Boa noite pessoal, vai ai mais um post imenso, mas fica como compensação por não poder postar todos os dias. Bom, agora o conto passa a dar lugar também ao erótico, afinal esse é um site de conto erótico. Perguntei se queriam sexo ou não na história mas ninguém se manifestou, rsrs.
Tay Cris, é, não deu para o Alexandre controlar o ciúmes né, ele precisou de outro cara para abrir seus olhos e correr atrás do prejuízo. É verdade, o Alexandre é meio mandão mesmo e o Daniel meio marrento, mas acho que eles irão saber se acertar nesses quesitos, o amor falará mais alto.
Angelmix, é verdade, mas no caso do Alexandre ele já descobriu isso faz tempo, ele esta apenas fazendo nos leitores conhecer os sentimentos dele para com o Daniel. Obrigado pelos elogios, beijão.
HPD, Que coisa hein, mas até que a participação desse mala do Gustavo foi legal, só assim serviu pra dar um safanão no doutor fofura e fazer ele não comer bola e deixar o Dani escapar. Bom, acho que o que todos esperavam vaia acontecer nesse post, agora é hora dos dois serem felizes.
Cândido, com certeza era disso que o Alexandre estava precisando, embora não seja só obrigação dele conquistar o Daniel, mas ele dará o primeiro passo. Agora vamos ver como eles irão se sair, mas já garanto, terá caminhões e mais caminhões lotados de beijos pros dois.
stahn, é o clima ficou tenso ali, e ficara ainda mais. O Alexandre já se assumiu pra ele mesmo que ama o Daniel, apenas não assumiu pra nós leitores, mas nesse post vocês verão isso. Sobre a família do Thiago, ainda é cedo pra pensarmos nisso, agora é hora do Daniel ser feliz e fazer o Alexandre feliz também. Beijão meu caro.
Amigah18, realmente é isso mesmo que falta pra eles, um acaso, um empurrãozinho e um dar o primeiro passo e assumir essa paixão.
Oliveira Dan, pense num cara apaixonado e meio nervoso, pense também no seu amor ali com outro carinha fazendo gracinha pra ele, pronto, o Alexandre virou um bicho e bebeu mesmo, mas foi bom, ele soltou tudo o que sente. Adoro essa sua fome de conhecimento, então vamos lá, rsrs. Quanto a sexualidade do Alexandre, nem vou discutir com você pois esse post mostrara tudo e você esta certíssimo, ele esta no armário, esperando alguém que valha a pena e apesar de ser um homem, adulto, ele ainda terá que enfrente sua família, contar sobre sua sexualidade, mas isso é mais pra frente. Bom, agora não é hora de pensarmos nos sogros do Daniel, é hora de curtimos um romance que esta chegando ai, mas uma coisa garanto, acho que o Roberto deve estar vivendo com uma culpa enorme nas costas, então ele já esta tendo um castigo. Olhe, quanto suas outras suposições só tenho uma dica pra você, não exclua nada que fica martelando sua cabeça, kkkkk. Beijossss.
diiegoh', obrigado pela visita.
fabi26, Obrigado pelo elogio, não é surpresa ser uma garota, a maioria dos leitores da minha história são mulheres, seja bem vinda. Grande abraço.
kingwithnocrown, o ciúmes foi apenas a gota d´agua pra eles assumirem o que sentem, vai ficar cada vez mais difícil eles esconderem o que já esta escrito na testa deles, que se amam.
lipe31, será que já existiu? Bom, não deixa de ser interessante essa suposição. Sim, o Alexandre estava perfeitinho demais, porque a história estava sendo retratada sobre o ponto de vista do Daniel, mas agora a história será retratada também sobre o ponto de vista do Ale, daí sim veremos os defeitos dele, os medos, as falhas, qualidades.
