Duas Caras - Parte 8

Um conto erótico de Guhhh!
Categoria: Homossexual
Contém 1353 palavras
Data: 23/09/2013 23:34:47

DUAS CARAS

Capítulo 8

Foi de poucas palavras, conversas técnicas trocadas, sobre a faculdade e mais alguns detalhes do serviço que eu teria de fazer enquanto faria o estágio. Ele me disse que eu seria contratado pela Câmara, e não por ele, o que me deixou um pouco mais aliviado.

Por volta das 3 da tarde ele ficou de me levar de volta embora, no caminho seu celular tocou e algo muito ruim deve ter acontecido, Gabriel no começo apenas respondia com uhum, sim e não, talvez por minha presença, mais aos poucos foi ficando vermelho e ignorou totalmente o fato de eu estar ali presente.

- Vocês são um bando de incompetentes mesmo. Não fazem nada direito. Se a porra dessa bomba estourar comigo eu juro que mando matar cada um de vocês seus filho da puta.

Ele desligou o celular, e ao me ver parece ter lembrado da minha existência naquele carro, me olhou assustado.

- Eu não ouvi nada. – Falei meio assustado com aquela conversa.

- Bom mesmo. – Respondeu ele. – Mas não é nada do que você pensa, são alguns problemas que acontecem na Câmara...

- Você não precisa me explicar nada. – Interrompi.

Ele não disse nada, até me deixar em casa não trocamos mais nenhuma palavra sequer. Me despedi dele e entrei. O Arthur ainda estava deitado, o café que eu havia preparado estava do mesmo jeito que deixei e não havia indício algum de que ele comeu alguma coisa. Aproximei-me e sentei na cama o chamando.

- Arthur?

Ele nada respondeu.

- Arthur! – Falei sacudindo-o.

- O que é? – Respondeu irritado.

- Calma cara, to preocupado contigo ainda tá deitado, nem mexeu no café que eu preparei pra você.

- Vei, sério, me deixa, se preocupa mais com você, e larga do meu pé.

- Ok. – Falei levantando da cama. – Quer saber, eu to vazando Arthur. Não preciso ter de todo dia aguentar seu mau humor, e do jeito que me trata. – Falei já juntando um pouco das minhas coisas que estavam na mesa ao lado da cama.

- Espera. – Falou ele. – Me desculpa. – Virou-se para mim e reparei que estava chorando. – Eu não quero te tratar mal, mas estou sofrendo. Você me lembra muito uma pessoa Bruno. – Sentou-se na cama. – Única pessoa que amei nessa vida.

- Que pessoa Arthur?

- Meu ex-namorado.

- Hum. Faz tempo que terminaram? – Perguntei.

- Sim, quase dois anos. – Falou deixando cair uma lagrima.

- Por que terminaram? – Perguntei querendo ajudar-lo.

- Ele morreu. – Suas lagrimas já caiam com mais força. – Desde então nunca mais abri meu coração para outro amor. Mas você ta mexendo demais com a minha cabeça. Você não imagina quanto dói o fato de ser renegado por que agente ama. – Completou.

- Olha Arthur. – Dei a volta na cama e sentei ao seu lado. – Não é desse jeito que você vai fazer eu amar você. – Falei secando uma lágrima que caía de seu rosto. – Eu gosto muito de você, muito mesmo, mas você precisa entender que eu estou organizando minha vida. Eu não tenho nada na vida além de você que me ofereceu esse teto para dormir, eu preciso planejar meu futuro, e se você fará parte dele como algo além de amigo, eu não sei, talvez, mas eu preciso desse tempo pra pensar em tudo. Só peço paciência cara. – Ao terminar de falar ele me abraçou, e correspondi ao abraço.

- Tudo bem Bruno, desculpa se ando pegando pesado, eu me preocupo com você. Existe gente perigosa em Brasília, tenho medo de estar se envolvendo em uma encrenca.

- Olha. Sei que o mundo não é um mar de rosas, e acho que sou bem grande já pra me cuidar, agradeço a preocupação. Mas o senhor não é nenhum ancião pra me aconselhar. – Falei rindo, e ele riu também.

- Mas você já pensou... – Falou meio envergonhado e travando um pouco. – Em nós? – Completou.

- Já. – Respondi. – Você é bonito, me faz bem e me faz me sentir bem. – Falei alisando seu rosto. – Além de ter uma bundinha que Deus do céu. – Falei rindo.

- Injusto isso, eu que puxei conversa com você elogiando justamente o que tá destacando em mim.

- As coisas mudam querido. – Ri, e levantei da cama em direção ao banheiro. – E você! Já comer ou vai me forçar a dar na sua boca?

- Vem dar na minha boquinha vem. – Falou fazendo uma cara de safado.

- Com essa cara você quer outra coisa na boca. – Falei apertando meu pau por cima da calça.

- Adoro! – Falou rindo.

Entrei no banheiro, tomei um banho, dia foi quente em Brasília, e o fato de andar um monte além de me deixar morto de cansaço, me deixou suado. Tinha vontade de responder a altura às safadezas do Arthur, mas sempre considerei sexo “sagrado”, convicto de que teria de ser com meu namorado. Além também do enorme receio de ter de ser passivo, talvez uma coisa que eu não gostaria nunca de fazer. Terminei o banho, coloquei minha cueca, enrolei-me na toalha e voltei para o quarto. O Arthur tava comendo o que havia feito no café da manhã.

