Olá pessoal, para efeito de começo de história vou me apresentar pra vocês. Meu nome é Júlia, meus amigos costumam me chamar de Ju. Tenho 20 anos hoje, mas quando essa história aconteceu eu tinha 19. Sou meio baixinha, nunca soube dizer exatamente qual é a minha altura, mas com certeza não é a que eu gostaria de ter, rs. Tenho cabelos castanhos lisos que caem até o meio das minhas costas, com uns tons aloirados que refletem ao sol. Olhos castanhos claros, 65 kg. Nunca fui a gostosona do pedaço, pelo contrário, sempre me achei a mais sem graça dentre as minhas amigas, apesar de alguns homens e até mulheres me dizerem o contrário. Enfim, vamos para a história em si.
Quando esse fato aconteceu eu passava por um período meio conturbado na minha vida. Eu namorava um rapaz há quase dois anos, mas havia um mês que tínhamos terminado depois que eu descobri que ele havia me traído com uma "amiga" que eu considerava quase uma irmã. Para completar, eu tinha me mudado do interior para a capital sem nada garantido para o futuro, estava hospedada na casa de uma tia e tinha que me dividir entre o trabalho e a faculdade para me sustentar. Nessa nova cidade, eu conhecia alguns poucos amigos de infância que tinham se mudado para lá antes de mim, também vindos do interior. Dentre eles havia o Jorge. O Jorge é meu amigo praticamente desde que nascemos. Ele é gay assumido e trabalha como DJ em baladas enquanto estuda em cursinho. Tudo começou quando eu estava conversando à noite com o Jorginho pelo celular, contando para ele a situação estressante pela qual eu estava passando. Ele se compadeceu e disse que eu precisava mesmo era sair e extravasar o que eu estava sentindo, então disse que ele iria tocar numa balada gay naquele fim de semana, e como DJ, ele tinha acesso e convites para a área vip da boate. Concordei com o convite e disse que iria para a tal festa.
Eu estava meio desanimada no dia. Estava triste com a situação com o meu ex e com a minha tia, que estava tomando antidepressivos e passava a maior parte do tempo dopada. Coloquei um vestido preto tomara que caia, meio apertado em cima e mais folgado embaixo; um salto alto, uma maquiagem leve e tomei um táxi até a boate. Chegando lá conheci uns amigos do Jorginho, com quem a passei a noite enquanto meu amigo estava no palco tocando e me diverti muitíssimo. Já havia se passado bem uma hora do início da balada, o Jorginho estava se preparando para subir ao palco, quando os amigos dele sugeriram que nós tomássemos uma rodada de tequila pra ficar "no clima". Eu nunca havia provado tequila na minha vida, não era muito de beber, mas aceitei e fomos. Devo ter virado umas cinco ou seis doses, uma atrás da outra, agora é difícil de lembrar (rs). Sei que quando meu amigo começou a jogar as músicas eletrônicas pra galera, misturando Rihanna, Britney Spears, Lady Gaga, Nicki Minaj e outras, eu já estava mais pra lá do que pra cá. Descendo e rebolando até o chão com os amigos e amigas de Jorginho, suando e rindo muito. No meio daquele rebuliço bom eu disse que iria descer até o bar para comprar uma água (estavámos na área vip da boate, o bar ficava na parte de baixo e para chegar lá eu tinha que atravessar aquela multidão de gente dançando). Um amigo de Jorginho, o Henrique, se ofereceu para ir comigo, mas eu disse que não precisava. Desci e fui sozinha.
Depois de atravessar aquele mar de gente dançando e se pegando, quando estava quase alcançando o bar, senti uma mão bem macia e delicada puxar a minha carinhosamente. Aquele toque só podia ser de uma mão feminina, e como estavámos numa boate gay, provavelmente estava investindo. Nem me virei para ver quem era, apenas me desvencilhei daquela mão e fui comprar minha água. Eu até então me considerava hetero convicta, nunca havia ficado com uma mulher e a ideia me parecia meio estranha. Quando estava voltando, mais ou menos no mesmo local onde eu havia sido puxada, surgiu na minha frente um sujeito todo atrapalhado, vermelho e suado de tanto dançar, me abrindo um sorrisão e me perguntando:
- Você tá solteira, gatinha?