Lolito20, na verdade esse ciúmes só servira pra desmascarar pra nós leitores, pois ele já assumiu pra ele mesmo que ama o Daniel, mas ainda não fomos informados disso, mas nesse post vocês entenderão tudo.Agradeço pelos beijos molhados, rsrs.
ametista, Nem me fale, da um trabalhão escrever, fico horas na frente do computado pra fazer um post e como sou exigente, demora ainda mais. Também adorei o doutor fofura todo estressadinho, mas é aquele negócio né, quem ama cuida.
Geo Mateus, obrigado pela visita, também goste do doutor todo irritadinho, mas agora as coisas começam a mudar né, não da mais pra fingir que eles não se amam. sonhadora19, A Gabriela, coisa boa? Rsrs essa daí nem o capeta vai querer no inferno. Bom, um deles terá que dar o primeiro passo, mas acho que o Daniel também tem que fazer algo e não só o Alexandre. Beijos....
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Alexandre vendo a cena, se levantou, indo até ele, com o rosto fechado e o olhar sério.
Daniel que ainda dava atenção para o amigo inconveniente ficou surpreso ao ver o médico em pé ao lado de sua mesa.
Daniel – Alexandre, que surpresa cara. Disse com um sorriso tímido no rosto.
Dominado pela raiva e pelo ciúme, Alexandre permaneceu com sua expressão fechada, como se tivesse indo para uma guerra.
Alexandre – Atrapalho alguma coisa?
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Capítulo 20
Daniel – Como vai cara?
Daniel – Hoje é aniversário do Pablo, viemos comemorar aqui.
Alexandre ficou em silêncio, Daniel até então não tinha percebido o jeito do médico, o ciúmes que estava escancarado em seu rosto. Alexandre ficou com o olhar sério mas o que lhe irritava ainda mais era o sorriso pedante que Gustavo mantinha no rosto, enquanto Daniel falava com ele.
Alexandre – Pelo jeito esta se divertindo bastante né?
Gustavo – Essa é a intenção rapaz.
Gustavo respondeu no lugar de Daniel, com um tom de malícia, fazendo o sangue de Alexandre ferver ainda mais.
Daniel – Desculpa, não lhe apresentei, esse aqui é o Gustavo, fazíamos anos que não nos víamos mas nos encontramos por acaso hoje.
Gustavo – Eu diria que são coisas do destino.
Gustavo estendeu a mão para cumprimentar Alexandre mas esse o ignorou completamente, nem olhando em seu rosto, se aproximando ainda mais de Daniel, que só então percebeu que ele estava diferente, um pouco alterado pela bebida.
Alexandre – Nunca mais consegui falar com você no celular.
Alexandre- Achei que estivesse trabalhando demais.
Alexandre – Mas pelo visto acho que não é tanto assim.
Daniel – Desculpa, eu ia te retornar mesmo, mas sempre acontecia um imprevisto...
Alexandre – Tudo bem, outra hora nos falamos, não quero atrapalhar sua noite. Alexandre respondeu com o olhar triste, deixando Daniel com o peito apertado. Embora estivessem vivendo esse afair não declarado, nenhum dos dois tinha sido sinceros um com o outro, em revelar o que sente, apesar de até as pedras da rua já saberem que estavam completamente apaixonados um pelo outro.
Novamente Gustavo interrompeu o papo dos dois, agora perdendo a noção do perigo, segurando Alexandre pelo braço.
Gustavo – Bom, então já que vão conversar depois, vamos dar uma volta Dani?
Alexandre fez uma cara feia, capaz de matar um exercito inteiro, ao mesmo tempo em que fechou a mão, pronto para acertar um murro nas fuças daquele rapaz atrevido.
Antes mesmo de agir por impulso, ele teve seu corpo abraçado por Malu, que observava tudo de longe e foi rápida, antes que o pior acontecesse.
Malu – Que surpresa doutor, que felicidade encontrá-lo.
Ainda desconcertado, ele abraçou a moça, enquanto Pablo mudava totalmente o rumo da conversa, falando uma besteira qualquer.
