A Sombra de Gaell, Parte - 5

Um conto erótico de Gaell
Categoria: Homossexual
Contém 1822 palavras
Data: 30/09/2013 14:41:10

Quando entramos em casa, veio aquela tristeza tão forte, era como se a ficha tivesse caído e só agora eu entendia que estava sozinho, mas me segurei para não demonstrar ou a Clarinha não ia me deixar e a ultima coisa que eu queria era ser mais um problema para ela que enfrentava a separação de seus pais.

Ela me ajudou a trocar a roupa de cama e depois me despedi dela com a promessa que no dia seguinte lá viria preparar o café e depois amocaríamos em algum lugar. Naquela noite demorei a dormir e só acordei por volta das nove horas, tomei um banho e esperei minha amiga chegar e nem tinha como ligar porque esqueci o celular na casa dela, e o tempo passava e ela não chegava então eu mesmo fui fazer meu café, eu sabia onde estava tudo, porque minha avó quando preparava nossas refeições sempre me pedia para pegar algo no armário ou geladeira, acho que ela queria que eu me familiarizasse com as coisas e não ficasse dependente das pessoas, e nessas horas eu entendi o quanto aquilo foi importante, fui na cozinha peguei um copo e abri o armário e peguei uma caixa de leite e coloquei no micro-ondas e esquentei, eu tinha um pacote de bolachas em algum lugar e com a mão fui tateando pelo armário ate que encontrei e assim tomei meu café e depois abri a porta da frente e fiquei lá fora um pouco me aquecendo no sol, era uma manha fria e aquele sol estava muito gostoso e depois entrei e fui ao piano que fazia um tempo que não tocava e me distrai tocando algumas musicas que minha avó gostava e que eu gostava e quando eu toco é como se eu me desligasse dos problemas, como se a musica fosse um escudo em que eu me sentia protegido.

Já tiveram uma sensação de que você estava sendo observado, só senti isso quando terminei de tocar a ultima nota, pois quando se é cego outros sentidos ficam mais apurados e o som do piano não me permitiu ouvir que minha sala havia pessoas.

G:Quem esta ai?

A:Cara você toca muito bem. Sou eu André.

Aquela voz novamente...

D:Uau não sabia que você era musico e outra coisa nunca esqueça de trancar a porta.

V:Ele não vai esquecer mais por que vai morar com agente.

G:Vagner?

V:Sua amiga me ligou hoje de manhã me contando e eu não vou permitir que você fique aqui sozinho.

G:Mas nós nem fizemos o exame ainda?

V:O exame é só uma formalidade, já esta claro que você é meu filho e eu não vou deixar você sozinho...não mais agora você é parte da nossa família.

M:É isso ae maninho vamo embora.

G:Obrigado...

Fiquei muito emocionado e ainda mais com o abraço de meus dois irmãos e meu novo pai todos juntos, era disso que eu sentia falta, calor humano ser querido e ter uma família, depor de um pouco de chororô os meninos me ajudaram a arrumar meus pertences e outro dia eu ia pensar no que fazer com a casa e os moveis, até porque minha avó não tinha mais filhos ou outros pares, eu era a única família dela e agora eu ganhei uma nova família.

Os dias foram passando fizemos o exame de DNA e na época demorava trinta dia para sair o resultado e como tempo aprendi a gostar dos meninos e de meu novo pai que era muito atencioso com nós e o mais engraçado foi que meus dois irmãos cortaram o cabelo igual ao meu para que ficássemos iguais, pois o cabelo dos dois era mais comprido e segundo eles tinham a intensão de mudar o visual e para a brincadeira ficar mais engraçado vestimos roupas iguais e ficamos os três na sala esperando nosso pai chegar e quando ele chegou ficou olhando para nós sem dizer nada e logo atrás dele chegou a Luíza e a Clarinha que ficaram amigas.

L:Minha nossa senhora.

V:Daniel, Marcelo e Gael.

L:Marcelo, Daniel e Gael.

A: Fala ae rapaziada.

Aquela voz novamente, era o André não sei porque aquela voz mexia tanto comigo e outra coisa que eu percebi era que ele não falava muito quando eu estou perto, ou melhor, pouco falava comigo, acho que ele não gostou muito de mim.

Aquele dia foi bem divertido em desceram que sabia que era eu por causa do olhar, pois que é cego tem um olhar parado, mas naquela semana o meu pai insistiu para que eu fosse procurar um especialista para tentar encontrar um tratamento, mesmo eu dizendo que já tinha fito o possível, ele disse que havia um medico famoso que poderia nos ajudar, com a insistência de todos eu acabei acatando.

No dia marcado para a consulta eu soube que era no hospital do André, mas nesse dia ele não apareceu, de certa forma fiquei triste, por que ao saber que seria no hospital dele eu poderia ouvir aquela voz de novo. Mas voltando ao assunto na hora marcada meu pai foi comigo assim como a Clarinha e o medico que me atendeu foi muito atencioso e pediu uma bateria de exames após eu contar como começou minha deficiência. Os exames foram feitos no mesmo hospital que dizendo a Clarinha era muito bonito e moderno, com certeza saiu uma fortuna e ate falei para meu pai sacar o que tivesse na minha conta poupança para ajudar a pagar, mesmo não sendo suficiente.

Ele disse que não era para eu me preocupar com isso após os exames feitos voltamos ao consultório e o medico avaliou e como sempre meus exames não deram em nada.

