Esta é a Décima Oitava Parte de Foi Sem Querer. Espero que gostem.
O amor aconte sem querer ou quando tem de acontecer. - Bruno Del Vecchio
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A porta do banheiro se abriu e eu não vi.
- Me larga! - Falei tentando o empurrar.
- Cala a boca porra! - Falou ele.
Eu já estava ficando cansado de tanto tentar me livrar dele.
- Para! Me Larga! Socorro. - Falei.
Eu só vi ele ser puxado e levar um soco no rosto.
Eu fiquei atônito com aquela cena.
- Thomás! - Falei surpreso.
- Seu Filho da Puta! Você me paga pelo soco que me deu. - Falou o Garçom.
- Aurélio saia daqui! - Falou Thomás rispidamente.
Eu fiz o que ele mandou. Sai do banheiro e fui até o outro garçom.
- Por favor, a conta.
- Só um instante!
Eu fiquei com medo do que o Thomás era capaz de fazer com o garçom. Eu sei que muitos vão se perguntar, o cara tentou te agarrar e você ainda está preocupado com ele? Não, eu estava preocupado com o Thomás. Nós estamos em pleno século XXI e segundo as leis fuleiras Agressão Física dá Cadeia.
- Aqui está a nota! - Falou o garçom.
Eu retirei o dinheiro da carteira e paguei a conta. Quando me virei o Thomás estava atrás de mim. Eu tive um susto, ele estava com o canto da boca sangrando.
- Sua boca...
- Pagou a conta foi? - Falou ele me interrompendo.
- Sim!
- Vamos embora! - Falou ele pegando no meu braço e me puxando pelo salão até sair do restaurante.
Ele me levou até o carro, eu entrei e ele fechou a porta com força.
Eu não sei o que tinha acontecido lá no banheiro depois que eu sai e nem o que se passava na cabeça do Thomás.
Ele entrou no carro fechou a porta com força. Ligou o carro e saiu em disparada.
Eu estava envergonhado, me sentindo um lixo de homem.
Eu permaneci calado, não procurei saber para onde ele ia. Na verdade eu nem sabia para onde ele estava me levando.
Minutos depois...
Ele parou o carro e só então eu vim perceber que o carro estava no estacionando do Farol.
- Desce do Carro! - Falou ele.
Eu desci do carro e o mesmo fez ele.
- Sabe por quê eu te trouxe aqui? - Perguntou ele do meu lado.
- Não faço a miníma ideia. - Falei.
- Vem comigo! Falou ele atravessando a rua, a mesma a qual eu ia sendo atropelado, se não fosse ele que tivesse me puxado.
Subimos a ladeira e chegamos lá no farol.
- Por quê você me trouxe aqui? - Perguntei.
- Você quando vem aqui, vem fazer o quê? - Falou ele se encostando na mureta.
- O que eu venho fazer aqui? Relaxar, Apreciar o mar. - Falei também me encostando na mureta e olhando o mar.
Ele ficou olhando o mar e eu resolvir falar.
- O que você viu lá no banheiro não...
- Não precisa se explicar. - Falou ele me interrompendo.
Eu me limitei a ficar calado.
- Por quê está acontecendo isso comigo. Ele não sai da minha mente. - Pensou Thomás.
- Meu Deus! Será? Não, não pode ser. Ainda bem que os meus pais não estão mais vivos para ver o filho se... Quero nem pensar. - Pensei.
Ficamos olhando as ondas do mar sem falar nada.
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- Amor. Você vai chegar a tempo para o jantar? - Falou Walquíria ao Telefone.
- Querida ainda são 13:30 da Tarde, claro que eu vou chegar a tempo.
- Você sabe com quem o Thomás foi Almoçar?
- Não sei! - Falou Ferdinand mentindo.
- Você não está mentindo pra mim né? - Perguntou ela.
- Claro que não meu amor. Agora eu preciso desligar. Beijo - Falou Ferdinand desligando o telefone.
- Ele está mentindo pra mim, mas eu vou descobrir com quem ele foi almoçar. Ah se vou! - Falou ela colocando o telefone sobre o suporte.
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- Manuelly minha querida, você nem me falou, como foi a noite com o boy magia.
- Faoi Maravilhosa, nunca me senti tão mulher. E os apretechos ajudaram e muito. Valeu pela dica. - Falou Manuelly a Anabety.
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- O que aconteceu com os seus Pais? - Perguntou Thomás me olhando.
Eu me virei, dei três passo e disse;
Eu me virei, dei três passo e disse;
- Eles foram assassinados! - Falei e uma lágrima já se formava em meus olhos.
- Como foi isso? - Ele perguntou se apróximando.
- Prefiro não falar. - Disse
- Me fala, eu quero saber. - Falou ele pousando as mãos sobre os meus ombros.
- Já que quer mesmo saber, eu vou lhe dizer. Tudo começou a...
12 anos atrás...
- Amor, você fez a retirada no banco? - Perguntou Marcelly
- Sim! O Dinheiro já está aqui. - Falou Glauco mostrando a bolsa onde estava o dinheiro.
O que a gente não sabia era que estavamos sendo seguidos.
- Mamãe quero sorvete! - Falei.
- Mamãe vai comprar! - Falou ela pegando o dinheiro na bolsa.
- Parado ai, isso é um assalto! - Falou um dos Quatro bandidos com a arma em punho.
Meu Pai foi reagir e foi atingido por Três tiros. Minha Mãe foi para cima de um deles e levou dois tiros.
- E foi assim que eles foram assassinados. - Falei enxugando algumas lágrimas.
- Deve ter...
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