Paixão Inesperada XVII

Um conto erótico de Edu S.
Categoria: Homossexual
Contém 1656 palavras
Data: 27/09/2013 01:11:30
Assuntos: Homossexual, Gay

O Breno ia pro trabalho a tarse e decidiu pagar aluguel de um Ap. Por mais que eu fosse seu irmão, ele não queria abusar, como ele mesmo disse.

– você não precisa ir já.

– rsrs, não vou já, mas vou semana que vem. Achei um apartamento mobilhado no anúncio, vou ligar. Não é tão grande quanto o seu, mas é só pra mim mesmo.E tem o Ricardo também, eu não quero atrapalhar vocês.

– se for pelo Rico, não se preocupe, ele não se importa. Mas você é quem sabe.

– cadê ele?

– rsrs, dormindo ainda. Esse garoto ta me deixando desbotado já. A noite toda se esfregando em mim, não me deu sossego.

– ele é jovem, queria o que? Eu sou assim ainda, mas a diferença é que eu to sozinho, aí já viu né?

– você ainda se masturba todos os dias pela manhã?

– sim, todos os dias rsrs.

– eu também, todos os dias rsrs.

– como que é?

– o que?

– o sexo, entre homens?

– normal. Nunca transei com mulher, mas já dei uns amassos. Não curti muito o beijo não. Entre dois homens o beijo é mais intenso. O Rico por exemplo, tem um beijo forte, decidido. Ele mesmo passivo, se impõe na relação. Acho isso legal, ele me põe no bolso, eu gosto. Mas só acontece com ele.

– nunca foi passivo?

– não. Mas o engraçado é que não me importo em fazer oral no Ricardo, outra coisa que só fiz com ele. Porque a pergunta, ta vindo pro lado negro da força hahah?

– hahah, não. É mais pra te entender mesmo. Faz tempo que a gente não conversa. Eu sendo hétero, nunca tive uma relação como a de vocês, acho bonito teu carinho pelo teu leke.

– ele é novo Breno, mas só na idade mesmo. Na cama é um homem feito, não perde em nada para os outros, a diferença é que eu o amo. Pra mim, o sexo com o Rico, é mais especial.

– bom dia. Falando de mim?

– rsrs, de nós.

– hum, tem café? Da beijo.

– tem amor. Dou beijo, vem.

– beijo bom. Vou comer na sala, tudo bem?

– tudo.

O Ricardo acordou e foi tomar o café na sala.

– ele pede? rsrs. – disse o Breno rindo.

– pede. Ele sabe que eu não gosto que comam na sala, a Juli fica maluca também. Mas ele eu deixo e tem os desenhos na tv hahaha.

– kkkkk, posso comer lá também?

– misericordia, vai, seus pirralhos.

Enquanto eles comiam, fui fazer uma lista de compras. Sentei no sofá e perguntei ao Ricardo o que ele gostava de comer e seus gostos não eram muito diferente dos meus, o que iria facilitar eu não ter que ficar andando pelo mercado pra lá e pra cá. Avisei aos dois que ia fazer compras e se queriam ir.

– vou ficar amor, se eu fosse você, trocaria esse plano básico da Tv à Cabo pra um mais completo.

– eu nem assisto tv amor, mas quando chegar, ligo lá e troco.

O Breno não quis nada. Fui pro mercado, comprei o que faltava. Cheguei com as compras a Juli estava na área de serviço passando as roupas.

Quando eu voltei pra sala o celular do mano tava tocando.

– cadê o Breno?

– ta no banho.

Atendi o celular do mano.

– alô?

– Breno? – a voz da minha mãe.

– É o Edu mãe.

– seu irmão está?

– está no banho. Quer que ele ligue de volta?

– sim.

– tudo bem então ... – ela me interrompeu.

– espere Eduardo.

– diga mãe.

– como você está?

– (suspirei) estou bem, e a senhora e o pai?

– eu vou bem, seu pai está melhor. Já voltou pro escritório.

– que bom, fico feliz que estejam bem– silêncio.

– mais alguma coisa mãe?

– porque você é tão diferente dos seus irmãos meu filho?

Eu sentei, literalnente me sentei. Não esperava uma conversa que não durasse mais que um minuto com ela.

– não sei mãe. A senhora :ainda tem vergonha de mim?

– não sei filho. Faz tanto tempo que eu não sei se sinto vergonha ou pena.

– porque pena mãe? Eu não estou doente. Sou saudável.

– eu só não entendo o que te faz ser assim, é minha culpa?

– rsrs, claro que não. Por alguma razão sou assim. Não chore mãe....mãe?

– estou aqui, me desculpe. Eu sinto sua falta, todas as vezes que você liga pro Breno eu pergunto de você. Se você está bem.

– porque não me liga?

– medo de você não querer falar comigo, a gente disse muitas coisas ruins um pro outro. Seu pai está a cada dia pior, está mais ignorante do que nunca. Eu tento conversar com ele sobre você, mas ele prefere sair a me ouvir.

– porque a senhora não vem me ver? O Breno começa a trabalhar hoje a tarde, eu vou pegar duas semanas de folga no trabalho. Vem pra cá.

– quando posso ir?

– o dia que a senhora quiser, eu lhe busco na rodoviária.

– chego no sábado de manhã então.

– e o pai?

– seu pai já mandou demais na minha vida, nos meus pensamentos. Ele vai fazer uma guerra, mas quando eu voltar, resolvo. Você está com alguém? O Breno disse que estava namorando.

– estou mãe. Ele ta aqui. Se chama Ricardo, é um garoto incrível.

– tudo bem filho, quando eu chegar a gente conversa melhor, obrigada por me ouvir.

– mãe?

