- Você quer ir até o fim?- ele perguntou- porque eu não vou fazer nada com você que você não queira, nunca mais.
Eu olhei em volta e vi que, fora a suave luz da lua, estávamos no mais completo escuro. Eles não nos veriam. A única iluminação era a da fogueira que morria e ainda assim ela iluminava somente em volta de si e olhe lá. Eles sabiam o que estava rolando, e algumas pessoas olhavam pro mar, mas percebi que mal viam onde estávamos. Não tinha pra que ter vergonha, certo? Além do quê, quando foi que eu resisti a esse homem?
- Eu quero e quero muito- falei- quero fazer amor com você entre o mar e as estrelas, minha vida.
Ele não disse nada, simplesmente me apoiou melhor e me deu um beijo lento e suave. Era em beijos como esse que eu sentia o quanto ele me amava, o quanto tinha carinho por mim. Ele me segurava por baixo, pela bunda, firme, pois as ondas eram fortes e nós subíamos e descíamos o tempo todo. Ele, ainda me beijando, começou a me penetrar, firme e continuamente. Bom, além da minha mão que ardia por causa da água salgada, eu sentia agora a ardência da penetração sem lubrificante, sem ter sido lambido por ele como sempre fazíamos. Mas ele era tão carinhoso, tão suave. Era uma sensação gostosa ao mesmo tempo que era incômoda. Ele usou o balanço lento mas constante das ondas de Noronha pra dar o ritmo da penetração. Subíamos e ele me segurava no lugar. Descíamos e ele entrava mais um pouco. Até que foi tudo.
- Acho que agora eu estou inteiro em você, príncipe- ele falou me olhando nos olhos- sabe, dentro de você é o meu lugar preferido no mundo todo!
- E ter você dentro de mim é a melhor sensação que pode existir- eu falei- vai, vai fundo... Pode fazer como quiser, amor!
Ele me ouviu e acelerou o ritmo, ainda usando o balanço do Oceano Atlântico pra me subir e descer, mas o ritmo do seu quadril era outro. Era mais forte e rápido, mas não era selvagem. Estávamos fazendo amor, não fudendo. Ele queria me possuir com preciosismo, com carinho e paixão. Não estava menos gostoso do que antes, pelo contrário, era ainda mais emocionante.
Logo vimos outros casais vindo da praia e tirando a roupa a beira mar. Em pouco tempo, a água estava cheia de homens e mulheres que queriam, talvez, declarar seu amor diante da Mãe Natureza, como nós; outros, quem sabe, apenas queriam aliviar um desejo que surgiu naquela noite e quem sabe jamais veriam aquela pessoa de novo.
Não nos importamos, afinal, fomos os primeiros, mas todos estávamos ali para o mesmo fim. Havia agora casais próximos a nós, coisa de dez, vinte metros de distância. Alguns, não eram tão discretos quanto nós. Mas nós mantivemos nosso ritmo firme e contínuo, até que ele intensificou o passo das metidas, apertando meu corpo com força. Ele foi descendo a boca pelo meu rosto e chegou ao meu pescoço, onde me chupou com força. Senti seu membro pulsar dentro de mim, ele gemeu baixo, claramente se segurando pra não fazer o escândalo que muitos outra casais faziam.
- Eu te amo, príncipe, e agora o universo todo sabe- ele falou encostando a testa na minha- do fundo do mar até a imensidão do firmamento.
- Nunca houve nem nunca vai haver amor mais conhecido que o nosso- eu disse- quem além de nós pode dizer que o universo todo sabe do nosso amor?
Nos beijamos mais uma vez, e voltamos para a praia, onde pegamos nossas roupas e nos vestimos mesmo molhados. Passamos de mãos dadas por Malena, uma das poucas pessoas que não tinham entrado na água pra fazer amor. Estava com uma cara azeda, sentada perto de um dos músicos, um cara bem feio por sinal. Parei perto dela e disse com meu sorriso mais sincero:
- Amore, muito obrigado pelo convite, viu?- ela me olhou furiosa- eu nunca, nunca vou esquecer essa noite que você nos proporcionou.
