Olá galerinha do CDC! Gostaria de agradecer a todos que comentaram o último capítulo do conto. Fiquei superfeliz com a aprovação do pedido de desculpas/declaração de Paulo para Bira. Achei que a música Just the Way You Are, de Bruno Mars carregava a essência dos sentimentos que Paulo tinha por Bira e que ele iria perdoá-lo porque o achou incrível o jeito que ele é.
Agora, nessa segunda parte, dois temas serão destacados: lidar com a traição e superação de traumas. Espero que comentem e deem sugestões para tornar esse conto ainda melhor!
Estarei fora por alguns dias e só voltarei na segunda. Obrigado pela compreensão. Depois faço uma edição especial do Espaço do Feedback como um capítulo inteiro, Ok?!
Segue o conto:Apesar de sermos amigos de novo, fiquei surpreso comigo mesmo por estar ali, beijando-o e amando a sensação. O beijo foi lento, carinhoso, acompanhado de mordidinhas nos lábios um do outro até que eu sinto que a língua de Bira quer entrar na minha boca. Eu o deixei entrar e comecei a passar minha língua na dele e a entrar na boca dele também. Demoramos 15 segundos nesse beijo até que nos soltamos e escutamos as palmas dos presentes, acompanhados de assovios e ovações do público.
As luzes foram acesas e o DJ seguiu com o playlist da Pausa Romântica. Saímos de mãos dadas do palco e com a certeza que deveríamos ter uma conversa particular.
Chegamos até a mesa aonde o Bira estava sentado e onde estavam agora Hellen e Juan, Michal e Sávio. Todos eles, sem exceção, estavam sorrindo para nós, até que Hellen define o resultado do trabalho:
HELLEN: Perfeito! O show de vocês foi incrível! Estão todos comentando aqui e nas redes sociais. Olha as fotos que postaram - e me mostra o celular com diversas fotos da performance e em especial a do beijo, repleto de hashtags (#) româmticas. - Não tenho palavras para expressar tudo o que aconteceu aqui hoje...
MICHAL - E durante a semana inteira! Eu acho que vocês tem muito para conversar.
E tínhamos! Começando pelo momento do ônibus, passando pela humilhação nessa boate (que estamos agora), até esse ato de desculpas e fechando com chave de ouro, o beijo e o futuro de nossos sentimentos. Bira e eu temos realmente que conversar.
EU: Eu estou indo embora agora, pois estou bem cansado! Amanhã... Quer dizer, mais tarde nós conversamos, viu Bira?
BIRA: Tudo bem, amanhã conversamos. Posso te beijar mais uma vez? - Ele fazia uma cara que misturava o gato de botas pidão com uma pessoa com medo. Parecia que tinha medo de que eu dissesse não a ele.
EU: Claro que pode! - e dei um beijo sem língua, mas com muitas mordidinhas nos lábios. Ficamos alguns segundos nos beijando, mas tinha que ir embora.
Me despedi de todos e saí da boate. Quando chamo um táxi para voltar pra casa, eu vejo o Michal e o Bira vindo correndo até onde eu estava.
MICHAL: Paulo! Espera!
EU: O que foi?
MICHAL: Não precisa pegar taxi não! Eu te levo até em casa. E o Bira acompanha a gente.
EU: Tá bom.
Entramos no New Beatle e fomos para a minha casa, Michal na frente e Bira e eu nos bancos de trás do veículo. Não nos pegamos, somente entrelaçamos as nossas mãos como uma forma real da ligação que fizemos naquela boate hoje.
Chegamos em casa e me despedi dos dois. Minha vó já dormia e eu também precisava fazer o mesmo. Caí duro na cama, com a roupa branca que vestia e dormi, sonhando com aquele momento mais lindo da minha vida.
Ao acordar, uma alegria muito forte emergia do meu corpo. Eu poderia enfrentar todos os problems com um sorriso no rosto.
Fui quase saltitando para a cozinha e minha vó já havia preparado o café da manhã. Eu aproveitei esse momento para contar tudo para a minha querida avó.
VÓ: Bom dia, Paulinho!
EU: Bom dia vó!
VÓ: O que aconteceu? Parece que viu o passarinho verde?
EU: Mais ou menos. Vó, eu preciso te contar uma coisa. Aliás, várias coisas....
VÓ: Pode falar, sou todo a ouvidos!
EU: Vó, eu tô apaixonado! Apaixonado por um rodoviário!
VÓ: (dando uma risada muito cute-cute) Como assim filho? Apaixonado assim, de uma hora pra outra?
EU: Na verdade, isso aconteceu faz algum tempo, mas só ontem eu assumi esse sentimento.
VÓ: Pare de enrolação e me conte logo o que aconteceu!
E contei a ela tudo que sabia sobre Bira e eu: a minha paixonite pelo Sávio, o motorista, e a decepção desse sentimento, a minha amizade com o Bira, os amigos da faculdade, a burrada do cobrador e o pedido de perdão e o reconhecimento da paixão que sinto por ele. Minha vó fazia cada cara & boca quando eu contava todos os detalhes. Quando eu terminei de relatá-la, ela sorriu e me abraçou bem forte. Como eu gamo nos braços da vó! ^^ *_* =]
VÓ: Desejo tudo de bom e de melhor para esse relacionamento. Ora, meu netinho tá crescendo!
EU: Mas sempre serei o seu netinho, né?!
VÓ: Por supuesto, hijo mío! Por supuesto... - após alguns segundos, minha vó faz uma feição séria e diz - Paulo, você sabe a fama que os rodoviários tem, né?
EU: Eu não sei não. Qual?
VÓ: Que eles são tudo mulherengo, que não pode ver um rabo de saia, que querem traçar-la! Tome muito cuidado para não se machucar com o Bira. Você tem certeza que quer se relacionar com um rodoviário?
EU: Quero sim, vó! Como ainda estou no começo não vou colocar os meus pés mais além do que ele alcança. Ficarei esperto!
VÓ: Olha lá, Paulinho!
EU: Não precisa se preocupar. Obrigado vó por sempre estar cuidando de mim! Bom, agora é hora de estudar um pouco, pois tenho apresentação na terça e tenho só dois dias para fazer isso.
Me despedi de minha vó e fui para o meu quarto, pois tenho que estudar e preparar a apresentação sobre surrealismo. Claro que recebi alguns telefonemas de Bira, querendo saber aonde estava, se estou bem e disse que sente a minha falta. Eu me senti! Meu ego cresceu de uma forma impressionamte.
Sabe como é: coisa de apaixonado!
