Era uma e meia da manhã quando o Rico e o Breno chegaram a boate, eu estava no escritório e eles bateram. Pedi que entrassem.
– já?
– queria que ficássemos lá, fazendo o que? E meu pai vai bem cedo pro hospital, não podia ficar muito.
– mas nem aproveitaram nada.
– aproveitamos sim. Ótima comida, boa música, belas gatas e eu não peguei nenhuma hahah. – disse o mano.
– hahaha, descem que eu já vou. Pedem alguma coisa pra beber. Rico, fica só um pouquinho.
Meu irmão desceu e tranquei a porta.
– o que foi Edu?
– senta aqui.
Ele ia se sentar na cadeira.
– senta no meu colo amor.
– ah tá rsrs. O que foi?
– nada, quero sentir teu cheiro só.
– ta carente?
– não mais. O que seus pais acharam do mano?
– gostaram do cunhado. E ele está quase empregado.
– como assim?
– estão precisando de alguém no Departamento Jurídico do hospital, e meu pai pediu pra ele ir lá na segunda-feira.
– que bom. Vai ficar comigo hoje e amanhã?
– claro. A proposta de ficar contigo nas férias ainda está em pé?
– rsrs. Já devia ter trazido uma mala.
– te amo. Vou descer, acho que vou dançar um pouco.
– rsrs, vai lá. Te amo mais.
O Rico passou o fim de semana em casa. O mano cozinhou, corremos no calçadão domingo de manhã e a noite liguei pro Fernando. O Rico estava no banho e aproveitei a chance pra concersar com seu pai a sós.
– tudo bem Eduardo?
– está ocupado?
– estou no hospital, mas pode falar.
– estou bem e o Rico também. Queria pedir a sua permição pra deixar o Ricardo passar as férias comigo em casa. Eu vou tirar duas semanas de folga e queria viajar, mas quero que ele vá comigo.
– a mãe dele disse o que, ela sabe?
– ela disse que tudo bem.
– eu fico feliz que tenha a preocupação de pedir minha autorização, mesmo já sabendo a resposta. Eu nunca proibi o Ricardo de fazer algo, mesmo porque, ele nunca deu trabalho, se ele quer estar contigo e assim prefere, eu não me oponho.
– obrigado Fernando.
– não por isso. Tem outra coisa, convide seu irmão e jantem conosco amanhã. Já abasteci o freezer.
– tudo bem, convite aceito. Levo um Cabernet, ótima safra. Abraço.
– abraço.
Tudo que fosse relacionado ao Ricardo sempre foi tratado com mais formalidade. Mesmo que não fosse necessário pedir permição, eu me sentia na obrigação. Querendo ou não, mesmo o Ricardo com toda a sua maturidade, ele tinha pais que se preocupavam com ele.
Ele saiu do banho e disse que havia ligado. Ele me olhou franzindo a testa e me perguntou o porquê.
– tem que ser assim Rico. Não posso simplesmente trazer você pra cá, sem ao menos dar uma satisfação. Você tem pai e mãe.
– tudo bem. Ele disse o que?
– que tudo bem. Convidou o mano e eu para um jantar amanhã em sua casa e pasme. " Já abasteci o freezer", acredita que ele disse isso?
– ah, ele gostou de você. Você é diferente dos outros que eu fiquei. Você é maduro, conversa sobre tudo, é responsável. Ele tem com quem conversar de igual pra igual.
– pode ser isso mesmo. Mas venha cá, quero você deitado alí.
– vai fazer o que comigo?
– como o que? to de pau duro só de te ver pelado. Quero te fuder todo, vou te partir no meio.
– credo Eduardo, que horror isso, não te quero mais não. Vou dormir.
Ele se jogou na cama nu e de brussos e agarrou meu travesseiro.
– kkkkk, vai dormir não. Da um jeito no teu gatão tesudo aqui.
– to até vendo que essas férias vou ser usado todos os dias.
– e muito bem usado. Vai dizer que não gosta? hum? – disse e beijei suas costas.
– olha aqui.
Ele se virou e já tava duro. Seu pênis estava empinado, e reto com suas veias delineadas. Ele abriu um pouco as pernas, me oferecendo o membro rijo e vibrante. Fiquei sobre ele, sentado e percebia o quanto era maior que ele. Segurei sua face e beijei sua testa, seus olhos, nariz, queixo e por último, me afoguei em seus lábios. Lábios quentes e macios que me fazem perder o controle de mim mesmo. Segurei sua nuca e lambi sua orelha, suas unhas trilhavam caminhos sobre minhas costas, adoro quando ele me arranha. Desci beijando seu pescoço e abdomem, mordi cada gomo do tanquinho. Senti sua mão adentrar meu short, segurando meu membro com força do jeito que eu gosto, rosnei gostoso.
Ele se sentou e me despiu. Nos abraçamos nus, sentir seu corpo junto ao meu é uma sensação incrível. Iniciamos um 69, nos chupamos, lambemos e nos deliciamos com cada gota de nossa essência. Nossos olhares se cruzaram e não havia palavras, apenas toques e sensações.
– tem algo a mais que eu possa fazer pra te convencer que você é a pessoa mais importante na minha vida? – ele disse e se deitou ao meu lado.
– acho que já o suficiente. Precisa mais de nada não.
Me levantei e o puxei.
– vem, vou te pegar no colo.
– você aguenta?