- Eu digo o mesmo- falou Otávio- me deu mais uma oportunidade de mostrar meu amor pelo meu príncipe.
- Ah, tá! Olha, não precisa zombar, não!- ela falou com raiva- eu nem queria você, seu esquelético, só fiz uma aposta com a Gisele que você não ia resistir a mim. Mas enfim, viado é viado.
- Nem se eu fosse hétero eu ficaria com alguém como você- disse Otávio- você não se dá ao respeito e ainda brinca com o sentimento alheio, com o relacionamento dos outros. Mas você só vai entender isso quando amar alguém de fato.
- Vocês acham que isso, esse amor de vocês é pra sempre?- ela falou rindo sarcástica- faz-me rir! Nada é para sempre, meu bem, ainda mais um relacionamento como o de vocês. Eu aposto que não dura um ano!
- Você faz apostas demais, Malena- eu falei- essa é outra que você vai perder. Boa noite.
Fomos até a encosta e subimos a pé mesmo. O funcionário que nos trouxe estava na água, com certeza. Bom, ele é humano, tem todo o direito de transar com quem quisesse e a hora que quisesse. Nós voltaríamos a pé, mesmo que demorasse. Mas, pra nossa sorte, passou um carta indo na direção da pousada uns dez minutos depois que começamos a andar e o motorista ofereceu carona.
Assim que chegamos à pousada, Otávio perguntou se havia uma caixa de primeiros socorros, que prontamente nos foi emprestada, e a levamos para o quarto, onde ele limpou e cuidou da minha mão com carinho e zelo. Sentir seu toque na minha mão, cuidando de mim e beijando "pra sarar o dodói do príncipe", como ele dizia, eu não conseguia parar de pensar no quanto eu tinha sorte de ele ter se apaixonado por mim. Otávio foi um presente de Deus na minha vida e isso eu vou dizer até o meu último suspiro. E então, depois de curado e de banho tomado, fomos dormir com a sensação de que éramos um só, indivisíveis, invencíveis, intocáveis. Ledo engano. A verdadeira tempestade ainda estava por vir. Malena e Gisela foram apenas um chuvisco comparado as tormenta que viria. Mas naquele momento, a felicidade era plena, pura e total.
Na manhã seguinte, acordamos por volta das oito e já estávamos atrasados pro café, já que iríamos aprender a mergulhar naquele dia. Novamente, encontramos meus pais sentados à mesa do café nos esperando. Eles logo perguntaram como tinha sido o luau, e nós respondemos falando a verdade, que Gisele tinha me trancado num depósito, mostrei minha mão machucada pelas farpas da madeira, e terminamos falando que dançamos e namoramos na frente de todo mundo, mas obviamente não falamos que fizemos amor na praia, claro. Meu pai já achou ruim o suficiente eu ter dito que beijei e dancei com meu amor na frente de todos, imagina dizer que fomos nos amar no mar. Mas de qualquer forma, minha mãe me parabenizou pela atitude e disse que talvez tivesse dado uma surra na varejeira da Malena. Essa, eu queria ter visto!
A semana seguiu tranquila, curtindo muito e fazendo amor com meu gatão todas as noites, mas sem fazer muito barulho, é claro. Não queria incomodar meus pais de novo. Na manhã do dia do megulho, que seria a nossa penúltima em Noronha, pois voltariamos para Belém no dia seguinte, Olga ligou para nós, mas Otávio não quis atender pois disse que estávamos de férias e deveríamos esquecer os problemas da cidade.
