Você Quer Ser Meu Pokémon? Cap. 17

Um conto erótico de Fã do Pokemon Gui/Dodói
Categoria: Homossexual
Contém 3300 palavras
Data: 27/09/2013 23:05:55

Tentei manter a calma. Não havia motivo para pânico... Quais eram as chances dela resolver pegar o livro?

Desviei meu olhar do livro para não atrair a atenção de Monise. Fui para o lado oposto do quarto.

Não adiantou muito. Monise me seguiu, mas logo depois continuou andando pelo resto do quarto, com olhos inchados de lágrimas, percorrendo cada centímetro de detalhes que a irmã deixara para trás, fazendo respirações profundas, como quem pudesse sentir os últimos resquícios do cheiro da irmã.

Monise parou em frente à bancada de estudos da irmã. Minha respiração ficou temporariamente suspensa e eu me senti impotente de tomar qualquer atitude.

Ela esticou o braço esquerdo para pegar algo que estava em cima da estante.

Eu dei uma tossida forte.

Monise interrompeu o ato.

- Você não está se sentindo claustrofóbica aqui dentro? – eu perguntei, tentando ser o mais delicado possível.

Ela me respondeu com um sorriso sem jeito.

- Eu entendo que você não se sinta confortável aqui. – ela falou. – Se quiser pode descer, eu vou ficar aqui mais um pouco. Pode ir, de verdade, eu vou ficar bem.

- Não. Não vou deixar você sozinha. - eu respondi. - Relaxa. E esquece que eu estou aqui.

Monise apenas assentiu, sem responder com palavras.

Voltou a esticar o braço e pegou uma caneta que havia ali em cima da estante.

- Era a caneta preferida dela... – ela falou e olhou para mim.

Eu retribui, dando apenas um sorriso de resignação.

- Eu que dei pra ela... – disse Monise, as palavras saiam ao vento, sem direção.

Imediatamente ela desabou em prantos.

Eu avancei para dar um abraço de apoio. Os braços dela me envolveram com força, enquanto seus olhos debulhavam em choro e ela fazia força para respirar, entremeada em soluços.

Passei a mão sobre seus cabelos, me sentindo indigno de estar ali, considerando que eu tinha voltado a namorar Guilherme.

Depois de alguns minutos, Monise se recompôs. Pensei em propor novamente de sairmos do quarto, mas achei que poderia soar inconveniente. Deixei-a livre.

Ela se voltou para a estante, passando os olhos nas apostilas de estudos que estavam ali.

- Ela queria tanto medicina...

- É... – eu concordei. – tentando não pensar nisso, eu mesmo já estava a ponto de chorar, pensando nas coisas que Tais deixaria de viver.

Porém, eu não podia chorar. Não ali. Eu tinha que ser forte na frente de Monise, que estava precisando de mim.

- Olha... Esse não é livro que você emprestou pra ela? – perguntou Monise.

Pensei em me fazer de bobo, mas obviamente isso não iria funcionar.

- É sim. – eu falei e avancei para tentar pegá-lo antes de Monise.

Mas ela foi mais rápida...

Monise pegou o livro e ficou contemplando a capa.

- Afinal, o que é a história? É sobre algum príncipe? – ela perguntou.

Nesse instante, enquanto ela olhava o livro, a minha voz começou a falhar.

- Na verdade, é um manual de como ser um bom líder... – eu falei gaguejando.

Ela virou o livro, olhando a contracapa. Tive vontade de arrancar o livro das mãos dela, mas eu não conseguia nem sequer piscar meus olhos. Fiquei apenas estático, torcendo pelo melhor.

Ela abriu as primeiras páginas do livro.

- E o que é preciso para ser um bom líder? – ela indagou.

Instantaneamente, eu pensei em responder que ela teria que ler o livro para poder descobrir, mas logo lembrei que isso não seria em nada uma boa idéia.

- São muitas coisas. – eu respondi vagamente, preocupado mais em tentar conseguir tirar o livro das mãos dela.

- Não tem nenhum conceito central? – ela insistiu.

E eu lá tinha concentração para pensar num ‘conceito central’ do livro?

- Bom... – eu disse em reticências, tentando ganhar tempo.