Alexandre cumprimentou o casal e deu um jeito de sair o mais rápido dali, sem ao menos se despedir de Daniel, que ficou o tempo todo esperando a chance de falar com ele.
Malu – Vamos pra pista também Daniel?
Daniel – Claro, vamos sim.
Daniel se despediu rapidamente de Gustavo, mas ficou o tempo todo tentando achar Alexandre no meio daquela multidão.
Malu – O que foi isso cara?
Malu – Você não pode dar uma chance para o Alexandre mas fica de gracinha com esse prego que apareceu do nada?
Daniel – Não estou de gracinha com ninguém e nem sei de onde o Gustavo surgiu, nem lembrava mais dele.
Daniel – Eu preciso falar com o Alexandre, o que ele esta pensando de mim?
Malu – Precisa falar mesmo, mas não agora, ou você não reparou que ele estava alterado demais?
Daniel – Eu não fiz nada Malu.
Malu – Realmente Daniel, você não fez nada, esse é o problema. Faça alguma coisa.
Alexandre voltou pra mesa onde os amigos de André estavam, sua vontade era ir embora o mais rápido dali, mas antes iria ter que agüentar mais algumas chateações.
Gabriela – Oi você foi meu amor? Gabriela já se jogou em cima dele, beijando seu rosto.
Alexandre – Para Gabriela, me deixa em paz.
Gabriela – Porque não aproveitamos e vamos embora daqui?
Gabriela – Você poderia me levar em casa, estou sozinha, me sentindo tão só.
Alexandre voltou a beber, enquanto a garota praticamente se jogava em cima dele.
Alexandre – Mas que saco, será que não deu pra notar que não estou afim?
Alexandre – Pare de oferecer pra mim, não estou afim de você.
Gabriela – Você e um grosso, quem você pensa que é pra falar assim comigo?
André – O que esta acontecendo aqui pessoal?
Gabriela – Vá te catar também, maldita hora que aceitei seu convite.
Gabriela pegou sua bolsa e saiu daquele lugar cuspindo fogo, por ter sido rejeitada pelo médico.
André – O que esta acontecendo com você meu irmão?
Alexandre – Me deixe também, larga do meu pé. Alexandre também saiu, deixando o irmão sozinho.
A noite também já tinha acabado para Daniel, ele queria a todo custo ver Alexandre mas não conseguia encontra-lo mais. Se dando por vencido, Daniel foi até o banheiro e foi surpreendido por Gustavo novamente.
Gustavo – A sorte esta do nosso lado mesmo hein, nos dois aqui, sozinhos.
Daniel – Gustavo, outra hora, estou indo embora.
Gustavo – espera Dani, desculpa se seu namoradinho ficou com ciúmes.
Daniel – Não tenho namorado cara.
Gustavo – Se não tem, então melhor ainda.
Gustavo se aproximou de Daniel, passando a mão em seu pau, enquanto tentava lhe beijar.
Daniel – Não cara, não estou afim.
Gustavo enfiou a mão por dentro da calça de Daniel, sentindo sua rola, enquanto o mesmo tentava a todo custo se soltar.
Gustavo – Você continua o mesmo gostoso hein.
Daniel não agüentou mais e perdeu a paciência com ele.
Daniel – Me solta porra. Disse empurrando o rapaz.
Gustavo – Qual é cara? Vai dar um de difícil agora?
Daniel segurou Gustavo pela camisa, voltando a xingá-lo.
Daniel – Experimenta tocar em mim novamente, te quebro inteiro cara.
Dessa vez o rapaz pareceu entender as negativas de Daniel, pois ficou tremendo de medo ao vê-lo daquela maneira.
Alexandre estava num canto daquela boate com um copo na mão até ser pego pelo irmão, que o segurou pela cintura, enquanto apoiava a outra mão em seu ombro.
André – Vamos embora cara.
