Boys don't cry - Meninos não choram! - 06

Um conto erótico de Pedro
Categoria: Heterossexual
Contém 1049 palavras
Data: 05/09/2013 18:35:08

Eu não tinha conseguindo encontrar palavra para responde-lhe, apenas concordei com a cabeça, ele continuou:

- Eu também tenho problemas, ele tem problemas – disse apontando para uma pessoa qualquer no restaurante – todos nos temos, mas o que forma um vencedor é o modo como ele lida com os problemas. Nós simplesmente não podemos dar as costas a eles, eles existem e surgem de todos os cantos, eu vou ajudar você a superar e combater os seus problemas atuais e seus futuros problemas também.

É incrível como aquele homem, que eu acabara de conhecer tinha cativado tanto a mim, ele não me atraiu da mesma forma que Gabriel fez, mas ele representava um conforto, um abrigo contra aquela loucura toda. Eu estava feliz de estar ali, olhei para o mar, estava lindo, era começo de noite, a água deveria estar muito fria, porem eu estava com muita vontade de dar um mergulho, ele parecia ter adivinhado, falou atraindo minha atenção de volta para o restaurante:

- Você quer ir dar um mergulho não é mesmo?

- Talvez, mas não trouxe roupas e molharia seu carro caso fosse tomar banho de mar...

- Não, não têm problemas, vamos tomar banho, eu também quero muito cair nesse mar maravilhoso.

Pagamos à conta do restaurante e corremos como duas crianças em direção a praia, tiramos os sapatos e as camisas, jogamos-as na areia e corremos para o mar. Ficamos rindo ali, tomávamos banho como se nunca tivéssemos conhecido o mar, como se aquilo fosse uma coisa proibida, parecia estávamos burlando uma regra secular, aquilo foi maravilhoso.

Depois de algum tempo no raso (eu não sabia nadar direito e o mar estava perigoso), André me propôs ir um pouco mais para o fundo, eu não neguei, não sabia nadar direito, mas André me passava uma segurança sem igual. No fundo ficamos olhando o Morro do Careca, era o ponto turístico mais visitado da cidade, por dia inúmeros turistas estrangeiros freqüentavam aquela praia. Ali no mar só havia eu e André, alguns surfistas obcecados ainda pegavam algumas, mas eles estavam consideravelmente distantes de nós.

Me virei para ver o Morro do Careca, ele era muito bonito, como eu não tinha reparado em sua beleza ainda? Fiquei assim por alguns instantes, até que escutei a voz de André atrás de min:

- É lindo não é mesmo? Ele apontava para o Morro do Careca.

- É sim, nunca tinha reparado no quanto ele é bonito.

- É sempre assim, a gente nunca valoriza o que está ao nosso lado.

Será que ele queria dizer mais alguma coisa com aquelas palavras? Seu tom de voz me dizia que sim, mas eu apenas continuei olhando para o Morro, sem me virar de costas para conversar olho a olho com ele. Foi quando eu tive uma surpresa que na hora me pareceu maravilhosa.

Eu estava de costas, e ele estava muito próximo à mim, foi se aproximando devagar, nadando silenciosamente, ficou atrás de mim e me deu um abraço por trás. Eu senti todo o seu corpo, suas pernas, seus braços; que me envolveram muito carinhosamente, sua barriga um pouco tanquinho, sua cabeça que ficara ao lado da minha, e para minha surpresa ele estava a ponto de bala. Senti seu pênis na minha bunda, as calças impediam uma sensibilidade maior, mas aquilo estava bom. Imediatamente eu também fiquei duro.

Eu estava nervoso, ele tinha percebido isso, mas se mantivera calado. Ficamos daquele jeito pelo que pareceu ser uns cinco minutos. Ninguém jamais tinha feito aquele tipo de coisa comigo, eu jamais tinha ficado com meninos ou meninas. Eu era inteiramente virgem. Eu estava gostando daquilo. Quando eu já estava mais à vontade ele falou baixinho no meu ouvido:

- Eu me senti atraído por você no momento em que tu abriste a porta do meu carro. Então eu pensei “quando será que eu o verei novamente?”. Nossa, eu tinha que te encontrar novamente. Te acompanhei com meu olhar até você se perder de vista. Desvencilhei meu olhar e fiquei um tempo olhando abobado aquele fim de tarde muito bonito e pensei novamente “eu tenho que achá-lo, vou procurá-lo agora mesmo, ele não deve estar muito longe”. Então te encontrei naquela situação, foi à deixa para meu “Eu herói” entrar em cena.

- Obrigado por ter feito aquilo por min – disse eu - a polícia quando chegou ao local deveria ter pensado que era um trote. Ri pelo nariz.

- Na verdade o celular estava desligado, eu nem chamei à polícia, foi só para assustá-los. Nós dois rimos.

- Obrigado – me virei para olhar diretamente nos seus olhos carismáticos – Eu gosto de estar com você, você faz com que eu me sinta muito bem – passei os braços pelos seus ombros e o beijei.

Foi um beijo doce, delicado e prazeroso, mas havia um probleminha, eu estava pensando no Gabriel. Ele pós suas mãos em minha cintura, elas eram macias, era muito bom tê-lo ali, mas eu queria mesmo era o Gabriel, sabia que aquilo era apenas uma válvula de escape para os meus sentimentos. Eu mal sabia que aquele homem ia me gerar mais problemas...

Ele passou a mão na minha bunda, senti um pouco de vergonha na hora, mas não falei nada. Ele pressionou seu corpo contra o meu ainda mais, parecia que queria entrar no meu corpo, nos formando um só. Eu sentia que seu pau estava muito duro, e o meu não saía perdendo. Aquele beijo continuou por mais alguns minutos até que eu me desvencilhei.

- Não é isso que eu quero – olhei em direção a praia com muita vergonha – eu amo o Gabriel, sei que parece loucura, sei que eu nem o conheço direito, mas é ele quem eu amo.

- Você irá aprender a gostar de min, irá esquecer o Gabriel, fica comigo pow – ele puxou delicadamente meu rosto de forma que eu olhasse novamente para ele – nós poderemos ser muito felizes juntos.

- Eu não sei se isso é verdade, estou tão atordoado...

- Eu já disse que posso te ajudar com os problemas, esquece aquele cara – pediu com os olhos embargados de lagrimas – “a gente nunca valoriza o que está ao nosso lado”. Lembrou-me.

- Eu não mando no meu coração – olhei para baixo e continuei – me leve para casa, eu devo ter deixado mais uma vez meus pais preocupados.

- Tudo bem, eu te levo para casa.

Continua...

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