Boa noite pessoal,
Ufa, apesar da correria consegui escrever mais um post, pra variar, enorme. Galera, ando muito sem tempo pra escrever, na verdade gosto de sentar, escrever com calma, parar, voltar a escrever, e nesse conto esta sendo tudo na correria, portando se não tiver algo legal, dêem um toque, caso eu perca a mão, rsrs. Comecei a escrever esse post, mas acredito que ainda essa semana vem o primeiro beijo, a história rendeu demais.
HPD, será mesmo que o Alexandre esta apaixonado pelo Daniel? Essa semana saberemos disso. Adorei o apelido do doutor fofura, tanto que ele estréia nesse post, rsrs. Obrigado meu querido.
Tay Cris, sim, já estava na hora mesmo, é que ele desacreditou no amor, e deixo a vida ir passando, mas agora ele encontrou alguém que realmente merece seu amor. Também adorei o tio Xande, a Taís é uma fofa né? A família do Thiago? Xi, agora não é hora de falar neles, rsrs, vamos curtir os dois pombinhos descobrirem o amor.
Amigah18, você esta certíssima, era isso mesmo que queria mostrar algo acontecendo naturalmente. Primeiro será focado no Daniel, depois focarei no doutor, vamos conhecer melhor ele.
Angelmix, obrigado pelo carinho, só não estou postando todo dia igual o conto anterior, porque a faculdade anda me consumindo demais mesmo. Que bom que não abandou no conto mas o Thiago tinha quer morrer para que a história pudesse existir, mas enquanto ele estava vivo, ele e o Daniel curtiram demais o amor que sentiam um pelo outro. Beijos.
Oliveira Dan, claro que esse sentimento irá vir, e ele ficara um pouco com alguns conflitos internos. Também pensava como você no começo do conto, como fazer o Daniel se apaixonar por outro, foi foda matar o Thiago, mas te garanto que tenho uma carta na manga e irei convencer você do contrário. O Alexandre é um romântico, sonhador, um cara quase inexistente nos dias de hoje. Outra coisa, se o povo quiser sexo mesmo, pode ter certeza, será posts e mais posts d muito sexo carinhoso com amor, e também muito sexo quente, erótico, molhado, com safadezas, bocas, mãos, e tudo mais que eles tem direito. Realmente não precisa me ensinar essa parte mas aceito sim sugestões.
diiegoh', obrigado pela visita meu caro.
sonhadora19, o daniel esta percebendo sim, mas por enquanto a história será focada nele, mas no próximo post vocês terão uma visão melhor sobre a postura do Alexandre, sobre os sentimentos dele. Também adorei o tio Xande, a Taís pra mim é uma das protagonistas da história.
stahn, ola meu querido, entendo sua correria, comigo não é diferente. Também adorei o tio Xande, ela é uma graça né? O Alexandre é o salvador do Daniel sim, mas ele salvara algo maior, a felicidade do Daniel, que ele achou que estava perdida, e o Daniel também o salvara, mostrando o que é o amor. No começo o Daniel se culpara sim em estar traindo o Thiago, mas ele ira aprender a lidar com isso. Quando ao comentário do Alexandre, sobre por o nome no filho de Thiago, pode ser apenas coincidência, ou coisa do destino, ou até quem sabe um outro motivo, rs. Grande abraço meu caro.
Red John, Ainda bem mesmo que era o Alexandre, o Daniel não suportaria se algo acontecesse com ela.Agora eles irão construir uma historia cada vez mais forte.
Luca:), sim, já estava na hora dele ser feliz né, mas acontecerá aos poucos, eles irão ir curtindo cada momento dessa conquista. E que termos feios, tirar o atraso, rsrsrs. Beijão meu amigo.
Ru/Ruanito, rsrs quem você quer encher de beijos? Eu? O Daniel? Ou o Alexandre? Rsrsrs. Ainda bem que não parou, a morte do Thiago foi fundamental para poder existir o conto, caso contrário não teria história pra contar e que bom que esta curtindo.
Geo Mateus, O Daniel irá resistir um pouco no começo mas aos poucos irá se entregar ao amor. Beijão meu caro.
lipe31, cara, adorei sua teoria, achei interessante. O Alexandre é um anjo mesmo mas vou demais uma humanizada nele, mostrar seus defeitos, medos, etc. Só posso adiantar uma coisa, eles vão ter que enfrentar meio mundo ainda, antes de serem felizes.