- Isso, e você ainda aparece sem roupa aqui, é muita cara de pau, tá querendo que eu me suicide por não poder abusar desse corpinho.

- Para de babar, ok? – Falei rindo. – E vai sonhando. Nunca que irá abusar. – Falei já vestindo minha roupa.

- Nunca é uma palavra tão forte. – Falou. – Mas deixa pra lá. Você saiu cedo, quando acordei não te vi.

- Fui fazer inscrição pro vestibular.

- Aonde?

- Na UniCeub.

- Nossa. Tá podendo em. – Falou rindo. – Bom que é aqui perto.

- Uhum. – Confirmei

E ficamos conversando mais até a hora que ele saiu para seu trabalho, e eu fui ao Mercado comprar algumas coisas que estavam faltando.

***

* * * Assim se passou Semanas... Meses... Passei no vestibular e iria para faculdade de Direito no começo do ano. Consegui o estágio na Câmara dos Deputados, porém, só começaria a trabalhar após iniciar a faculdade. Ou seja, foram 2 meses ainda dependendo do Arthur, o que me incomodou muito, e eu nunca aceitei dinheiro que o Gabriel me oferecia. Meu contato com o Gabriel ficou restritamente profissional, tivemos alguns desentendimentos como sempre, mas sempre nos acertávamos. O assunto daquele beijo nunca mais foi tocado, porém rolou em mais oportunidades momentos constrangedores entre nós. Havia aquele suspense de que eu só conhecia um lado do Gabriel, e havia outro lado o qual eu não conhecia. Isso era uma incógnita para mim. Minha convivência com o Arthur, apesar das brincadeiras, nunca chegou a passar de amigos, um sentimento diferente por ele crescia sim dentro de mim, mas era carinho, afeto e não amor. Não conseguia corresponder os sentimentos que tinha por mim, que durante esses meses ele fazia questão de relembrar.

* * *

* 20 de dezembro de 2011 *

- Já pensou o que faremos no Natal? – Perguntei ao Arthur.

- Passava todo Natal com minha família. Era uma festa. – Falou já lacrimejando. – Tentei falar com minha mãe esses dias, ela nem quer mais saber de mim, ninguém da minha família me quer por perto. Você é minha família Bruno.

- E você a minha. – Disse, e o abracei.

Ficamos um tempo em silêncio, apenas envolvido naquele abraço, o Arthur realmente passou a ser minha família, meu tudo. Quando estava triste era ele que me animava, quando estava animado, ele era o primeiro a querer me desanimar. “Que proeza ele tinha de conseguir me irritar, me deixar triste e depois de me animar”.

- Olha, posso chamar uns amigos, ou um dos boys que trabalham lá comigo.

- Ótimo! – Exclamei. – Assim fazemos a primeira orgia GLS de Natal do Distrito Federal. – Falei, arrancando risos do Arthur.

Ele ficou me olhando, seus olhos buscavam o encontro com os meus, podia ver ternura no seu olhar.

- O que foi? – Perguntei.

- Amo ter você do meu lado sabia? – Falou encarando meus olhos. – Amo rir de suas palhaçadas. Amo acordar todos os dias e te ver ao meu lado. Amo ir ao mercado e você discutir comigo que não é necessário gastar tanto com coisas inúteis. Enfim, amo tudo em você. – Falou Arthur aproximando seus lábios dos meus e me beijando.

ContinuaGente, não vou conseguir agradecer a todos hj, então vai um muito obrigado geral ai, ate amanha.! Beijos

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Comentários

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Perfeito Guh*-* adorei. U.U só tenho isso a dizer.

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Que fofo esse Arthur. Seu conto sempre bom Guga meu lindo bejos

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Ehhh Gabriel mostrando sua segunda cara. Hahahaha muito bom Guh, continua.

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Muito bom seu conto.... ele faz uma crítica muito boa sobre a life.... a meu ver o Bruno deveria dar uma chance ao Arthur Ele é mui fofo!! continue....

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Muito bom seu conto.... ele faz uma crítica muito boa sobre a life.... a meu ver o Bruno deveria dar uma chance ao Arthur Ele é mui fofo!! continue....

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Adorei esses dois últimos capítulos. Principalmente esse ultimo. Estou começando entender esse "Duas Caras" do titulo, tem a ver com o deputado. A declaração do Arthur foi linda, fiquei com pena dele, perder o ex namorado por um motivo tão triste como a morte. O Bruno podia dar uma chance para eles, se entregar a esse beijo e ser feliz haha

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Amigo, me perdoa não está comentando todos as partes, mais estou lendo tudo. Dez pra vc sempre meu lindo. Amdando o conto. Acredito que muita coisa vai rolar com o Bruno... Beijo grande amigo. Ah! eu já postei versos íntimos, o meu último conto da cdc.

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Éh vc nao encherga o amor a sua frente e acaba o deixando escapar.

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esse gabriel é muito estranho, quero logo saber qual éa dele...

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Aff queria tanto que o Bruno correspondeci o ämor do Arthur ele é muito fofo e pareci que gosta muito dele.

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hmmmmmm tá explicado essa instabilidade do Arthur... Mas não vejo a hora dele pegar sua espada e cravar na pedra (tentei fazer referência ao rei Artur, mas não deu certo né?) haha

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Ah e a declaração do Arthur foi super fofa. S2

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