Era óbvio que ele não estava me cantando. Você nem precisa ter um gaydar apurado pra perceber que o cara era gay. Eu levei um susto e na hora fiquei confusa, murmurei um "não" meio engasgado e fiquei olhando pra ele. Ele abriu o sorriso ainda mais (se é que era possível) e me puxou pra um canto, atravessando umas pessoas. No meio do caminho ele percebeu que eu estava meio solta, trocando uns pés, e comentou, rindo:
- Você tá ótima, hein?! Sabendo se divertir...
Eu só fiz rir junto com ele. Nem hesitei e nem me desvencilhei enquanto ele me puxava, a prova de que eu realmente estava bêbada. Quando finalmente alcançamos um grupinho que estava meio afastado da multidão, ele me guiou até eu ficar de frente a uma moça. Eu, em minha até então intocada heterossexualidade, meio bêbada e me sentindo uma corna traída, fiquei de boca aberta com a moça que estava à minha frente. Ela era alta, bem mais do que eu (tá bom que eu não sou parâmetro nenhum, a maioria das minhas amigas são mais altas que eu, mas até mesmo elas a moça superava). O cabelo castanho claro dela batia um pouco abaixo dos ombros, era liso e um pouco ondulado nas pontas, de uma forma natural. O rosto dela era bem marcadamente feminino, os lábios carnudos, o queixo fino. Mas o que mais me impressionou mesmo foram os olhos. A cor deles era um castanho meio esverdeado, um verde cor de piscina, e as sobrancelhas emolduravam aquele olhar de um jeito muito sensual. Aquela mulher sem dúvidas era linda. E quando ela me viu abriu um sorriso meio torto que era lindo. Na hora eu não reagi, fiquei olhando pra cara dela sem saber o que fazer. Foi ela quem me puxou pela mão devagarinho, então reconheci o toque. Eu estava bêbada mas não tinha perdido os sentidos. Fora aquela mão que havia me puxado na ida até o bar. A desconhecida se aproximou do meu ouvido e sussurrou com uma voz rouca que me arrepiou todinha:
- Boa noite! Tudo bom? Qual o teu nome?
Ela tinha um sotaque diferente, pra mim era meio paulista, mas eu não sou muito boa em diferenciar essas coisas. Mas o que isso importa naquela hora? Eu tinha achado a voz dela uma delícia. Minha ficha demorou pra cair, mas naquela altura eu já havia percebido que a moça estava me cantando, e pior: eu tinha me sentido atraída por ela naqueles poucos segundos de contato. Feito uma idiota, logo dei um empurrãozinho nela e disse, com a língua meio embolada:
- Desculpa, não sou lésbica...
Eu já estava pronta para sair dali e correr de volta para a área onde Jorginho estava com os amigos, mas ela continuou segurando minha mão, me impedindo de sair, mas também não fez força para me puxar. Abriu de novo aquele sorriso lindo e falou no meu ouvido outra vez:
- Calma, moça, não tem problema... Será que você não pode ficar com a gente aqui um pouquinho? Só conversar e conhecer o pessoal.
O "pessoal" a quem ela se referia e que eu só parei pra notar naquela hora eram os amigos dela, que estavam à nossa volta e conversavam e riam, alheios à nossa conversinha. Ela fez questão de me apresentar todos eles, mas os nomes eu esqueci assim que os ouvi, inclusive o do carinha que tinha me puxado até ali. Depois das apresentações, ela virou pra mim e falou:
- Agora só falta você se apresentar, né? Qual o teu nome?
- Júlia - respondi, meio tensa, sem saber se falava o nome de verdade ou mentia. - E o seu?
- Flávia.