Lucas M., Obrigado pela visita.
ametista, até eu quero um doutor desse, ele é mesmo uma fofura, um totoso, rs. Com certeza o Dan merece ser feliz, mas irá fazer melhor, será feliz e irá fazer o Alexandre feliz.
Bruno Del Vecchio, o Daniel sempre percebeu que estava gostando dele, mas ainda não tinah entendido esse sentimento, mas agora a ficha dele caiu, mas será que a do doutor também caiu? Obrigado pelo carinho garoto, você também é nota
B. Gomes, obrigado rapaz, que bom que esta gostando.
Perley, O Daniel reconheceu esse sentimento mas ainda reluta em aceita-lo, quando ao Alexandre, esta na hora de sabermos o que ele pensa sobre isso, mas vamos aguardar. Beijão meu querido.
Cândido, seja bem vindo rapaz, que bom que esta curtindo. Você esta certo, em tudo de ruim tem sempre algo para tirarmos de bom, no caso do Daniel, a morte do Thiago serviu para mostrar o quanto ele é forte, mesmo que ele ainda não se de conta disso. Obrigado meu caro.
kingwithnocrown, isso ai, o primeiro beijo sai essa semana, mas por enquanto quero explorar um pouco mais essas partes, eles se conhecendo.
Alê12, que bom que esta curtindo, espero ser aprovado por um dos grandes autores daqui do site. Parabéns pelo novo conto, você manda bem demais.
================================================================================================
O homem levantou a cabeça, o deixando surpreso. Não era Thiago que estava e seu sonho, mas sim Alexandre, que sorria para ele.
Daniel acordou no meio da madrugada assustado.
Daniel – Meu Deus, que sonho.
Daniel foi até o banheiro e lavou o rosto enquanto colocava as idéias no lugar. Sentou-se numa poltrona, pensativo.
Daniel – Não pode ser, será?
Era difícil conseguir admitir, mas tudo parecia estar ficando claro para ele.
Daniel estava completamente apaixonado por Alexandre.
=================================================================================================
Capítulo 18
Daniel – Isso não esta acontecendo?
Daniel – Será que é verdade?
Daniel se questionava o tempo todo, sentia como se tudo sempre esteve na sua frente mas um tampão bloqueava sua visão até que de uma hora pra outra tiraram essa venda de seus olhos.
Daniel – O Alexandre?
Daniel – Porque isso agora meu Deus, não quero me apaixonar por ninguém.
Daniel – Ele é apenas um cara legal.
Daniel voltou a buscar justificativas para acobertar o que sentia, mas estava com muito medo que esse sentimento aflorasse ainda mais, medo de não ser correspondido, medo de sofrer novamente, de perder e o que é pior, medo de esquecer Thiago, colocar outro em seu lugar.
No mesmo instante abriu uma gaveta, mexendo debaixo das roupas até pegar uma foto de Thiago. Ele deitou-se na cama, encarando o olhar do seu grande amor, que estava sorrindo para ele.
Daniel – Meu amor, nunca vou te trair, nunca vou te esquecer, me perdoe.
Daniel – Eu sempre vou ter amar, sempre, sempre mesmo.
Daniel – Nunca vou tirar você do meu coração.
Daniel ficou um tempo olhando para a foto de Thiago, enquanto uma lágrima escorria do seu olho, não de tristeza, mas de saudade. Ficou dessa maneira e novamente foi traído por seus pensamentos, sem ao menos perceber, estava pensando em Alexandre, lembrando do seu sorriso, seus olhos brilhantes, negros, escondidos atrás do vidro daquele óculos, seu jeito carinhoso de agir e também seu jeito desastrado.
Ainda segurando a foto de Thiago, um sorriso formou-se em seus lábios, ao lembrar do jeito engraçado que Alexandre ficou quando foram ao cinema assistir um filme de terror e principalmente pelo jeito que ele se entrosou com Taís.
Daniel acordou com Taís sentada em sua cama, segurando a foto de Thiago.
Taís – Moço bonito tio.
Daniel – Acordou cedo hein!!!
Daniel – Ele é muito bonito mesmo, mas hoje ele é um anjinho.
Daniel guardou a foto e Tais ficou em seu quarto vendo TV e conversando com ele ao mesmo tempo.
Daniel se aprontou e foi para o trabalho, ele finalmente estava voltando ao antigo escritório e ficou feliz em voltar sua rotina.
Henrique – Seja bem vindo novamente cara.
Daniel – Obrigado cara, estava com saudade daqui.
Henrique – Mas e ai, como foi o trabalho lá?