Mas enfim, pegamos o carro até a praia de onde o barco sairia pra nos levar junto com outros turistas pra ver o fundo do mar, nadar entre os peixes e quem sabe os golfinhos. Subimos no deque do cais junto a um grupo de cerca de dez pessoas, então éramos quase quinze turistas, mais o piloto, os dois instrutores de mergulho e o guia. Nós fizemos um curso na semana que tinha passado pra mergulhar. Não era demorado, mas era útil pra evitar acidentes. Passaríamos a manhã mergulhando, de dois em dois, a não ser minha mãe que iria com duas outras senhoras pois meu pai não sabe nadar. Ele convenceu os organizadores a deixarem ele ir no barco de qualquer forma, pois "mergulhadores bonitões de roupa colada poderiam dar em cima da minha mãe", ele pensava. Morto de ciúmes e fala de mim. Eu e Otávio nem ligamos pras crises de ciúmes dele, também.
Logo fomos descendo, e cada dupla ficava cerca de vinte minutos lá em baixo. Se tivéssemos pago um pacote melhor, poderíamos ter exclusividade e ficar bem mais tempo, mas a viagem já estava cara do jeito que estava.
Então, chegou nossa vez. Claro que descemos juntos. Fomos para a borda com os instrutores que estavam se revezando nas descidas para descansar, colocamos um pé fora e pulamos da borda do barco.
Ah, meu Deus! Até hoje quando eu me lembro dessa viagem, eu me emociono. Depois de fazer amor com Otávio no mar, aquele foi o momento mais bonito da viagem! Que visão! Os peixes nadando ao nosso redor, como se não tivessem medo, eu nadando ao lado do meu magrelo, segurando a mão dele... Foi como estar no céu, era tudo lindo! Pra mim, as melhores coisas da vida estão nesses momentos, sublimes, emocionantes e absolutos. Não havia mais nada na minha mente senão o mar, os peixes e Otávio. Nem o instrutor parecia existir. O barco, a terra, meus pais, Belém, o mundo... Tudo era somente a distante realidade do Otávio e do Donovan que ali embaixam não estavam. Éramos o magrão e o príncipe, um do outro e um para o outro naquela imensidão. Naquelas profundezas, pela primeira vez em toda minha vida, eu senti algo que eu achava que tinha, mas não tinha. Fé. Pela primeira vez eu tive uma certeza tão aboluta da existência de Deus que até me assustei. Mas percebi que se ele realmente quisesse meu mal, se me odiasse por ser gay, se me abominasse por ser quem eu sou, jamais me permitiria ser tão feliz. Foi de fato um momento muito especial.
Voltamos para o hotel e nos preparamos para nos despedir de Noronha. A uma semana e meia atrás, eu jamais imaginaria que fosse viver aqueles dias de Paraíso. Tirando a onda com a Malena e sua amiga croqui de messalina, foi tudo perfeito. E acabou que a situação toda nos aproximou mais e serviu pra me mostrar que eu tinha muito o que trabalhar na minha autoestima.
Fizemos as malas e nos despedimos do pedaço de céu que é aquele lugar e voltamos mais do que felizes para a civilização, fazendo o percurso inverso. Chegamos em Belém por volts das 15 horas, cansados mas felizes. Pegaríamos dois taxis, minha mãe e meu pai pra casa e Otávio e eu pro apê, já que eu voltaria pra cada só no fim do mês, depois dos dias que passaríamos em Salinas. Mas pra nossa surpresa, uma figura conhecida veio ao nosso encontro assim que saímos para o saguão do aeroporto. Era Olga, que vinha correndo, com enormes óculos de sol e um lenço enrolado na cabeça e amarrado no pescoço. Parecia saída de um filme antigo, até porque esta com um lindo conjunto de saia e blusa azuis. Minha cunhada é a mulher mais bem vestida que eu conheço!
Bom, isso não importa. Ela veio correndo esbaforida, e sem falar nada abraçou Otávio apertado. Na hora pensei "putz, um dos pais do Otávio deve ter morrido. Choro ou dou graças?" Mas claro que não falei isso, né?
- Menina, o que foi, o que te deu? Saudades não é!- ele disse pra irmã- foi alguma coisa com papai? Mamãe está bem? Anda, fala!