Alexandre – Me larga.
Alexandre tentou protestar mas estava tão bêbado, que nem conseguia ser entendido, resmungava algo enquanto cambaleava, sendo segurado por André.
André levou o irmão para a casa da mãe, o sentando no sofá enquanto tirava seus sapatos e calça, até deixá-lo de cueca.
André – Anda, vem comigo, vamos curar essa bebedeira.
André levou Alexandre para a ducha fria, segurando seu irmão que ainda estava um pouco tonto.
Alexandre – Ta frio isso aqui cara.
André – Que bom, só assim pra curar essa bebedeira.
Alexandre reclamou um pouco mas foi ficando mais calmo, deixando a água cair em seu corpo.
André o deixou sozinho no banho enquanto foi preparar um café forte.
Aos poucos Alexandre foi curando-se do efeito da bebida e relembrando da cena de Daniel com outro cara, parece estar muito feliz.
No mesmo instante começou a chorar, deixando á água, agora quente, se misturar com suas lágrimas.
Alexandre – Porque Daniel?
Alexandre – Porque você não me ama?
Alexandre – Será que um dia você vai gostar de mim? Será que um dia vai me amar, como eu lhe amo?
Quando André chegou ao quarto Alexandre estava só de cueca, dormindo num sono profundo.
Daniel também ficou pensativo em sua cama, passou o resto da noite levando sermões de Malu, mas nem ele conseguia mais mentir mais, estava apaixonado por Alexandre e pelo visto estava sendo correspondido.
Alexandre acordou bem tarde no dia seguinte, estava com uma dor de cabeça desgraçada, com a boca seca e uma ressaca insuportável.
Sentou-se na porta da cozinha, debaixo do sol e ficou olhando o céu, com o pensamento meio perdido, tanto que nem percebeu a presença de André, sentando-se ao seu lado.
André – Como você está?
Alexandre – Com uma ressaca.
André – Imagino mesmo. Disse rindo para o irmão.
Alexandre – Nossa, bebi demais ontem.
André – Pois é, fiquei preocupado com você.
Alexandre – Te dei trabalho né?
André – Até que não, você não é mais forte que eu, deu pra lhe carregar.
Alexandre – Dei muito vexame?
André – Bom, só com a Gabriela, mas depois você se desculpa pelo fora que deu nela. E também por ser fraco pra beber né.
André que até então estava levando tudo na brincadeira, mudou seu tom de voz, agora abraçando o irmão.
André – Ei cara, o que esta acontecendo com você?
André – E te conheço, sei que esta triste.
André – Poxa, somos parceiros, se abre comigo.
Alexandre olhou para o irmão, que além de irmão, também era seu melhor amigo. Sua vontade era se abrir, desabafar, mas não tinha coragem de dizer para André que era gay e estava apaixonado por outro cara.
André – Você esta gostando de alguém, não é?
Alexandre olhou surpreso para ele, mas não confirmou nada.
André – Você não precisa dizer nada cara, eu sei que é isso.
André – Poxa cara, vai a luta, corre atrás da sua felicidade.
André – Depois de tudo que você passou, enfrentou, ninguém mais nesse mundo merece ser feliz, como você.
Alexandre sorriu para o irmão, e entendeu o recado, iria seguir seus conselhos e ir em busca da sua felicidade.
Duas semanas se passaram e Alexandre e Daniel falaram-se apenas uma vez por telefone, mas não comentaram sobre o ocorrido na boate e desde então seguiram suas rotinas.
Malu – Anda Pablo, faça tudo que eu mandar e nunca me desminta.
Pablo – Mas não entendi até agora o que estamos fazendo aqui.
Malu – Você não precisa entender nada, apenas me obedeça.
Malu – Agora deixe eu apoiar em seu ombro.
Pablo entrou com Malu, que estava escorada em sua corpo, fingindo uma doutor dilaceradora.
Médico – Dói?