Daniel – Ah cara, foi interessante mas tenho que lhe dar um pouco de razão, foi cansativo.
Daniel – E você, como está?
Henrique – Estou bem, a mesmas coisas de sempre.
Daniel – Bom então esta tudo bem, tudo nos conforme né.
Daniel ajeitou suas coisas e aos poucos foi se adaptando novamente e se interando das mudanças.
Daniel trabalhava mas não tirava os olhos do celular, esperava por uma mensagem de Alexandre. Desde que voltaram a se encontrar quando Taís se perdeu no shopping, se aproximaram ainda mais e regularmente trocavam mensagens pelo celular, falando um assunto qualquer.
Henrique – Esta esperando alguém?
Daniel – Oi?
Henrique – Você não tira os olhos desse celular.
Daniel – Não é nada, impressão sua.
Daniel sentiu-se um pouco incomodado com o comentário do amigo, não queria estar assim por causa de outro cara, mas todos seus atos aconteciam involuntariamente, como se fosse fora do seu controle.
Naquele dia nem sinal do médico, pensou em lugar pra ele mas achou melhor não, alias achou até bom ele não ter mandando algum sinal, embora seu coração pensasse o contrário.
Taís – Tio, chegou cedo hoje.
Daniel – Agora o tio esta trabalhando perto, vou chegar sempre cedo.
Daniel pegou a sobrinha no colo, fazendo carinho em seu rosto.
Daniel – Cadê meus beijos? Taís o abraçou, enchendo de beijos.
Ângela – Daniel, largue ela e vai tomar banho, só estou esperando sua irmã chegar pra jantarmos.
Daniel – Calma mãe, já vou, esta com ciúmes né.
Taís – Para tio. Daniel mordia o pescoço dela, fazendo cócegas enquanto ela tentava escapar de seus braços.
Os dois foram para o quarto e Daniel foi tomar um banho.
Daniel – Pronto, agora estou cheirosinho.
Taís – Tio, quando o tio Xande vai vir aqui?
Daniel – De onde tirou isso menina?
Taís – Ele disse que ia me dar uma boneca de presente.
Daniel – Que intimidade é essa hein? Só viu ele uma vez.
Taís – Mas ele é meu amigo, gosto muito dele.
Daniel – Ah e tem mas, é feio isso sabia? Ficar pedindo coisas para os outros.
Taís – Mas o tio Xande é muito legal, me salvou na rua.
Daniel – Você gosta dele?
Taís – Sim, ele é engraçado.
Daniel sorriu, confirmando a frase da sobrinha.
Daniel – É ele é engraçado mesmo.
Taís – Então liga pra ele tio, anda.
Daniel ficou meio apreensivo, mas aquele toquinho de gente parecia querer empurrá-lo pra onde ele queria, mas ao mesmo tempo não queria.
Daniel – Não, a uma hora dessas ele deve estar trabalhando, vamos jantar.
Daniel já estava quase indo dormir, quando seu celular toca. Ao ver o nome no visor, relutou em atender, ao mesmo tempo em que ficou feliz.
Daniel – Alo.
Alexandre – Te acordei?
Daniel – Não, não, estava vendo TV.
Alexandre – Como foi a volta ao trabalho?
Daniel se surpreendeu pelo comentário, apenas tinha citado isso com ele a dias atrás, não esperava que ele se lembrasse de um detalhe tão banal.
Daniel – Ah, foi bom estava com saudades.
Alexandre – De mim?
Daniel – Não, estou falando do trabalho.
Alexandre começou a rir do embaraço de Daniel, mas o tranqüilizando em seguida.
Alexandre – Relaxe, estou brincando, faz tempo que não saímos pra tomar alguma coisa né.
Daniel – É verdade.
Alexandre – Olha, comprei um presente pra Taís, tenho que entregar a ela.
Daniel – Não precisava cara, as vezes parece que ela não tem educação.
Alexandre – Vamos fazer assim, amanha podemos sair a noite.
Daniel – Alexandre, melhor não, ando cheio de trabalho, podemos sair mais pra frente.
Alexandre – Eu entendo, é uma pena, mas não vou poder acatar seu pedido.
Alexandre – Amanhã a noite nos encontramos e não se fala mais nisso.
Daniel – Alexandre, eu...
Alexandre – Você não perde essa mania de discutir comigo né, já decidi que amanha vamos sair e fim de papo.
Alexandre ria do outro lado da linha, mesmo sendo um pouco autoritário, fazendo Daniel se dar por vencido.