Então não éramos mais desconhecidas. Fiquei um tempinho ali com Flávia e os amigos dela, como ela não havia tentado mais nenhuma investida, me senti à vontade com o pessoal que era muito gente boa. Depois de bater papo com todos, Flávia e eu começamos a conversar para nos conhecermos melhor. Eu havia achado o sotaque dela um charme. Estava meio tensa porque não era só o sotaque eu tinha gostado. Eu gostava da voz dela, do toque, do sorriso, do cheiro dela (era meio cítrico, parecia ser de sabonete, mas ao mesmo tempo era forte demais para durar tanto tempo na pele). Aquela mulher era maravilhosa, com certeza. Em alguns minutos de conversa, por causa da minha língua solta pela tequila, eu falei praticamente sobre toda a minha vida e descobri que ela tinha 27 anos, era médica, paulista, estava passando uns dias na cidade e voltaria para São Paulo na semana seguinte. No meio desse bate papo, ela me convidou para dançar e eu não recusei. Adorava dançar. Então fomos para a pista e dançamos várias músicas juntas, às vezes meu braço esbarrava no dela, nossos corpos se encostavam, e nessa hora parecia que eu levava um choque no corpo inteiro. Não sabia se era por causa da dança ou se ela também tinha bebido, mas o corpo dela estava meio quente. No meio dessa tensão que rolava entre a gente, teve uma hora que ela me puxou com cuidado pela cintura para mais perto dela, para dançarmos mais coladas. A pegada dela era firme e ao mesmo tempo carinhosa, eu gostei. Dançamos umas duas músicas quase que abraçadas, o nariz dela roçava no meu ombro, eu já havia enroscado meus braços no seu pescoço enquanto ela me segurava pela cintura. Eu ainda estava bem solta pela tequila, mas meio receosa. Eu estava atraída pela Flávia, sem dúvidas, com aquele nosso contato meu coração parecia que ia sair pulando do peito e minha respiração já tava ficando descompassada. E o pior de tudo era que ela estava percebendo minha situação, coisa que percebi quando ela encostou os lábios no meu ouvido e sussurrou com aquela voz gostosa:
- Que foi? Tá sentindo alguma coisa?
Puta que pariu. Os dentes dela roçaram no lóbulo da minha orelha e eu só faltei soltar um gemido com aquilo. Aquele lado do meu corpo se arrepiou todinho. A miserável estava provocando. Eu me afastei um pouquinho dela e disse um "na verdade, sim"e ela riu. Me puxou mais pra perto e eu pude sentir melhor o seu cheiro e o seu corpo no meu. Ela era gostosa. Apesar de alta, ela não era desengonçada como a maioria das pessoas da altura dela são. Ela tinha graça e feminilidade em tudo. Flávia sussurrou de novo:
- Eu posso ajudar com alguma coisa?
Aquela era a minha primeira vez desde o nosso encontro que eu fiquei sem graça. E quando fico sem graça, meu rosto fica todo vermelho, contrastando com a minha pele muito branquinha. Flávia fez um biquinho lindo quando me viu baixar a cabeça naquele estado, me abraçou e disse:
- Sabia que você fica linda assim com vergonha? Devia ficar assim mais vezes...
Me derreti todinha com aquele elogio. Abracei-a mais forte e só acordei de novo para a realidade quando ela me afastou delicadamente, tirou uma das mãos da minha cintura e segurou minha nuca, fazendo um carinho com os dedos no meu cabelo. Quando ela me puxou pra um beijo, eu não resisti. O que era aquela boca e aquela mulher me beijando, meu Deus? Eu não imaginava que beijar outra mulher pudesse ser tão bom. O gosto dela era meio doce e refrescante, como se ela tivesse chupado bala de morango e hortelã ao mesmo tempo, e a boca dela estava molhada e geladinha. Aquele beijo me acendeu por inteira, me deu vontade de tirar o vestido ali mesmo e perguntar se ela não queria me chupar logo. A pegada dela na minha cintura e no meu cabelo era deliciosa, melhor que a de muito homem. Se ela não estivesse abraçada a mim e me segurando, eu provavelmente ia cair no chão de tão tonta com aquele beijo que eu tinha ficado. Flávia interrompeu o beijo devagar, com selinhos, e sua boca foi descendo até o meu queixo, onde deu umas mordidinhas, e seguiu descendo para beijar meu pescoço. Ali é meu ponto fraco, quase covardia. Ela deu uns beijinhos molhados e suaves, passou a língua com cuidado, eu fiquei simplesmente louca e gemi um "Aaaaaiiii..." que só fez atiçá-la mais. Ela me apertou com mais força e sua mão que estava na minha cintura subiram por minhas costas. Eu arranhei de leve o seu braço e subi com minha perna esfregando na lateral da sua. Ela teve pressa em segurar a minha coxa ali, quase na altura da sua cintura, e acariciá-la de um jeito nada inocente. A boca dela encontrou a minha novamente, dessa vez para um beijo com mais volúpia, mais desejo, mais fogo e tesão. A língua parecia derreter na minha boca, eu a chupava provocativamente. Quando nossos lábios se separaram, ela desceu com eles para o meu ombro desnudo e o beijou. Subiu para o pescoço novamente e não beijou, ficou apenas roçando os lábios ali, eu sentindo sua respiração quente naquela área tão sensível. Suspirei entre dentes e arranhei as costas dela com minhas unhas. Segurei seu rosto com as duas mãos, dei vários selinhos, olhei bem naqueles olhos meio esverdeados e não pensei duas vezes antes de dizer:
- Você tá dormindo onde na cidade?
