Olá galera! Mais um post. E quero dizer que nos próximos, algo muito ruim irá acontecer. E até quando o Daniel vai resistir ao seu amor? Bom, continuem lendo e comentando. Beijos a todos. Boa leitura...
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- Oi meu amor! – a Denise foi logo grudando no pescoço do Ricardo.
- Oi. Que bom te ver. – ele afastou as mãos dela.
- O que foi? Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu vadia. Isso! – ele deu um tapa na cara dela, fazendo-a sentir o peso de sua mão.
- Agora você vai me pagar, por ter posto aquelas fotos na internet!
Todos na faculdade olhavam a cena.
- Como você teve a coragem de fazer isso comigo? Hein sua cadela?
- Pare de me xingar! Eu me decepcionei com você Ricardo! Eu pensei que você gostasse de mulher. E quando vejo, você se agarrando com aquele...
- Cale a boca antes de falar dele. Se queria vingancinha, tentasse de outro jeito! Mais daí, me prejudicar? Você não vale nada! – ele gritava no corredor. Uma amiga do Daniel foi chamá-lo em sua sala para ver a discussão.
- Vai defender o viadinho é? Tá namorando com ele? – ele deu mais uma bofetada na cara dela, e foi segurado pelos amigos.
- Eu vou espalhar pra faculdade inteira as fotos de vocês dois. Você nunca mais vai se atrever a tocar um dedo em mim. Seu viado!- ela cuspia ódio e passava a mão o rosto. O Ricardo não era de bater em mulher, mais ele não podia deixar passar em branco o que a Denise tinha feito. Mais o melhor ainda estava por vim.
Daniel apareceu, e viu todo aquele tumulto, com pessoas formando um circulo diante deles. Se aproximou e ouviu a Denise dizer que espalharia as fotos por todo canto. Um cara a defendia.
- Você não vai espalhar foto nenhuma, e sabe por quê? – Lembra daquele segredinho do ano passado? Você quer que eu refresque a sua memória? – Daniel fez uma espécie de chantagem, relembrando a ela um segredo, no qual ele e o Leo a pegou no banheiro da escola, com três rapazes. Parecia uma prostituta, dando para três homens.
- Você jurou que nunca contaria nada! – ela ficou com um certo medo da ameaça do Daniel, pois sabia que aquilo poderia prejudicar a sua vida.
- E vou cumprir, se você, até hoje à noite, apagar aquela palhaçada! Fui claro? – ele deu um passo a frente, e o Ricardo o observava.
- Hei rapaz! Fique onde você ta. Ninguém vai bater nela. – disse o cara que a defendia com unhas e dentes.
- Você cala a tua boca, senão eu arrebento a tua cara! – Daniel falou para o cara. – Pensa bem Denise... Ah! Pena que eu não pude aproveitar do seu namoradinho... Ele tem uma pegada que me deixa louco.- disse ele baixinho no ouvido dela. Ele a irritava cada vez mais. E outra coisa, eu poderia de dar um belo tapa nessa tua cara de vagabunda, mais não vou sujar as minhas mãos, pelo menos por enquanto.
O segurança da faculdade viu o tumulto e procurou saber o que estava acontecendo. Todos fingiram não saber de nada, e ele dispersou a multidão para suas salas. Ricardo se pudesse, teria batido mais, senão fosse o Mauricio e o Victor para segurá-lo. Claro que ele teve de inventar uma desculpa para os amigos sobre a história das fotos.
Já no pátio, prontos para irem embora, o Daniel conversava com o Leo.
- Pelo menos ele tomou uma atitude! – disse ele.
- Ah Dan! Uma atitude? Ele foi maravilhoso dando na cara daquela vadia. E eu acho que ele fez isso também por você.
- Por mim? Não me faça rir Leo! O Ricardo se defendeu, porque ele sabe o vexame que passaria se todos vissem as fotos. Ele não ta nem aí pra mim.
- Eu acho que ele gosta de você, e no dia que derrubar esta muralha que você mesmo criou diante de vocês, talvez consigam engatar este relacionamento.
- Eu não quero nada com o Ricardo, e você já está me irritando com tanta insistência.
- Ok! Não ta mais aqui quem falou. Mudando de assunto... Você vai acampar com a galera esse fim de semana?
- Acho que não. E você se esqueceu que o Kadu tá em minha casa? Eu preciso dar atenção a ele.
- Ué! Leva ele com a gente. – eu iria adorar!
- Você sabe que a Fabi gosta de marcar só com a turma.
- Eu falo com ela, e talvez abra uma exceção. Ah, vamos Dan, por favor?
- Se conseguir falar com ela, eu vou. – ele não suportava mais a insistência do amigo.