No dia seguinte Daniel trabalhou um pouco ansioso, no fundo ainda tinha um pouco de medo que sua desconfiança se confirmasse, mas resolveu manter-se confiante, decidiu em sua cabeça que seu sentimento por Alexandre era apenas uma grande e gostosa amizade.
André – E ai, vai sair?
Alexandre – Poxa cara, não sabia que você vinha, se não nem tinha marcado nada.
André – Relaxa cara.
Alexandre – E a mamãe tem ligado pra você?
André – Ligou ontem, esta tudo bem com ela.
André se jogou no sofá enquanto via o irmão terminar de se arrumar.
André – Ei, o que é isso aqui? Deu pra brincar de boneca agora?
Alexandre – Larga mão de ser enxerido.
Alexandre – É um presente que vou dar.
André – Sei, pra quem?
Alexandre – Ah, pra uma garotinha linda.
André – Pra impressionar quem?
Alexandre – Ah, vá a merda cara.
André – Calma irmãozinho, anda cheio de segredinhos hein.
André era apenas dois anos mais novo que Alexandre, tinha a idade de Daniel, mas agia como se fosse o irmão mais velho, o que protege, cuida.
André – Vai dizer que meu irmãozinho tem uma filha e que ninguém sabe.
André – Sua mãe vai enfartar se descobrir isso. André ria enquanto falava bobagens para o irmão.
Alexandre – Mas e ai, desembucha, sei que quer alguma coisa.
André – Minha moto esta na oficina, queria ver se você me emprestava o carro, mas vi que não vai rolar, não quero atrapalhar.
Alexandre não sabia dizer não ao irmão, apesar de serem totalmente independentes, André era seu maior amigo.
Alexandre – De boa cara, pode pegar, dou um jeito aqui.
André – Tem certeza?
Alexandre – Anda logo antes que eu me arrependa.
André – Sabia que te amo? Acho que vou ate lhe beijar.
André começou agarrar o irmão, atormentando ele, que não parava de xingar.
Alexandre – Você esta amassando minha roupa, vai embora logo peste.
André foi embora e minutos depois Daniel chegou.
Daniel – Relaxa cara, você manda em você.
Daniel subiu até o apartamento de Alexandre e toda sua proteção foi por água abaixo quando o médico abriu a porta.
Alexandre – Boa noite.
Alexandre estava vestido de maneira descontraída, mas sempre alinhado, com o cabelo molhado e com seu lindo sorriso exposto.
Daniel – Boa noite.
Alexandre – Entre. Alexandre o abraçou e Daniel retribuiu sentido aquele corpo gostoso e cheiroso.
Alexandre – Ué, cadê a Taís?
Daniel – Então, cheguei do trabalho e ela estava meio manhosa, meio com febre, achei melhor não trazer.
Alexandre – Que pena.
Daniel – Só vai ter minha companhia mesmo.
Alexandre – Uma ótima companhia.
Alexandre – Se importa em seu meu motorista? Meu irmão veio aqui, emprestei o carro a ele.
Daniel – Claro que não, vamos então.
Durante o trajeto, foram conversando apesar de Daniel notar o jeito tenso e apreensivo de Alexandre.
Daniel – Chegamos.
Daniel – Aconteceu alguma coisa, que cara é essa?
Alexandre – Daniel, você é um perigo pra humanidade.
Daniel – O que?
Alexandre – Vou fazer um abaixo assinado pra caçarem sua habilitação, você é barbeiro demais.
Daniel – Ah, vai te catar doutor.
Alexandre ficou perturbando Daniel que o falava mal mas depois começou a achar graça, até porque era impossível não achar graça do jeito carinhoso do médico.
Daniel – Vai beber alguma coisa?
Alexandre – Algo sem álcool.
Daniel – Te acompanho então.
Os dois ficaram conversando por um bom tempo até que o assunto caiu para relacionamentos.
Alexandre – Posso te fazer uma pergunta?
Daniel – Claro Alexandre.
Alexandre – Você é um cara tão legal, porque esta sozinho?
Daniel – Isso é uma coisa meio complicada.
Alexandre – Nós que complicamos a vida.
Daniel – Mas e você? Também é um cara legal, porque esta sozinho?
Alexandre – Mas acho que estou sozinho pelo mesmo motivo que você.
Daniel – Tenho certeza que não.
Alexandre – Você tem certeza, mas pode estar enganado.
Daniel – Eu estou sozinho porque a vida me obrigou a isso.