Ela me olhou de forma ingênua, esperando que eu completasse a frase.

- Não é melhor voltarmos lá pra baixo? – eu sugeri.

Ela não respondeu nada, apenas repetiu a pergunta.

- O que é preciso para ser um bom líder?

Qual era a importância de saber isso nesse momento, eu pensei. Mas sem querer contrariá-la, improvisei a resposta.

- Basicamente... Eu diria que o Príncipe precisa ter sempre na mente o resultado que ele deseja, mesmo que isso implique na necessidade dele tomar atitudes que não lhe agrada. Os fins justificam os meios...

Monise franziu a testa em sinal de entendimento. Em seguida, esticou o livro na minha direção.

- Tome... – ela falou. – Não tem sentido o livro continuar aqui.

Eu peguei o livro em minhas mãos, quase sem acreditar que ela não tinha lido as últimas páginas.

Ficamos mais um pouco no quarto, depois ela me disse que precisava sair dali.

No corredor, Monise me agarrou pelo braço e me jogou contra a parede, me encurralando.

Olhei assustado para ela. Ela estava tensa, parecia transbordar raiva e ansiedade.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, dizer qualquer palavra, meus lábios foram subitamente tapados pelos lábios de Monise.

Um beijo intenso e vivo.

- Faça eu me sentir viva. – ela suplicou.

- O quê? – eu ainda estava desconcertado com a situação.

- Eu preciso me sentir viva! – ela exclamou, me empurrando em direção ao seu quarto.

Sem reação, me deixei ser levado ao quarto dela.

.

Monise me beijava com a respiração ofegante.

Ela deu um empurrão no meu corpo, me fazendo cair na cama.

Veio por cima de mim, cheia de segundas intenções. Beijava meu pescoço enquanto suas mãos deslizavam por cima da minha calça, me excitando.

Eu estava sem entender nada. Monise tinha simplesmente surtado, perdido a noção.

Coloquei o livro em cima da mesinha de cabeceira, sem saber muito bem o que fazer, ao mesmo tempo tentando resistir aos carinhos que ela fazia em mim.

Ela abriu o zíper da minha calça e tirou o meu pau, que estava meio duro, para fora da cueca e começou a acariciá-lo, admirando-o.

Meu pau foi, aos poucos, crescendo e ficando duro na mão de Monise. Ela me olhou com ares de safadeza e aproximou seu rosto das minhas partes intimas.

Senti o calor de sua boca e a umidade de sua saliva envolverem meu pênis, massageando-o.

A sensação de prazer era enorme e eu não podia mais resistir, segurei-a pelos cabelos e comecei a guiar o ritmo com que ela me pagava o boquete.

Ela interrompeu o desiderato, ficou em pé em cima da cama e começou a fazer um strip tease pra mim. Depois ela se agachou e começou a tirar a minha roupa.

Então voltou a chupar o meu pau, chupava com vontade, como se meu pênis fosse uma fruta divina, um doce dos deuses...

Monise subiu seu corpo nu sobre o meu, nossas peles se roçavam de forma gostosa. Ela pegou meu pau e começou a esfregá-lo sob sua xoxota, que já estava completamente molhada de prazer, pronta para receber o meu pimpolho.

Ela esfregava meu garotão por entre os lábios de sua xaninha e gemia baixinho de prazer. Bem devagarzinho ela começou a sentar no meu pau. Enquanto isso minhas mãos massageavam seus seios.

Todos os problemas pareciam ter sumido. Nem sequer parecia que estávamos num velório.

Monise começou, lentamente, a cavalgar sobre meu pau, rebolando com charme, acalentando meu pênis no calor de sua vagina, me massageando de prazer.

As mãos dela se apoiavam sobre o meu peito enquanto ela se bamboleava no meu pênis. Ela foi aumento o ritmo, os gemidos dela foram ficando mais intensos e ela começou a me segurar com mais força. Eu sabia que ela estava próxima do orgasmo e isso me deixou mais excitado ainda.

Depois de alguns segundos de ritmo intenso, senti as mãos de Monise estrangularem a minha pele. Eu não consegui me segurar e gozei também.

Caímos os dois na cama.

