Diego 444
Minha primeira reação foi com certeza de susto. Nunca esperaria um convite daquele tipo vindo do Fábio. Na verdade, nem vindo de outros clientes. Apesar de saber que as pessoas tem certos fetiches com quem cobra por sexo. Provavelmente o garoto de programa encarna em última instância o arquétipo do cafajeste, aquele cara incorrigível que por mais que você o agrade, sempre irá procurar outras camas. As mulheres adoram, todo mundo adora na verdade. As pessoas fantasiam com grandes amores. E para que amor maior que uma pessoa que ganha a vida vendendo sexo largar tudo e ficar com um só?
Não sei qual era exatamente a motivação do Fábio para fazer aquela proposta e foi exatamente minha primeira atitude indagar sobre isso.
- Qual a razão desse convite, Fábio?
- Eu estou gostando de você e a única forma de te ter é assim, pagando por todos os outros.
- Não cara. A única forma de me ter se estivesse gostando de mim seria me conquistar. Eu sou um ser humano como outro qualquer, eu tenho sentimentos. O que eu vendo é meu corpo e não minhas emoções. Pode me pagar e trepar comigo quando quiser e da forma que quiser, mas não pode comprar meu afeto.
- Desculpa Diego. - Ele notou que eu tinha ficado ofendido. - Eu quero que role algo de emoção sim, mas queria te dar a chance de largar essa vida. Eu posso te dar uma grana para você se manter.
- E que tipo de sentimento você acha que nasce se você me sustentar Fábio? Você deve ter se acostumado a ter tudo que o dinheiro pode comprar. E por isso não sabe dar o devido valor aos sentimentos dos outros. Eu já vendi meu corpo por vários preços diferentes, mas a única pessoa para quem dei meu amor, foi sem cobrar nada em troca.
- Então você ama mesmo uma outra pessoa?
- Amor. E vamos parar com essa conversa de pagar para namorar comigo, que isso me irritou. Vamos continuar sendo amigos que a gente ganha mais.
- Tranquilo. - Respondeu ele cabisbaixo.
O restante do caminho até minha casa foi de descanso absoluto. Estava subindo as escadas quando o celular toca.
- Alô?
- Dee?
- Oi?
- É o Ramon, lembra?
- Lembro sim. Claro que que lembro. Tudo bem cara?
- Tudo ótimo, você está livre?
- Estou sim. Cheguei da faculdade agora.
- Quer dar um pulinho aqui para a gente brincar?
- Vou sim, espera só eu tomar um banho rápido.
- Estou esperando.
Nada como mais um cliente para animar o dia. Entrei em casa apressado e disse a Nic que só jantaria quando voltasse porque ia atender. Tomei um banho meteórico e vesti uma roupa bem legal, chamei um mototáxi e em cerca de 45 minutos após a ligação já estava chegando no apê do Ramon e do Douglas, o casal gay que havia atendido outro dia e curtido muito.
Bati na porta e aguardei. Logo o Ramon abriu.
- Meu garoto, sabia que não demorava.
- Claro que não ia deixar meus clientes especiais na mão. - Falei rindo. - Cadê o Douglas?
- Ah, ele está viajando.
- Viajando?- Indaguei surpreso.
- É, precisou fazer uma viajem de trabalho. Então resolvi te chamar para matar o tempo. Estou sozinho e entediado.
- Entendi. - Falei rindo safado. Ele estava era querendo trair o esposo. Mas eu era profissional, se fosse querer atender apenas os puritanos, ia passar fome. Ele me puxou e deu um beijo bem molhado.
- Mas fica só entre a gente. Viu, meu gostoso?
- Claro, gato. Isso não sai daqui.
Rindo, ele me puxou pelo apartamento e me levou para o quarto do casal. Fiquei pensando que ele poderia ter a decência de me levar para um motel ou algo assim. Iria me abater na mesma cama que dormia todos os dias com o Douglas. Ele usava apenas uma camiseta tipo “machão” e um short e tirou ambos assim que entramos no quarto.
- Tira logo a roupa também e vem mamar aqui Dee. - Falou baixando também a cueca e deixando seu membro livre. - Saudade dessa tua boca.
Tirei toda a roupa e me joguei na cama dele, fazendo ar manhoso. Ele logo se aproximou da beirada e deu o pau para que eu chupasse. Lembrava claramente do estrago que aquele cacete fez invadindo minha garganta da última vez.
Pensei que ele forçaria tudo na minha boca, mas não. Ele me deixou chupar do jeito que quisesse e eu apenas fiz um boquete normal. Lambei suas bolas enormes e toda a extensão do seu mastro e caprichei bem na cabeçinha, arrancando vários gemidos.
- Quero meter logo. - Falou. - Desde aquele dia que sonho de novo com teu rabo.
- Vai com calma. Quase me mata naquele dia.
Ele pegou gel e camisinha e logo se encapou. Eu mesmo peguei gel e enfiei dois dedos em mim para relaxar. A maioria dos clientes era de passivos, mas os poucos ativos eram famintos como o Ramon. Ainda bem que relaxei meu o rabo com meus dedos, porque ele deitou-se por cima de mim e foi enfiando sem dó. Usando sua força bem superior a minha, me fez ficar deitado completamente de costas e senti todo o peso daquele moreno em mim. Quando senti seus pentelhos na bunda e o saco bater embaixo, percebi que estava completamente dominado, senti uma dor fininha lá no fundo do meu reto, mas não dava mais para reclamar. Ele segurou meus dois braços, me imobilizando e começou a bombar vigorosamente, me arrancando gritos de dor misturada com prazer.
- Ai porra.
- Tá doendo tá putinha?
- Tá sim. Ai, caralhoooooooooooooooo.
- Isso. Eu quero que você grite nesse cacete. Sei que você vive levando cacete, mas quero que lembre do meu como aquele que te faz gritar, entendeu? - Falou dando uma estocada mais violenta que as outras.
- Entendi. AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII....
Tive sorte que naquele movimento violento ele logo se acabou em gozo. Seu pau pulsou muito, o que me fez achar que o Douglas já o havia deixado na mão há alguns dias. Ao levantar-se, ele pegou a carteira e deixou o dinheiro no criado mudo. Sem dar uma palavra, entrou para tomar banho.
Me vesti, peguei meu dinheiro e sai. Tomaria banho em casa mesmo. Chamei o mototáxi e este logo chegou. Quando desci na frente do meu prédio, meu coração gelou ao ver um carro familiar parado. Era o Samuel.
Continua.
P.S: logo mais um.