Alexandre – Não fale assim, não vale a pena ficar assim por alguém que não te merecia.
Daniel abaixou a cabeça, com o olhar triste, respondendo ao médico.
Alexandre – Você não entende, não é nada disso, meu amor morreu num maldito acidente.
Alexandre ficou muito envergonhado, achou que era apenas uma decepção amorosa, nunca imaginou que Daniel tivesse passado por uma situação dessas.
Alexandre – Nossa cara, me desculpa, me desculpa mesmo, não foi minha intenção.
Daniel ainda estava de cabeça baixa, sabia que não tinaah sido a intenção de Alexandre.
Alexandre levantou-se, sentando ao lado de Daniel, segurando seu ombro.
Alexandre – Perdão, não quis te magoar.
Daniel – Tudo bem, eu que peço desculpas. Daniel olhou pra ele sorrindo, mas com os olhos encharcados.
Alexandre – Fiquei envergonhado agora.
Antes mesmo de Daniel responder alguma coisa, Alexandre segurou em sua mão, apertando com força. Daniel sentiu sua força, seu calor, ao mesmo tempo que um arrepio descia do pescoço ate suas costas.
Alexandre – Daniel, acho você um cara muito especial, fico triste quando vejo que alguém que eu gosto também está triste.
Daniel olhou emocionado para Alexandre, tinha amigos, família, teve um apoio nos momentos mais difíceis de sua vida, mas com Alexandre era diferente, ele sentia uma sinceridade e uma pureza tão grande vindo do médico.
Mesmo estando numa mesa mais afastada, estavam em um local publico, mas a essa altura nem ligavam mais se alguém pudesse achar algo, vendo dois caras demonstrando afeto, mesmo sendo um afeto de amizade.
Alexandre – Queria fazer algo por ti.
Daniel – Mais do que você já fez?
Alexandre – Queria fazer você sorrir.
Alexandre ainda segurava a mão de Daniel que ficou imóvel e soltou quando sua expressão de tristeza sumiu por completo.
Alexandre ficou olhando em seus olhos, deixando Daniel sem graça.
Daniel – O que foi?
Daniel – O que foi cara? Daniel perguntava e Alexandre nada respondia, até que começou a sorrir.
Daniel – Você é um palhaço, sabia?
Alexandre – Mas funcionou, você começou a rir.
Daniel voltou a ficar sério, mas caindo na risada em seguida. Realmente o que Alexandre falou a minutos atrás, ele já estava conseguindo, fazer Daniel rir.
Os dois perderam a noção do tempo e ficaram o tempo todo conversando, Daniel não parava de rir com as histórias malucas que o médico contava.
Daniel – Pare cara, não agüento mais rir, minha barriga já esta doendo.
Alexandre – Mas não estou fazendo nada.
Daniel – Você é um palhaço.
Enquanto se recompunha, levou um grande susto, não acreditou ao ouvir aquela voz.
- Ora ora, quem esta aqui.
Daniel virou-se no mesmo instante, confirmando o que já sabia.
Malu – Pra sair comigo você esta sempre ocupado né, seu safado.
Daniel – Malu!!!
Malu foi de encontro ao amigo, beijando seu rosto, não parando de falar.
Pablo – Como vai Daniel?
Malu – Não apresenta seu amigo?
Daniel – Me desculpa, pessoal esse aqui é doutor Alexandre.
Malu – Prazer, advogado?
Alexandre – Médico.
Alexandre – Querem sentar-se conosco?
Pablo – Claro. Pablo já se acomodou numa cadeira, enquanto Malu o fuzilava com o olhar.
Malu – Não queremos atrapalhar.
Alexandre – Imagina, é um prazer.
Mesmo a contragosto Malu aceitou o convite, não queria atrapalhar a noite dos dois mas o sem noção do seu namorado já tinah feito isso.
Daniel apresentou os amigos e logo os quatros estavam super entrosados. Como era de esperar Alexandre foi muito simpático.
Malu – Então se conheceram no trabalho?
Alexandre – Mais ou menos.
Alexandre começou a contar como conheceu Daniel no acidente, que ficou o tempo todo remendando a história. Malu ficou o tempo todo lançando olhares maliciosos para Daniel que já sabia o que ela estava pensando.
Pablo – Você é um herói heim doutor.
Malu – Bota herói nisso.
Malu – O Dani estava precisando mesmo de um salvador né Dani.