Daniel saiu da faculdade e foi direto para o trabalho. Conseguiu uma vaga na sua área, e estava super animado com o primeiro dia. Foi recebido por uma loira linda, que era a recepcionista do local. A própria, teve a incumbência de mostrá-lo a sala onde ele iria ficar, e o apresentou ao restante dos funcionários. Daniel se sentia meio sem jeito, como era de praxe para um iniciante.
De volta pra casa, ele estava exausto, e dali por diante teria longos dias de cansaço, pois conciliar estudos e trabalho exigia ao máximo de suas forças. Mas o importante é que ele estava feliz.
- Boa noite a todos. – disse ele aos pais que estavam assistindo TV na sala.
- Oi filho. Como foi lá no trabalho?
- Foi ótimo pai. É meio complicado, mais vou aprender rápido. – Mãe cadê o Kadu?
- Ele saiu com a Jéssica. Ela disse que iria mostrá-lo alguns lugares de São Paulo. Daqui a pouco estão de volta, porque eles saíram cedo.
- Ok. Eu vou tomar um banho e volto pra jantar. – ele caiu na água quente e ficou se lembrando do barraco na faculdade. Por sorte, a Denise não havia mostrado ainda aos colegas de turma. Seria um escândalo, ele pensou.
Meia hora depois a Jéssica havia chegado com o Kadu,e todos sentaram à mesa para jantar. Ele ainda estava chateado com o Daniel, por este, tê-lo chamado de Ricardo, mais nada que uma boa conversa não resolvesse o problema.
- O quê? Acampamento? – Nossa! Que legal. – eles conversavam no quarto.
- Será apenas um fim de semana, mais sempre no inicio do ano, a Fabi, uma colega minha marca algo diferente para a turma se juntar novamente. Ela autorizou você ir.
- Poxa Daniel, fico meio sem graça... Não conheço ninguém. E se eles não forem com a minha cara?
- Cê tá brincando né? Claro que a turma vai adorar você. Oh, só preciso comprar barraca pra nós dois.
- Pode deixar que eu pago nossas barracas.
- Eu fico feliz que tenha me perdoado. Eu gosto muito de você Kadu.
- Eu também meu lindo. – eles se abraçaram, para selar a paz.
E a semana foi assim: Daniel saia da faculdade e ia direto para o trabalho. O cansaço era recompensado por divertidas brincadeiras entre ele e o Kadu. A sexta-feira chegou rápido e ambos já estavam de partida para a mata, onde iriam acampar. Já era tarde quando chegaram.
- Oi Leo. Este aqui é o Kadu, meu amigo.
- Oi. Beleza? – Kadu o cumprimentou com um largo sorriso, deixando o Leo babando.
- Poxa, eu pensei que vocês não viriam mais. – Leo resmungou.
- Cadê o povo? – perguntou o Dan.
- Foram caminhar por uma trilha doida. Eu fiquei aqui, porque ainda não conseguir montar esta droga de barraca.
- Deixa que eu te ajudo. – Kadu se ofereceu e o Leo óbvio não negou.
- Obrigado Kadu.
Daniel disse ao ouvido do amigo: - Quer parar de se derreter pra cima dele. O coitado já ta sem graça!
- Dan, bem que você falou... Esse Kadu é mesmo um gato. Olha essa barriga! Meu Deus! Se ele quisesse, eu daria pra ele aqui mesmo nesta mata cheia de mosquitos.
- Leo! Sossega teu fogo. – ele riram.
A noite caiu e o grupo montava uma fogueira para assarem queijo e baterem papo. O Daniel não desconfiou que o Ricardo, junto a sua trupe, também iria.
- Porra Leo! Porque não me avisou que ele veio?
- Se eu te contasse você não iria vir. Por acaso se esqueceu que ele é amigo da Fabi? É claro que ela iria chamá-lo.
- A minha vontade é ir embora amanhã mesmo. Olha só a cara dele para o Kadu?
- Amigo, que babado! Dois homens lindos numa disputa por você.
- Isso ao tem graça! Eu tô é com medo de rolar alguma briga.
- Não vai rolar nada. Agora vem me ajudar a por os queijos nos palitos.
O Ricardo soltava faísca para o Daniel. E cada vez que o Kadu olhava para o Dan e trocavam carinhos, a raiva do Ricardo só aumentava. A galera contava suas revelações e se divertiam com piadas e brincadeiras. Levaram bebidas e os papos foram até altas horas, co exceção do Ricardo que foi dormir cedo, pois não queria ficar vendo Daniel e Kadu entrosados. No dia seguinte, eles tomaram café, e os homens tinham que pegar lenha, e as mulheres cuidariam das barracas.