- Não, Pirulito. Pior! A polícia está te procurando!-ela falou quase chorando- reviraram seu apartamento, o porteiro disse que encontrou o gato tremendo de medo na cozinha, acha que eles chutaram ele ou algo assim. Eu disse que você só chega amanhã, pra te dar tempo pra pensar, fugir, sei lá!
- A polícia?! Mas porque a polícia estaria me procurando?- ele perguntou- eu não fiz nada de errado, estão atrás de mim porque?
- Otávio, um menino da escola denunciou você por assédio, ou algo assim. E uma moça te acusou de ter estuprado e engravidado ela- ela falou agitando as mãos- Está o maior rebuliço, parece que muitos alunos te viram beijando o Donovan numa micareta e os pais não gostaram. Começou com isso. Aí um moleque falou que você tinha passado a mão nele. E essa menina foi na polícia com um exame e fez a denúncia.
- O que? Só pode ter sido a vaca da Paula!- eu falei alto. Muita gente nos olhou- essa desgraçada quer vingança! E o que seu pai fez? Contratou um advogado?
- Ai, cunhado! Até parece! Meu pai mandou meu tio demitir o Otávio por justa causa- ela falou agarrada ao braço do irmão- e ele fez isso, óbvio. Ele disse que vai dar o apartamento para o Plínio, eu já até fui lá pegar o Tavinho.
- Isso é uma loucura! Como um pai faz isso!- disse minha mãe- sem ofensas, meu marido, mas que falta de coração! É claro que meu genro não fez nada disso!
- Meu genro, a melhor coisa que você faz é se entregar. Você deve ter direito a uma cela especial por ter ensino superior completo, mas estupro é inafiançável- meu pai falou e abraçou Otávio- eu vou fazer o que estiver ao meu alcance pra te proteger, meu filho, não se preocupe.
Eu quase chorei nessa hora. Não sei se pelo desespero de ver a situação ferrada em que Otávio estava ou se por ver meu pai chamando Otávio de "meu filho" e assumindo para si a responsabilidade que era do seu Gedeão.
Otávio começou a chorar e abraçou meu pai de volta. Logo estávamos todos abraçados juntos, chorando no meio do aeroporto. Merda de cena triste de fim de novela mexicana! Eu tinha vontade de matar a Paula! Ia arrancar o filho dela pela boca se preciso fosse!
Nos soltamos e a única coisa que me vinha a cabeça era que Otávio seria violentado na cadeia. Se isso acontecesse, todo o tratamento que ele vinha fazendo, todo o nosso esforço em controlar os surtos psicóticos dele iriam por água abaixo, aliás era até capaz de piorar de maneira irreversível. Decidimos sair do aeroporto e ir pra minha casa, talvez lá a polícia não procurasse por Otávio, teríamos tempo de conseguir um advogado e tirar meu magrelo dessa, só precisávamos provar que tudo que ocorrera entre Otávio e Paula era consentido. Ainda teria a acusação de assédio a um menor de idade, mas isso poderia ser aguardado em liberdade. Mas peraí, quem tinha sido o desgraçado que inventou mais essa história? Eu duvidava muito que Otávio tivesse sequer tocado em outro homem que não fosse eu em toda sua vida por vontade própria, então...
- Olga, você sabe o nome do menino que acusou o Otávio de assédio?- perguntei chegando perto do portão do aeroporto- porque eu que eu saiba quem come os viadinhos lá na escola é seu primo, não meu amor!
- Nossa, eu já nem me surpreendo com as cachorradas do Plínio- ela falou fazendo cara de nojo- mas não sei se é uma rasgada dessas, me disseram que o menino é de boa família e tem dinheiro. Chama George... Gilbert... Gue...
- Gehardt- eu disse- o nome dele é Gehardt.
- Isso! Você conhece?- ela perguntou- o nome era esse mesmo!
Nem deu tempo pra responder, na hora em que eu abrir a boca, dois agente da polícia civil apareceram armados na porta a nossa frente e mais um veio por trás, da direção dos banheiros do andar de baixo.
