Gabriel estava esperando o pau amolecer para sair do quarto. Toda vez que ele ficava mole, eu o atiçava, dizendo coisas como: "Quero você todinho dentro de mim", ou "Qual será o gostinho dessa pica?", fazendo o pau dele ficar duro novamente, só de sacanagem. Quando finalmente amoleceu, saímos do quarto. Gabriel me puxou até o quintal pela mão.
- Pai, mãe! Esse aqui é o Daniel! - Disse Gabriel, animado.
Sua mãe deu um tchauzinho com vergonha e voltou a falar com o meu pai. O pai de Gabriel que estava na churrasqueira virou-se para mim e eu pude ler "Cuidado, homens na cozinha" em seu avental. O cara era musculoso. Descobri de onde Felipe e Gabriel tiraram aqueles corpos. Ele estava no auge dos seus 40 anos, cabelos grisalhos, ma ainda era um cara muito bonito.
- Fala, Daniel! Meu genro favorito!
Nessa hora eu tirei o braço do Gabriel dos meus ombros e olhei sério para ele.
- Quer dizer que tem outros? - Falei num tom sério, o que o preocupou. - Tô brincando!
Os dois riram, enquanto Gabriel voltava com seu braço por cima dos meus ombros.
- Fica à vontade, Daniel. Você é sempre bem-vindo aqui. - Disse a mãe dele.
- Obrigado.
Gabriel foi ao quarto e trocou de roupa, ficando só de calção. Pela primeira vez, o vi sem camisa. Ele era todo branquinho e fortinho, com um peitoral bem definido, e músculos grossos, mas ainda era magro. Ele tinha uma barriga tanquinho.
- Você quer ir nadar agora?
- Só se for com você. - Respondi.
Fui ao quarto dele e tirei a camisa e a calça, ficando só de calção também. Eu vi o celular dele em cima da cama, perto do travesseiro, e então, pensei em deixar uma mensagem pra ele ler quando eu fosse embora. Peguei o celular, cliquei em mensagens e vi que tinham algumas na caixa de entrada:
"Tô com saudades de você."... "Por que você não responde minhas mensagens?"...
Eu fui na pasta de enviadas:
"Por causa do que você fez comigo. Eu ainda não esqueci, Larissa."... O que será que ela fez pra ele? Espera... Por que eu tava preocupado com isso? Era pra eu estar preocupado sobre quem é essa menina! deixei o celular em cima da cama e saí para o quintal, onde Gabriel estava boiando na piscina. Pulei dentro e fui atacado por um beijo de língua.
Gente, ver o Gabriel molhado era outra história. Cada divisão de seu tanquinho estava respingada com a água da piscina, e eu não tirava os olhos de sua barriga. Ele percebeu isso e pegou minha mão, colocando ela em sua barriga. Ele começou a se massagear, me excitando. Logo, ele desceu sua mão e foi para o pau.
- Gabriel...
- Shh... Não tem ninguém aqui.
A frase dele estava certa pelos próximos segundos, quando meu pai e Felipe meio que deram um pulo sincronizado de bola de canhão na piscina, nos molhando. Mais.
- Briga de galo! Briga de galo! - Gritavam Felipe e meu pai, animados.
Esse era o problema do meu pai. Se você der um pouquinho de intimidade que fosse, ele era incontrolável. Felipe subiu nos ombros do meu pai e eu subi nos de Gabriel. Olhando pelo corpo do Felipe, era certo que eu ia perder, com certeza. Ainda por cima, meu pai estava lutando contra Gabriel, dando-os uma vantagem submissa (se vocês não sabem, meu pai consegue levantar o sofá de casa acima de sua cabeça, com as duas mãos e só).
- Estamos prontos? - Perguntou meu pai.
- Sim! - Gabriel respondeu.
Coloquei minhas mãos nas de Felipe, e comecei a empurrar. Aquelas mãos macias e másculas, porém gentis, como as de Gabriel. Felipe quase me jogou para trás com toda a força, mas eu segurei no Gabriel com as pernas. Quando eu dei por mim, Felipe não estava mais ali. Nem meu pai.
- O que aconteceu? - Perguntei.
- Eu dei uma rasteira no seu pai.
A rasteira de Gabriel, somada à reação da força de Felipe contra mim, foi o que nos deu a vitória. Perdemos das próximas duas vezes seguidas, e eu não vou contar como. Sou muito orgulhoso.
Saímos da piscina, almoçamos e nos secamos. Ameaçava chover. Troquei de roupa, coloquei o calção pra secar e ficamos no quarto do Gabriel, jogando videogame. Não me lembro qual jogo. Era um de luta. Toda vez que eu perdia, ele me dava um carinho na orelha e me beijava. Toda vez que ELE perdia, eu esfregava na cara dele, antes de calar a boca com um beijo. Ficamos assim o resto da tarde, trocando vitórias e beijos.
- Daniel? - Meu pai bateu na porta. - Vamos?
- Tá! Tchau, meu lindo.
- Tchau, meu fofo. Eu vou levar vocês na garagem. Vocês sabem como voltar, né?
- Aham.
Nós fomos de mãos dadas até a porta da garagem. Eu e meu pai entramos no carro e comentamos como foi a visita, e eu estava muito animado e ansioso pro dia seguinte. Chegamos em casa.
- Daniel. - Chamou meu pai.
- Oi?
- Achei o presente do Chico. - Disse meu pai, com a pazinha de lixo com um rato morto.
Me deu vontade de vomitar um pouco.