Flávia deu uma risadinha safada e abriu um sorriso tão sexy que eu tive que beijá-la de novo antes que ela pudesse responder. Depois me afastei e olhei para ela, esperando uma resposta. A expressão dela agora era séria e tava quase pra sentir o desejo que ela estava naquele momento.
- Vem comigo. - Ela disse, segurou minha mão e me puxou.
Voltamos para o grupinho dos amigos dela, alguns já haviam se dispersado e outros poucos estavam encostados na parede, bebendo um drinque. Flávia se aproximou de um deles e falou alguma coisa em seu ouvido, ainda segurando na sua mão eu só observava. Não estava acreditando no que estava acontecendo e nem imaginava o que ainda ia acontecer. Eu só sabia que queria aquela mulher que tinha conseguido me deixar molhada (sim, eu estava bem excitada) com apenas alguns minutos de pegação. Depois que terminaram de conversar, o rapaz olhou pra mim, deu uma risadinha e entregou um molho de chaves a Flávia. Ela me puxou e saímos da boate, pagamos nossas comandas e caminhamos pela orla da cidade até um carro que estava estacionado ali perto. Ela abriu a porta do passageiro pra mim e foi para o lado do motorista. Assim que entrou no carro, ela me puxou pra mais um beijo gostoso. Porra, onde aquela mulher tinha aprendido a beijar tão bem? A mão dela na minha nuca e a outra acariciando a minha coxa me acenderam de tesão. Fiz menção de levantar da minha poltrona e sentar no colo dela, do lado do motorista, mas ela fez um gesto negativo.
- Se você fizer isso, não vou aguentar e vou te agarrar aqui mesmo, e eu não quero isso. - A voz dela estava ainda mais rouca, talvez pelo tesão que ela estava sentindo também. Flávia arrancou com o carro, eu não sabia para onde ela estava me levando, mas eu queria saber o que iria fazer comigo onde quer que fôssemos. Durante todo o trajeto eu fiquei fazendo carícias na sua coxa sobre a calça jeans que ela usava, me aproximando para beijar seu rosto e seu pescoço enquanto ela dirigia. Ela quase fechava os olhos de tanto prazer que estava sentindo, apertava o volante com mais força e às vezes aproveitava para passar a mão na minha coxa também. Fiz um carinho em seu rosto quando paramos num sinal vermelho, ela virou para me dar um beijo, mas coloquei meu dedo sobre seus lábios, impedindo-a. Dei um sorrisinho sacana e com a outra mão, que estava em seu colo, fiz um gesto parecendo sem querer de encostar de leve com as costas da mão no seu sexo. Arranhei de leve com as costas das unhas sobre a calça, ela soltou um gemido que me fez estremecer de prazer. Aquela área ali eu senti que estava bem quente e úmida. Flávia puxou minha cabeça com as mãos e me beijou outra vez, me dando várias mordidinhas nos lábios, e sussurrou no meu ouvido: "Você tá me deixando louca, sabia? Gostosa..." Achei que ia ter um orgasmo ali mesmo com aquela frase. Dei uma mordida em seu lábio inferior, o sinal abriu e ela partiu com o carro.