Olhei para o teto, arrependido. Não era para eu ter feito isso...

Vi também arrependimento no rosto de Monise. Ela tinha perdido completamente o controle.

- Você achar que foi um desrespeito? – ela perguntou.

É claro que eu achava que tinha sido um desrespeito transarmos no velório da irmã dela. Mas eu entendia o impulso de Monise. Era a forma que ela tinha encontrado para liberar toda a angustia que ela estava sentindo com a morte de Tais. Era a maneira de extravasar tudo que estava dentro dela. Eu não a julgava por isso.

- Acho que sua irmã vai entender. – eu respondi.

Ela assentiu com um pequeno sorriso e me deu um abraço.

- Eu te amo. – ela falou, fazendo um carinho no meu rosto.

Eu olhei para Monise, sem saber o que falar, sem palavras. Meus olhos se encheram de água e eu comecei a chorar.

- Quinho, meu lindo... – falou Monise (ela as vezes me chamava de Quinho, de Marquinhos). – Não precisa chorar por causa disso.

Eu não queria machucar Monise. Ela era a pessoa por quem eu mais tinha consideração na vida. A gente se entendia pelos olhos. Só de olhar nos olhos dela, eu já sabia o que ela estava sentindo e vice-versa. Eu sabia que esse era um tipo de vínculo que não se achava em qualquer lugar... E isso me fazia sofrer, ter dúvidas e incertezas sobre o que eu queria pra minha vida. Viver uma vida diferente, de aventuras, ao lado de Guilherme? Ou viver uma vida normal, como qualquer outra, ter filhos, uma família, ao lado de Monise?

Era por isso que eu chorava. Mas disso Monise não sabia, não fazia nem idéia...

Eu me recompus. Vestimos nossas roupas e descemos para o velório. A sensação de luto voltou a tomar conta de nossos corpos. Era como se momentaneamente tivéssemos esquecido que um trágico acidente havia acontecido... Mas quem disse que seria tão fácil assim esquecer aquela cena que eu tinha presenciado na Festa Country... O mais certo é que eu nunca vá esquecer...

De noite, quando cheguei em casa, apesar de exausto, fui para o meu quarto, tranquei a porta, assentei na minha cama e abri “O Príncipe” nas últimas páginas.

Guilherme não mentira pra mim, lá estava escrito tudo que ele me falara, justificando o porquê de ter ido para Irlanda e todo o resto. E depois ele emendava à explicação:

(...)

Sabe, Marcos, olho em volto. Busco palavras que possam te dar a certeza do que eu digo, que te façam acreditar no meu amor. Mas não encontro nada suficientemente bom.

Eu queria... Eu queria te dar mais do que eu alcanço. Todas as cores ainda sem nome. Todas as estrelas que não dá pra ver do céu. Queria te dar um sonho, uma razão a mais para sorrir.

Queria te dar uma coisa impossível de tocar, que não caiba na palma da mão, que fosse forte, dessas coisas que o vento não leva.

Queria te dar algo que não se desgastasse com o tempo.

Eu queria te dar a euforia do carnaval e a calmaria de um feriado perdido no meio da semana, juntas, de uma só vez. Queria de dar as emoções que cabem num suspiro de prazer. Queria te dar o calor que trago no meu corpo, um abraço que deixasse marcas através dos anos, um beijo cujo sabor se arrastasse eternamente.

Queria te dar todos os sonetos lindos que ainda não recitei, todas as palavras doces que ainda não te falei. Queria te dar um balanço de rede no fim da tarde, o gosto de fruta doce recém colhida do pé.

Queria te dar as estações do ano para você escolher quando acordasse. Queria te dar uma cabana numa praia deserta, um chalé numa montanha alta.

Eu queria te dar um sentimento sem convenções, sem hora marcada, sem data, sem regras quaisquer. Um sentimento sem amarras, sem limites, sem tamanho, daqueles que não cabe no corpo, que trasborda pelos poros, que explode a cada encontro, repetidamente e sempre.

Eu queria, Marcos, te dar um domingo sem tédio. Queria te dar o som da chuva no telhado para fazer melodia enquanto você dorme, o cheiro do café para te despertar pela manhã.