O Kadu fez outras amizades e formou grupo com dois rapazes.
- Se importa de eu ir com eles Daniel?
- Claro que não Kadu. Eu fico feliz que esteja se enturmando. Pode deixar que eu e o Leo damos conta do recado. Não é Leo?
- Claro! E aposto que pegaremos mais lenhas do que o seu grupo. – o Leo desafiou ele.
Eles se dispersaram e cada um foi para um lado do matagal. Em poucos minutos o Leonardo já reclamava de dores nas pernas.
- Ai Dan, vamo parar um pouco.
- Carara Leo, tu não pegou quase nada cara. Esses pedacinhos de pau não dariam nem pra fazer brasa.
- Esses mosquistos estão me pinicando...
- Você é uma bicha fresca mesmo né? – O Dan riu da cara dele. – Oh, deixa de moleza e vamos catar só mais um pouco de lenha.
Eles andavam pelo mato, e Daniel despercebido, pisou em falso num buraco e torceu o tornozelo. A dor foi intensa, e ele não conseguia por o pé no chão.
- Ai, ai, ai. Dói muito.
- Ai meus Deus, isso tinha que acontecer... Fica calmo Dan.
- É fácil falar né? Eu estou morrendo de dor.
- Me dá sua mão e se apóia no meu corpo. – o Leo tentou ajudá-lo.
- Não dá Leo. Faz o seguinte, vai até a barraca, pede pra alguém vir até aqui, e manda uma outra pessoa para carregar esta lenha.
Eles fecharam o acordo, só que o Dan não imaginava que o amigo iria esquecer o caminho de volta. Ele ficou sentado, esperando os outros chegarem. O sol já ia embora e o Daniel ficava cada vez mais preocupado com tanta demora. O Leo, assustado teve a sorte de encontrar o Ricardo e seus amigos. Ele não teve alternativa e pediu ajuda a eles.
- Ricardo, por favor, me ajuda!
- O que aconteceu cara?
- Vai ficar dando trela para o viadinho brother? O que foi? Tá com medo da cobra? – o Victor fez uma piadinha.
- Não seu babaca! Eu e o Daniel estávamos catando lenha, só que aí ele torceu o pé e não consegue andar. Eu deixei ele no lugar onde estávamos e vim pedir ajuda.
- Ok. Eu vou atrás dele, e você volta pra barraca.
- Como é que é? Tu vai atrás daquele mané? – o Mauricio bufou.
- Poxa galera. O Leo ta assustado. Custa vocês levarem ele de volta pra barraca enquanto eu vou atrás do Daniel?
- Você ta muito próximo desse cara...
- Qual é hein Victor? Tá me estranhando? Eu só quero ajudar cara!
- Beleza. A gente vai levar a gazela de volta.
- A gazela é a sua...
- Olha a boca... Senão a gente te deixa aqui. – disse o Victor.
O Ricardo foi atrás do Daniel e os seus amigos levaram o Leo de volta. Aos poucos ia escurecendo e o Dan manteve a calma o tempo inteiro. Tentou levantar sozinho, mais a dor era intensa, e o seu tornozelo dava sinais de inchaço.
- Droga! Droga! Droga! – Ai meu Deus, será que o Leo se perdeu? – Eu já to com frio e fome.
- Daniel! – Ricardo gritava o nome dele. O mesmo o encontrou escorado numa árvore gigante e com a cara assustada.
- Você está bem? – ele perguntou preocupado.
- Estou. Você não está vendo? – Daniel foi rude com ele. – Eu não quero a sua ajuda! Pode sair daqui.
- Ah, então é assim? Eu venho aqui na maior boa vontade, pra te ajudar, e é assim que sou tratado? Ok, fica aí esperando outro alguém. – ele deu as costas.
- Espera! Desculpa. É que eu tô nervoso...
- Você machucou o pé?
- Tá doendo muito. – ele fez cara de dor.
- Tá inchado. Eu precisava de mais uma pessoa para ajudar, mais darei um jeito.
Daniel no fundo, ficou cheio de orgulho, por ele está ali ao seu lado. O Ricardo olhava o tornozelo dele com cuidado, e este o admirava.
- Eu quero sair logo daqui. Já está escuro e eu tô com frio.
Ricardo não pensou duas vezes e tirou a sua camisa, estendendo ao Daniel.
- Toma. Isso deve ajudar.
Ele ficou olhando o Ricardo, meio sem jeito.
- Mais e você? Vai ficar sem camisa?
- Não tô com tanto frio assim. Pode usar.
O perfume, misturado ao suor dele, exalava naquele tecido. E o Daniel viajou num misto de fantasias ao sentir aquele cheio de homem.
CONTINUA...