Paramos em frente a um prédio que não ficava muito longe da orla onde a boate ficava. Saímos do carro com pressa, ela passou o braço pela minha cintura e atravessamos a portaria. Entramos no elevador e quando as portas se fecharam eu me joguei nos braços dela, beijei-a outra vez, rocei meus lábios pelo seu maxilar até chegar à orelha. Sussurrei enquanto passava os lábios pelo lóbulo do ouvido: "Você é muito linda, sabia? Que pegada gostosa... Me leva pra cama, vai? Tira minha roupa, eu tô querendo muito..." Flávia gemeu baixinho no meu ouvido, minhas pernas bambearam. Eu estava tonta de desejo e ela também. "Vem cá, vem..." Ela me disse enquanto me puxava com "aquela" pegada na cintura. As portas do elevador se abriram, nem vi qual era o andar, apenas a puxei e saímos da cabine nos beijando, agarradas. Ela se separou de mim pra puxar a chave do apartamento do bolso e abrir a porta. Enquanto ela estava de costas pra mim, aproveitei para puxar seu cabelo e beijar a parte de trás da sua nuca enquanto passava meu braço pela cintura dela.
- Desse jeito eu... Eu não aguento nem fazer nada direito - ela gemeu, parando um pouquinho o que estava fazendo e se apoiando na maçaneta, parecia que ia cair ali mesmo. Depois abriu a porta de vez e me puxou, fechou a porta e me encostou na parede ali mesmo.Voltou a me beijar e a me tocar lascivamente, uma das mãos dela nas minhas costas e a outra na barriga. Interrompeu aquele beijo quente e faminto e iniciou um mais lento, sem aprofundar a língua, como se experimentasse os meus lábios. Sua mão desceu para a minha coxa, provocando ao subir lentamente o meu vestido. Segurei seu cabelo com minhas mãos e beijei seu pescoço, ela estava ofegante e sua pele estava quente. Quando sua mão subiu por toda a minha coxa e ela arranhou de leve meu abdômem, minhas pernas tremeram, minha calcinha encharcou mais ainda e eu gemi alto. Ela se excitou com isso, deu uma risadinha que me fez sentir seu hálito no meu ombro. Subiu ainda mais com a mão e massageou meus seios com aquele toque macio e carinhoso. Encostei meus lábios nos dela e permaneci assim, gemendo e suspirando entre seus lábios, apreciando aquela massagem que terminava de acabar comigo. Sua mão desceu, voltando à virilha, e começou a brincar com a fita lateral da minha calcinha. Enroscava no dedo, fingia que ia descer, chegava com a mão muito perto da área proibida (naquela hora, totalmente permitida) e acariciava a minha coxa. Simplesmente não aguentei e praticamente implorei em seu ouvido:
- Aaaaaiii, linda... Não aguento mais, por favor, faz... Tira ela pra mim...
Flávia gemeu baixinho também no meu ouvido e confessou:
- Você pedindo assim me deixa louca, sabia? Mas não vai ser assim, apressadinha...
Apressadinha? Ela ainda queria prolongar mais aquela tortura? Eu não sabia se ia aguentar. Pois iria fazer o mesmo com ela... Inverti nossa posições e fui eu quem a encostei na parede dessa vez. Separei suas pernas com meu joelho e encaixei minha coxa entre elas, seu sexo estava muito mais quente e úmido do que antes. Segurei suas mãos no alto da parede, não deixando que ela me tocasse, e voltei a beijá-la. Dessa vez com calma e mais paixão, dava mordidinhas em seus lábios, passava de leve as unhas no seu pescoço, com carinho, e pude sentir toda a sua pele se arrepiando sob a minha. Desci com minha mãos para sua cintura e subi sua blusa até a altura dos seios. Fiz um carinho nas suas costas e desci com a boca para sua barriga. Ali eu fiz questão de explorar com a devida atenção, beijei, suguei, mordi cada pedacinho daquela barriga chapada e definida. Rocei a ponta do nariz por toda a sua virilha até chegar na parte premiada. Ali, por cima da calça e da calcinha, dei um beijinho quase despretensioso. Flávia gritou com aquele toque inesperado. Me desobedeceu e desceu as mãos, segurou minha cabeça e fez um carinho nos meus cabelos. Quando subi, retirei de vez a sua blusa e fiquei admirando aqueles seios um pouco maiores que os meus, com os mamilos durinhos sob o sutiã preto de renda. Logo me livrei dele e chupei o bico dos seus peitos, com vontade, língua, lábios, dentes. Ela gemia muito e segurava minha cabeça, empurrando contra seus seios, como se eu por acaso tivesse vontade de sair dali. Teve uma hora que ela não aguentou mais e me puxou, me beijou e assim, entre pegações e amassos, fomos para o quarto.