G:Eu já imaginava.

Doutor: Gael eu acho que sua cegueira não é derivada de nenhuma doença.

V:Como assim doutor?

G:Se não estou doente, então por que estou cego.

Doutor: Eu vou explicar de uma forma mais clara. Você sabe que o corpo humano é como se fosse uma maquina. Mesmo com a medicina evoluindo a cada dia, ainda não compreendemos o funcionamento do cérebro humano que é responsável pelo funcionamento do corpo, no seu caso eu ousaria a dizer que o seu cérebro deu uma ordem de desligar seus olhos para te proteger de alguma cousa e desde então ele não deu o comando de religar.

Doutor: Cada movimento de nosso corpo foi uma execução de uma ordem dada pelo cérebro, o simples movimento dos braços, abrir ou fechar as mãos e até mesmo a nossa vontade de comer, tudo isso são comandos dados pelo nosso cérebro de acordo com a necessidade. É como te disse seu cérebro por alguma razão deu a ordem de desligar seus olhos, mas não mandou religar. Há muitos casos no mundo que ocorrem isso devido a algum trauma psicológico, há pessoas que perdem a voz ou como no seu caso a visão, são meios que nosso cérebro encontrou de se proteger, no seu caso esse exame mostra a área responsável pela sua visão e está intacta, não há nenhuma lesão que possa provocar as deficiência então discuti seu caso com outros especialistas e foi essa nossa conclusão que sua cegueira é uma defesa psicológica.

V:E agora doutor o que podemos fazer.

Doutor: Eu vou encaminhar o seu caso para uma psicóloga, aqui esta o encaminhamento e acho que com ela você poderá resolver seu problema.

G: Então não há nada de errado comigo?

Doutor: Fisicamente eu garanto que não, agora psicologicamente essa psicóloga vai ter condições de te ajudar melhor.

Saímos do consultório em silencio e depois fomos à recepção para agendar com a psicóloga e foi ai que ouvi ele.

A:Oi boa noite.

V:Oi André.

A:Deu tudo certo com o Doutor Franco?

V:Mais ou mesmo, os exames não deram em nada ai ele encaminhou para a psicóloga, acabei de agendar.

A:Já é uma boa noticia, é sinal que não precisa de tratamento ou intervenção cirúrgica.

V:Vamos ver.

Enquanto o André falava com meu pai a Clara estava me contando como andava o namoro dela, acho que ela queria me distrair, mas o que me distraiu mesmo foi ouvir a voz dele, mas ai eu pensei o que um cara como ele iria querer com um cara cego como eu, ele deve ter um monte de mulheres aos seus pés. Ele mesmo não deve gostar de mim, agora mesmo ele chegou e cumprimentou a todos e só falou com meu pai e com a clara e nem perguntou como eu estava, o que eu podia fazer, eu não sou nada dele.

Dois dias depois saiu o resultado do exame de DNA, estávamos na sala eu o meu pai Vagner, o Daniel com a namorada, o Marcelo também com sua namorada, a Clara com o Gilberto, a Luiza e a Maria, o meu ai Vagner estava com o envelope na mão e antes de abrir ele disse que não tinha nenhuma duvida de que eu era seu filho e só fez o exame para não restar nenhuma duvida que possa surgir depois. E assim ele rasgou o envelope e tirou os papeis de dentro e leu em silencio.

V:Antes de dizer o resultado eu quero contar uma coisa.

V:Gael desde quando te conheci e falei coma sua avó eu contratei um detetive para tentar esclarecer essa historia, mesmo ainda não tendo o exame em mãos eu contratei um detetive lá na Alemanha e o coloquei a parte da situação e ele foi investigar, no dia que você nasceu foi o mesmo dia que minha esposa deu a luz ao meninos e foi ai que o detetive descobriu que sua mãe trabalhou naquela maternidade como enfermeira e pediu demissão no mesmo dia que minha esposa deu a luz e como eu te contei nos não sabíamos que ela estava esperando gêmeos sem falar então de trigêmeos, tudo leva a crer que ela te roubou sabendo que nós não esperávamos que minha esposa estivesse gravida de trigêmeos e por fim o detetive teve acesso ao prontuário medico da sua mãe em que atesta que ela havia feito um tratamento para engravidar e que por fim atestou que ela não poderia ter filhos.

V:Por fim o exame de DNA deu positivo, você é sem sombra de duvidas meu filho.

Bom nem preciso dizer que foi uma choradeira por parte de todos, e que todos nos abraçamos, mas eu fiquei inerte a esse sentimento eu ficava pensando na minha mãe que mesmo não sendo minha mãe de sangue ela me amou muito e isso esclarecia as razões daquele homem que eu chamava de pai me odiar tanto.

Foi uma noite muito feliz, fomos todos para uma pizzaria todos rindo e comemorando eu claro sendo paparicado por todos, me senti muito feliz por agora pertencer aquela família.

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Comentários

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Você já sofreu muito, esta na hora de tu ser feliz, tomara que essa nova família te ajude muito e eu te desejo toda a felicidade!

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Acho lindo essa familia o jeito que todos aceitaram o Gaell agora so falta o romance começar de verdade e o André ficar cm o Gaell.

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Li a história e amei.

Queria saber porque o andré não fala muito com o gael?

Ele não gosta dele ou está sentindo algo por ele?

Até o próximo.

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Nossa demais, mesmo ela tendo errado em roubar o Gael, que importa é que ela amou muito ele.

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