Meus queridos, como vão. Queria poder agradecer e dedicar o conto a cada um, mais são tantos nomes... Sintam-se abraçados, ok? Um beijo e um xero bem gostoso deste autor que só evoluiu, graças a vocês. Boa leitura...
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Eles se abraçaram e sentiram o suor um do outro. Daniel não quis saber do passado. O amor que sentia por aquele homem, gritava dentro de si, e por mais que tentasse, era impossível resistir. Mas na vida, o mais importante é saber que tentamos, e que amamos intensamente. Mesmo que naquele momento, achamos que é errado, no final tudo dá certo! Viver é isso...
Ainda sobre os braços dele, Daniel o beijava como se tivesse ganhado um prêmio. E ganhou. Um amor verdadeiro, que demorou a desabrochar.
- E agora? O que será daqui para frente? – ele olhou para o Ricardo.
- Bom... Agora você me namora, eu te namoro e ficamos juntos! – ele lançou um sorriso meigo e Daniel se derreteu.
- Seu bobo. Não estou falando disso. Eu quis dizer que... Como fica nosso relacionamento? Eu não quero nada escondido. Se for pra ser assim...
- Calma meu amor. Nós não ficaremos escondidos. O que eu te peço, é só um tempo, para eu poder me preparar e dizer aos meus pais que eu te amo.
- Você acha que eles vão aceitar?
- Se me amam de verdade, sim. O meu medo é o meu pai. Ele teve uma criação muito severa e autoritária. Quando ele soube de nossas fotos, quase me matou.
- Eu estarei com você sempre. – Daniel tocou no queixo dele, e lhe fez um afago.
- Eu sei disso. Então? Você me dá este tempo? Prometo que contarei o mais rápido possível.
- Claro que dou. Dou tudo o que você quiser.
Ricardo olhou para ele com cara de safado, e Daniel o repeliu.
- Nem me olhe desse jeito. Ainda está ardendo...
- Eu machuquei você. – disse ele com a voz preocupada.
- Claro que não. Você foi espetacular. Me levou às nuvens.
- Vou ficar mal acostumado com tanto elogio. – os dois riram, e acabaram pegando num sono profundo, ali mesmo, naquele matagal.
Dan! Dan! – o Leo sacudia o amigo. Os raios do sol inundavam a sua pele, quase queimando; e ele junto ao Ricardo foi acordando aos poucos.
- Nós viemos te buscar. – O Leo estava acompanhado do Kadu e do Maurício, o amigo do Ricardo.
- Puta que pariu, agora que vocês aparecem? – disse o Ricardo olhando para o amigo.
- Estávamos sem lanterna, e achamos perigoso andar por este mato à noite. – o Leo se justificou mais de nada adiantou, pois o Daniel estava puto com ele.
- Como vocês resolvem acampar e não trazem uma porra de uma lanterna? E tem mais, quer dizer que não vieram atrás de nós porque era noite? E se tivesse acontecido alguma coisa?
- Eu quis vir Dan, mais o Leo me impediu. – ele fez uma voz doce, e o Ricardo lançou um olhar quase que comendo o fígado do Kadu. Agora o Daniel era dele, e não iria permitir a aproximação do outro.
- Vamos, me ajudem a sair deste lugar. – O Ricardo segurou o Daniel de um lado, e o Kadu do outro. O Ricardo não gostou da idéia de o Kadu ajudá-lo, mais acabou cedendo, sem demonstrar irritação, afinal, eles estavam namorando escondidos.
Finalmente chegaram ao acampamento. Uma multidão se formou em torno do Daniel para saber o que havia acontecido. Ele deu explicações e pode descansar em sua barraca. Graças a Fabi, que lhe deu um antiinflamatório, ele conseguiu apoiar o pé no chão. Era domingo, e eles teriam de voltar à tarde para casa, então resolveram ir para uma cachoeira aproveitar ao máximo do belo lugar. Com exceção do Daniel que resolveu ficar de repouso. O Ricardo inventou uma desculpa para os amigos, só para fazer companhia a ele.
- Você já despachou aquele cara chato da sua vida né?- perguntou o Ricardo, pondo uma uva na boca dele.
- Quem? O Kadu? – Daniel riu.
- Porque está rindo? Qual é a graça.
- Tá com ciúmes? Como é mesmo o nome que o seu irmãozinho te chama? Ah! Lembrei. Cadinho. – ele ria sem parar.
- Você quer parar de rir da minha cara?
- Tá bom, desculpa! Kkkkkkkk... – É que você fica tão lindo com ciúmes, Cadinho.
- Eu vou arranjar um apelido pra você. Mas você não respondeu a minha pergunta.
Daniel achou melhor revelar a verdade.
- O Kadu é só um amigo bobo. Eu inventei que ele era o meu namorado, justamente pra te deixar assim.
- Então quer dizer que... Ah, você me paga. Ele saltou em cima do Dan, e lhe enchia de cócegas. Daniel não agüentava mais de tanto rir.
- Assim você vai destruir a minha barraca, Ricardo. Para!
- Eu te amo meu amor.
- Eu adoro quando me chama de “meu amor”. Daniel deu um beijo na boca dele.
- Eu posso te ver sempre em sua casa? – Ricardo quis saber.