Flávia acendeu a luz e me fez deitar cuidadosamente na cama. Deitou seu corpo sobre o meu e eu amei sentir aquela mulher gostosa sobre mim, toda excitada. Beijou e mordeu meu pescoço com vontade, provavelmente eu teria que explicar aqueles chupões depois, mas na hora não me importei. Suas mãos subiram novamente pelo meu corpo, dessa vez trazendo todo o meu vestido para cima e me livrando dele. Eu estava totalmente nua na frente dela. Flávia parou um momento e admirou o meu corpo, deu um sorrisinho sacana e mordeu os lábios. Veio sussurrar em meu ouvido:
- Puta que pariu, você tem noção do quanto é gostosa? Quero muito te fazer gozar...
Eu suspirei de prazer ao ouvi-la dizer aquilo. Eu estava molhada de um jeito que meu gozo quase escorria pela perna, meu sexo latejava com vontade, meu coração parecia que ia sair pela boca.
- Eu quero... Por favor... Eu... Me chupa! - eu disse, entre gemidos, nem conseguia falar direito. Olhei pra ela com uma carinha de súplica, ela murmurou algo que eu pensei ter sido um "que tesão" e começou a sugar meus seios. A boca dela tinha o encaixe perfeito no bico deles, não sei por quanto tempo ela ficou me beijando no busto, mas comecei a sentir uma sensação boa vinda do meu íntimo, meu corpo inteiro esquentou, meu sexo pulsou mais forte e eu gozei gemendo muito. Ela, não satisfeita, beijou minha barriga e desceu para as coxas. Beijou a parte interna delas e subiu para minha calcinha. Murmurou um "calcinha bonita... Com licença!" e tentou tirá-la. Ergui minhas pernas para ajudá-la. Ela encostou os lábios no meu sexo já exposto, mas não fez nada. Apenas ficou ali, roçando a boca e o nariz, sentindo o cheiro da minha lubricação, apreciando. Eu não aguentava mais aquilo. Ordenei com uma voz rouca:
- Para com isso, Flávia! Me chupa logo, pelo amor de Deus!
Minha carrasca deu uma risadinha e, olhando para mim, começou a introduzir lentamente dois dedos em mim. Eu olhava para ela também, praticamente me desfazendo de excitação. Enquanto fazia o movimento vai e vem com os dedos, encostou a ponta da língua no meu clitóris. Achei que ia gozar ali naquela hora. Me chupou de um jeito que eu nunca pensei que pudesse ser chupada antes, com técnica, com volúpia, sabia como e quando usar a língua e os lábios, sabia como me olhar com aquela cara de safada. Em pouco tempo não aguentei mais e gozei forte, gemendo muito e muito alto, praticamente desfaleci sobre a cama depois daquele oral. Flávia deu um beijo de "despedida" lá embaixo e subiu para me beijar na boca, me fazendo sentir o meu gosto. Suas mãos já acariciavam meus seios outra vez quando eu a afastei carinhosamente, ofegante, quase em transe.
- Você tá bem? - Ela sussurrou com os lábios colados na minha bochecha, pelo jeito que falou parecia estar sorrindo.