Malu – Muito doutor.
Malu – Eu torci o pé doutor, não consigo nem pisar no chão.
Médico – Deve ter sido apenas um inchaço, pois tiramos um raio x e voc~e não tem nada quebrado.
Malu – Só preciso ficar aqui deitadinha doutor, até passar.
Médico – Claro, tenho certeza que não é nada grave. O médico saiu e Malu parou o fingimento.
Pablo – Eu não acredito que estamos fazendo isso.
Malu – Pare de reclamar e veja se encontra ele.
Não demorou a Pablo voltou com a noticia que ela queria e segundos depois já estavam em outra sala.
Malu – Doutor Alexandre, que coincidência?
Alexandre – Ola, como vão?
Malu – Mais ou menos, torci o pé, acho que quebrei?
Alexandre – Já foram atendidos?
Pablo – Já sim.
Malu – Nossa, que coincidência, nem imaginava que você trabalhava nesse hospital.
Alexandre – Pois é.
Malu – Mas que droga viu, justo essa semana que tenho milhões de cosias pra fazer e ainda preparar o niver do Dani.
Alexandre – É aniversário do Daniel?
Malu – Mas que ótimo ver você, daí já te convido.
Malu – Vou fazer uma surpresa pra ele lá em casa na sexta.
Malu – Você esta convidadíssimo.
Alexandre – Malu, é que...
Malu – Nem ouse não aparecer, e se tiver de plantão, falte o plantão.
Alexandre sorriu para ela e se animou com o convite.
Pablo – Porque esse teatro todo? Não seria mais fácil ligar pra ele e convidar?
Malu – Quero que tudo apareça ser por acaso e não armado e planejado.
No dia se seu aniversário Daniel foi trabalhar normalmente e nem desconfiou que a amiga preparava uma festa surpresa pra ele, na verdade ele nem gostava de festas, odiava ser o centro das atenções.
Daniel saiu do trabalho e não havia ninguém em casa, Malu já tinha planejado tudo, ligou em seguida pra ele meio chorosa, dizendo ter uma briga feia com Pablo e Daniel não pensou duas vezes em ir consolar a amiga.
Daniel – O que houve, que briga foi essa?
Malu – Desculpa ter tirado de casa no dia do seu aniversário pra ficar ouvindo minhas lamentações.
Daniel – Para com isso Malu, você é minha amiga e odeio aniversários.
Daniel – Vamos dar uma volta vai, daí você me conta tudo.
Malu – Vamos só subir, preciso pegar uma blusa.
Os dois subiram para o apartamento dela e Daniel não parava de fazer perguntas, querendo entender o porque deles terem brigado.
Malu abriu a porta do apartamento e Daniel já foi entrando, falando, mas ao acender a luz levou um susto.
Malu – Surpresa!!!!!
Daniel ficou surpreso, sua família estava ali, também tinha alguns amigos dele e outros conhecidos.
Malu – Parabéns meu amigo.
Daniel – Eu não acredito que você armou tudo isso?
Na sala havia um bolo, bolas, uma faixa e até chapeuzinho pra colocar na cabeça. Daniel ficou com a cara de raiva, odiava surpresas mas o pessoal nem ligou, foi até ele o abraçando, desejando felicidades. Aos poucos foi se rendendo e curtindo sua festa.
Ângela – Parabéns meu filho.
Daniel – Obrigado mãe.
Taís – Parabéns tio.
Daniel – Minha princesa, obrigado.
Conforme o protocolo, Daniel conversou com todos, fez o social e depois foi curtir os amigos mais chegados.
Daniel – Você me paga viu Malu.
Malu – Você ainda vai me agradecer muito por esse dia.
Daniel – Porque você não para de olhar nesse relógio?
Malu – Não é nada, vai lá na cozinha pegar uma cerveja.
Malu já estava um pouco nervosa, já tinha passado um bom tempo da festa e começou a achar que seu plano tinha dado errado, até escutar a campainha tocando.