- Otávio Augusto Mello Franco- falou o policial a nossa frente- o senhor está preso por estupro e corrupção de menores.
- Por cima do meu cadáver- eu gritei e pulei na frente dele- pra encostar nele vai ter que me matar!
- Meu filho, não faz isso! Só vai piorar a situação do Otávio- meu pai falou- sai da frente e vamos acompanhar o Otávio até a delegacia!
- Mas isso está errado! A Paula é uma mentirosa invejosa!- eu gritei enquanto meu pai e minha mãe me arrastavam, tentando me tirar da frente dos policiais- me solta, pai, eles não podem levar ele assim, me solta!
- Se esse rapaz não para de tentar obstruir nosso trabalho, vai preso também!- falou o policial- esse homem é um criminoso perigoso.
- Não sou. Mas seu pai está certo, meu amor. Não se meta nisso- ele falou enquanto era algemado- Marcos, eu não quero o Donovan na delegacia. Eu morro se ele por os pés num ambiente desses por mim. Vai dar tudo certo, OK, amor?
Ele estava com um olhar desolado, mas se segurou por mim, tenho certeza. Ele provavelmente queria gritar e chorar, mas se manteve firme. Olga já estava chorando agarrada à minha mãe. Meu pai ainda me segurava, mas eu fazia menos força. Ele estava sendo levado como um marginal qualquer, como um criminoso que não era. As pessoas no aeroporto nos olhavam com medo, nojo, pena. Eu chorava de soluçar, mal conseguia respirar. Quando eles estavam prestes a fechar o camburão (meu gatão dentro daquele camburão foi a visão do inferno, eu preferia ter morrido dez vezes antes de ver o olhar silencioso de desespero do meu magrelo), eu corri dos braços do meu pai e fui até ele e deu um beijo na boca mais perfeita do universo. O policial me puxou e empurrou pra longe.
- Sai daí, viado maluco!- ele falou colocando a mão no coldre- vai acabar preso ou levando um tiro!
- Meu amor, eu vou te tirar daí nem que eu tenha que revirar o mundo do avesso- eu gritei enquanto o camburão era fechado- eu não vou descansar enquanto você não estiver livre!
Eles fecharam tudo e foram saindo. O terceiro policial entregou um papel me intimando a depor. Eles já sabiam do meu envolvimento com Otávio? Paula, é claro! Era capaz da vadia ainda ter dado um jeito de me enrolar nessa história, ou algo assim. Eu virei pra frente e vomitei tudo que tinha no estômago. Acho que foi uma reação emocional, sei lá. Senti as mãos dos meus pais nas minhas costas.
- Não se preocupe, filhão, eu não vou deixar nada de mal acontecer com ele- falou meu pai- eu já estou ligando pra um amigo meu que estudou comigo, ele é excelente criminalista e vai tirar Otávio dessa!
- Mas como vamos pagar?- Olga perguntou- eu não tenho muito dinheiro, papai é quem paga meu apê! E eles não vão ajudar, de jeito nenhum!
- A gente cobre os custos por enquanto- minha mãe falou- só não sei por quanto tempo, já que essa viagem foi muito cara! Ai, porque decidimos ir junto!
- Mãe, se Otávio for violentado na cadeia, ele vai piorar!- eu falei desesperado- eu tenho que tentar de tudo! Eu vou agora mesmo falar com seu Gedeão e dona Úrsula, eles precisam fazer algo!
- Meus pais vão te expulsar, capaz até de soltarem os pit bulls em cima de você - falou Olga- não faz isso, Donovan! Eles estão irredutíveis!
- Se eles não vão ouvir meu filho, vão ouvir a mãe- minha mãe falou- Olga, eu vou falar com sua mãe agora! Você me leva até lá? Eu estava mesmo querendo conversar de mulher pra mulher, de mãe pra mãe com a dona Úrsula Franco!