– rsrs, claro que eu aguento amor. Venha, segura meu pescoço e entrelace suas pernas em minha cintura.
Ele saltou e o segurei. O apoiei na parede e fui forçando a entrada. Pronto. Estava todo dentro dele. Seus gemidos abafados por medo de ser ouvido pelo hóspede, me deixava ainda mais excitado.
Éramos apenas um, contrariamos as leis da física, onde teimava em dizer que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Essas leis não se aplicaram a nós, não nesses momentos, onde estamos tomados pelo desejo e nossa alma é a mesma.
Nos amamos como nunca, como se fosse a primeira e última vez. O cheiro de sexo impreguinou paredes e tudo que havia em meu quarto.
O levei até a cama e caímos sobre ela suados e exaustos, ele sobre meu corpo, ainda sentia meus músculos se contraindo de prazer.
– to cansado.
– rsrs, eu também. Nem nos meus tempos de putão eu fodi tanto.
– é porque eles não passavam mais do que uma noite aqui. Você os mandava embora, depois só transava de novo qando queria. Eu estou aqui todos os dias.
– verdade. E quer saber? Nem sei porque estou reclamando.
– é a idade, a pessoa vai ficando velha e reclama de tudo hahah.
– kkkkkk, sem graça.
Fomos pro banheiro e entrei no box. O Rico fazia sei la o que na pia e escutei ele chorando.
– amor, eu te machuquei?
– não. Não é nada.
– como não é nada, você ta chorando.
– bati o dedão do pé na porta e tá doendo pra caralho.
– hahaha, ta brincando né?
– não, olha aqui.
Eu olhei e realmente tinha cortado. Engraçado foi ver ele chorando, parecia uma criança.
– que vergonha. Acabei de te dar o cu, e to chorando porque cortei o pé.
– rsrs bobo. Vem aqui.
– cortou muito?
– pouquinho, mas foi meio fundo.
Olhei a porta e tinha uma lasca solta bem embaixo.
– vai precisar de ponto não?
– não Rico. Toma banho, eu passo um anti-septico e faço um curativo.
Ele entrou no banho, o ajudei e terminei o meu. Fiz um curativo e fomos pra cama.
– deita aí amor.
– sabe, onze anos não é muita diferença.
– e o que tem haver com o seu pé?
– nada. Eu estava pensando na gente só. Minha mãe perguntou sobre o que conversamos quando eu venho aqui.
– rsrs. O que você disse?
– a verdade. Que você fica trabalhando no notebook e relendo balancetes. Mas quando você termina a gente sai ou namoramos.
– se eu tivesse a sua idade provavelmente ficariamos horas jogando video game rsrs.
– e não seriamos namorados e sim amigos. Eu gosto dessa nossa diferença. Há uma relação. Eu nunca me dei bem com os outros porque eles eram imaturos. Eu gosto do nosso jeito, do jeito que a gente é, do jeito que a gente faz. Você me passa segurança.
– eu também gosto da gente, do nosso jeito. Venha, deixa eu tirar essa boxer, não é assim que eu gosto de você dormindo comigo. E sei que a gente pode ser feliz. Sei que eu posso te fazer feliz, mas eu penso que não posso te prender. Você acabou de se formar e vai fazer uma pós, seu tempo vai ficar escasso e a gente vai sofrer com isso.
– amor, nem pense nisso agora. Eu não quero ficar longe de ti não.
– tudo bem. Vamos dormir amanhã vamos na sua casa buscar suas roupas e tem o jantar do seu pai. Sabe-se lá o que ele vai cozinhar dessa vez. Tomara que seja carne, da outra vez ele fez japonês e eu cheguei em casa com fome.
– kkkkkkk, eu sabia que você ia falar, mas quando eu vi o que era, não tinha mais jeito.
– quem aguenta? Rsrs. Mas dorme meu anjo, to cansado também. Te amo Rico boa noite.
– também te amo Edu, boa noite.
Na segunda-feira de manhã meu irmão foi levar um currículo ao Hospital. O Rico e eu fomos a academia. Quando chegamos não tinha quase ninguem, o que foi ótimo, já que não precisamos revesar os pesos com muita gente. O pessoal foi chegando e o Rico cada vez mais enturmado. Eu achava incrível como ele se esforçava em ne agradar, se tornando amigo dos meus amigos.
Malhamos e fomos pra casa, fiz o almoço com a sua ajuda. Ele cortou as batatas hahah. Antes não tivesse deixado ele fazer nada. A batata estava toda na casca kkkk.
– não sei cozinhar Edu.
– percebi.
– não fala assim também né.
– sim meu amor, notei que é desprovido de abilidades na arte da culinária. Melhor assim? Hahah.
– kkkkk, bobo. Mas sou bom de cama, não preciso ser bom de fogão.
– ta aí uma arte que você pratica com grande desenvoltura. Ah, coloque uma roupa, o mano ja está por chegar.
– estou de boxer.
– rsrs, tudo bem. Fique como quiser, mas me ajude a lavar a louça.
– vou por uma roupa, já volto.
Kkkkkk, foi mandar ele lavar a louça pra ele ir se vestir decentemente, isso funciona até hoje.
O Breno chegou bem a tempo do almoço, nos sentamos a mesa, o Rico estava vestido, e o mano nos alegrou com as novidadesContinuaMuito o obrigado pelos comentários e a todos que lêem.
PS: Looooh, continue com seu conto, nem que seja uma vez na semana rsrs
Beijos a todos...