Daniel ficou de todas as cores possíveis, já Alexandre ficou normal, se ele entendeu o recado de Malu, isso ninguém nunca iria saber.
Alexandre – Que nada, apenas tivemos a sorte de nos encontrarmos nessas situações.
Alexandre foi até o banheiro, deixando os três sozinho e Daniel sentiu-se como se tivesse indo para o matadouro.
Malu – Seu cachorro, como não me disse que esta namorando.
Pablo – Finalmente hein Dani, ele parece ser legal.
Daniel – Não tem nada a ver, somos apenas amigos.
Malu – Acorda meu filho, sou louca mas nem tanto.
Malu – Você ainda não percebeu o brilho nos olhos dele quando fala de você?
Daniel – Você é realmente louca.
Malu – Louco será você se deixar o doutor fofura escapar.
Pablo – Daniel, tenho que concordar com a Malu dessa vez.
Alexandre mal voltou para a mesa e seu bip tocou.
Daniel – Algum problema?
Alexandre – Estão me chamando no hospital, vou ter que ir embora.
Malu – Que pena.
Alexandre – Bom, foi um prazer conhece-los.
Daniel – Eu te levo.
Alexandre – Pego um táxi mesmo Daniel.
Malu – Imagina, ele te leva.
Daniel – Claro.
Os dois foram embora e antes de entrar no carro Alexandre puxou as chaves das mãos de Daniel.
Daniel – Que isso meu.
Alexandre – Nem a pau vou deixar você dirigir.
Daniel – Ninguém dirige meu carro, alem de mim.
Alexandre – Dirigia, até me conhecer e não discute comigo não, entra logo ai.
Daniel ia reclamar, mas Alexandre nem deu bola, foi no banco do carona mesmo.
Daniel – Não sabia que você era meio mandão.
Alexandre – E você não perde essa mania de querer discutir comigo né, e pode reclamar a vontade.
Alexandre chegou ao hospital minutos depois e já havia um enfermeiro a sua espera.
Alexandre – Obrigado, desculpa atrapalhar nossa noite assim.
Daniel – Imagina cara, vai lá, fico te esperando.
Alexandre – Não precisa Daniel, essa paciente é meio complicada, posso demorar.
Daniel – E vou deixar você ir embora sozinho depois?
Daniel – Não discuta comigo, vai lá doutor, fico bem aqui.
Alexandre deu um sorriso para Daniel e sumiu pra dentro do Hospital.
Daniel ficou andando por ali, pelo jardim, depois novamente pela parte interna. Em outras ocasiões estaria deprimido só por estar em um hospital, por trazer lembranças ruins, mas com Alexandre era diferente.
Daniel foi até o berçário e ficou olhando os recém nascidos, admirando aqueles bebes e vendo um pai todo babão ao seu lado observando o filho.
Já estava demorando mais do que ele esperava, não queria atrapalhar Alexandre e foi pedir informação para uma enfermeira.
Enfermeira – Ele já saiu da emergência, esta na sala dele.
Daniel – Posso ir até lá?
Enfermeira – Claro.
Daniel bateu na porta e vendo que ninguém atendia, entrou devagar e a primeira coisa que viu foi Alexandre sentado com a cabeça entre as pernas. Lentamente se aproximou tocando seu ombro.
Daniel – Alexandre!!!
Ele nada respondeu, ficando com a cabeça abaixa.
Daniel – O que foi cara, o que houve?
Alexandre – Perdemos ela.
Alexandre – Fizemos de tudo mas foi em vão.
Alexandre levantou a cabe, mostrando-se arrasado.
Daniel – Poxa cara, eu sinto muito.
Daniel – Mas não fique assim, tenho certeza que você fez o seu melhor.
Alexandre – Mas meu melhor não foi o suficiente.
Daniel – Me desculpa se estou sendo insensível, mas achei que vocês médicos lidavam melhor com essas situações.
Alexandre – Sim, deveríamos, mas não sou assim.
Alexandre – Acho que nunca vou conseguir separar o profissional do emocional. Sei que sou um fraco por isso.
Daniel – Nunca, você é humano.
Daniel – Alias, te admiro ainda mais por essa postura.
Alexandre – Desculpa ter estragado sua noite.
Daniel – Não repita isso.
Daniel – Há algumas horas atrás você disse que se importava comigo, que faria de tudo pra me fazer sorrir.
Daniel – Agora é minha vez de retribuir.
Daniel acariciou o rosto do médico, que mantinha o olhar triste.
Daniel – Deixe eu cuidar de você??
Continua...