– sim.

– a senhora ainda me ama?

– sempre te amei. Você é meu filho.

– também te amo.

– vou ficar num hotel, faça a reserva, pode ser? Senti muita a sua falta filho, até breve.

– também senti a sua. Faço a reserva sim. Até.

Meu coração disparava. Não contive a emoção, comecei a chorar. O Ricardo me tomou em seus braços me confortando.

– o que ela disse amor?

– que chega no sábado.

– aqui?

– sim.

– ta feliz?

– muito. Sabe o que é sentir falta de alguém e não ter mais que um minuto de conversa decente?

– não faço ideia, mas imagino. Calma, ta tudo bem.

– esta sim, eu tenho vocé.

– você tem a mim e meu amor. Deite aqui no colo do Rico.

– rsrs, deito.

– será que ela vai gostar de mim?

– rsrs, e quem não gosta de você?

– ah, sei lá. E se ela me achar muito novo?

– sou eu quem você namora, não ela.

– verdade né?

– sim amor.

– como estou? – disse o Breno vestindo um terno

– um lorde cunhado.

– haha, ta gato mano.

Disse ao Breno a conversa que tive com a nossa mãe, ele vibrou de felicidade, pedi que ligasse de volta, assim o fez.

A Juli fez o almoço. Amoçamos e o Breno foi pro Hospital.

– amor?

– diga Rico.

– me empresta seu cartão de crédito?

– kkkkk, pra que?

– deixa eu trocar essas curtinas, são horríveis, e a roupa de cama e banho também?

– hahaha, deixo. Quer ir agora? Eu vou pra boate, só volto a noite.

– Sim, vou com meu carro. Depois passo lá pra te dar um beijo.

– então vai nessa loja aqui. É de uma amiga minha, nunca fui lá. Assim você não terá problemas com o cartão, qualquer coisa peça pra ela me ligar.

– quanto posso gastar?

– sei lá. É você quem vai comprar.

– como que é essa loja?

– chic, tudo caro.

– do jeito que eu gosto kkkk. Brincadeira. Mas passa logo esse cartão. E qualquer coisa, se eu gastar demais, pago com sexo.

– kkkkk, vou cobrar.

– nossa amor, você é o único gay com mal gosto pra decoração, hahah.

– kkkkk, vai logo senão desisto.

– já fui. Ah, não esquece de pedir canais na tv.

– rsrs, ta bom.

Fui pra boate, tinha umas pendências pra resolver. O Robson chegou e estava com uma cara melhor, sua esposa havia melhorado. Passei a ele tudo o que precisava saber. Ficamos conversando, até ele tocar no assunto putaria.

– teu amigo é um tesão.

– te falei que era.

– caramba Edu, o cara chupa um cu como ninguém. Tu nunca me chupou né?

– hahah, não.

– caramba, nem oral. Você só me usava porra.

– kkkkk, só. Você nunca reclamou.

– hahah, pior que não.

– então tiozinho, tá reclamanfo agora porque?

– só estou lembrando. Mas falando em sexo, e você com o garoto?

– rola quase tudo. A bunda eu não dou, mas de resto faço tudo.

– poxa, fiquei com ciúmes agora. Mas fico aqui imaginando você mamando uma rola.

– pior que ele me manda. Ele brinca dizendo que sou seu Ativão Submissão. Mas é sério, eu embarco nas fantasias dele, a gente se da bem.

– você anda muito frouxo isso sim kkkk. Mas deixa eu te falar, está liberado pras tuas férias.

– como assim?

– tira suas férias decentemente, eu te prendo muito aqui, e você aguentou as pontas sozinho enquanto minha esposa estava no hospital. Independente de qualquer coisa, você é meu melhor amigo. Você pode não me fuder mais, mas amigo é pra vida toda. Tire os trinta dias, o Jeferson, meu filho vai ficar comigo.

– olha, dessa vez eu vou aceitar os trinta dias porque o Ricardo está lá em casa. Você sabe como eu odéio ficar em casa sem fazer nada.

– vai pra casa, curte o teu garoto. Já vou acertar contigo.

– tudo bem. Tem certeza que não quer que eu fique?

– absoluta. Vai tranquilo.

Saí de la feliz da vida. Liguei pro Ricardo e ele estava em casa. Disse a ele que não precisava ir a boate, pois eu estava indo pra casa. Ele dizia sorrindo que meu Apartamento não era mais o mesmo. No caminho, fui rezando pra ele não ter jogado todas as minhas coisas pela janela e rezando mais ainda pra ele tão ter estourado o limite do cartão.

Assim que saí do elevador, ele estava na porta me esperando.

– fecha o olho.

– rsrs o que você aprontou?

– salvei o teu quarto também. Vem, segura minha mão.

– gastou muito?

– teu limite todo e ainda faltou duzentos reais que tirei do meu.

– ta, depois te dou. Posso abrir?

– a gente ta no nosso quarto. Pode abrir amor ....

E eu abriContinuaMuito obrigado pelos comentarios de todos e a todos que lêem. Grande abraço.

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Comentários

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Haa gente mãe é sempre mãe né, nunca deixa de amar!

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Muito bacana... putz sera que essas historias acontecem mesmo???? Curtindo demais este conto.. fantastica!

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Desculpa o iutro comentário e que amou muito criança as vezes, como sempre teu conto tá maravilhoso.

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Olha eu aqui na faculdade lendo as traquinagens do Rico hahahahahahaha

Sério, vcs salvaram a minha manhã lol

Muito bom. Abraços. (não mando beijos pq vai que o Rico me corta todo... hahaha)

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Nossa demais. Fiquei feliz de tua mãe ter dado uma brecha pra uma reaproximação.

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