- Claro! Os meus pais sabem da minha orientação sexual. Mas há um problema.
-Qual?
- O Kadu está hospedado lá em casa.
- Como assim? – ele fez uma cara enfezada, esperando uma satisfação convincente do outro.
- Ele foi o meu personal trainer em Vitória. Se eu estou com este corpo, agradeço a ele. E eu já disse, o Kadu é só um amigo. Eu o convidei para passar suas férias em minha casa.
- Vocês nunca tiveram nada? Nem uma?...
- Antes que você termine a frase; confia em mim ou não?
- Claro que confio. È que não gosto da idéia deste cara ao seu lado. Não fui com a cara dele.
- Esquece o Kadu e me dá um beijo. – Daniel segurou em seu pescoço.
Eles ficaram curtindo o resto da tarde, enquanto os outros saíram. Aquele seria um dia para ser lembrado na memória de ambos. O Ricardo estava mais maduro com seus sentimentos. E depois de ter lido o caderno do amado, só aumentou a convicção do que ele sentia desde o inicio pelo Daniel. Uma aceitação por parte de si mesmo faltava para ele entender o que é o amor de verdade.
- “Quando meus lábios tocarem a tua pele, e minhas mãos percorrerem todo o teu corpo, sentirás dentro de ti, todo o meu amor. E nossos corpos, como um cometa em rota de colisão deslizarão mansamente sobre lençóis... Neste instante, o silêncio será absoluto; sendo vencido apenas por palavras sussurradas docemente”...
O Ricardo dizia aquelas belas palavras tocando no rosto dele. Pôs a cabeça do Daniel em seu peito farto, e lhe fez um aconchego.
- Nossa meu amor, que lindo! – disse o Daniel. Eu vou guardar este momento para o resto da vida. A sensação que eu tenho é de estar sonhando... Um sonho lindo.
- Você não está sonhando. É a mais pura realidade, bobo... Sabe... O que eu tô sentindo dentro de mim agora, é algo tão forte e tão bom, que me faz sentir uma paz interior. Eu nunca sentir isso antes, e me sinto tão feliz!
Daniel parecia enxergá-lo além de seus olhos. Era como se ele conseguisse ver a alma do Ricardo. Viu tanta sinceridade nas palavras dele, que ali, naquele exato momento, ele teve a plena certeza de fez a coisa certa. Agora ele estava preparado para viver um grande amor.
Amaram-se mais uma vez, e quando os outros voltaram, era o momento de volta pra casa. Todos se organizaram, numa bagunça danada, e quem estava de carro, deu carona a quem não estava. Daniel voltou com o Leo e o Kadu, para não levantar suspeitas sobre o seu namoro com o Ricardo.
- Você está tão feliz. Aconteceu alguma coisa? – quis saber o Leo.
- Aconteceu. Eu descobri que a vida é tão bela... Que o sol é tão lindo!
- Quanta alegria hein? Não vai nos contar o real motivo? – o Kadu também mostrou curiosidade.
- Eu já disse! Só estou feliz.
O Leonardo olhou para o amigo, como se já previsse o que causara toda aquela euforia. Ele conhecia muito bem o Daniel,e se era o que estava pensando, iria pressioná-lo, até ele contar.
Depois de uma longa viagem, estavam novamente a urbanidade. Daniel agradeceu a carona ao Leo, e ele junto ao Kadu, entraram em casa.
- Oi família! – havia um silêncio. – Será que não estão em casa?
- Pelo visto não. Bom, eu vou tomar um banho. – o Kadu seguiu para o banheiro, e o Daniel teve de tomar o seu banho, na suíte dos pais. Debaixo do chuveiro, ele fechou os olhos, e teve a sensação real, do calor da boca do Ricardo. O cheiro gostoso ainda estava impregnado em sua pele. Ele mal continha a sua felicidade.
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O Ricardo chegou em casa, e todos assistiam na sala. Passou pelo pequeno Mateus, e o cobriu de beijos e amassos. Sua mãe percebendo sua alegria quis saber o que havia acontecido para deixá-lo daquele jeito.
- Que cara é essa filho?
- A cara da felicidade mãe. Tô indo tomar um banho. – ele seguiu em disparada para o banheiro, e assim como o Dan, ficou pensando no momento bom dos dois. Só de pensar em seu amor, seu pau já respondia de imediato aos pensamentos. Masturbou-se pensando em como foi gostoso ter amado o Daniel naquele matagal.
Antes de dormir pegou seu celular e lhe enviou uma mensagem.
“Eu te amo meu bebezinho”
Daniel deitado em sua cama ouviu o barulho do celular e viu a mensagem dele.
“Bebezinho? Isso parece um pouco infantil, não? KKKKK...
“Mas você é a minha criança, e quero cuidar de você”.
“E você é o meu cadinho mais gostoso do mundo”
“Sabe o que eu fiz hoje? Bati uma pensando em você”
“Safado! Eu não vejo à hora de te beijar de novo. Boa noite amor”.
“Boa noite meu anjo”.
Eles ficaram trocando mensagens e a felicidade reinava entre eles. Mas será que esta felicidade será duradoura? Tanto gente que não é feliz, querendo estragar a alegria dos outros...
CONTINUA...