Queria te dar o encontro entre o céu e o mar, o horizonte.

Eu queria te dar um sorriso diferente para cada hora do dia. Queria te dar todos os mitos, todos os credos. Toda a esperança de uma sociedade melhor.

Queria te dar o mundo... Mas não o tenho.

Tenho para te dar somente aquilo que trago dentro de mim. E o que trago dentro de mim é o amor que você desperta. Tão puro, doce e imenso que eu mal posso explicar. E que junto dele carrega todas essas pequenas coisas que descrevi e muito mais. Muito mais do que cabe nesse papel.

É o que eu tenho e é o que te darei hoje e sempre.

Guilherme (*Pokémon Gui)

Meus olhos brilharam. Eu não sabia como que meus olhos ainda não tinham secado, de tanto que eu havia chorado naquele dia.

Naquela hora, a saudade de Guilherme bateu sem piedade, como um soco violento no rosto. Senti um enorme vazio dentro de mim. Eu queria sentir o calor do corpo dele, o cheiro, os beijos, os carinhos... Ele fazia tanta falta.

Deitei na minha cama, abraçado ao livro, pensando em Gui, em como ele era especial e sonhando com planos de vida ao lado dele.

Quando menos dei por mim, meus olhos já haviam se fechado e eu tinha dormido com um sorriso sonhador no rosto.

Algumas semanas se passaram. Eu e Guilherme nos comunicávamos por telefone, Skype, MSN, e-mail, Orkut, SMSs e todas as outras formas possíveis, mas mesmo assim não dava para matar a saudade por completo.

Entrementes, Monise continuava fragilizada com o falecimento da irmã. O delegado de polícia instaurara inquérito policial para investigar o acidente, prosseguindo com a tomada dos depoimentos das testemunhas, o que fazia reaver em nós todo o sofrimento e dor.

Apesar de Guilherme estar muito atolado de trabalho, ele conseguiu arranjar um dia para vir me ver. Uma segunda-feira, que era o dia mais tranqüilo, já que ele estava no ramo de produção de eventos, os finais de semana eram os dias mais apertados de trabalho pra ele. Segunda-feira era o dia menos complicado para ele dar uma escapulida, mesmo assim ele chegaria depois do almoço e iria embora logo depois do jantar, enfrentaria 5 horas de viagem pra vir e 5 horas para voltar, só para poder me ver durante algumas horas. Eu tentei insistir para que ele ficasse mais tempo, mas ele disse que realmente não podia.

Quando chegou Domingo, véspera da visita dele, eu já estava todo inquieto, sem conseguir me concentrar em nada, totalmente ansioso e querendo que o tempo passasse logo.

Dormi pensando nele, só nele.

Acordei segunda-feira sem vontade de ir à faculdade, mas eu não podia faltar a aula de Direito Penal, eu já tinha muitas faltas e o professor daria uma aula importante sobre excludentes da antijuridicidade, que eram a legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento de dever legal e o exercício regular de direito, matérias importantes para o estudo do crime.

Por mais que eu soubesse que era importante prestar atenção na aula, eu simplesmente não conseguia sair do mundo da lua, pensando em Guilherme. O relógio parecia brigado comigo, os ponteiros estavam andando igual uma lesma.

Conforme a aula ia chegando ao final, eu passei a olhar meu relógio de dois em dois minutos, entorpecido por uma euforia que eu não sabia explicar.

Quando o professor finalmente disse...

- Por hoje é só.

... Eu rapidamente fechei meu Vade Mecum e meu caderno e corri para pegar o ônibus de volta para casa.

Almocei voando e fui tomar banho. No banho, tive vontade de bater uma punheta pensando em Guilherme, que era o que eu fazia quando eu sentia muita saudade dele, mas me segurei, agora faltava pouco para eu poder encontrar com ele.

Sai do banho todo limpinho, escovei meus dentes, passei Rexona nas minhas axilas e fui para meu quarto enrolado na toalha.

Que roupa usar? Eu estava igual uma menina, cheio de dúvidas sobre que roupa pegar, me senti igual a 'uma imbecila'. Depois de muita hesitação, peguei uma camisa pólo branca que eu tinha da Osklen, uma bermuda de pano preta que eu tinha da General Cook e calcei meu sapatênis da Armada.