Malu – Doutor fofu..Doutor Alexandre. Disse rindo, enquanto recebia o médico.
Alexandre – Como vai? Me atrasei um pouco.
Malu – Que nada, entre, vamos.
Alexandre estava bem vestido, com uma camisa azul de botão, com o cabelo molhado, jogado para trás e sua barba toda aparada.
Malu apresentou Alexandre para alguns amigos enquanto esperava Daniel aparecer.
Daniel estava conversando com Pablo quando Malu chegou com o médico.
Alexandre – Feliz aniversário Daniel.
Daniel ficou novamente surpreso no mesmo instante que abriu um sorriso.
Alexandre vendo que ele não reagiu, o abraçou, desejando-lhe os parabéns novamente.
Daniel – Não sabia que você viria, alias nem sabia que eu teria uma festa.
Daniel – Mas que bom que veio.
Alexandre - Pois é, nos encontramos por acaso e a Malu me convidou.
Alexandre – Pelo visto seu pé melhorou hein. Alexandre olhou rindo para o pé de Malu que calçava um salto gigantesco, com certeza todo teatro dela não tinah colado para o médico, mas isso nem importava mais.
Os dois ficaram sozinho e emendaram um papo bem animado.
Alexandre – Alguém tem que avisar que você não é mais criança, tem até chepuzinho.
Daniel – Pois é né, eu não tenho nada a ver com isso.
Alexandre não era um cara bonito, era charmoso, simpático e naquela dia estava mais que o normal e Daniel não conseguia deixar de apreciar essa sua beleza.
O papo só foi interrompido por um amigo de Daniel que o chamou. Alexandre aproveitou e deu uma circulada pela sala e sentou-se num sofá, mas em seguida teve uma grata surpresa.
Taís – Oi tio Xande.
Alexandre – Ola, minha gatinha. Como você vai?
Taís – Eu estou bem, porque você sumiu tio Xande?
Alexandre – Não sumi não, apenas estava ocupado. Taís sentou-se ao seu lado no sofá, conversando com ele.
Taís – Eu fiquei com saudade. Alexandre riu para a garotinha confirmando o mesmo.
Alexandre – Eu também fiquei com muita saudade, você é uma princesinha.
Taís ficou olhando para ele, olhando seu rosto, o deixando sem entender.
Taís – Tio, posso passar a mão na sua barba?
Alexandre – Claro que pode.
Taís ficou em pé no sofá e devagar foi tocando o rosto do médico, mas recuou ao sentir uma espeta.
Taís – Ela espeta.
Alexandre – Um pouco, mas faz cócegas também.
Alexandre segurou o braço da menina, passando em seu rosto, tirando sorrisos dela, que tentava se desvencilhar.
Alexandre - Viu?
Daniel apareceu e fez companhia aos dois.
Daniel – Que farra é essa hein?
Taís – Tio, a barba do tio Xande faz cócegas, passa a mão pra você vê.
Daniel olhou para Alexandre que também ficou sem graça pelo comentário inocente da garota.
Daniel – Para de perturbar o Alexandre Taís.
Alexandre – Deixe Daniel, ela é minha amiguinha, não é Taís?
Taís – Tio, o tio Xande é meu amigo.
Daniel – Sei.
Alexandre – Acho que tem alguém com ciúmes viu Taís.
Daniel – Você dois andam cheios de segredinhos hein.
Daniel deixou os dois conversando e foi falar com outro convidado. Alexandre voltou a ficar sozinho mas não por muito tempo.
Lucia – Boa noite, não conheço você.
Alexandre – Sou amigo do Daniel, o conheci numa obra.
Lucia começou a puxar papo com Alexandre mas Malu sempre atenta atrapalhou os planos da irmã de Daniel, sejam elas quais eram.
Malu – Vamos cantar parabéns.
Daniel – Isso já é demais né Malu.
