhor, amarelo, com os olhos arregalados, ele chegou perto do meu ouvido e falou:
Caio: me ouça bem, não chame atenção, só me ajude por favor!
Eu: ok Caio mas o que ta acontecendo? – eu já estava assustado
Caio: ta vendo aquele cara do outro lado da rua – olhei em volta e vi um cara de capuz e cabeça baixa encostado e um muro do outro lado da rua
Eu: sim, estou, o que tem?
Caio: Não posso explicar agora, não tenho muito tempo, mais tenho que entregar a ele o que ele pediu ou senão ele vai me seqüestrar, você é minha única chance, ele me deixou falar com você, eu disse que você era o amor da minha vida e que precisava me despedir de você, mas preciso de grana pra ver se consigo convencer ele a ir e me deixar.
Parei alguns segundos para digerir toda a situação, encarava a o rosto pálido de Caio, assustado finalmente respondi:
Eu: acho que tenho algum dinheiro sim, quanto você precisa?
Caio: me de o maximo que você tiver...
Não pensei duas vezes e subi correndo pro meu quarto, enquanto eu revirava cada cantinho do meu quarto em busca de qualquer quantia em dinheiro eu informava a policia a situação, no final da ligação a mulher que me atendeu me instruiu a manter o cara perto ao meu endereço o maximo de tempo possível pois uma viatura estava a caminho, após revirar meu quarto inteiro tinha conseguido juntar aproximadamente 160 reais, incluindo as economias que eu estava fazendo pra comprar um celular novo, fui até o portão e expliquei a Caio o que a policia me disse pra fazer, ele pegou o dinheiro da minha mão e me encarou.
Caio: o que fazemos agora? Como vamos enrolar ele?
Eu: sinceramente não sei... – disse enquanto olhava para o homem que continuava imóvel na mesma posição
Caio: tenho uma idéia, mais não sei se você vai topar...
Eu: Caio a sua vida ta me perigo, e aparentemente a minha também ta agora, então meu querido eu topo tudo nesse momento
Caio: ok eu tinha dito pra ele que você é o amor da minha vida – (se o momento não fosse tão tenso eu teria me mijado detanto rir) – então sei la... Se a gente se... Beijasse?
Não agüentei coloquei a cara pra dentro do portão e dei algumas gargalhadas, mas logo me lembrei da gravidade do problema, confesso que apesar de eu não ter citado, desde quando vi o Caio pela primeira vez senti atração por ele, então isso serviu de impusso para que eu tirasse a cara de trás do portão e fosse direto ao encontro da boca dele.
Ele ficou meio que surpreso, segurei em sua nuca e como eu não sabia se Caio era gay ou bi não me aventurei alem de um beijo técnico, mas logo senti uma coisa que me assustou, sua língua invadindo minha boca, não poderia ter sido diferente, minhas pernas ficaram bambas, ele me segurou pela cintura e eu entrelacei os braços em seu pescoço, por mais que a situação fosse ridícula de séria, eu estava totalmente nas nuvens, o beijo dele era incrivelmente calmo.
Logo me assustei e nos separamos, a policia havia chegado o cara passou correndo por nós e olhou para Caio, enquanto virava a rua, alguns policiais continuaram a busca pelo homem e Caio foi prestar esclarecimentos a um dos policiais que também me questionou algumas coisas, mais o fato era que eu estava mais curioso do que o policial, então esperei Caio explicar tudo ao policial e foi a minha vez de fazer perguntas.
Eu: Então, agora você pode me explicar o que aconteceu aqui?
Caio: bem, eu tava vindo aqui na sua casa te entregar teu controle, quando estava passando por ali aquele cara segurou pelo meu braço e anunciou me disse que eu iria com ele, ele me disse que eu poderia me despedir de alguém antes de ir, pois eu nunca mais voltaria pra casa
Eu: e por que um seqüestrador iria te deixar se despedir?
Caio: não sei, isso não me pareceu um seqüestro, talvez ele só precisasse de dinheiro, ou algo do tipo, não sei o verdadeiro motivo, mas resolvi pedi a sua ajuda.
Eu: é.. ainda bem, né... – reinou um silêncio que ele logo quebrou
Caio: Jonathan
Eu: oi?
Caio: me desculpe pelo beijo, era pra ter sido algo menos intenso, na verdade foi só pra tentar resolver o problema, mas.. bem... você sabe...
Eu: a sua língua entrou na minha boca kkkkkkkkkkkkk – começei a rir feito um retardado
Caio: kkkkk seu besta, mas sério, me desculpe ok?
Eu: tranqüilo Caio... – mais uma vez o silêncio volta por alguns minutos, ele passava o pé no chão e ficava de cabeça baixa, obviamente estava envergonhado
Eu: Caio? Posso te fazer uma pergunta um pouco intima?
Caio: claro!
Eu: você é gay?
Caio:Eu: não fique com medo... não foi uma sentença de morte!
Caio: na verdade, sou bi
Eu: então não fique igual uma galinha na chuva, eu te entendo!
Caio: como assim?
Eu: sou gay Caio
Ele levantou os olhos, e me encarou com um olhar sério, eu podia ver algum sentimento ruim surgindo naquele momento...
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Gente, mil perdões pelo atraso, sei que alguns acompanham o conto mesmo ele estando apenas no capt. 4, no próximo capitulo vou explicar os motivos dos atrasos, todos os últimos comentários foram referente a Anta Nordestina do Pedro Silva (graças a Deus extinto da CDC) mas desde já agradeço aos meus leitores: HPD, lucca barcellos, Geo Mateus, Thigs , GB_atmen, Oráculo Kamikaze, Austin Mh. niel1525 Mix832, e ao meu amado Pedro Silva (te odeio sua peste!)