- Você acabou comigo... - Confessei quase sem voz. Ela apoiou a cabeça no meu peito e eu fiz um carinho em seus cabelos. Entrelacei minhas pernas nas suas e minha coxa encostou em seu sexo, ela estava muito, mas muito molhada mesmo. Então percebi que eu ainda tinha um trabalho a fazer. Não sei de onde arranjei forças depois de um orgasmo daqueles, mas joguei meu corpo sobre o dela e me sentei em seu colo. Comecei a beijá-la na boca, no pescoço, na orelha, ombros, onde mais minha boca alcançava naquele momento, enquanto rebolava devagar em cima dela, esfregando meu corpo no seu. Flávia apertava minha bunda e gemia, se doendo de vontade. Fui descendo com a língua até seus seios, chupei com dedicação e calma, enquanto passava os dedos por cima de sua buceta encharcada sob a calcinha. Ali mesmo comecei a masturbá-la, quando ela estava quase chegando ao orgasmo, a respiração acelerando, os gemidos aumentando e seu corpo se contorcendo, eu diminuí o ritmo até parar. Naquela hora ela abriu os olhos e me olhou de um jeito que era quase como dizer "não acredito que você fez isso, filha da puta". Eu sorri, era aquela mesma a intenção. Fiquei ajoelhada no canto da cama com uma vista privilegiada entre suas pernas. Para começar, dei apenas uma lambida de cima a baixo, e quando cheguei em seu clitóris toquei-o apenas com a pontinha da língua. Ela arfou e segurou minha cabeça, pressionando-a contra seu sexo, pedindo mais. Chupei-a do melhor jeito que pude. Era a primeira vez que estava fazendo aquilo, agia como gostaria de ser chupada. Introduzi um dedo com cuidado, depois dois, e comecei a estocar com força. Flávia gritava, falava meu nome, pedia que eu não parasse. E não parei até que todo o seu corpo começou a se contorcer, ela pressionou minha cabeça com mais força e ergueu os quadris, preenchendo minha boca com seu gozo delicioso. Limpei tudo com a língua, sempre que eu encostava em seu clitóris ainda sensível ela se remexia de prazer.
Ficamos deitadas ali, abraçadas, pelo que me pareceram duas horas, mas não deveria ter se passado nem meia hora. Conversamos e rimos um pouco, muito cansadas, e eu confessei a ela que aquela havia sido a minha primeira vez com uma mulher e que não poderia ter sido melhor. Flávia riu, me dando aquele sorriso torto sexy que me deu quando ainda estávamos na boate, e disse que nem parecia que era minha primeira vez, de tão experiente que eu havia sido. Nem preciso dizer que fiquei vermelha na hora, sem graça.
Depois disso, ela me ofereceu uma toalha limpa e disse que eu podia tomar banho antes de me levar de volta à boate. Entrei no chuveiro e, enquanto estava lá, ela entrou discretamente no banheiro e entrou no box comigo. Nem preciso dizer que adorei a surpresa, e tomamos banho juntas. Tive um novo orgasmo, dessa vez apenas com suas mãos deslizando o sabonete em meu corpo. Pus meu vestido de volta, ela colocou outra roupa e me levou de volta à boate. O efeito da tequila já estava quase no fim e eu não conseguia acreditar ainda no que havia acontecido. Eu estava em êxtase, quase flutuando, o que havia começado como uma noite deprê havia se tornado um sonho erótico. Encontrei Jorginho e os amigos dele lá, eu e Flávia havíamos ficado fora por aproximadamente umas três horas e o dia estava quase amanhecendo. Tive que aguentar o resto da festa as piadinhas de meu amigo, que disse que ficou preocupado quando eu sumi, mas nem tanto porque na hora que estava tocando lá de cima, conseguiu me ver me agarrando com Flávia na pista e imaginou o que tivesse acontecido.
Depois desse dia, eu e Flávia trocamos telefones e continuamos nos falando por um tempo. Tivemos uns flashbacks ainda enquanto ela esteve na minha cidade, antes de voltar para São Paulo. Descobri minha bissexualidade da melhor forma possível e ainda somos boas amigas. Tive outras relações com mulheres depois desse dia, mas aí já é caso particular pra outra história... Beijinhos!