Taís – Vamos tio.
Daniel ficou no centro da mesa e na hora de apagar as velinhas, levantou Taís para assoprar.
Taís – Tio, tem que fazer um pedido.
Daniel olhou para Alexandre que já estava mais a frente e respondeu para Taís.
Daniel – Eu já fiz meu amor.
O resto da noite foi sem grandes novidades, aos poucos as pessoas foram indo embora. Ângela e Lucia também resolveram ir mas Malu impediu que Daniel fosse embora, ela ainda tinha uma cartada final.
Daniel – Vai com meu carro Lucia, depois o Pablo me da uma carona.
Alexandre e Daniel voltaram a conversar mas logo o médico também se despediu.
Malu – Doutor, pode dar uma carona ao Daniel?
Daniel – Que isso Malu, o Pablo já vai me dar.
Malu – Mas ainda vamos fazer umas coisas, daí pensei...
Alexandre – Claro que posso, é meu caminho também.
Daniel a fuzilou com o olhar, sabia quais eram suas intenções mas no fundo estava adorando.
Os dois foram embora conversando animadamente. Alexandre guiava o carro, olhando o tempo todo para Daniel.
Daniel – Fiquei feliz mesmo por você ter vindo.
Alexandre – Também gostei demais e também revi a Taís.
Daniel – Estou ficando com ciúmes viu, tudo agora é tio Xande.
Alexandre – É, estou achando que você vai ter que dividir seu posto de tio comigo.
Alexandre seguia por uma avenida, enquanto Daniel colocava a cabeça para fora do carro.
Alexandre – O que foi?
Daniel – Estou vendo o céu, esta uma noite tão bonita.
Daniel – Olhe a lua, as estrelas.
Alexandre – Vou te mostrar uma coisa.
Daniel – O que?
Alexandre – Confie em mim.
Alexandre mudou o caminho de suas casas, pegas uma estrada.
Daniel – Onde esta me levando doutor?
Alexandre – calma, já disse pra confiar em mim, mania que você tem de perguntar.
Daniel – Ta bom.
Daniel – Perai, essa estrada não levar lá pra fabrica onde nos conhecemos?
Alexandre – Sim, mas nem vamos passar perto de lá.
Alexandre dirigiu por mais alguns minutos e parou o carro na beira de uma estrada.
Alexandre – Vem.
Daniel – Pra onde?
Alexandre – Não discute, vem logo.
Daniel também desceu do carro, encostando-se em sua lateral.
Alexandre – Olhe essa vista.
Daniel – Nossa, que lindo.
De onde eles estavam tinham uma visão privilegiada daquela parte da cidade, sendo possível ver todos seus prédios e milhões de luzes e mais acima o céu estrelado.
Daniel – Como descobriu esse lugar? que visão linda.
Alexandre – Descobri por acaso, um dia vindo embora da fábrica.
Os dois ficaram lado a lado, encostados na lateral do carro, vendo a cidade lá em baixo.
Sem perceberem, já estavam de mãos dadas, em silêncio, olhando aquelas milhões de luzes até Alexandre quebrar o silêncio.
Alexandre – Daniel....Ele ficou de frente pra ele, olhando no fundo do seus olhos.
Alexandre – Eu não sei como fazer isso, alias nunca fui bom nessas coisas.
Alexandre – Eu achei que pudesse controlar o que eu sentia mas pouco a pouco isso foi aumentando em meu peito e quando me senti ameaçado, vi que não conseguia mais lutar contra.
Daniel – Por favor Alexandre...
Alexandre – Não fala nada Daniel.
A essas alturas os dois estavam de frente um para o outro e foram se aproximando.
Alexandre acariciou o rosto de Daniel, se declarando em seguida.
Alexandre – Eu te amo Daniel.
Aproximaram-se ainda mais, até seus lábios se chocarem, transformando-se num lindo beijo apaixonado.
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Continua...