Olhei-me no espelho, eu estava nos trinques, só faltava bagunçar um pouco o cabelo.

Peguei meu melhor perfume, ‘Boss In Motion’ do Hugo Boss, e passei um pouco no meu pescoço e nos meus braços.

Sem dar maiores explicações, falei para minha mãe que precisava sair.

- Tá bonito hein, onde você v... – mas antes que ela pudesse terminar a frase, eu já tinha fechado a porta e estava na rua.

Eu tinha combinado de encontrar Guilherme na esquina de uma rua, porque era melhor meus pais não verem ele, até porque meus tios ainda não sabiam direito onde que estava o filho deles, Guilherme vinha mantendo um contato precário com eles, mas eles sabiam que Guilherme estava bem.

Cheguei no lugar combinado com 10 minutos de antecedência, assentei no degrau de uma casa que havia ali e fiquei esperando. Era uma rua tranqüila, nem deserta, nem movimentada.

Minha cabeça estava a mil, meu coração batia agitado e minhas veias pulsavam de inquietação.

Levantei nervoso, dei cinco passos em direção ao asfalto da rua e olhei para um lado e para outro, em seguida, olhei para o meu relógio, já havia passado 15 minutos desde a hora que eu e Gui tínhamos combinado.

15 era um atraso normal, ainda mais se tratando de uma viagem que durava 5 horas.

Porém, não sei explicar, eu estava com um pressentimento ruim sobre esse atraso.

Olhei novamente para o relógio e respirei fundo, tentando me tranqüilizar. Eram só 15 minutos, não havia motivo para escarcéu.

Voltei a assentar no degrau da casa, a cada carro que passava pela rua, meu coração dava um pulo para ver se era Guilherme.

Olhei outra vez para o relógio, agora já eram 20 minutos de atraso.

Decidi pegar meu celular e ligar para ele, só para poder me certificar de que estava tudo bem.

Disquei o número e levei o celular ao meu ouvido. Chamava, mas ninguém atendia. Deixei chamando durante 3 minutos e ninguém atendeu.

Calma Marcos, ele deve estar dirigindo e não pode atender.

Depois de 30 minutos de atraso, começou a ficar inevitável pensar nas coisas ruins.

E pior de tudo era que eu simplesmente não sabia o que fazer. Será que eu deveria pegar o carro do meu pai e ir para a estrada? Talvez ligar para algum órgão público? Quem é que saberia me informar? Talvez a policia rodoviária?

Comecei a ficar tonto de preocupação e me sentindo perdido, sem saber que atitude tomar.

Eu não podia contar para os meus pais, eu não podia contar para os pais de Guilherme. Eu estava desamparado, eu teria que resolver isso sozinho, sem ajuda de ninguém. Foi então que me lembrei de Marcelo, meu irmão mais novo, que sabia que eu já tinha tido um caso com Guilherme, mas não sabia que eu tinha voltado a namorar o Gui. Marcelo talvez pudesse me ajudar, aliás, se tivesse alguém, ele seria o único, mesmo que eu tivesse muitas ressalvas em relação a pedir ajuda a ele, ainda mais sobre esse assunto, que eu sabia que era algo que ele fingia que não sabia sobre mim.

Olhei uma vez mais para o relógio no meu pulso. Os ponteiros estavam sérios, como se caçoassem da minha cara. Apreensivo. Que outro jeito eu poderia estar? Que outros pensamentos eu poderia ter, que não o medo de ter acontecido algum acidente com o amor de minha vida?

Peguei meu celular, cogitando seriamente em implorar a ajuda do meu irmão.

Antes, porém, que eu pudesse começar a perder completamente o meu discernimento e raciocínio, uma moto preta irrompe pela rua, fazendo uma curva perigosa, parando subitamente e perigosamente próximo de mim, me arrancando um susto e me deixando branco de palidez, diante do meu quase atropelamento.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Luix a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Nossa demais. Será o Gui na moto?

0 0
Foto de perfil genérica

mt boa essa historia..ja tinha lido ele td antes

0 0