Quando conheci Verônica não sei o que deu em mim, foi algo forte e arrebatador, ao primeiro olhar já comecei a ofegar; meu coração disparou, senti meu corpo ser instintivamente atraído ao dela.
Não foi por sua beleza que me apaixonei, embora ela seja uma mulher que sempre atrai olhares por onde passa, com seu 1,70 de altura, olhos de um castanho chamativo, o cabelo entre o castanho e o ruivo (mais pra ruivo do que pra castanho na verdade) seios fartos do tipo que você olha e fica hipnotizado, o bumbum; bem do bumbum só posso dizer que deus fez e jogou fora a forma, resumidamente ela era uma gaucha muito bonita.
Tudo que me lembro é que era uma quinta-feira e eu havia ido a uma cidadezinha do interior gaucho resolver uns problemas pra empresa a qual eu trabalho, nada fora do comum só rotina, era normal eu encontrar mulheres bonitas nessas viagens mais nunca tinha rolado nada, nunca eu tinha me desviado do que se espera de um funcionário em um dia comum de trabalho, mais ali estava eu, naquela cidadezinha de ar agradável, havia parado em um bar para tomar um refresco enquanto atualizava alguns formulários no computador, quando ela entrou simplesmente o tempo parou, não sei bem como explicar, mais em dois segundos eu havia esquecido porque estava ali e tinha me dirigido a ela de uma forma simples e curta:
- Você é a mulher da minha vida! O que eu preciso fazer pra você acreditar nisso?
Ela me olhou nos olhos, corou a bochecha e deu um sorrisinho lindo.
- Pra começar, não me deixando tão encabulada. E em segundo lugar me perguntando se sou casada, por que eu sou casada e meu marido é muito ciumento.
Percebi na hora que eu estava parecendo alguém que estava no deserto e encontro água.
- Por favor. Pelo menos vamos conversar, tenho que ter você em minha vida, nem que seja só como amiga...
- Olha, toma meu numero, me liga.
E devido aos olhares que eu estava atraindo, sai dali o mais rápido possível.
Esperei dias, semanas... até que um numero desconhecido aparece na tela do meu celular. Ela ligou pra mim porque queria alguém pra conversar, havia discutido com o marido, e pra minha sorte lembrou-se de mim. Conversamos horas, e começamos a nos corresponder por email, ela me contava da vida dela, dos filhos, do marido, e a cada palavra trocada entre nós o mundo se tornava mais vivo, meus dias começavam e terminavam com a voz dela, uma mensagem dela, era a foto dela que eu tinha no celular.
Mais cada vez mais, só palavras não bastavam. Queríamos um ao outro, nossos corpos clamavam pelo toque do outro, era cada vez mais uma fome física, como a atração de partículas elétricas, mais ela ainda estava casada, tínhamos um país inteiro nos separando.
Mais chegou um ponto em que não podíamos ignorar o que sentíamos, resolvemos nos encontrar, uma única noite, uma única vez, o que fazíamos já era errado, já estávamos apaixonados um pelo outro, mais tínhamos que consumar nossa paixão. Combinamos que ela iria dizer que iria passar uns dias na casa de familiares que moravam em Porto Alegre, e lá nos encontraríamos. Creio que nunca na minha vida, uma viagem durou tanto, os segundos esqueciam-se de passar, quando eu cheguei no local marcado meu coração apanhava, mil e uma coisas se passavam em minha cabeça.
Mais no meio da multidão eu vi aqueles olhos, me penetrando a alma, depois disso eu não sei como descrever mais nada porque não vi mais nada, eu tinha consciência dos nossos corpos se entrelaçando, nossas bocas se buscando, um frenesis tomou conta de mim, fomos pra um motel que havíamos escolhido pela internet, lembro de arrancar sua roupa, lembro de sua pele queimando a minha, minha mão em seus seios, minha boca em sua boca. Lembro que parecíamos dois animais famintos um pelo outro, nossos corpos se chocavam com força.
Naquela noite, apesar de tantos planos fomos interrompidos, o celular dela tocou, a irmã a procurava, havia sofrido um acidente e precisava dela.
Galera, se gostaram do conto deixem comentários que eu publico o restante, a historia é verdadeira e eu omiti alguns detalhes pra proteger as pessoas envolvidas.